Em comunicado, BRB confirmou a rejeição da operação e disse ter solicitado a íntegra da decisão do BC. Banco destacou que manterá acionistas e o mercado atualizados sobre possíveis desdobramentos da rescisão.
As ações do Banco de Brasília (BRB) despencam até 17% nesta quinta-feira (4), depois que o Banco Central do Brasil (BC) rejeitou a operação de compra do Banco Master.
Em comunicado ao mercado divulgado ontem, o BRB estatal informou ter solicitado ao BC a íntegra da decisão para “avaliar seus fundamentos e analisar as alternativas cabíveis”. Também defendeu a aquisição como estratégica.
“O BRB reitera seu posicionamento de que a transação representa uma oportunidade estratégica com potencial de geração de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional”, diz o texto.
O BRB destacou que manterá acionistas e o mercado atualizados sobre possíveis desdobramentos da rescisão.
Em nota, o Banco Master também informou que aguarda ter acesso à íntegra do documento “para avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis”.
“O banco continua confiante na sua estratégia e na sua operação, que fizeram com que se destacasse num mercado altamente concentrado”, diz a instituição.
Até a última atualização desta reportagem, o Banco Central não havia se manifestado publicamente sobre a decisão.
A reprovação pelo BC foi anunciada após mais de cinco meses de análise, embora a autoridade monetária ainda tivesse quase um ano de prazo para concluir a avaliação da operação.
O acordo entre as partes, anunciado em março, previa que o BRB adquirisse 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master — banco que preocupou o mercado por sua estratégia de captação arriscada.
O BRB é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal (71,92%). A instituição atua em todo o DF e também está presente no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Paraíba.
