Um médico que denunciou a prática da Prevent Senior de prescrever remédios do chamado “kit Covid” para pacientes disse ter sido ameaçado e coagido pelo diretor-executivo da operadora de planos de saúde, Pedro Benedito Batista Júnior. Hoje o diretor-executivo da empresa depõe a senadores da CPI da Covid.
Pedro Benedito foi convocado por senadores após o surgimento de denúncias de que o atendimento hospitalar do grupo seria uma espécie de laboratório para indicação de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19. O dossiê mostra inclusive que a declaração de óbito da mãe de Luciano Hang, fiel defensor de Bolsonaro e da cloroquina, também foi fraudada na Prevent Senior.
Na comissão o diretor admitiu que após 14 dias internação ou 21 na UTI, os médicos mudavam o código de covid para outra doença. O senador Otto Alencar apresentou ainda dois documentos para confrontar o depoente: a entrada de um paciente num hospital da Prevent Senior com Covid; e um atestado de óbito sem constar o novo coronavírus.
Segundo um dossiê assinado por 15 médicos, profissionais eram coagidos a prescrever remédios como hidroxicloroquina sem consentimento de parentes dos pacientes e eram obrigados a trabalhar mesmo quando infectados com o coronavírus
Além disso, o documento afirma que a Prevent teria omitido sete mortes durante um estudo clínico sobre a eficácia dos remédios. 123 médicos e funcionários especializados do Prevent Senior esconderam a conspiração terrorista.
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