Cheias atingem comunidades e cidades ribeirinhas no médio rio São Francisco.

Apesar do aumento programado de vazão nas comportas, ontem, 20, a Represa de Três Marias continuava com quase 94% de sua capacidade. O Grande Lago de Sobradinho estava com 66% de sua capacidade. E deve aumentar rápido, apesar de igualmente largar grande quantidade de água para as 4 hidrelétricas do baixo São Francisco.

Casas de comunidades ribeirinhas da cidade de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, ficaram submersas, nesta sexta-feira (21), após o Rio São Francisco transbordar e alagar as ruas da região.

A cheia foi causada pelas chuvas e pelo aumento na vazão da Usina Três Marias, em Minas Gerais. Com isso, o nível da água do rio ficou nove vezes maior que o normal.

Segundo informações apuradas pela TV Oeste, afiliada da TV Bahia, alguns moradores precisaram deixar seus imóveis há cerca de 15 dias. No entanto, 180 famílias estão em pontos críticos da região, porque se recusaram a sair de casa.

A Ilha de Mariquinha foi uma das regiões mais afetadas na cidade, onde cerca de 80 imóveis foram completamente cobertos pela água. Os moradores desse local estão abrigados em casas de parentes ou em escolas municipais.

Chuvas na Bahia

Até o último domingo (16), 27 pessoas haviam morrido em decorrência dos temporais que atingiram todo o estado, conforme dados divulgados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec).

Já o número de desabrigados – que são as pessoas que perderam seus imóveis e precisam de apoio do poder público – estava em 30.306; enquanto o total de desalojados – que são as pessoas que também perderam os imóveis, mas foram alocadas em casas de familiares – registrava 62.156.

Ao todo, 965.643 pessoas foram afetadas pelas chuvas, 523 ficaram feridas e190 cidades estavam sob decreto de situação de emergência.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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