O grande passo: uma questão de vontade política.

Ao assumir Agricultura, Fávaro cita conciliação e sustentabilidade.

Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Carlos Fávaro

Foto de José Cruz – Conteúdo da Agência Brasil

Transmissão do cargo ocorreu hoje, na Embrapa

O ministro recém-empossado da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assumiu hoje (2) a pasta com um discurso de conciliação com o agronegócio, mas conclamando as lideranças do setor a se engajarem no combate à fome e na proteção ao meio ambiente.

“Quantos brasileiros não puderam almoçar hoje? Esse é o grande desafio desse novo governo”, afirmou Fávaro no início da cerimônia de transmissão de cargo, ainda antes de cumprimentar os presentes. Ele afirmou que o momento é de união em prol desse objetivo, “independente do que passou”.

Fávaro disse ainda que uma de suas maiores missões é “pacificar o agronegócio” com lideranças que queiram o bem da agropecuária, do produtor rural, da população e que queiram combater a fome. Segundo o novo ministro ainda há brasileiros que lutam para ter três refeições por dia.

A fala de Fávaro faz um aceno às lideranças do agronegócio que fizeram oposição à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apoiar seu adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não conseguiu se reeleger. O novo ministro é produtor de soja e já foi vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil.

Ainda em tom conciliatório, Fávaro elogiou as gestões de todos os seus antecessores desde 2002, incluindo os ministros que ocuparam a pasta no governo Bolsonaro – Tereza Cristina e Marcos Montes –, citando ambos nominalmente.

Contudo, ele não poupou críticas a outras áreas da administração anterior, como por exemplo a preservação do meio ambiente e o aumento do desmatamento observado nos últimos anos.

“O Brasil se tornou pária mundial no que diz respeito ao desmatamento, ao meio ambiente, à condição de produzir com sustentabilidade. Esse é o maior desafio, reconstruir pontes com a comunidade internacional. Não porque eles querem, mas porque se faz necessário”, disse Fávaro.

O ministro acrescentou que uma de suas providências nesse sentido será a valorização da ciência e a recuperação de pastagens degradadas, que segundo dados citados por ele corresponderiam a cerca de 40 milhões de hectares. Com isso, seria possível aumentar a área de cultivo sem incremento no desmatamento, disse.

“Isso não será uma retórica ou simples discurso. Nós iremos abrir a porta para o crescimento sustentável da produção brasileira”, afirmou Fávaro antes de encerrar seu discurso, que ocorreu no auditório da Embrapa, empresa pública de pesquisas na área agropecuária que o novo governo promete fortalecer.

Estiveram presentes na cerimônia diversos parlamentares ligados à produção rural e outras autoridades como o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é do Mato Grosso, mesmo estado onde Fávaro fez carreira política e pelo qual se elegeu senador, apesar de ter nascido no Paraná.

O ministro da Agricultura anterior, Marcos Montes, não compareceu à cerimônia de transmissão de cargo, tendo sido representado pelo ex-secretário-executivo da pasta, Márcio Eli Almeida.

 

Plante que o João garante!

Arroz com Feijão ou Vice-Versa | Panela de Vó

Um saco de feijão carioca, da melhor qualidade (nota 8,5) está valendo R$387,50 no Oeste baiano. Isto significa R$6,45 o quilo, antes da passagem pela peneira densimétrica, separação de bandas, embalagem e enfardagem, sem a margem, fretes e impostos do distribuidor e do varejista.

Resultado: para o consumidor isso significa que custará mais de R$12,00 ao consumidor. Uma família média consome meio quilo por dia.

Se houvesse um governo preocupado com a alimentação das camadas mais vulneráveis da população, estaria incentivando a imensa área irrigada do Oeste a plantar feijão, reduzindo os preços para menos da metade. Como fez o Governo Figueiredo. Lembram do eslogan “Plante que o João Garante”?

A fome ronda 20,7 milhões de brasileiros, segundo IBOPE e UNICEF

De acordo com pesquisa do UNICEF, cerca de 86 milhões de brasileiros viram o rendimento de seus domicílios diminuir desde o início da crise causada pelo avanço da Covid-19

Desde o início da pandemia, em março de 2020, mais de 20,7 milhões de brasileiros deixaram de comer porque não havia dinheiro para comprar mais comida. Esse é o drama vivido por famílias que sofrem com a insegurança alimentar. Os dados constam em pesquisa do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF). Ainda de acordo com o levantamento, 5,5 milhões de brasileiros que moram com crianças ou adolescentes deixaram de comer por dificuldade financeira.

Segundo a especialista do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), Elisabetta Recine, o grau de insegurança alimentar varia de leve a grave, quando se observa o quadro desde o temor de faltar alimento para os próximos dias, até a situação real de que a pessoa deixou de realizar uma refeição.

 “A insegurança alimentar grave é quando as pessoas em geral tiveram que pular refeição, não comeram o suficiente, enfim, passaram fome, inclusive as crianças. Esse é o grau mais elevado de insegurança alimentar. Logicamente, quando você tem um impacto no peso e na altura, principalmente de crianças, é porque elas sofreram situações agudas ou crônicas de insuficiência alimentar”, pontua.

Leia a íntegra da matéria no portal Brasil 61

Veja outros links em que abordamos o mesmo tema:

Cesta básica do brasileiro surfa a onda dos preços altos durante a pandemia.

Não bastasse as altas do arroz, das carnes, dos derivados de milho, dos ovos, agora é o feijão que encontra forte avanço nas cotações.

As safras de inverno no Centro Oeste, irrigadas, não foram significativas e em Cristalina e Unaí, grandes municípios produtores, o carioca já é encontrado por R$275,00.

Especialistas avaliam, no entanto, que o feijão pode chegar a R$300,00 ainda em outubro, R$5,00 por quilo antes do beneficiamento, o que significa bem mais de R$8,00 na gondola do supermercado.

A alta já é maior que 45% em relação aos preços de setembro de 2019.

A previsão é de que os preços se mantenham durante a estação das águas, quando o plantio (fungos e bactérias) e a colheita são mais arriscados para o produtor.

Em 1981-1982, quando o feijão encontrou seu recordes em preços históricos – até 300 dólares a saca, a cultura foi responsável pela introdução de uma forte agricultura irrigada. Se o produtor tivesse uma semente de boa qualidade na tulha, podia plantar com um custeio de menos de 2 sacas por hectare. E os equipamentos de irrigação mais caros não custavam mais que 1.200 dólares por hectare.

Plante cana na chácara e faça o seu próprio combustível a R$0,40 o litro

A reportagem é do jornal O Estado de Minas. A produção própria de álcool hidratado, da cabeça ou do rabo da cachaça nos alambiques, fica muito barata. Só não pode vender sem antes fazer uma série de laudos técnicos. O Governo não permite. Mas pode trocar com os amigos e vizinhos.

Uma hectare de cana-de-açúcar tem potencial para produzir até 7.200 litros de álcool. E você pode irrigar com a água servida, adicionada do vinhoto da destilação. Num carro pequeno, tipo 1.0 ou 1.6 pode rodar até 72 mil quilômetros por ano. 

Uma tonelada de milho também produz mais de 400 litros de álcool. 

A preços de hoje, em torno de R$35,00 a saca, o álcool ficaria por R$1,45, menos da metade do preço que está sendo vendidos nos postos de combustível. 

Assim, o pequeno agricultor pode rodar tranquilo todo dia em seu veículo flex e ainda sobra uma porção de cachaça, para trocar por um saco de farinha de mandioca e uma leitoa gorda. Ou quem sabe até por uma bezerrada para engordar o plantel da chácara.

Veja aqui a reportagem completa.

Bahia deve fechar colheita de grãos com 8,8 milhões de toneladas

Pelo mapa da CONAB, a Bahia é o 9º estado em produção de grãos.

A Bahia deverá colher mais 8,8 milhões de toneladas de grãos na safra 2017/2018, segundo levantamento de maio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em todo Brasil, serão colhidas mais de 232 milhões de toneladas, um aumento de um 1,3% em relação à estimativa de abril. O resultado é segundo maior já registrado no País.

O Governo do Brasil destinou mais de R$ 200 bilhões em créditos para produção de grãos em 2017/2018. Os investimentos somaram R$ 16 bilhões a mais do que na safra anterior.

Temer afronta a lei ao negar a renegociação de dívidas dos agricultores

Proibição de bancos públicos renegociarem dívidas dos produtores aprovadas em Lei é classificada como ‘absurda’ por Eduardo Salles

O clima de revolta tomou conta dos deputados estaduais que compõem a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia na sessão desta terça-feira (15). O presidente do colegiado, Eduardo Salles, era um dos mais indignados com a decisão presidencial de proibir os bancos públicos de renegociarem as dívidas dos produtores rurais, mesmo após a aprovação, no Congresso Nacional, da Lei 13.606.

“Confesso que nunca vi um presidente da República determinar aos seus subordinados para descumprir a lei. É uma decisão absurda em todos os aspectos”, reclamou Eduardo Salles.

