Caso aconteceu em 3 de outubro em Porto Alegre. Ônibus de turismo transportava 55 adolescentes e duas acompanhantes em uma excursão que saiu de Vacaria, na Serra.
Laudo técnico elaborado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) constatou que uma falha no freio de um ônibus de turismo que desceu uma rua desgovernado, pegou fogo após atingir carros estacionados e causou um incêndio em um prédio no Centro Histórico de Porto Alegre é a “única hipótese tecnicamente possível” para o que aconteceu.
“Foi uma falha mecânica na válvula pneumática localizada junto à alavanca de acionamento do freio de estacionamento”, disse o IGP, por meio de nota, que afirma que o laudo “não aponta falha humana como causa direta do acidente” (leia, abaixo, a nota na íntegra).
Segundo o IGP, foi verificado “desgaste acentuado no pino rolete das sapatas de freio de cada roda do eixo de tração”, e isso “pode reduzir a eficiência do sistema de frenagem, tanto do freio de serviço quanto do freio de estacionamento”.
O laudo aponta, ainda, que o veículo tinha mais do que o dobro do peso permitido pela legislação para circular pela região do Centro Histórico: pesava cerca de 25 toneladas, incluindo os pesos dos 57 passageiros, mas o limite permitido pela área onde circulava é de 12 toneladas. A descida do ônibus aconteceu em 8 segundos, tempo que indica que não houve resistência de rolamento, frenagem nem do uso de motor.
