O caos sanitário se instala em São Paulo. Hospitais privados pedem leitos de UTI do SUS.

Segundo notícias ainda não confirmadas, São Paulo enfrenta hoje mais de 600 óbitos de contaminados pela COVID e a superlotação até de hospitais privados – certamente a maior rede hospitalar do País – fez com que médicos solicitem vagas de UTI em leitos do Sistema Único de Saúde.

Pelo menos 15 hospitais da rede privada, que atendem convênios médicos, solicitaram leitos de UTI e enfermaria à prefeitura de São Paulo por falta de vagas e com fila de pacientes com Covid-19. A informação é do secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, em entrevista à rádio CBN.

De acordo com o jornal Estadão, os hospitais Aviccena, Albert Sabin, Nove de Julho, Edmundo Vasconcelos, Leforte, Vida’s e Nossa Senhora de Lourdes solicitaram uma vaga. Igesp, São Camilo e Maternidade São Miguel pediram dois leitos. Nipo Brasileiro, IAVC, Santa Paula e Santa Virgínia, três. E o Hospital São Cristóvão, cinco.

“Nos últimos quatro dias, tivemos solicitação de 30 leitos de UTI e enfermaria para atender um conjunto de hospitais privados, de convênio, que estão com seus equipamentos completamente lotados e esgotados”, afirmou o secretário.

Segundo ele, a situação é inédita, pois normalmente quem aluga leitos hospitalares da rede privada é o estado, ou seja, o oposto do que se vê agora.

No início do mês, Edson Aparecido se reuniu com diretores de hospitais privados para solicitar ajuda para o atendimento de pessoas internadas por outras doenças. O objetivo era justamente liberar leitos para pacientes com Covid-19.

NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Grupo São Cristóvão Saúde esclarece que até a presente data os leitos solicitados via sistema CROSS – Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS) não foram destinados a seus beneficiários. É importante ressaltar que os leitos solicitados foram destinados a pacientes que não são beneficiários do São Cristóvão Saúde, mas que devido a emergências, receberam os primeiros socorros no pronto-socorro da Instituição e após estabilização de seus quadros de saúde, optaram pela transferência para o SUS.
Desde o início da pandemia de COVID-19, o Grupo São Cristóvão realizou diversas medidas para garantir o atendimento necessário a seus beneficiários, sempre prezando pelo respeito a esses públicos e a comunidade a qual pertence, com total transparência nas informações. Por isso, compartilha diariamente boletins com números de pacientes atendidos em seu Pronto Socorro (Covid) e outras informações relacionadas ao combate à doença em suas redes sociais. Todo um plano de ação foi desenhado considerando diversas variáveis, desde a criação de um canal de atendimento exclusivo sobre informações e orientações de saúde, campanhas, envio de e-mail marketing e SMS de caráter educativo, até a adequação da infraestrutura, com novos equipamentos hospitalares importantes, como respiradores e monitores cardíacos e desenvolvimento de protocolos terapêuticos para a COVID-19.
Outro ponto importante de ser ressaltado, é que desde o início da pandemia o Grupo também forneceu gratuitamente máscaras de proteção para os colaboradores se protegerem no trajeto até sua casa, investiu em cabines de desinfecção e criou um espaço destinado ao acolhimento com psicólogos especializados para apoiar a equipe neste momento. Até o presente momento, os beneficiários do plano de saúde São Cristóvão Saúde tiveram suas internações garantidas sejam elas na rede própria ou credenciada.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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