O bombardeamento de Dresden há 78 anos – 13 e 14 de Fevereiro de 1945.
Nesta altura da guerra todo e qualquer responsável civil ou militar das potências Aliadas sabia perfeitamente que a Alemanha estava derrotada, que o III Reich nunca poderia sobreviver e muito menos ressurgir de forma a constituir uma ameaça militar para os países Aliados. Na frente Ocidental os ingleses e americanos tinham desembarcado com êxito na Itália e avançavam mais a Norte pelas Ardenas estando já nas margens do Reno. Na frente Leste o avanço do Exército Vermelho era imparável e tinha já transposto o Oder e dirigia-se perigosamente para a transposição do Elba. O governo alemão propunha negociações para uma rendição militar a Oeste de forma a impedir o avanço comunista para o coração da Europa Civilizada e cristã. Tal foi recusado pelos dirigentes ingleses e americanos.
Dresden era uma cidade sem qualquer objetivo estratégico, tanto do ponto de vista militar como industrial. Além de não possuir bases militares ou indústrias importantes, Dresden não tinha qualquer defesa aérea. Toda a sua artilharia antiaérea há muito que tinha sido desmontada e transferida, com as respectivas guarnições – jovens inexperientes de 16 e 17 anos – para a frente Leste e para a defesa do Ruhr.
Dresden era uma das mais belas cidades da Alemanha, a capital da Saxónia era conhecida pela “Florença do Elba” devido à sua mundialmente famosa arquitetura Barroca. A economia de Dresden era sustentada, em tempo de paz, pelos seus teatros, museus, instituições culturais e indústrias artesanais, nomeadamente a cerâmica.