A alegação de Michel Temer para a proibição é que os descontos de 95% na renegociação das dívidas impostos pela lei devem vir do Tesouro Nacional, mas não teria previsão de recursos no orçamento.

Contra esse argumento, Eduardo Salles cita que orçamento pode ser remanejado, assim como foi feito recentemente pelo governo federal para quitar uma dívida com a Venezuela.

“Estamos falando da vida de milhares de agricultores da Bahia e do Nordeste, que precisam renegociar suas dívidas, causadas por anos de estiagem, para podermos retomar a força da agropecuária, um dos setores que mais gera emprego neste país. Não podemos asfixiar os agricultores, mesmo tendo uma lei que permite a renegociação”, disse o presidente da Comissão de Agricultura.

Os parlamentares decidiram entrar com ação no Ministério Público exigindo que o presidente cumpra o que determina a Lei 13.606 e vão encaminhar ofício aos ministérios do Planejamento e da Fazenda, deputados federais e senadores para sensibilizar da necessidade de cumprimento da lei.

“Essa luta parecia ter terminado em abril, quando o Congresso Nacional derrubou, de forma quase unânime, os vetos presidenciais à Lei 13.606. Mas parece que ainda temos outras batalhas. Vamos até o fim para garantir que a agropecuária baiana e nordestina possa ter acesso aos seus direitos”, garantiu Eduardo Salles.

Buritirama: sistema de abastecimento de água garante dessedentação animal em comunidades

 

Um sistema de abastecimento simplificado de água, por meio de poço tubular, construído pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) vai garantir o acesso a água para a dessedentação animal em cinco comunidades rurais no município de Buritirama, no Médio São Francisco baiano. O investimento foi de aproximadamente R$ 250 mil de recursos do Orçamento Geral da União, destinados à Codevasf por meio de emenda parlamentar.

No total, cerca de 380 famílias vivem nas comunidades beneficiadas: Pernada, Altamira/Bela Vista, Baixão de Santa Cruz, Brejo do Mucambo e Campina Dourada. As distâncias dessas localidades para a sede do município variam entre 20 e 70 quilômetros.

“A captação de água do sistema se dá pela sucção de bomba imersa em um poço. É uma ação de grande importância social, pois podemos perceber uma melhoria na qualidade de vida dessas famílias, que muitas vezes só tinham acesso a água para saciar a sede dos animais a cada 15 dias”, afirma Alan Fabiano Silva, técnico da Codevasf e fiscal da obra.

Os termos de entrega do sistema de abastecimento de água foram assinados neste mês na 2ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Bom Jesus da Lapa (BA), e garantem a transferência ao município de Buritirama, em caráter definitivo, de toda infraestrutura, execução, fiscalização, operação e manutenção do sistema.

Soja reage em todos os mercados e todos os vencimentos no País e Chicago

Em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães a soja balcão hoje era negociada a R$65,00 a saca, mas os preços devem reagir a partir de amanhã. A colheita deve se iniciar nos primeiros dias de abril.

As notícias são boas, tanto para o grande agronegócio como para a pequena agricultura: ontem o nível da barragem da hidrelétrica de Sobradinho atingiu 22,5%, garantindo que poderá chegar a ultrapassar 40% ao final das chuvas. Á água é o insumo mais importante para centenas de milhares de trabalhadores rurais e para os grandes projetos de irrigação de Petrolina e Juazeiro.

Agricultores baianos investem em estudo para uso de pó de rocha

Os agricultores baianos, por meio da Fundação Bahia, Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), vão passar a investir em pesquisas para utilizar a eficiência do pó de rocha moída com o objetivo de liberar mais potássio no solo como fonte de nutriente para as plantas, a baixo custo. 

Os estudos serão liderados pelo pesquisador da Embrapa Cerrados, Éder de Souza Martins, que apresentou nesta segunda-feira (29), para produtores e técnicos do oeste da Bahia, os resultados favoráveis do uso de pó de rochas silicáticas como fontes de potássio para o solo na agricultura.

Durante a apresentação, Martins reforçou que o uso adequado de agrominerais silicáticos simula processos naturais de renovação do solo e podem fornecer potássio, cálcio, magnésio, silício e outros micronutrientes, além da produção de argilominerais e acúmulo de matéria orgânica.

Desde 2000, o pesquisador da Embrapa conduz os estudos sobre diversos remineralizadores (insumos formados por rochas silicáticas moídas) oriundos de rochas abundantes no Brasil, que ampararam a legislação sobre o assunto.

 “Temos dois fornecedores de mineralizador próximos à região, em Dianópolis (TO) e Formosa do Rio Preto (BA), que podem atender a demanda local. Mas antes vamos testar se as rochas têm potencial de uso agrícola nos solos da região.

E, para isto, faremos os testes em casas de vegetação e no campo experimental da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, para comprovar a eficiência e potencialidade do pó de rocha para liberar nutrientes”, afirma Martins, da Embrapa, reforçando os diversos estudos que mostram a eficiência agronômica de vários tipos de rochas.

Durante a explanação aos técnicos e produtores, a presidente da Fundação Bahia, Zirlene Zuttion, reforçou que todos os estudos que possam reduzir os custos para os agricultores são incentivados na entidade.

Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, é importante avançar no uso da tecnologia em todos os processos que envolvem a produção agrícola.

“Pelos resultados já alcançados na prática, temos certeza que depois dos estudos específicos para a nossa região, o uso dos remineralizadores poderá ser uma realidade para trazer mais produtividade com menor custo para o produtor”, afirma.

Segundo a pesquisa da Embrapa, 95% do potássio usado na agricultura é importado, sendo que boa parte dos remineralizadores são ricos nesse mineral, além de conter cálcio e magnésio. Além de nutrirem as plantas, os remineralizadores podem, dependendo da fonte, contribuir para a correção do alumínio tóxico no solo e melhorar a capacidade de troca de cátions (CTC) do solo, propriedade importante para a retenção de nutrientes.

Desde março de 2016, os remineralizadores podem ser registrados no Ministério da Agricultura (Mapa) para uso específico na agricultura. As instruções normativa Nº 5 e 6, publicada em 10 de março de 2016, estabelecem as especificações para o uso destes insumos na atividade agrícola.

Veja, em vídeo, mais detalhes da rochagem e as melhorias que traz ao solo:

 

Tocantins: importância do consórcio lavoura-pecuária é destacado

Rodrigo, da Embrapa, disse que os benefícios são tanto para agricultores, como para pecuaristas

A importância da integração lavoura-pecuária (ILP) para o Tocantins, devido a suas condições sobretudo de solo e clima, foi abordada pela Embrapa em evento que oficialmente abriu o plantio da safra 2017/2018 no estado. O pesquisador Rodrigo Almeida, do núcleo de sistemas agrícolas da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), explica que os ganhos independem do tipo de atividade que o produtor desenvolve: “o uso do sistema de integração lavoura-pecuária numa propriedade é extremamente benéfico pra uma propriedade que tenha a característica só de agricultura ou pra uma propriedade que tenha a característica só de pecuária”.

A ILP é considerada uma estratégia que os produtores rurais podem adotar em suas áreas para aproveitarem melhor os recursos disponíveis. Através dessa integração, diferentes tecnologias são utilizadas de maneira complementar e proporcionam melhores rendimentos e ganhos de diferentes naturezas, incluindo agronômicos, ambientais e econômicos.

consórcio braquiária e milho

O pesquisador enumera alguns dos benefícios do sistema. “Pra um caso de um pecuarista que só tinha um pasto degradado, ao plantar lavoura num sistema de integração, ele recupera a fertilidade do seu solo, recupera a produtividade dos seus pastos e vai obter um aumento na taxa de lotação, ou seja, mais animais nas suas áreas. No caso de um agricultor que adota a pastagem nas suas áreas, ele vai ter o benefício de uma opção de rotação de cultura (porque vai entrar agora um capim quebrando aquela logística de pragas e doenças que se acostumaram com a lavoura), ele vai ter a grande vantagem de ter uma planta que vai produzir bastante massa, bastante palha pra cobrir o solo e fazer um plantio direto de qualidade que certamente vai aumentar a produtividade desse produtor”, explica.

A expansão do uso da integração nas propriedades rurais tocantinenses tem tudo para colaborar para crescimentos na área, na produção e na produtividade das lavouras de grãos. Na última safra, o estado produziu mais de 4,54 milhões de toneladas de grãos, com destaque para a soja (com mais de 2,82 milhões de toneladas), o milho (que teve produção de mais de 900 mil toneladas) e o arroz (com mais de 670 mil toneladas). Os números foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Otimismo do governo – O secretário do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, Clemente Barros, está otimista. Segundo ele, “as expectativas da próxima safra, apesar de termos um atraso nas chuvas, ainda são de crescimento, tanto na área, como na produção. Vamos crescer, como sempre nos anos anteriores, em percentuais acima do percentual nacional”.

O sentimento é compartilhado por Claudia Lelis, governadora em exercício. “Eu tenho certeza de que nós iremos, sim, mais uma vez colher uma safra forte, uma safra ainda maior porque nós temos nossas terras férteis, um clima favorável, uma logística para escoar nossa produção, que a cada dia avança mais nesse setor. Mas principalmente nós temos a garra, a determinação, a experiência e especialmente a consciência desses homens e mulheres do campo que dedicam a sua vida à agricultura, a sua vida a movimentar o nosso agronegócio e a aquecer cada vez mais a nossa economia”.

No evento de abertura oficial da nova safra no Tocantins, ocorrido no último dia 13, a governadora em exercício realizou um plantio simbólico na Fazenda Conquista, em Alvorada, região Sul do estado. A propriedade é de José Alexandre Salmazo. Também participaram do evento, pela Embrapa Pesca e Aquicultura, o chefe geral interino Alexandre Freitas e o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Eric Routledge. Diversas autoridades estiveram presentes, além de Claudia Lelis e Clemente Barros.

Tópicos para reflexão nas manifestações deste sábado em Correntina

Independente do grande acordo que se possa traçar em todo o Oeste, alguns itens são importantes:

  1. Uma moratória para a outorga de águas no mínimo pelos próximos 10 anos.
  2. A proibição da tomada de água dos rios do Oeste, com exceção daqueles destinados à pequena agricultura e dessedentação animal e humana, no período de julho a novembro.
  3. O estabelecimento de um comitê multilateral específico para tratar do meio ambiente, que trate inclusive da remuneração da retirada da água dos rios e lençóis freáticos superficiais e profundos.
  4. A retomada dos estudos técnicos da situação do aquífero Urucuia e a determinação da sua capacidade de fornecimento de água. 
  5. Proteção ampliada não só das nascentes dos rios e veredas, como das chaminés de realimentação do Aquífero.
  6. A proposição de um plano semelhante ao projeto público de irrigação Formoso, gerido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Bom Jesus da Lapa. O Formoso proporciona mais de 10 mil empregos, fatura R$285 milhões por ano de frutas diversas, em 7,9 mil hectares, e consome pouca água através do gotejamento e da micro-aspersão.

  Projeto Formoso: preservação do meio ambiente, compromisso com o social, geração de renda e de cidadania.

Termina dia 29  prazo para negociação de dívidas de projetos da Codevasf

Os produtores dos projetos de irrigação administrados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) têm até o dia 29 de novembro para negociarem suas dívidas de titulação e tarifa d’água produtores (conhecida como K1). Ao todo, 2,5 mil lotes já tiveram suas dívidas liquidadas até o final de setembro. A taxa do K1 refere-se ao uso de investimentos do governo federal na implantação, reabilitação e modernização da infraestrutura de irrigação de uso comum dos perímetros.

Segundo dados da Unidade de Gestão das Cobranças da Codevasf, em Brasília, pouco mais de R$ 9,5 milhões já foram arrecadados pela Companhia, sendo cerca de R$ 2 milhões provenientes da negociação do K1 e aproximadamente R$ 7 milhões vindos da titulação de lotes.

“Os descontos, que vão até 90% do valor total da dívida, são válidos apenas para pagamento total do saldo atualizado. Mesmo os agricultores que participaram de processos de renegociação de suas dívidas no passado poderão obter o desconto para liquidação dos débitos. Aqueles agricultores que possuem mais de um lote também poderão liquidar seus débitos”, destacou o presidente da Codevasf, Avelino Neiva.

A secretária-executiva da Área de Gestão de Empreendimentos de Irrigação da Codevasf, Mara Núbia dos Reis, destaca a importância dos produtores em aproveitarem esse desconto e renegociarem suas dívidas. “É a oportunidade do produtor regularizar sua situação para não ter seu nome inscrito no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin)”, explica.

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Correntina: nova manifestação acontece neste sábado

Uma nova manifestação está prevista para ocorrer em Correntina, neste sábado (11) no conflito sobre uso de água na região.

A questão põe em um lado fazendeiros e do outro, ribeirinhos e pequenos produtores rurais.

Segundo o coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na Bahia, Gilmar Santos, que acompanha o conflito, a questão ambiental é a que chama à atenção. O fato, acrescenta Santos, é motivo de discórdia há cerca de 40 anos.  

“A situação do oeste da Bahia é muito complexa. Esse pessoal que reagiu é fruto de uma ação que vem ocorrendo há mais de 40 anos. Historicamente, essas famílias já vêm chamando atenção para a necessidade de demarcação e de regularização das áreas de “feicho” de pasto”, disse em entrevista ao Bahia Notícias.

IBGE estima queda de 8,9% na safra de grãos em 2018

A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas do país no ano que vem deverá ser 8,9% abaixo da safra de 2017. A estimativa é do primeiro prognóstico da safra de 2018, divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, a safra deverá ficar em torno de 220,2 milhões de toneladas em 2018, 21,4 milhões a menos do que a produção esperada para este ano.

São esperadas quedas nas três principais lavouras de grãos do país: soja (-6,3%), milho (-14,4%) e arroz em casca (-6,8%). Também é esperado um recuo na produção de algodão herbáceo em caroço (-1,5%). Dentre as cinco principais lavouras, apenas o feijão em grão deverá ter aumento na safra: 1,3%.

As cinco regiões do país deverão ter queda na safra no ano que vem, em relação a esse ano: Norte (-3,2%), Nordeste (-5,8), Sudeste (-4,8%), Sul (-12,3%) e Centro-Oeste (-8%).

Safra de 2017

O IBGE também divulgou hoje sua décima estimativa para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2017, realizada em outubro. De acordo com a nova estimativa, a safra deste ano deverá ser 0,2% menor do que a estimada pelo nono levantamento, realizado em setembro.

Ainda assim, espera-se que o ano seja encerrado com uma safra 30% superior à observada em 2016: 241,6 milhões de toneladas, ou 55,8 milhões de toneladas a mais do que no passado.

Entre as principais lavouras, a soja deverá fechar 2017 com uma alta de 19,4% e o arroz com um crescimento de 16%. O milho teve aumento de 27,3% na primeira safra do ano e de 72% na segunda safra, de acordo com o IBGE. Da Agência Brasil.

Produtores se mobilizam pelo fim do FUNRURAL por decisão do Legislativo

Imagem: web farm

Sérgio Pitt, presidente da ANDATERRA, desencadeia campanha nacional pela mobilização dos produtores contra as decisões governamentais recentes do Governo em relação à cobrança do passivo do Funrural.  

A Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra – ANDATERRA, foi a protagonista e a idealizadora da Resolução do Senado n.º 15/17, publicada em 13 de Setembro de 2017 no Diário Oficial da União, medida que converteu-se em solução eficaz e juridicamente indicada para sacramentar a inexigibilidade do FUNRURAL.

Diz Pitt que é muito importante a mobilização dos produtores, para comparecerem à reunião da Comissão Mista da MP 793, a ser realizada nesta segunda-feira, dia 06/11/2017 às 14:00, Ala Senador Nilo Coelho, Plenário nº 2 do SENADO, e cobrar de seus Senadores e Deputados (que integram referida comissão):

  1. a) a elaboração de um texto (substitutivo global) que respeite a Resolução do Senado n.º 15/17, tal como sugerido;
  2. b) a rejeição de toda e qualquer proposta que trate de Refis;
  3. c) a rejeição do art. 15 que trata da contribuição ao SENAR, que pretende “regularizar” a sub-rogação da contribuição destinada ao sistema sindical, matéria completamente alienígena ao objeto da Medida Provisória, autêntico contrabando legislativo (JABUTI) a revelar flagrante inconstitucionalidade (ADI 51271);

Sérgio Pitt conclui:

“A redação sugerida pela ANDATERRA coloca uma pedra sobre toda e qualquer discussão em relação ao FUNRURAL, razão pela qual a defenderemos, tanto na comissão mista, quanto no Plenário da Câmara e do Senado, a fim de que o direito do produtor rural e a autonomia do Senado da República sejam observados e acima de tudo respeitados, eliminando, definitivamente, este problema que atormenta a vida de milhões de famílias de agricultores e pecuaristas em todo o Brasil.”

ANDATERRA entrega ao Presidente do Senado parecer de jurista sobre o Funrural

O presidente da Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra – Andaterra, Sérgio Pitt, entregou, hoje, ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, o parecer do Ilustre jurista Ives Gandra da Silva Martins, que trata da eficácia e aplicação da Resolução senatorial n.º 15, de 2017, medida legislativa que pôs fim ao Funrural.

Pitt encontrou-se também com vários senadores, entregando o parecer de Gandra, para reforçar as posições da ANDATERRA.

Nas palavras do renomado constitucionalista “Por ser, o controle difuso, solução judicial entre partes, entendeu, o constituinte, que a Casa Representativa da Federação – que possui o maior Poder da República, pois podendo afastar Presidente da República e Ministros da Suprema Corte de suas funções, por conduta não republicana (art. 52, X, da CF) – teria o poder supremo de dar eficácia ampla ou limitada às decisões do Pretório Excelso proferida em litígios entre partes, cujo resultado fosse de declaração de inconstitucionalidades.”

No ofício encaminhado ao Senado, Pitt assevera:

Em que pese a clareza solar com que é definida a matéria, a Receita Federal e a PGFN insistem em desafiar a autoridade do Senado da República anunciando, em toda a parte, através de pareceres e publicações, que a resolução é inócua e não teria a força de afastar a exigibilidade do tributo, em vil afronta ao que foi decidido e promulgado pelo maior Poder da República.

Diante dessas malsinadas manifestações dos órgãos federais que atentam contra o comando da resolução do Senado e em afronta até mesmo ao Decreto Presidencial 2346/97 (§ 2º do art. 1º), rogamos à Vossa Excelência que tome todas as medidas cabíveis para o fiel cumprimento da Resolução n.º 15/17, em respeito, ainda, ao Estado de Direito e até a harmonia e independência entre os Poderes.

Reiteramos, ao fim e ao cabo, nosso compromisso e disposição de colaborar com um País de Ordem e Progresso, alicerçado no respeito entre os Poderes e na garantia da legalidade, reconhecendo na Resolução 15, de 2017, que pôs fim ao FUNRURAL, um instrumento legítimo, de cumprimento da mais lídima e salutar Justiça e que devolve segurança jurídica para que possamos continuar produzindo, gerando empregos, riquezas e divisas para o avanço do Brasil e sustento alimentar do mundo!

IBGE prevê produção estacionária para o “Feijão Maravilha” na safra 2017.

A produção nacional de feijão deve alcançar 3,4 milhões de toneladas em 2017, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção aumentou 1,4% em relação à estimativa de agosto, com avanço de 2,3% na área plantada, mas recuo de 0,2% no rendimento médio.

A 1ª safra de feijão está estimada em 1,6 milhão de toneladas, redução de 1,0% na produção ante a estimativa de agosto. O Estado de São Paulo diminuiu em 18.250 toneladas a safra, 9,9% menos do que o previsto em agosto.

Feijão em fase de maturação sob irrigação

Já a 2ª safra de feijão teve um aumento de 3,8% no mês, acompanhando elevações no rendimento médio (0,5%) e na área colhida (3,4%). Houve redução na expectativa de produção de Pernambuco (-27,5%) e de Alagoas (-43,3%) causada por problemas climáticos. Mas a produção cresceu em setembro em Minas Gerais (4,2%), São Paulo (11,5%), Mato Grosso (9,9%), Bahia (18,7%) e Goiás (47,9%).

Feijão Maravilha nos anos 80

No ano de 1979/80 o feijão chegou a custar 450 dólares na lavoura, levando-se em conta inclusive a inflação do dólar. Cerca de R$2.700,00 a saca na moeda de hoje.  Era uma fortuna. Dois sacos pagavam o custeio por mais oneroso que fosse, inclusive com irrigação tocada a óleo diesel. O Brasil tinha produzido metade da sua demanda, que na época também beirava os 4 milhões de toneladas, e as autoridades procuravam no México e nos Estados Unidos feijão para importar. O clamor público foi tão grande que um grupo musical popular na época, as Frenéticas, gravaram uma música, “Feijão Maravilha”, que foi grande sucesso. A Rede Globo, embalada no sucesso da música, colocou no ar uma novela com o mesmo título.

A produtividade brasileira mal alcançava 20 sacos por hectare. A partir daí, entraram no mercado os modernos sistemas de irrigação, como os aspersores auto propelidos e os pivôs centrais, que multiplicaram a produtividade do feijão irrigado nas épocas de estio.

Foi um grande salto: até esse momento o feijão era produzido em consórcio com o milho, como lavoura secundária, em roças pequenas e alheias a qualquer tecnologia.

Na época, começaram a difundir-se o plantio de sementes básicas, para a produção de sementes certificadas; criaram-se cepas comerciais do rhizobium phaseoli; desenvolveram-se fungicidas, nematicidas e até antibióticos para ataques de bactérias; a irrigação sofisticou-se e foi intensificada a adubação com macro e micronutrientes.

Hoje o feijão está numa faixa de US$40 a saca de 60 quilos, depois de experimentar, há dois anos, preços de até R$550,00 para os grãos de melhor qualidade.

Lavoura de feijão carioca com grande carga e alta produtividade.

Nos lares do brasileiro de classe média, o feijão ainda é a mais saudável fonte proteica. Mas nos restaurantes mais sofisticados o feijão não consta do cardápio. Outro fato relevante é que a agitação das grandes cidades já não permite tempo para o cozimento do feijão, sendo substituído por lanches e alimentos processados. Daí, o estacionamento de mais de 37 anos da produção absoluta e do consumo.

CONAB prevê redução de safras em função de redução das chuvas no cinturão produtivo

A estimativa de intenção de plantio para a safra 2017/18 de grãos aponta para uma produção entre 224,1 a 228,2 milhões de toneladas, o que representa um recuo entre 6 e 4,3% em relação à safra passada, de 238,5 milhões de toneladas. Os números estão no 1º Levantamento da safra 2017/18, divulgado nesta terça-feira, 10, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Condições climáticas altamente favoráveis contribuíram para a safra passada alcançar recorde histórico. Tais condições dificilmente se repetirão, por isso a expectativa de redução produtiva.

Com relação à área plantada, espera-se a manutenção ou um aumento de até 1,8% sobre a safra 2016/2017, podendo atingir números aproximados de 61 a 62 milhões de hectares, graças ao aumento do plantio de algodão e, sobretudo, da soja.

A produtividade deve sofrer redução para praticamente todas as culturas. A previsão se baseia nas análises estatísticas das séries históricas e dos pacotes tecnológicos utilizados nos últimos anos, uma vez que recém começou o plantio das culturas de primeira safra.

Soja e milho continuam como as principais culturas e devem responder por cerca de 89% do total produzido no país. A expectativa é de que a produção de soja alcance entre 106 e 108 milhões de toneladas e a do milho total, 93,5 milhões, distribuídas entre primeira e segunda safra.

A área para milho primeira safra, que sofre a concorrência do cultivo de soja, deve ser reduzida entre 10,1% a 6,1% em relação a 2016/2017, o que vai refletir na diminuição da área absoluta entre 552,5 e 336,3 mil hectares.

Já a soja, que vem oferecendo maior liquidez e possibilidade de melhor rentabilidade frente a outras culturas, deve alcançar maior área para produção, com um incremento médio de cerca de 2,7% comparado à safra passada, algo entre 34,5 e 35,2 milhões de hectares.

Produtos como algodão, feijão preto, girassol e mamona deverão aumentar sua produção. O algodão deve ter também aumento de área em relação à safra anterior. A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos do país, entre os dias 24 a 29 de setembro.

Agropecuaristas podem estar se livrando do fantasma do passivo do Funrural

Sérgio Pitt, um dos signatários da carta aberta à Presidência, como presidente da ANDATERRA.

Uma audiência realizada hoje, no Palácio do Planalto, entre os ministros da Agricultura, Planejamento e da Fazenda pode significar um passo importante para o sepultamento do alegado passivo do Funrural. O imposto já teve decisão unânime do Supremo Tribunal Federal em seu desfavor (fevereiro de 2010), alterado mais tarde por outra decisão de complicados 6×5 em favor da manutenção do tributo.

Em manifesto enviado à Presidência, chancelado por mais de 10 entidades representativas do agronegócio e da pequena agricultura, os agricultores pediram atenção sobre a decisão do Senado Federal, de 13 de setembro do corrente, que retirou do ordenamento jurídico a norma incompatível.

Assim, encaminha-se o fim da insegurança jurídica pelo pagamento do passivo, mesmo que parcelado, e dos pagamentos futuros, que chegam a alcançar 25% da rentabilidade líquida da lavoura e da pecuária.

Veja aqui a íntegra do manifesto.

Estudo realizado pela Codevasf confirma impacto de projetos irrigados para desenvolvimento regional

Perímetro Irrigado Nilo Coelho

Do Vale do São Francisco para diversos lugares do Brasil e do mundo. Esse tem sido o destino de frutas produzidas em projetos públicos de irrigação implantados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Estudo feito recentemente pela Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação da Codevasf constata o impacto desses empreendimentos na região, traduzido em números que retratam aumento da produção e da produtividade agrícola, maior oferta de alimentos à população, ampliação da oferta de empregos diretos e indiretos e geração de renda estável, seja na zona rural ou na urbana.

Ao longo de 25 anos, de 1975 a 2000, foi verificado que a desenvolvimento econômico daqueles municípios, com agricultura irrigada, apresentou incremento 2,5 vezes superior em relação aos que não apresentaram essa atividade. Considerando somente o segmento rural como elemento comparativo, a taxa de incremento foi 5,3 vezes superior entre os referidos grupos de municípios.

