No final do Governo FHC, a fome matava 300 crianças por dia.

Este post foi publicado em 11/02/2016, em O Expresso. Veja se a situação não se repete hoje:

No final do Governo de Fernando Henrique Cardoso, quando se encerrava a famosa década perdida, 300 crianças, em tenra idade, morriam de desnutrição todos os dias. A matéria é do Jornal Nacional, da Globo. Na época, não parecia haver a indignação com “o desgoverno e a roubalheira”, o ódio, a intolerância. A classe média permanecia calada.

O gráfico abaixo mostra como variaram nos dois governos: a taxa de juros Selic definida pelo Banco Central, a taxa de inflação pelo IPCA e a Taxa de juros real (SELIC – IPCA), todas com intervalos mensais anualizados.

O gráfico mostra os picos de taxas de juros das crises de 97 e 99 e da liberação do câmbio no início do segundo mandato de FHC, o que significa que em crises bem menores que a de 2009, o País teve que tomar medidas mais drásticas pois a nossa economia tinha se tornado fragilizada com a sangria de nossas reservas, que foi o custo da reeleição do FHC.

Também é importante salientar que durante todo o seu governo manteve a taxa Selic em torno de 20% ao ano, mostrando como o País pagou o preço da estagnação para sustentar um controle inflacionário apoiado em fundamentos equivocados, além de evidenciar a incoerência dos tucanos quando hoje criticam os juros reais.

jurosxinflacao

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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