Os motoristas de carros tipo flex, bicombustível, encontram preços dos combustíveis em Luís Eduardo Magalhães empatados entre álcool hidratado e gasolina comum. Os menores preços encontrados são, respectivamente, de R$2,39 e R$3,39. Isso significa que o álcool está a exatos 70,5% do preço da gasolina, equivalendo-se em rendimento.
Para quem gosta de carros mais nervosos, o álcool acrescenta até 5% da potência nominal do motor.
Poucas fontes sabem informar se o acréscimo de mais 2% de álcool anidro à gasolina, passando de 25 para 27%, vai alterar substancialmente o rendimento da gasolina. O Governo diz que o rendimento não se altera.
À meia-noite de hoje (21), os relógios devem ser atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Depois de quatro meses, chega ao fim o horário de verão, que tem como objetivo aproveitar melhor a luminosidade natural do dia, reduzindo o consumo de energia no fim da tarde.
Adotada no Brasil desde 1931, a mudança no horário desperta amor e ódio entre a população. Entre os motivos citados por quem defende a medida está o maior aproveitamento do dia, ao final da tarde, mas quem não gosta da mudança relata principalmente dificuldades na hora de acordar.
A economia de energia feita com o horário de verão 2014/2015 foi cerca de 4,5% no horário de pico (entre 18h e 21h), com redução total de 250 megawatts médios, o que corresponde a 0,5% de economia nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul.
Foto de JASON REDMOND/REUTERS, para Newsweek. Clique na imagem para ampliar.
Com a falência quase absoluta de nosso sistema produtivo hidrelétrico, talvez tenhamos, até nas terras produtivas do oeste, um novo tipo de produtor rural: o fazendeiro da energia. Em Mansidão já estão em desenvolvimento projetos de energia eólica. Outro detalhe importante: as fazendas de energia eólica e fotovoltaica produzem mais, nas altitudes de 100, 120 e 150 metros durante os meses de seca, quando é mais necessária. Os constantes ventos do sudeste, que hoje são conhecidos como “Vento da Fome” podem se tornar no “Vento da Prosperidade”, com criação de empregos, impostos e agregar valor às extensas terras do Oeste.
Com o adensamento da cadeia produtiva na Bahia, minorando os custos de instalação de aerogeradores, é bem possível que em um curto espaço de tempo até terras produtivas, principalmente aquelas das falésias do leste, possam ser ocupadas por energia eólica e fotovoltaica.
No Parque Nacional Joshua Tree, próximo a Los Angeles, 4.000 hectares de terras públicas administradas pelo Bureau Federal de Gestão da Terra (BLM, na sigla em inglês) estão sendo ocupadas por células fotovoltaicas que produzirão 550 megawatts, tornando-se a fazenda solar mais poderosa do mundo.
Mais à frente, no Deserto do Mojave, o projeto McCoy ocupa 7.700 hectares de terras públicas e 470 hectares de terras privadas com energia solar que produzirá 750 megawatts. Ocotillo, por exemplo, abrange 12.436 hectares à beira do Parque Estadual do deserto Anza-Borrego, perto da fronteira com o México e produz 315 megawatts de energia.
Em janeiro de 2013, era prevista a entrada em operação de 10,12 mil MW em novas usinas, mas o efetivo realizado até dezembro foi de 7,16 mil MW. Dos mais de 40 mil MW já outorgados, 35% não tinham obras iniciadas ou estavam com obras paralisadas em outubro, conforme o último boletim de expansão da oferta, da Aneel, que frisa que nem toda essas usinas estão com o cronograma atrasado.
A obra da usina nuclear Angra III, que deveria ficar pronta no ano passado, só estará concluída, Deus querendo, em 2018.
A diferença entre a implantação e a previsão de energia nova em 2014 ocorreu principalmente por atrasos na hidrelétrica de Jirau. A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável por Jirau, explica que “os atrasos da execução das obras da UHE Jirau são, basicamente, decorrentes de incêndios criminosos ocorridos nos anos de 2011 e 2012 e que resultaram na destruição da quase totalidade do canteiro de obras do empreendimento”. Também a hidrelétrica de Belo Monte apresenta atraso de quase três anos em relação ao cronograma original previsto no PAC. A obra, que deveria ficar pronta em 2016, agora é prevista para 2019.