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Seminário discute a importância da irrigação por gotejamento no uso racional da água

Evento acontece dia 26 de outubro em Brasília

Diante das discussões cada vez mais presentes sobre o uso racional da água, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), em parceria com a israelense Netafim, realizarão seminário técnico sobre a importância e os desafios da irrigação por gotejamento no país. O evento acontece 26 de outubro, na sede da CNA em Brasília e irá apresentar aos produtores rurais os avanços e benefícios da técnica no Brasil.

Novas tecnologias e aplicações vêm aprimorando a utilização da tecnologia pelos agricultores brasileiros. Embora o país seja privilegiado por um clima benéfico ao desenvolvimento das culturas, os recentes casos de crises hídricas em diversas regiões, acendeu os debates a respeito da sustentabilidade dos recursos naturais pela agricultura.

Apesar do planeta ter 75% de sua superfície composta por água, apenas 2% dela é doce. Desses, 70% é utilizado pela agricultura ou pecuária, por isso, pensar em tecnologias que melhoram o aproveitamento do recurso natural é fundamental para o futuro da população mundial e sua necessidade alimentar.

“Para satisfazer a crescente demanda alimentar no mundo, precisamos encontrar soluções inteligentes que otimizem a utilização dos recursos naturais, garantindo alta produtividade nos campos”, ressalta Carlos Sanches, diretor de Marketing Mercosur da Netafim.

A irrigação inteligente, gota a gota, reduz o consumo do recurso natural em 60%, ao mesmo tempo que garante ganhos significativos de produtividade em diversas culturas. Para se ter uma ideia de cada 100 litros de água aplicados por inundação, apenas 45 litros chegam na planta, sendo que na irrigação inteligente a eficiência é de 95%. Assim, é possível afirmar que a tecnologia torna a água mais produtiva.

E embora seus benefícios sejam indiscutíveis, muitas dúvidas sobre manejo e aplicação ainda ocorrem no campo. Nesse sentido o seminário busca apresentar as novas opções e fomentar a discussão sobre o tema por meio de palestras.

O seminário contará com a presença de técnicos especializados e também apresentará relato de produtores que apostaram na irrigação localizada e estão colhendo resultados surpreendentes.

Na palestra Utilização Racional de Água na Agricultura Irrigada serão apresentados exemplos da utilização racional da água em Israel e a eficiência do uso da água na irrigação.

Os Princípios de Irrigação Localizada e suas Principais Aplicações fará um histórico da irrigação por gotejamento, as principais operações e o funcionamento dos sistemas. Também serão apresentadas importantes aplicações de grandes projetos e na agricultura familiar.

O painel Avanços Tecnológicos da Irrigação Localizada irá apontar algumas aplicações especiais, casos de sucesso – como nas culturas do café e do arroz -, e abordará o Digital Farming, uma nova tendência no campo.

Para finalizar o evento contará com uma mesa redonda onde os participantes poderão esclarecer suas dúvidas e expressarem suas opiniões sobre irrigação localizada e os benefícios que obtiveram ao adotar estas tecnologias.

Moro e Temer são responsáveis pelo fim do Programa de Aquisição de Alimentos

O corte orçamentário para o Programa de Aquisição de Alimentos em 2018 anunciado pelo atual governo federal é de 99%, com a destinação de apenas R$ 750 mil reais para todo o território nacional, o que significa praticamente a extinção do programa.

Entre outras barbaridades jurídicas, o juiz Sergio Moro é acusado por uma entidade de Direitos Humanos que representa agricultores familiares do Paraná de ter ajudado a desmontar nacionalmente o Programa de Aquisição Alimentar (PAA), lançado pelo governo Lula, em 2003.

A avaliação, feita pela assessora jurídica do Terra de Direitos, ocorre no momento em que os agricultores celebram publicamente a absolvição de inúmeros trabalhadores presos por Moro na operação “Agro-Fantasma”, em meados de 2013.

A Terra de Direitos é uma organização que surgiu em Curitiba, em 2002, para atuar em situações de conflitos coletivos relacionados ao acesso à terra e aos territórios rural e urbano.

Em nota, a instituição informou que agricultores familiares presos por Moro na Agro-Fantasma foram considerados inocentes pela Justiça neste ano, e promoveram uma cerimônia simbólica de absolvição na sexta-feira (6), na Câmara de Vereadores de Irati.

O evento deve relembrar as investigações da Polícia Federal, que duraram mais de 3 anos com o objetivo de apurar supostos desvios no PAA, vinculado ao Programa Fome Zero.

A Terra de Direitos afirmou que as prisões impostas no Moro no caso foram “infundadas” e sustentou que o juiz teve papel importante no esvaziamento do programa em nível nacional.

“(…) não é acaso que as prisões preventivas de lideranças de associações e cooperativas de agricultores agroecológicos foram decretadas pelo juiz Sérgio Moro, representando interesses claros na desestruturação de políticas e programas sociais implementados no período político anterior”, destaca Naiara Bittencourt, assessora jurídica da Terra de Direitos.

“Além da criminalização e na prisão indevida dos agricultores, a Operação Agro-fantasma também contribuiu para o enfraquecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ação criada pelo governo federal em 2003 para aquisição e comercialização de produtos da agricultura familiar”, diz, em nota.

Acabar com o PAA pode significar o aumento da dependência de alimentos manufaturados, dominados por grandes conglomerados estrangeiros. Daí, à venezualização do País, é um passo. Quando acabarem as feiras livres do bairro e os mercados públicos vamos ficar sabendo como isso se processa. 

A pequena agricultura e o pequeno produtor rural são os verdadeiros esteios econômicos do País.

Milho com preço subsidiado será ofertado a pequenos criadores do Norte e Nordeste

Nesta sexta-feira (6), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contratou frete, por meio de leillão eletrônico, para o envio de mais 14,17 mil t de milho em grãos para diversos estados. O produto será ofertado a pequenos criadores e agroindústrias de pequeno porte, por meio do Programa de Vendas em Balcão (ProVB). Os embarques começam em 23 de outubro.

O Ceará receberá 6,5 mil toneladas, o Rio Grande do Norte 5,1 mil t, o Amazonas 2 mil t , o Distrito Federal 1,47 mil t e o Acre, mil t. Em razão das adversidades climáticas, desde abril, o milho é comercializado nas regiões Norte e Nordeste pelo preço de R$ 33 a saca de 60 quilos, com limite de 10 toneladas/mês por criador. O valor especial vale até 31 de dezembro.

Nas demais regiões, o Programa de Vendas em Balcão oferta milho a preços compatíveis com os dos mercados atacadistas locaia. As quantidades, neste caso, também são diferentes. Cada criador pode adquirir até 14 t de milho por mês.

Além das remoções para abastecimento do ProVB, o leilão desta sexta-feira contratou transporte para o reposicionamento estratégico de 26 mil t de milho, do Mato Grosso para Palmeira do Piauí/PI, para atendimento a demandas futuras.

Novo leilão de frete já está marcado para o dia 18 deste mês, para a remoção de mais 31,96 mil t, também no âmbito do ProVB. O milho, armazenado no MT será enviado para as seguintes localidades: Rio Grande do Norte (9 mil t), Paraíba (8,1 mil t), Ceará (5,5 mil t), Piauí (2,2 mil t), Alagoas (2 mil t), Pernambuco (1,7 mil t), Goiás (1,56 mil t), Roraima (1,1 mil t) e Maranhão (800 t). As regras estão no aviso nº 207, disponível aqui.

Confira aqui o resultado do leilão de hoje (Aviso nº203)

Produtos da agricultura familiar estarão presentes na Superbahia 2017

Barras de cereais, iogurte, queijo de cabra, néctar de frutas, café, chocolates finos, mel, cachaça e uma variedade de produtos, de 15 cooperativas da agricultura familiar do estado da Bahia, estarão presentes na maior feira do setor supermercadista do Norte-Nordeste do Brasil, a 8ª Feira e Convenção Baiana de Supermercados, Atacados, Padarias, Restaurantes e Distribuidores (Superbahia). O evento acontece no período de 18 a 20 de julho, na Arena Fonte Nova, em Salvador.

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e da Superintendência da Agricultura Familiar (SUAF), em parceria com a Rede Caatinga, organizou a participação dos segmentos da agricultura familiar no evento, que estarão expondo seus produtos em um estande de 57 metros quadrados, onde será possível fazer degustação e fechar negócios com o segmento da rede de atacadistas do estado e do Brasil.

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CONAB confirma super safra com crescimento de mais de 27% na produção

Foto da divulgação AIBA

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje (11), em Brasília, as estimativas do décimo levantamento da safra correspondente ao período 2016/17. A pesquisa foi realizada de 18 a 24 de julho em todas as regiões produtoras do país, através de diversas instituições e informantes cadastrados.

