Eduardo Bananinha e Michelle incentivavam Jair ao golpe, diz delator.

Cid diz que Michelle e Eduardo incitaram Bolsonaro a dar golpe | MetrópolesA parte com o menor QI dentro da família queria continuar faturando grosso com as mordomias do poder. Colocaram em perigo a pela flácida do Inelegível.

 

Por Aguirre Talento, colunista do UOL, editado

O tenente-coronel Mauro Cid narrou em sua delação premiada que a ex-primeira-dama Michelle e um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), faziam parte de um grupo de conselheiros radicais que incitava o então presidente da República, Jair Bolsonaro, a dar um golpe de Estado e não aceitar a derrota nas eleições do ano passado.

De acordo com o relato de Cid, esse grupo costumava dizer que Bolsonaro tinha apoio da população e dos atiradores esportivos, conhecidos como CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), para uma tentativa de golpe.

O tenente-coronel ainda afirmou aos investigadores que Jair Bolsonaro não queria desmobilizar os manifestantes golpistas acampados em unidades militares pelo país porque acreditava que seria encontrado algum indício de fraude nas urnas, o que serviria para anular o resultado da eleição. Cid disse à PF que nunca foi encontrada nenhuma prova de fraudes.

As informações do depoimento de Cid foram confirmadas ao UOL por três fontes que acompanham o assunto. O material da delação premiada atualmente está sob análise da equipe do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, na PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em entrevistas recentes, Carlos Frederico afirmou que Cid não apresentou provas de corroboração dos seus relatos. No depoimento sobre as tratativas golpistas, Cid cita nomes dos personagens envolvidos, locais e circunstâncias das reuniões mantidas para debater o assunto. Questionado pelo UOL sobre os caminhos para corroborar o relato, Carlos Frederico afirmou: “Estamos buscando provas de acordo com o contexto narrado”.

O plano de golpe só não foi adiante, de acordo com o tenente-coronel, porque não houve concordância dos comandantes militares. O UOL revelou em setembro que Bolsonaro chegou a discutir uma minuta golpista apresentada pelo seu assessor Filipe Martins com os chefes das três Forças Armadas, mas apenas o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, manifestou apoio. Os chefes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contra a iniciativa golpista.

Grupo radical

O tenente-coronel Mauro Cid traçou aos investigadores um panorama sobre as articulações realizadas por Jair Bolsonaro após a derrota nas eleições.

Cid relatou que um grupo moderado composto pela ala política do governo tentava convencer Bolsonaro a se pronunciar publicamente sobre o resultado da eleição para pedir que os manifestantes golpistas deixassem as ruas e voltassem para suas casas. Um dos integrantes desse grupo era o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente.
Bolsonaro resistiu a adotar esse posicionamento porque esperava obter provas de supostas fraudes nas urnas eletrônicas ou convencer os comandantes militares a embarcar em uma tentativa golpista.

O então presidente da República escalou auxiliares para se dedicar a descobrir vulnerabilidades no processo eleitoral. De acordo com Mauro Cid, Bolsonaro também pressionou os militares a fazer um relatório apontando essas suspeitas de fraudes.

Esse relatório foi divulgado no início de novembro pelo Ministério da Defesa, mas não apontava nenhum indício concreto de irregularidades nas urnas.

Em seu depoimento, Mauro Cid também contou que um grupo radical incitava o então presidente da República a não aceitar o resultado das eleições e tentar dar um golpe. O tenente-coronel citou que a então primeira-dama Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faziam parte desse grupo, além de outros aliados.

Outro lado

Em nota, a defesa de Jair e Michelle Bolsonaro classificou as acusações de “absurdas” e disse que não são amparadas em elementos de prova.

“As afirmações feitas por supostas fontes são absurdas e sem qualquer amparo na verdade e, via de efeito, em elementos de prova. Causa, a um só tempo, espécie e preocupação à defesa do ex-presidente Bolsonaro que tais falas surjam nestes termos e contrariem frontalmente as recentíssimas — ditas e reditas —, declarações do subprocurador da República, dr. Carlos Frederico, indicando que as declarações prestadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, a título de colaboração premiada, não apontavam qualquer elemento que pudesse implicar o ex-presidente nos fatos em apuração”, afirmou o advogado Paulo Cunha Bueno.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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