Que o povão não se preocupe! Um dia depois do apagão Dona Dilma mandou comprar energia da Argentina. Agora só resta mandar o Jaques Wagner invadir a Bolívia e o Paraguai, ficar com todo o gás do Evo Morales e retomar a metade da energia de Itaipu, que os paraguaios vendem pelo dobro do preço ajustado com o Brasil.
As regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste registraram nessa segunda-feira, um volume recorde de consumo de energia. Às 14h32min, segundo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as regiões, tratadas como uma única área pelo órgão, chegaram a um pico de 51.596 megawatts (MW).
O recorde anterior havia sido registrado uma semana atrás, com demanda de 51.295 MW no dia 13/01/2015. No Nordeste, o recorde de carga chegou a 12.166 MW às 15h34, sendo que o recorde anterior era de 11.999 MW, ocorrido em 14/01/2015.
Agora só falta o Soviete Supremo condenar publicamente o uso do ar condicionado pela classe média emergente.
O Operador Nacional do Sistema – ONS distribuiu a seguinte nota à imprensa, na noite de ontem:
No dia 19 de janeiro, a partir das 14h55, mesmo com folga de geração no Sistema Interligado
Nacional (SIN), restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste,
aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica.
Na sequência, ocorreu a perda de unidades geradoras nas usinas Angra I, Volta Grande, Amador
Aguiar II, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas II, Viana e Linhares (Sudeste); Cana Brava e São
Salvador (Centro-Oeste); Governador Ney Braga (Sul); totalizando 2.200 MW. Com isso, a
frequência elétrica caiu a valores da ordem de 59 Hz, quando o normal é 60 Hz.
Visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais, o ONS adotou medidas
operativas em conjunto com os agentes distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste,
impactando menos de 5% da carga do Sistema.
A partir das 15h45, a situação foi totalmente normalizada.
Amanhã, dia 20 de janeiro de 2015, às 14h30, no Rio de Janeiro, o ONS se reunirá com os agentes
envolvidos para analisar a ocorrência. Assessoria de Planejamento e Comunicação do ONS
Quer dizer: explicou, explicou, mas apagou. O consolo é que no escurinho é sempre mais romântico.
A Agência Nacional de Águas instrumentou a vazão de todos os rios do País, fornecendo dados atualizados em tempo real. Veja no mapa, a medição das 15 horas (Hora de Brasília) deste dia 16. Impressiona como a bacia do rio Uruguai, por exemplo, despeja mais 18 mil metros cúbicos por segundo, enquanto a grande bacia do Rio São Francisco não chega a 10% disso.
Acontece que o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina estão sendo contemplados com chuvas intensas, enquanto a grande bacia do São Francisco enfrenta uma grande seca em plena estação chuvosa e os reservatórios estão enchendo muito lentamente.
Importante também comparar com o Rio Uruguai a grande bacia do Paraná, que alimenta Itaipu. Estão praticamente igualadas apesar da grande diferença territorial.
Ela se expandiu à velocidade de foguete nos últimos anos e hoje é a fonte que mais cresce no Brasil. Na primeira semana do mês de janeiro, aenergia eólicaatingiu a marca de 6 gigawatts (GW) de potência instalada e uma participação de 4,5% namatriz elétricabrasileira.
Com a entrada em funcionamento de quatro novos parques na Bahia, essafonte renovávelcomeça o ano com 241 parques eólicosdistribuídos por onze estados. Os dados são do último boletim do setor, divulgado na sexta-feira, 09/01, pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
No final de 2012, o Brasil dispunha de uma capacidade instalada de 2,5 GW. Em apenas dois anos, a potência instalada do país mais que duplicou com a instalação de 3,5 GW.
Até 2018, a expectativa é que a participação da energia eólica na matriz energética brasileira salte para 8%, com a contratação e instalação de pelo menos 2 GW de potência a cada ano.