Diferentemente dos dados divulgados em maio, que previa uma supersafra de 232 milhões de toneladas de grãos, a Conab informou que o número pode chegar a 237,2 milhões de toneladas. Uma produção recorde, com crescimento de 27,1% com relação ao período anterior.

Para a empresa, a supersafra se deve a condições climáticas favoráveis e ao aumento da produtividade média em todas as culturas, com destaque para o milho e a soja, considerados carros-chefe da produção de grãos no país, com alto nível de aplicação tecnológica.

De acordo com a pesquisa, a soja deve crescer 19,4% e chegar a 113,9 milhões de toneladas colhidas, mantendo assim a expectativa dos números divulgados em maio. Já a produção de milho pode chegar a 96 milhões de toneladas, 44,3% acima da safra 2015/2016.

Economia em alta

Segundo o secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sávio Pereira, a produção de grãos no Brasil tem um impacto muito grande na economia:

“O agronegócio está gerando um superávit de US$ 40 bilhões na balança comercial brasileira no primeiro semestre de 2017”.

Ele destacou que todos os números divulgados até agora são positivos e que o país tem um considerável estoque de alimentos. “Isso também gera um impacto positivo no preço dos produtos. A agricultura tem cooperado de forma muito efetiva com a economia do país”.

O gerente de Levantamento de Safra da Conab, Cleverson Santana, alerta que a expectativa é muito positiva, mas ainda é necessário aguardar o encerramento das colheitas para fazer um balanço geral:

“As condições climáticas estão sendo muito favoráveis. Não estamos tendo nenhum problema expressivo. Contudo, apenas 26% da segunda safra foi colhido. Vamos continuar monitorando. A expectativa é positiva”, observou.

Os números definitivos da supersafra serão divulgados em setembro.

Parceria entre Codevasf e Aiba cria oportunidade de emprego rural em Barreiras

Codevasf cedeu uma área de 6,6 hectares para implantação do Programa Jovem Aprendiz Rural, que foi inspirado no Projeto Amanhã, desenvolvido pela Companhia


Uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) está permitindo a capacitação profissional e a inserção no mercado de trabalho de jovens em situação de vulnerabilidade social no município de Barreiras, localizado a 873 quilômetros de Salvador. Trata-se do Programa Jovem Aprendiz Rural, criado para atender à lei que exige cota de jovens aprendizes em empresas, seja indústria ou propriedade rural.

A Codevasf cedeu uma área de 6,6 hectares para implantação do programa em área rural em ambiente controlado da fazenda-modelo, segundo informação de Helmuth Kieckhöfer, superintendente do Instituto Aiba. No espaço, os alunos plantam milho, coentro, quiabo, batata, soja, entre outros produtos agrícolas, o que ajuda a suprir a mesa de famílias de baixa renda. Desde a criação, o programa já certificou 12 turmas, inserindo mais de 200 jovens qualificados no mercado de trabalho.

Em Barreiras, o programa é coordenado pelo Instituto Aiba e também conta com a parceria do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB) e com apoio do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural / Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Senar/Faeb), Ministério do Trabalho e de algumas empresas do ramo agrícola e associados da Aiba.

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Cotação do feijão anda de lado depois de uma semana de preços positivos

Depois de alcançar uma semana de preços positivos, com cotações de R$250,00 para a variedade Carioca de melhor qualidade e forte recuperação do feijão preto, com a saca de 60 quilos comercializada a R$200,00, nesta segunda-feira foram ofertadas 40 mil sacas, na Bolsinha em São Paulo.

Foram negociados aproximadamente 30% do total, restando até as 6:55 hs a quantidade de 28 mil sacas. O mercado ficou calmo e os preços recuaram, a presença de compradores foi boa, porem muitos aguardaram para negociarem mais tarde.

O carioca extra foi negociado no máximo a R$ 220 a saca. A maioria do feijão continua proveniente do estado do Paraná e Minas Gerais.

Na sexta-feira, o feijão foi cotado no Oeste baiano a R$210,00. O plantio de novas lavouras irrigadas sob pivô central deverá estar, como no ano passado, limitado pela falta de energia e de água.

Na região de Cristalina, Goiás, as lavouras apresentam boas condições e trabalhos nos campos devem começar a partir do dia 20 de junho. Produtores buscam sementes de qualidade e com alto vigor. Preços giram em torno de R$ 200 a R$ 230 a saca na região. Com intensificação da colheita em julho, cotações podem ceder.

Produtor de Luís Eduardo é campeão de produtividade de soja do norte/nordeste

Leandro Ficagna produziu quase 96 sacas de soja por hectare e se tornou campeão, neste ano, de todo o amplo território do Norte e Nordeste do País.

O produtor Marcos Seitz, de Guarapuava (PR), é o campeão do Desafio de Máxima Produtividade 2016/2017 realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). Além disso, o paranaense registrou o novo recorde nacional de produção de soja ao estabelecer 149,08 sacas por hectare (sc/ha). O recorde anterior era de 141,8 sc/ha, registrado na safra 2014/2015. Os números representam quase o triplo da média nacional de produção de soja. O anúncio do vencedor aconteceu nesta terça-feira (13/6), na cidade de Passo Fundo (RS).

Esta foi a quarta participação consecutiva de Marcos Seitz no Desafio, e a segunda vez que o produtor conquistou o título. Na safra 2012/2013 Seitz havia registrado a produção de 110,5 sc/ha, resultado que à época também o sagrou campeão e também configurou recorde nacional.

Neste ano o CESB recebeu mais de cinco mil inscrições de produtores rurais interessados em produzir mais soja na mesma área de plantio. O número é 12% maior que o total do ano passado. “O recorde de adesões representa a importância que as pesquisas, novas tecnologias e o uso da sustentabilidade no campo adquirem no dia a dia do produtor de soja”, explica o presidente do comitê Nery Ribas.

O evento de premiação também coroou os campeões de produtividade nas demais regiões do país. Na região Sudeste o campeão foi José Renato Nunes, da cidade de Capão Bonito (SP), com 108,26 sc/ha. Nas regiões Norte e Nordeste o vencedor do Desafio foi Leandro Ficagna, de Luís Eduardo Magalhães (BA), com 95,76 sc/ha. Na região Centro-oeste o produtor Elton Zanella atingiu, na cidade de Campos de Júlio (MT), a produção de 122,20 sc/ha, a segunda maior marca na safra 2016/2017.

Plataforma de conhecimento

Nos próximos anos o CESB pretende contribuir e influenciar ainda mais no aumento da produtividade agrícola nacional. Para isso iniciou o desenvolvimento de uma plataforma para disseminar esse objetivo, com a sustentabilidade e a rentabilidade dos campeões do Desafio. “O produtor sabe que o campo apresenta riscos e desafios. O nosso comprometimento é ajudá-lo a caminhar pela trilha da alta produtividade”, explica Nery.

Bahia lidera volume de renegociações de dívidas rurais no Nordeste

Mais de nove mil produtores já recorreram ao benefício que oferece descontos de até 95%. Interessados devem procurar a agência bancária até o final deste ano

Brasília-DF, 9/6/2017 – As condições criadas pela Lei 13.340, regulamentada pelo Governo Federal no final do ano passado, permitiram que mais de nove mil agricultores da Bahia recuperassem o crédito para melhorar sua condição financeira. A medida possibilita a liquidação ou renegociação de dívidas de financiamento com recursos dos fundos constitucionais do Norte e do Nordeste (FNO e FNE). É válida para operações contratadas até dezembro de 2011 e concede descontos que podem chegar a até 95% sobre o saldo devedor. Mais de 46 mil agricultores já regularizaram sua situação, sendo 42,5 mil do Nordeste, onde a Bahia lidera o volume de operações. Os valores totais quitados e refinanciados até o momento somam mais de R$ 2 bilhões.

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Juros menores e volume maior de recursos anunciados no Plano Safra 2017/2018 animam cotonicultores.

 

Presente à solenidade de anúncio, Abrapa avalia que Plano Safra trouxe avanços consideráveis nesta edição.

O presidente Michel Temer e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciaram, na manhã desta quarta-feira (07/06), no Palácio do Planalto, o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, que, de acordo com o Governo Federal, é o de maior volume de recursos até hoje, para financiar a agricultura brasileira. Foram divulgados R$ 190,25 bilhões em crédito rural para médios e grandes produtores, disponíveis entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2018.

Aliado ao aumento de recursos, o Governo Federal reduziu, entre um e dois pontos percentuais, os juros das operações. A taxa de juros para custeio de pequenos e médios produtores ficou em 7,5% ao ano, ante 8,5% no último Plano Safra. Já para os demais, a taxa saiu de 9,5% para 8,5% ao ano.

“A queda nas taxas de juros estão alinhadas com o que esperávamos, e são coerentes com a tendência geral da economia, de baixa da inflação e redução de juros definida pelo Conselho Monetário Nacional. As novidades ficaram por conta do volume maior de crédito e de um substancial aumento nos recursos destinados ao Seguro Rural. Isso prova que o governo está consciente da importância, cada vez mais evidente, do agronegócio para a economia brasileira”, diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura.

