Será que está aparelhada? Direção da Polícia Federal troca superintende da Amazônia.

A direção da Polícia Federal decidiu nesta quinta-feira substituir o superintendente do Amazonas, o delegado Alexandre Saraiva, que acabou de enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de investigação contra o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

Segundo fontes da PF, Saraiva foi comunicado ontem à tarde sobre a substituição. Na noite de ontem, o delegado enviou ao Supremo o pedido de investigação contra Salles. Apesar de ter um bom trânsito com Bolsonaro, que já tentou indicar Saraiva para comandar a Superintendência da PF no Rio de Janeiro, o delegado entrou em rota de conflito com o ministro do Meio Ambiente nos últimos dias.

No ofício enviado ontem ao STF, Saraiva apontava que Salles atuou para obstruir uma investigação que apreendeu madeira ilegal.

Quem deve substituir Saraiva no Amazonas é o delegado Leandro Almada, que já atua na região. Anteriormente, ele cuidou do inquérito sobre a obstrução da investigação do homicídio da vereadora Marielle Franco e confirmou que houve uma trama para dificultar essa investigação.

Ontem, O GLOBO revelou que a nova direção da PF decidiu substituir o chefe do setor de inquéritos contra políticos, após ele ter feito um ofício no qual apontou ilegalidades em um inquérito aberto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar procuradores da Lava-Jato com base nos diálogos obtidos por um hacker. O delegado Felipe Leal apontava que os diálogos eram de origem ilícita e não poderiam servir como prova de acusação.

Como na clássica anedota do marido traído, a Polícia Federal resolveu trocar o sofá da sala. Permanece, no seio da população melhor informada, a dúvida. Estaria o Ministro Passa Boiada agindo para liberar madeira ilegal na Amazônia?

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário