Brics reagem às loucuras de Trump.
O Brasil registrou em agosto de 2025 a maior exportação da história para este mês, alcançando US$ 29,9 bilhões, um crescimento de 3,9% nas exportações totais brasileiras em relação a agosto de 2024. O resultado surpreende por ocorrer em meio ao “tarifaço” americano, que elevou as tarifas sobre produtos brasileiros de 10% para 50%, demonstrando a capacidade de diversificação do comércio exterior nacional.
O superávit comercial brasileiro em agosto de 2025 atingiu US$ 6,1 bilhões, alta expressiva de 35,8% comparado ao superávit de agosto de 2024. Enquanto as exportações brasileiras cresceram 3,9% versus o mesmo mês do ano anterior, as importações brasileiras recuaram 2,0% na mesma base de comparação, totalizando US$ 23,7 bilhões. Os principais produtos que impulsionaram as vendas externas foram petróleo bruto, minério de ferro, soja, milho e carnes.
A reviravolta de agosto: EUA despencam, outros mercados disparam
O mês de agosto evidenciou de forma dramática o impacto das barreiras comerciais americanas sobre o comércio bilateral. As exportações brasileiras para os Estados Unidos despencaram 18,5% em agosto de 2025 comparado a agosto de 2024, totalizando apenas US$ 2,8 bilhões – uma das menores participações da série histórica, representando cerca de 9,4% das exportações totais brasileiras naquele mês.
O déficit comercial brasileiro com os Estados Unidos em agosto de 2025 atingiu aproximadamente US$ 1,2 bilhão (importações menos exportações), agravando-se em relação ao déficit de agosto de 2024. Este saldo comercial negativo contrasta com os superávits que o Brasil mantém com seus principais parceiros asiáticos.
Em contrapartida, outros mercados registraram crescimentos espetaculares nas importações de produtos brasileiros. A China liderou a expansão com US$ 9,6 bilhões em importações do Brasil, alta de 29,9% nas compras chinesas de produtos brasileiros em agosto de 2025 versus agosto de 2024. A Argentina surpreendeu com crescimento de 40,4% nas importações argentinas de produtos brasileiros comparando agosto de 2025 com agosto do ano passado, alcançando US$ 1,6 bilhão, enquanto o México registrou expansão de 43,8% nas compras mexicanas de produtos brasileiros na mesma base de comparação, chegando a US$ 790 milhões.
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