“Não é o Estado que fiscaliza a imprensa, é a imprensa que fiscaliza o Estado”. Carlos Ayres Britto
Assista o Desfile da Pátria em Brasília, ao vivo.
A professora Jamile Demenciano, de 37 anos, se emociona ao lembrar do avô e dos desfiles de 7 de setembro que assistiam juntos quando era criança, no interior do Rio de Janeiro. Ela veio do entorno do Distrito Federal, onde mora agora, para o evento na Esplanada dos Ministérios.
“Isso é civismo, independente de questão ideológica. Meu avô é falecido e estou aqui também por ele. Eu falava pra ele que um dia ia a Brasília ver o desfile, então, pra mim, é emocionante este momento”, disse.
Para Jamile, é um tema necessário. “Fala da paz que a gente busca e soberania do nosso país, porque sabemos que ele é lindo e é de todos os brasileiros”, disse.
O clima estava tranquilo nas imediações do desfile e foi possível circular confortavelmente. Mas quem escolheu chegar um pouco mais tarde, por volta das 8h30, reclamou da limitação de público nas arquibancadas. Muitos não conseguiram entrar e tiveram que recorrer a algum dos telões espalhados na área externa.
O presidente Lula (PT) participou do primeiro 7 de Setembro após a data ter sido usada eleitoralmente por Jair Bolsonaro (PL). O público foi menor, com pessoas na arquibancada fazendo o L e gritando “olê, olê, olá, Lula” e bandeiras com o slogan “Democracia, soberania e união”. A cerimônia teve Zé Gotinha desfilando em carro dos bombeiros.
Lula desfilou no tradicional Rolls-Royce aberto ao lado da primeira-dama Janja da Silva, que vestia um macacão vermelho. O petista usava o mesmo terno usado na posse, em 1º de janeiro.
Muitos ministros compareceram, menos os novos anunciados ontem em uma reforma ministerial para incluir PP e Republicanos no governo. Geraldo Alckmin, Alexandre Padilha, Rui Costa, Margareth Menezes foram alguns dos que posaram para fotos com bandeirinhas.
Márcio França, que chefiava a pasta de Portos e Aeroportos e foi trocado ontem para Micros e Pequenas Empresas, esteve atrás de seu padrinho, o vice Geraldo Alckmin (PSB).
O público foi menor, sem a Esplanada lotada que se viu no ano passado, quando Bolsonaro puxou o coro de “imbrochável” para si mesmo. A plateia ganhou bonés e bandeiras com o tema da cerimônia.
Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril
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