Trem-Bala que liga SP ao RJ: vai começar a construção que pode revolucionar o transporte brasileiro.

Projeto do trem-bala entre SP e RJ avança com traçado, investimentos e previsão de obras, enquanto tecnologias chinesas elevam a disputa global.

O projeto do trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro entrou em uma nova fase e, segundo o canal Urbana, está mais próximo de sair do papel do que em qualquer outro momento das últimas décadas.

A proposta prevê uma ligação rápida entre as duas maiores metrópoles do país, reduzindo drasticamente o tempo de deslocamento hoje concentrado nas viagens pela Via Dutra ou nos aeroportos.

De acordo com o conteúdo apresentado no vídeo, os estudos recentes indicam que as obras civis podem começar ainda nesta década.

Traçado do trem de alta velocidade entre SP e RJ

Conforme explicou o canal Urbana, o traçado segue a diretriz já analisada pela ANTT em parceria com a TAV Brasil.

A linha deve ligar as capitais por um eixo direto, com apenas duas paradas intermediárias em São José dos Campos e Volta Redonda, aproveitando a estrutura consolidada do Vale do Paraíba.

O desenho atual difere das versões mais antigas, que incluíam partidas em Campinas e cruzamentos por áreas densamente urbanizadas.

Ainda segundo o vídeo, a estação de São Paulo deve ser implantada na zona norte, em área industrial próxima ao eixo ferroviário da Linha 7–Rubi.

A escolha busca inserir o terminal em um ambiente já habituado a infraestrutura logística, diminuindo conflitos de uso do solo.

O canal destacou que o trecho paulistano exigirá cerca de 20 quilômetros de túneis, solução necessária para atravessar bairros densos e redes de infraestrutura sem grandes impactos em superfície.

Em Guarulhos e Arujá, o projeto também prevê trechos expressivos de via subterrânea.

A partir da saída da região metropolitana, a linha emerge para seguir majoritariamente em superfície, o que reduz custos e simplifica a manutenção.

Como lembrou o Urbana, São José dos Campos deve se tornar o primeiro grande ponto de parada, funcionando como polo de conexão regional e redistribuição de fluxos.

Depois, o trem de alta velocidade passa próximo a cidades como Taubaté e Pindamonhangaba, sempre evitando centros urbanos consolidados para manter velocidade e segurança operacional.

Paradas no Vale do Paraíba e chegada ao Rio

Ao cruzar para o lado fluminense, o corredor ferroviário atende o Médio Paraíba.

Volta Redonda aparece como a principal estação intermediária no estado, conforme ressaltado pelo canal, por reunir população expressiva, indústria pesada e localização estratégica.

Na chegada ao Rio de Janeiro, novos túneis devem ser erguidos para atravessar áreas densamente urbanizadas da zona oeste até alcançar a região de Santa Cruz, local cotado para sediar o terminal final.

Segundo o Urbana, a versão mais recente do projeto prevê aproximadamente 417 quilômetros de extensão, quatro estações e operação dedicada de alta velocidade, isolada de trens de carga.

O investimento estimado gira em torno de R$ 60 bilhões, integralmente privado.

A tarifa cheia projetada para o trecho completo deve ficar em torno de R$ 500, enquanto viagens até São José dos Campos ou Volta Redonda devem custar cerca de R$ 250.

Estruturação do projeto e licenciamento ambiental

O canal também destacou que, desde 2023, a iniciativa deixou de ser apenas um estudo e passou a ter uma empresa privada autorizada a conduzir a estruturação: a TAV Brasil.

A companhia trabalha na modelagem financeira, na consolidação do traçado e no refinamento de engenharia.

Conforme acrescentado no vídeo, a empresa negocia aporte com grupos chineses, espanhóis e fundos árabes, combinando financiamento de longo prazo e transferência de tecnologia.

No campo regulatório, o projeto avança entre a viabilidade e o licenciamento ambiental. A etapa seguinte depende da obtenção de licenças, da definição detalhada dos impactos e da aprovação formal do traçado.

Somente após esse processo será possível iniciar desapropriações e contratar grandes pacotes de obras. O Urbana mencionou que as previsões mais recentes apontam para início de canteiros por volta de 2027, testes dinâmicos em 2031 e operação comercial a partir de 2032, caso todas as etapas avancem dentro do cronograma.

Do portal clickpetroleoegas.

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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