O inelegível cumpre nesta quarta ‘nova agenda’ na PF onde depõe sobre trama golpista denunciada por senador.

O ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL) cumpre mais uma agenda de depoimentos na Polícia Federal, em cuja sede é esperado novamente, em Brasília, a partir das 14h desta quarta-feira (12/7).

Neste ano, Bolsonaro já foi intimado a prestar esclarecimentos sobre outras três investigações: os atentados de 8 de janeiro em Brasília; o caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita; e as fraudes em registros de vacinação contra a Covid-19.

Desta vez, os investigadores querem saber se houve envolvimento do candidato derrotado para o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a suposta trama golpista denunciada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), informa a ‘CNN‘.

A estratégia dos advogados Fábio Wajngarten, Paulo da Cunha Bueno e Daniel Tesser é fazer com que Bolsonaro fale o que já vem declarando: que não participou de nenhuma trama golpista.

Ele também deve explorar as contradições de Marcos do Val em diversas versões dadas sobre o caso.

Em fevereiro, Marcos do Val disse que foi coagido por Bolsonaro e pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) “a participar de um golpe”.

O senador contou, à época, que a proposta era gravar uma conversa dele com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que seria instigado por ele a admitir que estava extrapolando os limites constitucionais.

Com tal gravação em mãos, segundo Do Val, aliados do ex-presidente solicitariam a prisão de Moraes e a anulação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Assim que o caso veio à tona, o magistrado determinou abertura de inquérito.Marcos do Val mudou a versão da história nos dias seguintes e tentou minimizar o suposto envolvimento de Bolsonaro no episódio, alegando, inclusive, que se enganou ao dizer que havia sido coagido.

No mês passado, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em três endereços de Do Val.