Como destruir a capital mais linda do País. Maceió decreta estado de emergência.

2.000 casas já estão perdidas no bairro do Mutange.

Laguna de Mundaú

A Defesa Civil de Maceió emitiu um alerta nesta quinta-feira (30) sobre a iminência de colapso da mina 18, operada pela Braskem no bairro Mutange. Os dados coletados indicam que o evento pode ocorrer já às 6h da manhã desta sexta-feira (1), embora a cavidade apresente sinais de instabilidade, podendo desabar a qualquer momento.

A prefeitura de Maceió (AL) decretou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso de uma mina de exploração de sal-gema da Braskem, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações da população está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, na capital.

O Gabinete de Crise criado emergencialmente pela prefeitura comunicou oficialmente os órgãos de controle e de segurança sobre o perigo do desastre, entre eles os comandos da Marinha e do Exército.

A Braskem, gigante do setor petroquímico, recebeu intimação nesta quinta-feira (30), por conta de decisão, em caráter de urgência, relacionada a uma ação civil pública que alerta para o potencial colapso em uma mina da companhia em Maceió, capital de Alagoas.

A ação, movida pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado de Alagoas (MPF-AL) e Defensoria Pública da União (DPU), atribui à causa o valor de R$ 1 bilhão.

O município de Maceió, em resposta aos riscos identificados em um dos poços da antiga mina de sal-gema da Braskem, decretou estado de emergência na última quarta-feira (29).

A companhia encerrou suas atividades de extração em 2019, após o surgimento de rachaduras em imóveis e vias em quatro bairros na região circunvizinha à mina. Milhares de residentes foram deslocados, e a área em iminência de colapso, apesar de desocupada, ainda abriga moradores de bairros próximos.

Além disso, foi aprovada a criação de um programa de reparação do dano material, considerando a possível desvalorização dos imóveis, e a reparação do dano moral decorrente da inclusão dos imóveis no mapa de risco.

A solicitação de contratação de uma empresa independente para identificação do possível dano material e assessoria técnica para avaliação de cenários e decisões sobre realocação ou permanência também foi aprovada.