Do total de crédito disponibilizado no Plano Safra 2017/2018, R$149,2 bilhões são para financiamento com juros controlados e R$39,1 bilhões, com juros livres.  Uma das mudanças mais expressivas se deu nos recursos destinados ao Seguro Rural, que teve incremento de 37,5%, saindo de R$400 milhões, em 2016/17, para R$550 milhões em 2017/18.

Os juros para o programa Moderfrota, voltado ao financiamento de máquinas e implementos agrícolas, caíram de 8,5% ao ano, no último Plano Safra, para 7,5% nesta edição, sendo de 9,8 bilhões o montante dotado para esta finalidade.  Já o programa Inovagro, dispõe de R$26 bilhões para projetos de inovação e tecnologia.

“A maior dotação de recursos é muito importante, uma vez que beneficia não apenas o produtor, mas a indústria e a sociedade como um todo. O Plano também avançou ao manter o limite por CPF. Para uma cultura como a do algodão, cujo custo por hectare é de, em média, R$7,5 mil, esse incremento é um avanço”, disse o vice-presidente da Abrapa, que representou a instituição na solenidade, Júlio Cézar Busato. Os limites de financiamento são de R$1,5 milhão para os médios produtores (Pronamp) e de R$ 3 milhões para os demais.

Bahia Farm Show 2017 bate novamente marca do R$ 1 bilhão

Foto de Carlos Alberto Reis Sampaio – O Expresso

A Bahia Farm Show 2017 se confirma como uma das maiores feiras agrícolas brasileiras ao bater, pelo quarto ano consecutivo, a marca de R$ 1 bilhão em negócios. Em um balanço parcial, no final da tarde deste sábado (3), os organizadores classificaram como satisfatório o saldo dos negócios fechados pelos expositores ao longo dos cinco dias de feira.

Os dados consolidados serão divulgados na próxima semana. O Complexo Bahia Farm Show 2017 recebeu um público de cerca de 60 mil pessoas entre os dias 30 de maio e 03 de junho.

Durante a coletiva, o presidente da Bahia Farm Show e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Celestino Zanella, reforçou sobre a contribuição do agronegócio para a retomada econômica brasileira como fator de incremento dos negócios durante a feira. “Embora os dados ainda precisem ser consolidados com as instituições financeiras e expositores, adiantamos que ultrapassamos a marca de R$ 1 bilhão de negócios ainda na sexta-feira, 2”, afirmou.

A feira proporcionou uma experiência de repasse de conhecimento com cerca de 20 palestras e debates sobre assuntos que fazem parte do dia-a-dia do agricultor, a exemplo do potencial hídrico do oeste da Bahia, cobrança do Funrural e do lançamento da primeira cultivar de algodão transgênico de fibra longa.

Os organizadores ressaltaram os avanços conquistados nesta edição. “Tivemos um aumento de 15% de novos expositores e o retorno de 10% que passaram pela feira em outras edições. Também recebemos expositores e visitantes de outros países, confirmando o processo de internacionalização da feira”, explicou a coordenadora, Rosi Cerrato.

Outro ponto destacado foi a maior diversificação de produtos e serviços oferecidos em ramos diferentes do agronegócio, como imobiliário e entretenimento. Importante para o contexto econômico-social, a feira gerou três mil empregos diretos e indiretos. 

A Bahia Farm Show 2018 já tem data confirmada. Será realizada de 29 de maio a 02 de junho.

Clima é de satisfação entre expositores da Bahia Farm Show, dizem organizadores

Maicon Crestani, da Unicampo: boas vendas.

Alexandre Oliveira

No último dia de Bahia Farm Show, neste sábado (3), os expositores avaliaram positivamente a participação e se mostraram satisfeitos com os negócios fechados. O protagonismo do agronegócio nacional na retomada de crescimento econômico trouxe um clima de otimismo, o que se traduziu em vendas.

A empresa MHP Solução em Prensagem veio de Caxias do Sul (RS) pela primeira vez para expor produtos como máquinas hidráulicas e pneumáticas para montagem de mangueiras e máquinas especiais. “Essa está sendo uma novidade, conseguimos realizar muitos contatos e fizemos bons negócios. Já estamos pensando em voltar na edição do próximo ano com mais produtos”, revelou o diretor comercial, Alexandre Oliveira.

Quem também está satisfeito com os resultados é o empresário Maicon Crestini, da Unicampo, que comercializa máquinas e equipamentos agrícolas na Bahia e no Tocantins. “Esse é o nosso quinto ano de participação e contabilizamos um aumento de 20% de vendas em relação ao ano passado, além de um maior número de visitas no estande”, disse.

De Santa Maria (RS), pelo quarto ano consecutivo, a empresa Agri MEC fechou muitos negócios com a venda de uma linha de implementos para a lavoura de arroz. “A cada ano a procura por nossos produtos vem aumentando, temos muitos negócios ainda para fechar por causa dos contatos que fizemos na feira”, pontuou o representante, Fernando Abreu.

Nos cinco dias de feira estiveram à disposição dos pequenos, médios e grandes agricultores cerca de 600 marcas e produtos de 200 expositores, em um único local, foi possível conhecer o que há de melhor em inovação e tecnologia do setor agrícola.

Formosa do Rio Preto: Município adere ao Garantia-Safra 2017/2018

O prefeito de Formosa do Rio Preto, Termosires Neto, assinou o termo de adesão do município de Formosa do Rio Preto ao Garantia-Safra 2017/2018, na manhã desta quarta-feira (31). O ato aconteceu em solenidade, na União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador, em que aconteceu, primeiro, a assinatura por parte do Estado da adesão ao programa e anúncio de outros incentivos para os agricultores familiares.

“É um dinheiro que ajuda muito os homens e mulheres do campo e também contribui para o aquecimento da economia local, por isso, o município mantém o apoio e contrapartida ao programa”, explica Termosires.

Em Formosa, na safra passada, foram 827 produtores rurais contemplados com o Garantia-Safra que destina renda mínima de R$ 850,00, em cinco parcelas de R$ 170,00, para as famílias de agricultores prejudicados por falta ou excesso de chuva. Para a safra 2017/2018, as inscrições do público-alvo serão abertas a partir de agosto e serão realizadas na sala do Programa Garantia-Safra, na prefeitura. 

​Netafim destaca irrigação inteligente para grãos na Bahia Farm Show

Lançamento Netafim

A Netafim, empresa israelense pioneira em soluções de irrigação, estará presente mais uma vez na Bahia Farm Show, maior vitrine do agronegócio do Norte e Nordeste do Brasil, que ocorre de 30 de maio a 03 de junho, na cidade de Luís Eduardo Magalhães/BA.

Consolidada no segmento de grãos, a irrigação inteligente proporcionada pela Netafim é constituída por gotejamento subterrâneo e utiliza água e nutrientes de forma racional, sustentável e focada na raiz. Entre os benefícios do sistema, estão maior rentabilidade da operação agrícola, diminuição de consumo de água e de energia, redução de mão-de-obra e busca do potencial genético da planta através da nutrirrigação (adubação é aplicada pelo sistema de gotejamento diretamente na zona das raízes das plantas).

Com investimentos na operação de barter na cultura de café há mais de um ano, a Netafim inicia também, em breve, a oferta da ferramenta para produtores de grãos, em especial a soja. No sistema de barter, o produtor rural usa a commodity como pagamento: vende o grão para trading que faz o pagamento para que o agricultor adquira os equipamentos.

Para as operações de barter, a Netafim tem a parceria de uma trading que atua como agente financiador e recebedor do volume de sacas contratado. O processo é intermediado pela Unibarter, consultoria parceira no processo de implantação.

“A Bahia Farm Show é uma excelente oportunidade para os produtores realizarem negócios e ficarem em dia com as novidades do mercado. Para a Netafim, é mais uma forma de levarmos nossa tecnologia e apresentar nosso sistema completo de irrigação inteligente para a região Nordeste”, afirma Cristiano Jannuzzi, Gerente Agronômico da Netafim.

Soluções

Carlos Sanches, gerente de marketing da Netafim, está na Bahia Farm Show. Ele afirma que já tem grandes projetos de irrigação de grãos na região, com economia de 30% de energia e água e produtividade ampliada em até 80% frente a equipamentos convencionais de irrigação.

Os visitantes poderão conferir no estande da companhia o lançamento dos Filtros de Areia SandStormTM  desenvolvidos para garantir melhor proteção para o sistema de irrigação por gotejamento. Mais eficientes e de fácil manutenção, os filtros contam com uma proteção extra e exclusiva contra corrosão; e por serem modulares, permitem maior flexibilidade no atendimento dos clientes e expansão de sistemas.