Não para aí. “Pelas perspectivas do Governo, a eólica deve atingir 22,4 GW de potência instalada em 2023, e as previsões do setor indicam um crescimento ainda maior, que alcança 25,6 GW”, avalia a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Silva Gannoum.
A potência instalada de Itaipu, só para situar, é de 14 GW, mas depois de dois anos de seca no Sudeste-Centro Oeste a produção é muito menor que isso. Isso quer dizer que podemos ter duas itaipus em energia eólica antes de 2023, com a vantagem de que não precisamos comprar, do Paraguai, a metade dessa energia produzida, descontado o consumo interno do País vizinho.
Na ponta do lápis, os 6 GW representam para o país mais de 90 mil empregos gerados, 10 milhões de residências abastecidas mensalmente e 5 milhões de toneladas de emissões de CO2evitadas. Por Vanessa Barbosa, da revista Exame.
O Estado da Bahia fatura e muito com a cadeia produtiva da energia eólica. Desconhecemos as alíquotas da produção dos equipamentos, mas em cada conta de energia, 27% vai direto para os cofres do Governo. Ou seja, quase o mesmo valor cobrado pela distribuição, no caso a cargo da Coelba.
Após reunião com presidente Dilma Rousseff, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o setor elétrico precisa de uma “solução estruturante” para 2015 e disse que um reajuste extraordinário nas contas de luz não está descartado pelo governo. “É uma alternativa”, admitiu. Ainda sem confirmar o tamanho do novo empréstimo para cobrir o rombo das distribuidoras de eletricidade de novembro e dezembro de 2014 – estimado em R$ 2,5 bilhões -, Braga afirmou que a solução buscada pelo governo terá que ser “híbrida”. “Parte da despesa deve ser coberta por um empréstimo e parte de outras fontes”, disse. “É preciso uma solução estruturante”, completou.
Sobre essa “solução estruturante”, o ministro disse que essa sequência de empréstimos para o setor – que somaram R$ 17,8 bilhões em 2014 e podem chegar a R$ 20,3 bilhões, agora – não voltará a se repetir em 2015. Braga disse ainda que o Ministério da Fazenda não é contra o empréstimo, mas sim contra novos aportes do Tesouro Nacional para o setor elétrico.
“Este será o último empréstimo e será feito pelo mercado com taxas de mercado. Não vamos estender a Conta ACR (que recebe os recursos dos empréstimos) para 2015. Teremos uma solução estruturante para este ano”, enfatizou.
Braga confirmou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) irá adiar para o dia 30 de janeiro a liquidação dos pagamentos do setor referentes a novembro, que estava marcada para o dia 13 deste mês. Somente essa despesa custará R$ 1,6 bilhão.
Eduardo Rodrigues e Anne Warth, Estadão Conteúdo.
Complexo termoelétrico Jorge Lacerda, em Tubarão, às margens da BR 101: operando a toda força com o carvão de Santa Catarina
A solução estruturante passa pela fé do Ministro e da presidente Dilma Rousseff. Eles, como nós, devemos melhorar nossas relações com São Pedro, através de orações fervorosas, para que chova muito nestes últimos 3 meses da estação de verão. Só assim, as hidrelétricas do Oeste e Sudeste poderão encher seus reservatórios. Sobradinho, no Nordeste, está com apenas 21,46% da sua capacidade. A hidrelétrica tem 58% da produção de energia da região.
Na região Sudeste/Centro Oeste os reservatórios estão com pouco mais de 19% de sua capacidade. As termoelétricas a diesel, carvão e óleo pesado (fuel oil) estão operando com toda a capacidade.
No Sul, reservatórios estão extravasando água, com 100% da capacidade, no entanto a capacidade instalada é pequena e as termoelétricas estão funcionando a todo vapor.
Isso quer dizer, em outros termos, que só Deus e seu assessor direto, São Pedro, salvam os brasileiros, em 2015, de um apagão, que significa, antes de tudo, estagnação da economia e desemprego.
Energia Eólica vai investir 15 bilhões este ano
O setor de energia eólica brasileiro somará cerca de R$ 15 bilhões de investimentos neste ano.
