Brizola, armado, como chefe da resistência na Campanha da Legalidade, em 1963.
No dia 22 de janeiro de 1922 nascia, no povoado de Cruzinha, que pertencia a Passo Fundo (RS), o político Leonel Brizola. Em 1931, a cidade natal de Brizola passou a pertencer a Carazinho (RS).
Destacado líder nacionalista, ele é considerado herdeiro político de Getúlio Vargas e de João Goulart, dois ex-presidentes brasileiros.
Antes mesmo de entrar na faculdade, Brizola já havia iniciado sua carreira política. Em 1945, se filiou ao PTB e, dois anos mais tarde, era eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul. Em 1949, ele se formou em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No ano seguinte, casou com Neuza Goulart, irmã do ex-presidente João Goulart (1961/64).

Seu padrinho de casamento foi Getúlio Vargas. Em 1951, perdeu a eleição para a prefeitura de Porto Alegre, mas, em 1954, concorreu novamente e garantiu a vitória. Brizola tornou-se muito popular e não teve dificuldade em se eleger governador do estado gaúcho em 1958. Em 1962, foi eleito, pela primeira vez, deputado federal pelo antigo Estado da Guanabara, com uma votação recorde – 269 mil votos.
Em seus discursos, Brizola defendia a implantação da reforma agrária e a distribuição de renda no Brasil. Porém, com a deposição do presidente João Goulart pelos militares, em 1964, ele teve que se exilar no Uruguai.

Brizola resgatou o lenço Maragato. Seu pai foi assassinado por Chimangos (lenço branco). Ele foi criado por um pastor de Carazinho, cidade Natal, e rebatizado com o nome de Leonel. Quando menino, montava um cavalinho de taquara, e com uma espadinha na mão, gritava: “Viva Leonel Rocha”, em homenagem ao Chefe Maragato da Revolução de 1923.
Brizola só retornou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia. Depois de perder o partido do PTB, Brizola fundou o PDT, legenda pelo qual venceu as eleições para governador do Rio de Janeiro, em 1983. A marca registrada da sua administração foram os Cieps, os centros integrados de educação.
A preocupação do socialista Brizola com a educação vinha desde os tempos de governador, quando mandou construir centenas de escolas primárias em rincões do Rio Grande do Sul. Na época, as escolinhas foram apelidadas de brizoletas.
Em 1984, apoiou a campanha das Diretas Já. Em 1989, disputou a primeira eleição direta à Presidência da República no Brasil desde o período militar e ficou em terceiro lugar. Na época, no segundo turno, apoiou Luiz Inácio Lula da Silva, que foi derrotado por Fernando Collor.
No ano seguinte, elegeu-se novamente governador do Rio de Janeiro. Depois, em 1994, voltou a se candidatar à presidência da república, mas teve somente 3,2% dos votos válidos. Quatro anos depois, em 1998, tentou mais uma vez chegar ao Palácio do Planalto, desta vez como vice do candidato Lula, porém voltou a sofrer uma nova derrota, quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito.



Realmente foi um grande político.
Somente faltou dizer que o “caos” no Rio de Janeiro começou com ele que dizia: Favela não é problema! E permitiu a ocupação desordenada dos morros Cariocas!
Os morros cariocas foram ocupados pela incompetência dos políticos e militares no final do séc. 19. A primeira favela, da Providência, é fruto de escravos e ex-soldados abandonados a própria sorte. Estude.