A equipe técnica da Netafim também irá apresentar outras soluções como o novo aspersor D-Net 9575, com uniformidade superior recomendado para maiores produtividades e para aplicações em área total em várias vazões e que garante uma distribuição de água mais uniforme; e a Linha FlexNet, que apresenta tubos flexíveis com saídas para gotejadores e aspersores, facilitando a instalação do sistema de forma mais segura com redução de riscos de vazamentos. Leve e durável, possibilita também o tráfego de máquinas sobre a tubulação, permitindo o uso de diversas máquinas e implementos agrícolas.

Sobre a Netafim

Fundada há mais de 50 anos e com cerca de 30 subsidiárias em todo o mundo, a Netafim oferece as melhores soluções aos agricultores de mais de 110 países por meio 15 unidades produtivas, milhares de distribuidores e mais de 4.000 funcionários. No Brasil são duas unidades: Ribeirão Preto/SP e Cabo de Santo Agostinho/PE. O portfólio de produtos inclui sistemas completos de irrigação por gotejamento, microaspersão, controle e monitoramento automatizados, dentre outras.

 

Novas tecnologias para o campo são apresentadas na Bahia Farm Show

A busca por novas tecnologias, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento das atividades produtivas no campo, tem incentivado empresas de diversos segmentos a investir na criação de produtos para atender o agronegócio, setor responsável por 23% do PIB nacional. A Bahia Farm Show, que esse ano traz o tema inovação, tornou-se uma vitrine para a exposição dessas novidades.

A empresa ATFC, representada por um dos sócios, Alexandre Tavares, trouxe para a edição 2017 da Bahia Farm Show equipamentos de balizamento e iluminação de pistas de pouso e propriedades rurais. O sistema possui placas que captam energia fotovoltaica, baterias para armazenamento e sistema de comunicação sem fio. “Não precisa ter alguém em solo para ligar o sistema. A pessoa pode acionar a iluminação da pista, de dentro do avião. O produtor pode, também, controlar o ligamento do sistema e a intensidade da iluminação em um raio de 1500 metros. Serve para casa, comércio e fazenda.”, informa o empresário.

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Pesquisa cria primeiro inseticida à base de vírus contra lagarta-do-cartucho

Agricultores passam a contar com um inseticida biológico que tem como princípio ativo um vírus de grande eficácia para controle da lagarta-do-cartucho, principal praga do milho, que acomete também outras culturas, como soja, sorgo, algodão e hortaliças. O primeiro inseticida à base de Baculovirus spodoptera, o CartuchoVIT, será lançado no próximo dia 12 em Uberaba (MG), como resultado da parceria entre a Embrapa Milho e Sorgo (MG) e o Grupo Vitae Rural.

“Os baculovírus são agentes de controle biológico que não causam danos à saúde dos aplicadores, não matam inimigos naturais das pragas, não contaminam o meio ambiente, nem deixam resíduos nos produtos a serem vendidos nas gôndolas dos supermercados”, explica o pesquisador da Embrapa Fernando Valicente.

 Testes de biossegurança comprovaram que esses vírus são inofensivos a microrganismos, plantas, vertebrados e outros invertebrados que não sejam insetos. O Baculovirus spodoptera apresenta especificidade em relação aos insetos-alvo. Infecta e causa a morte da lagarta-do-cartucho (Spodoptera fugiperda) e da lagarta Spodoptera cosmioides.

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Comissão de Agricultura da Assembleia baiana aprova sessão itinerante na Bahia Farm Show

Os deputados que compõem a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia aprovaram, por unanimidade, nesta terça-feira (12), a realização de sessão itinerante do colegiado durante a Bahia Farm Show, uma das três maiores feiras agropecuárias do Brasil em volume de negócios. A proposta foi apresentada pelo presidente da Comissão, o deputado estadual Eduardo Salles, e pelo também deputado Antônio Henrique .

“É importante levar os deputados da Comissão de Agricultura à sessão itinerante para ouvir as demandas dos produtores e buscar soluções que ajudem essa que é uma das regiões mais importantes da agropecuária no país”, explica o parlamentar.

A Bahia Farm Show chega à sua 13ª edição e vai ocorrer de 30 de maio a 03 de junho, em Luís Eduardo Magalhães. Ano passado, conforme dados da AIBA (Associação dos Agricultura Irrigantes da Bahia), responsável pela organização do evento, o volume de negócios atingiu a marca de R$ 1,014 bilhão, assumindo a segunda posição de vendas por visitantes no Brasil em eventos do agronegócio.

“Faremos também o convite aos membros que não fazem parte da Comissão para que possam visitar e entender a magnitude desse evento para o estado”, pontuou.

STF vota a favor do Funrural, com apoio da CNA, e causa indignação entre produtores

Governo vai ficar com 2,1% de tudo o que se produz no campo, inclusive dos pequenos agricultores.

Produtores serão obrigados a pagar cinco anos do tributo, 2,1% sobre a produção, que estava suspenso por meio de decisões liminares. É bom esclarecer aos leigos que a produção rural trabalha com margens médias estreitas, próximas a 10%. Assim o Governo estaria confiscando 20% da renda do campo através do confisco.

Por Giovanni Lorenzon, do Notícias Agrícolas

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) votando na tarde desta quinta (30) pela constitucionalidade da cobrança do Funrural foi tão desapontadora para o agronegócio, quanto o apoio que a CNA deu pela manutenção do tributo, a qual está sendo classificada como “facada nas costas”, na expressão do presidente da Aprosoja Rio Grande Sul, Luiz Fernando Fucks.

Se o resultado no Supremo estava sendo cercado de alguma expectativa positiva, mesmo com o voto a favor da legalidade do tributo proferido pela presidente Carmen Lúcia – que anteriormente, na apreciação do mérito, apoiou a reivindicação do agronegócio pela extinção da cobrança – o apoio da principal entidade setorial da agropecuária está sendo visto como crucial para que o governo conseguisse os “votos políticos no Congresso”, como declarou Sérgio Pitt, presidente da Andaterra.

Pitt, que horas antes, em entrevista ao vivo aqui no Notícias Agrícolas, disse que os empresários rurais “não se negam a pagar”, mas não de forma “excessiva e desigual”, foi claro em dizer depois que a preocupação da CNA foi em evitar perder a arrecadação que chega aos seus cofres via o Serviço Nacional Aprendizagem Rural (Senar). Do total de 2,3% recolhidos da agropecuária, 0,2% é do Senar/CNA e 2,1% é o tributo que, com a decisão do STF, voltará a ser cobrado.

Nessa mesma linha, o produtor gaúcho e líder da Aprosoja RS afirma que a CNA preocupou-se apenas com a manutenção de sua “burocracia” e saiu em defesa do governo.

Retroativo

“O agronegócio não pode ser a vaca leiteira de todos os governos”, declara Luiz Fernando Fucks, lembrando que mesmo reconhecendo a necessidade de o governo recompor as finanças públicas não se pode esperar que “nós paguemos sempre a conta”.

É preciso destacar, complementando, que além da cobrança do Funrural, daqui para frente, há o retroativo há mais de 5 anos, período no qual vários setores deixaram de recolher por força de decisões judiciais.

Jefferson Rocha, diretor-jurídico da Andaterra, que acompanhou o julgamento no STF e viu de perto “os votos políticos a favor do erário público dos ministros Carmen Lúcia, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Tóffoli”, acredita que o Ministério da Fazenda não vai abrir mão desses recursos que agora serão juridicamente considerados em atraso.

No que Luiz Fernando Fuks foi taxativo em lembrar da possibilidade de haver “quebradeiras”.

Novos caminhos

Sérgio Pitt, presidente da ANDATERRA, publicou, há pouco, nota que mostra os novos caminhos de luta depois da decisão do STF.

Caros colegas produtores,

Funrural, como fica a tributação depois do julgamento do STF. Em primeiro lugar, apesar dos 6×5 pela constitucionalidade, existem ao menos duas teses que não foram refutadas pelo voto divergente e vencedor do Min Alexandre de Moraes.

Ou seja, cabe recurso de Embargos de Declaração com efeito infringente, a fim de que os ministros se manifestem sobre essas duas teses (a que trata da extensão da base de cálculo própria do segurado especial, prevista no parágrafo 8 do art. 195 e a que trata da mudança da base de cálculo da folha para a receita, em inobservância ao parágrafo 13 do mesmo art. 195 da CF).
Qualquer uma dessas teses pode mudar a conclusão dos ministros. Basta que convençamos um a mudar.
Outra questão é que pende de julgamento uma ADI sobre o mesmo tema, a 4395, de relatoria do Min Gilmar.
Em tese, se conseguirmos sobrestar a conclusão desse caso que foi julgado hoje e colocarmos em votação a ADI, começamos tudo novamente. Portanto, o momento é de cautela, de aguardar a publicação e interpor os recursos cabíveis, pois ficou muito claro o desconforto do STF em proferir um julgamento político, desconstruindo mais de uma década de jurisprudência consolidada sobre o tema.
Enfim, a guerra ainda não acabou e o que precisamos agora é de mobilização das forças do AGRO em torno desse assunto.

Sérgio Pitt – Andaterra