E a perspectiva é manter este patamar de investimentos nos próximos anos, incluindo a participação nos leilões de energia promovidos pelo governo.
Dentro de 10 anos, a energia eólica deverá corresponder a 11% da matriz energética brasileira, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Mesmo com um sofrível serviço elétrico prestado aos consumidores brasileiros, segundo indicadores de desempenho da própria Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), as companhias distribuidoras seguem recebendo as benesses de um capitalismo sem risco.
Nos últimos anos as empresas dependeram de repasses do Tesouro Nacional e de aumentos tarifários bem acima dos índices inflacionários, o que lhes garantiu lucros líquidos e dividendos excepcionais aos seus acionistas, quando comparados com a realidade do país. Tudo para garantir o malfadado equilíbrio econômico-financeiro das empresas – como rezam os “contratos de privatização”. Em nome deste artifício contratual, as empresas têm garantido até a possibilidade de reajustes tarifários extraordinários. E é exatamente isso, segundo a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (ABRADEE), que será solicitado a ANEEL pelas empresas no início de 2015, justificado pela “conjuntura do setor elétrico”.
O que se verifica na pratica é que, mesmo com a qualidade dos serviços prestados se deteriorando, os reajustes nas tarifas aumentam seus valores abusivos, beneficiando empresas ineficientes que deveriam ser cobradas e punidas, e não premiadas.
Mas a tragédia que se abate sobre o consumidor de energia elétrica não acaba ai. A partir de janeiro, haverá uma cobrança adicional nas tarifas, com a implantação das bandeiras tarifárias. Então, além dos reajustes tarifários anuais ordinários (na data da privatização das empresas), cujas estimativas para 2015 apontam percentuais que podem chegar a ser de 3 a 5 vezes superiores à inflação, e da possibilidade de um reajuste extraordinário, se somarão os acréscimos das bandeiras tarifárias.
Este mecanismo indicará como está a situação do parque gerador de energia elétrica do País, utilizando as cores verde, amarela e vermelha. A bandeira verde indicará condições favoráveis de geração, e a tarifa não sofrerá nenhum acréscimo. A bandeira amarela indicará que as condições de geração são menos favoráveis, e a tarifa sofrerá acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. A bandeira vermelha indicará as condições mais custosas de geração (uso das usinas térmicas), e a tarifa sofrerá acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos. A ANEEL divulgará mês a mês as bandeiras que estarão em vigor em cada um dos subsistemas que compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo médio brasileiro é de 163 kWh/ residência, e a tarifa média para o consumidor residencial é de R$ 400,00/ MWh. Assim, uma conta de R$ 65,20 na bandeira verde subiria para R$ 67,65, ao passar para a bandeira amarela; e para R$ 70,09, no caso da bandeira vermelha. Nestes cálculos não estão sendo levados em conta os encargos e impostos incidentes na tarifa elétrica. Continue Lendo “Bandeiras tarifárias: ataque ao bolso do consumidor”
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico praticamente desdenha qualquer possibilidade de faltar energia em 2015. De acordo com o comitê, “o risco de qualquer déficit de energia em 2015, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste é de 4,2% e 0,3%, respectivamente”
Enquanto isso, na sexta-feira passada, foi registrado o recorde histórico de utilização de energia térmica no Brasil: 17 156 megawatts (1,22 a potência instalada de Itaipu). O recorde anterior havia sido em 21 de novembro, quando foram acionados 17 068 MW. Neste dia 7 de dezembro foram consumidos um total de 52.688 MW em todo o País.
O que é mais preocupante no recorde de sexta-feira é que do total de 22 112 MW de capacidade instalada, havia 17 362 MW efetivamente disponíveis, pois 4 750 MW estavam em manutenção. Ou seja, a sobra de segurança foi de somente 206 MW. Por Lauro Jardim, de Veja.
