IBGE aponta nova redução de pessoas em condições de extrema pobreza

Pobreza e desemprego na América Latina  dificultam efetivação da Agenda 2030

Queda ocorreu pelo terceiro ano consecutivo

As parcelas da população brasileira que viviam em condições de pobreza e extrema pobreza caíram em 2024 pelo terceiro ano consecutivo, passando de quase 57 milhões em 2023 para 48 milhões em 2024, o que representa mais de 8,6 milhões de brasileiros fora das linhas de pobreza e extrema pobreza.

Os dados fazem parte do levantamento “Síntese de Indicadores Sociais”, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE. O pesquisador André Geraldo de Morais Simões, responsável pelo estudo, associou o resultado a fatores como o processo de recuperação do mercado de trabalho:

“Tanto o mercado de trabalho aquecido ele atuou no sentido de reduzir a pobreza, quanto os benefícios de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família e o Auxílio Brasil. Que eles ganharam maiores valores. Ampliaram o maior número de população que recebeu esses valores”, diz.

A queda nos números, no entanto, não eliminou a existência de disparidades regionais e de cor e raça no país. As taxas de pobreza e extrema pobreza nas regiões Norte e Nordeste seguem acima da média nacional. Outra desigualdade demonstrada é racial.

Entre os pretos, a pobreza chegava a 25,8% e a extrema pobreza a 3,9%. Na população parda, 29,8% eram pobres e 4,5% viviam em situação de extrema pobreza. Já entre os brancos, os índices foram menores: 15,1% eram pobres, enquanto 2,2% estavam na extrema pobreza.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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