
Quem diria que nos EUA, onde um quilo de carne moída de segunda custa R$75,00 e um quilo de bife custa R$150,00, milhões estariam morando na rua ou em velhos automóveis por não poder pagar aluguel e 42 milhões seriam alijados das suas cestas básicas. Os EUA viraram uma bagunça sem limites. Um caos social sem precedentes desde a quebra da bolsa em 1929.
A juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos Ketanji Brown Jackson suspendeu na 6ª feira (7.nov.2025) uma ordem que obrigava o governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) a pagar integralmente o Snap (Programa de Assistência Nutricional Suplementar). Eis a íntegra (PDF – 64 kB, em inglês). O auxílio é o maior programa de vale-alimentação do país e está em vigor há mais de 60 anos. Aproximadamente 42 milhões de norte-americanos são beneficiados mensalmente. A decisão tem caráter temporário.
Ketanji, rara insensibilidade ao sofrimento dos mais vulneráveis.

O Snap é um dos programas que estão em risco de viabilidade por causa do shutdown –paralisação parcial do governo federal provocada pelo impasse orçamentário entre a Casa Branca e o Congresso– do governo dos EUA.
Trump já declarou que o auxílio seria suspenso ou reduzido caso os democratas não encerrassem a paralisação governamental que asfixia as contas de agências reguladoras.

Cidades entraram na justiça contra o governo federal para obrigar a Casa Branca a realizar o pagamento do Snap a partir de outras contas, como do Departamento de Agricultura.

Houve decisões favoráveis para a obrigação, mas a ordem de Jackson deu tempo a Trump para não fazer o pagamento. A paralisação governamental resulta de um impasse entre republicanos e democratas para aprovar o Orçamento de 2026 no Congresso americano.
O shutdown, que já perdura a mais de 1 mês e afetou diversas áreas da economia norte-americana. Uma das mais recentes foi no tráfego aéreo do país. Mais de 850 voos, domésticos e internacionais, foram cancelados e operadores de tráfego estão trabalhando sem receber salário.