Não me preocupa, hoje, a margem de segurança estreita da relação produção de energia x consumo. Até porque está chovendo nas cabeceiras de todas as grandes hidrelétricas do sudeste, centro-oeste, nordeste e norte. E daqui a 30 dias os reservatórios começam a encher. O que me preocupa é outubro do próximo ano, no auge da seca depois de 6 meses de estio. Já que não temos tecnologia para produzir navios, vamos continuar comprando os motores a diesel e óleo pesado e de-lhe instalar novas termelétricas.
Na foto, uma das oito unidades de 18.900 kW da Usina Maracanaú, no Ceará. O motor pesa 300 toneladas. A termelétrica tem ainda duas unidades de 7.456,8 kW cada, totalizando 162.338 kW de capacidade instalada e 122.900 kW médios de garantia física de energia. Abaixo, vista aérea da termelétrica Suape III, em Pernambuco.
O barril do petróleo padrão West Texas está sendo negociado a US$66, no mercado a termo. Mas nos negócios de opções futuras da bolsa – dezembro de 2015 – já existe um grande volume de opções a US$40, e até os valores de US$35, o barril.
Para bom entendedor isso significa que o petróleo do pré-sal pode ter ido para as calendas gregas, pois seus custos altíssimos de extração e operação exigem preços acima de US$80,
Quem mandou o País abandonar a energia renovável do etanol para investir nessa aventura do pré-sal?
Perguntas indiscretas: com o petróleo caindo para menos da metade do preço, o combustível nas bombas terá a mesma redução?
No Brasil, em novembro, o preço doméstico de realização da gasolina (na refinaria) subiu 2,37% em reais, alcançando R$ 1,42 por litro, devido ao reajuste feito pela Petrobras. O resto é imposto.
Nesta quarta-feira ainda era desesperadora a situação dos principais reservatórios de hidrelétricas do Nordeste, segundo dados do Operador Nacional do Sistema. A central de Sobradinho, responsável por quase 60% da energia gerada na região, tinha pouco mais de 16% de água em seu reservatório. Três Marias ainda está desligada apesar das fortes chuvas no centro de Minas. Serão necessárias chuvas abundantes até março deste ano para que os reservatórios do São Francisco atinjam quantidade mínima para passar toda a temporada de estio sem percalços.
Abaixo, imagem de satélite da represa Luiz Gonzaga em Itaparica, na divisa de Pernambuco com a Bahia, de 2014: menos de 20% de água acumulada.
O Nordeste precisa usar a força política dos novos governadores para acelerar ainda mais o desenvolvimento da energia eólica. Os sítios baianos, potiguares e cearenses são muito propícios, como já está demonstrado. Só é necessário destravar os processos ambientais, instalar a transmissão e acelerar a construção dos geradores eólicos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reduziu nesta terça-feira (25) o limite máximo do preço da energia no mercado de curto prazo, de R$ 822,83 para R$ 388,48. A mudança começa a valer a partir da primeira semana de 2015. O mercado de curto prazo vende energia a preços livres para as empresas de distribuição em casos emergenciais, como aconteceu neste ano, em que o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas baixou demais por causa da seca. Por isso, os preços deste mercado estavam altos.
A nova medida pode ajudar a reduzir o custo da tarifa energia elétrica para o consumidor final, já que grande parte das empresas distribuidoras precisou recorrer ao mercado de curto prazo para conseguir atender integralmente sua demanda neste ano, o que acaba impactando a conta de luz dos consumidores. Como o preço do mercado de curto prazo é mais caro, as distribuidoras tendem a repassar esse custo para a conta de luz de seus clientes. Continue Lendo “Aneel reduz teto da energia no mercado livre e medida deve beneficiar tarifa final do consumidor”
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) elevou nesta quarta-feira, de 4,7% para 5% o risco de déficit de energia na região Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) em 2015. Com isso, o risco chega ao limite tolerado pelo Conselho Nacional Política Energética (CNPE). Na região Nordeste, o risco de falta de eletricidade em 2015 caiu de 0,8% para 0,7%.
Para 2014, tanto o risco da região Sudeste/Centro-Oeste como o da região Nordeste continuam em zero. De acordo com o CMSE, o sistema brasileiro conta com uma sobra estrutural de 6.600 MW médios para atender à demanda estimada, já considerando a entrada e operação de novas usinas nos próximos meses.
