A última edição do boletim do Observatório Covid-19, produzido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada nesta quarta-feira (9/6), aponta que o atual cenário da pandemia da covid-19 é de alto risco, já que as pequenas oscilações no número de casos confirmados nas última semanas epidemiológicas “demonstram a permanência de transmissão do vírus”.
O documento ainda mostra que a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes adultos com covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) continua alta em muitos estados.
Ao todo, 12 unidades da federação possuem taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%. São elas: Alagoas (91%), Ceará (93%), Distrito Federal (90%), Goiás (90%), Maranhão (90%), Mato Grosso do Sul (107%), Paraná (96%), Pernambuco (97%), Rio Grande do Norte (94%), Santa Catarina (97%), Sergipe (99%) e Tocantins (94%).
Outros nove estados apresentam taxas de ocupação de entre 80% e 89%.
Com a análise, os pesquisadores afirmam que há uma “persistência de quadro grave de sobrecarga no sistema de saúde pela covid-19”. Desde o final de fevereiro, o país observa a maioria dos estados permanecerem com taxas altas de ocupação de UTI.
A combinação desse indicador junto com um número alto de casos e pequena queda de óbitos demanda “atenção e prudência”, segundo os pesquisadores. Ele consideram prematuro tanto considerar que há uma queda sustentável de casos e óbitos, quanto afirmar que o país entra em uma “terceira onda”.
Conteúdo do Correio Braziliense, editado.

