Milho vai virar ouro e tornar mais caros frango, suíno, leite e carne bovina.

No Oeste baiano, enquanto a soja se mantem estável em R$160,00 a saca de 60 kg, em plena safra, o milho, produção de pouca expressão, deu um salto acima de 12% nos últimos 30 dias para R$73,50. O milho é produção estratégica para a produção de proteína animal, atingindo mais de 70% do volume das rações.

Possíveis problemas climáticos na safrinha, no Centro-Oeste e estados do Sul, podem levar preço do milho para mais de R$ 100,00 no 2° semestre. No Sul, já são previstas geadas no final de abril. E no Centro-Oeste o prejuízo vem  da falta de chuvas.

As cotações do milho estão beirando os R$ 100,00 a saca na Bolsa Brasileira (B3). Na última terça-feira (06), por exemplo, o vencimento maio/21 foi cotado à R$ 99,72 e o julho/21 valeu R$ 95,45.

Segundo o gerente de consultoria agro do Itaú BBA, Guilherme Bellotti, existem uma série de fundamentos altistas no mercado que sustentam estes patamares elevados de preços.

Entre eles estão a disponibilidade limitada no spot, a produção menor do que a esperada na primeira safra, o plantio tardio e mais arriscado da safrinha e questões internacionais como pouco crescimento de área nos Estados Unidos e quebra na Argentina.

Nos EUA, em estados onde o plantio de milho é menos expressivo, como Dakota do Sul e Dakota do Norte, nevou pouco durante o inverno e no dia de ontem, depois de três dias de ventos fortes e nada de chuvas, os produtores esperavam ainda por alguma previsão para o plantio do milho, do trigo e da canola.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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