Expansão das vendas para Ásia e Europa compensou queda nas exportações para os Estados Unidos
As exportações brasileiras atingiram um recorde histórico em outubro, impulsionadas pelo aumento das vendas para mercados da Ásia e da Europa, que compensaram os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos há três meses.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o volume exportado cresceu 9,1% em comparação com o mesmo período de 2024, alcançando o maior resultado para o mês desde 1989.
Mesmo com a forte retração de 37,9% nas vendas para os Estados Unidos, o Brasil manteve desempenho positivo no comércio exterior. Em outubro, o país exportou US$ 31,97 bilhões e importou US$ 25,01 bilhões, registrando um superávit de US$ 6,96 bilhões.
O estudo mostra ainda que a América do Norte foi a única região com redução nas exportações brasileiras, com queda de 24,1%, reflexo direto do tarifaço norte-americano. Já os embarques para nações asiáticas e europeias cresceram significativamente, garantindo o recorde mensal.
China admite novas importações de frango

A China anunciou nesta sexta-feira (7) a suspensão da proibição de importações de produtos do Brasil, imposta após o surto de gripe aviária. A Administração Geral de Alfândegas chinesa comunicou a retomada das compras, mas ainda não detalhou quais produtos estão incluídos. A restrição havia sido implementada em 16 de maio, após a detecção do primeiro e único caso da doença em uma granja comercial de Montenegro (RS).
O Brasil, maior exportador de frango do mundo, fornece o produto a 151 países, sendo a China seu principal comprador que, somente em 2024, importou mais de 560 mil toneladas.
