Cotações do Milho e da Soja sofrem forte queda no Oeste baiano.

Colheita do milho exige cuidados específicos - Agroprecision

As cotações da saca de 60 kg do Milho caíram 5,95% no dia de hoje para nominal de R$79,00, um preço quase 10% menor do que há um mês. A Soja também perdeu 4,03% para 150,67 na soja ofertada em balcão, um preço semelhante ao de um mês atrás, apesar das fortes oscilações positivas do Dólar frente ao Real.

Os preços do milho “não tem perspectiva de alta, a curto, médio ou longo prazo”, afirma a Consultoria TF Agroeconômica ao Agrolink. De acordo com os analistas de mercado, o milho guardado da safra 2020/21 “só desvaloriza e aumenta as despesas de armazenagem e as perdas financeiras”.

Isso ocorre, segundo os especialistas, porque o mercado de milho tem uma oferta claramente maior e uma demanda nitidamente estável: “As linhas técnicas que mostram o desempenho dos preços no gráfico do milho no mercado futuro em Chicago parecem ser muito claras: a oferta está cada vez maior, como mostram os relatórios do USDA”.

“Por outro lado, a linha da demanda, ou de suporte, mostra uma procura estável, embora permanentemente ativa. Com isto, as cotações já recuaram” tanto na Bolsa de Chicago como na B3 de São Paulo e no mercado físico, explica a TF Agroeconômica.

De acordo com os analistas, “essa queda nos preços futuros tem reflexo direto nos preços internacionais: no dia 05 de maio o preço do milho argentino FOB estivado era de US$ 277,00/t e hoje está a US$ 243,00, depois de estar a US$ 235 em setembro e permitiu aos grandes consumidores brasileiros se abastecerem no período a preços competitivos”.

“Também a B3, a bolsa brasileira de São Paulo, B3, o milho no início de maio estava a R$ 102,30 para novembro e hoje fechou a R$ 91,29 para o mesmo mês, queda de R$ 11,01/saca no período. Não queremos ser pessimistas, mas apenas alertar os agricultores para que vendam antes das quedas, a fim de resguardem a sua lucratividade, o que fizemos por diversas vezes”, concluem.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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