
Senador pode virar alvo da Operação Faroeste após delação de desembargadora.
A pergunta e a resposta do título desta matéria são colocadas pelo bem informado jornalista Levi Vasconcelos, em sua coluna no jornal A Tarde, no dia de hoje. Afirma o colunista, no corpo da nota:
A delação da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli no bojo da Operação Faroeste coloca entre os 68 citados ‘um político com mandato no Congresso’.
Quem é o dito-cujo? Deus e o mundo apontam o senador Ângelo Coronel (PSD), que quando era presidente da Assembleia intermediou um acordo de José Valter Dias, o borracheiro que virou dono de uma área que tem cinco vezes o tamanho de Salvador, pelo qual ele poderia receber cifras próximas a R$ 600 milhões.
Se é que o é, a assessoria de Coronel diz que ele não recebeu qualquer informação oficial sobre o assunto. E, nas vezes que falou sobre o caso, disse que apenas foi intermediário de tal acordo e só. Não tem qualquer conexão.
A nota de Levi repercutiu o dia todo nos círculos políticos de Salvador.
Em abril de 2017, o site da Assembleia da Bahia, reportava:
“O maior conflito fundiário da história da Bahia e um dos maiores do país, envolvendo uma área da ordem de 350 mil hectares, localizada no município baiano de Formosa do Rio Preto, a 1.026 quilômetros da capital, acabou na manhã da última quinta-feira (27), após 30 anos de impasse.
O acordo de intenções foi assinado na Câmara de Vereadores local, tendo como mediador o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, então Coronel.
“Encampei esta luta pela pacificação do Oeste baiano e pelo fortalecimento da agricultura local, buscando gerar mais empregos e renda para a região. Espero que todos os atores saiam satisfeitos”, disse o deputado Angelo Coronel (PSD).”
Segundo fontes soteropolitanas bem informadas, a mediação de Coronel teria custado caro e alguns mais ousados tem até cifras para comentar: R$600 milhões, dada a grandeza do negócio iniciado entre os produtores da Região e os agora indiciados pela Operação Faroeste, entre eles Adailton Maturino e os grileiros de uma vasta porção de terras, da ordem de 360 mil hectares. Mas a importância está obviamente super-estimada, pois a movimentação financeira dos grileiros não chegou a atingir nem 50% desse valor.
Autor: jornaloexpresso
Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril
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