De acordo com o comitê, em 2014 já foram adicionados 6.087 MW médios ao sistema, superando o total de 6.000 MW médios previstos para este ano.
O CMSE comentou ainda que em outubro as chuvas continuaram abaixo do volume normal para as regiões Sudeste/Centro-Oeste (64%), Nordeste (36%) e Norte (76%), considerando as médias históricas de afluências. A exceção é a região Sul (139%), cujo regime de chuvas tem sido afetado pelo fenômeno El Niño.
O comitê destacou que “o parque de geração termelétrico significativo” do qual o País dispõe vem sendo utilizado para complementar o parque hidrelétrico.
Ainda assim, o CMSE voltou a admitir que ações conjunturais específicas podem ser necessárias, cabendo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) adotar medidas adicionais para a preservação dos estoques dos principais reservatórios das usinas hidrelétricas. “As condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) mantiveram-se estáveis, como previsto, em relação ao mês anterior”, encerra o comunicado.
A reunião do conselho de administração da Petrobras, na sexta-feira, interrompida e adiada para amanhã pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi uma notícia inesperada e com razões ainda não esclarecidas que deixou o mercado surpreso.
À tarde as ações subiam mais de 5%, provavelmente tentando antecipar a possibilidade de alta dos combustíveis, antes do adiamento. A estatal enfrentou outro complicador: o mercado recebeu com reticência a notícia de que o Partido dos Trabalhadores (PT) quer indicar o ex-governador da Bahia, Jacques Wagner, para o lugar de Graça Foster na Petrobras.
Segundo fontes ouvidas pelo jornal Valor Econômico, o que travou a reunião do conselho na sexta-feira, agora marcada para Brasília, tem a ver com problemas em relação à auditoria PwC, responsável pelos balanços da Petrobras. O clima foi tão tenso, conforme relatos, que sequer deu tempo de mencionar a questão do reajuste.
Vertedouro da Usina de Marimbondo, no Rio Grande: seco o suficiente para dar vau.
A falta de chuvas dos últimos meses fez com que o volume de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas que operam nas regiões Sudeste e Centro-Oeste atingisse ontem (21) o nível mais baixo desde 2001, ano em que o país foi obrigado a adotar o racionamento de energia. Fontes de abastecimento hídrico das principais usinas geradoras de eletricidade do país, os reservatórios atingiram, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), 20,93% de sua capacidade máxima nessa terça-feira. Na mesma data de outubro de 2001, o volume registrado atingia 21,39% do limite máximo.
Há duas semanas, a ONS divulgou uma projeção apontando que, caso a estimativas de chuvas para os próximos dias se confirme, o nível dos reservatórios do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste continuará caindo e chegará, em 31 de outubro, a apenas 19,9% da capacidade máxima, o mais baixo percentual registrado desde 2000.
Nas duas regiões, as chuvas dos últimos dias foram insuficientes para alterar esse quadro. Nos reservatórios de Ilha Solteira e de Três Irmãos, no noroeste paulista, os níveis de armazenamento chegaram a zero – o que não significa que o rio tenha secado ou que as usinas tenham deixado de operar, embora o façam com restrições.
A situação é preocupante também na Região Nordeste. Na média, os reservatórios operavam, ontem, com apenas 17,5% de sua capacidade máxima. Abastecida pelas águas do Rio São Francisco, o reservatório da Usina de Sobradinho (BA) armazenava apenas 23,7% de seu limite máximo. Já as usinas de Luiz Gonzaga (BA/PE) e de Três Marias (MG) tinham, respectivamente, 17,7% e 3,5% da capacidade de armazenamento.
Repetidas vezes, autoridades do governo federal afirmaram que não há risco de desabastecimento de energia, pois o Sistema Interligado Nacional é “estruturalmente equilibrado” e “dispõe das condições para garantir o abastecimento nacional”, conforme nota divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em setembro. Uma das medidas adotadas para compensar a eventual queda de geração das usinas hidrelétricas, complementando-a, é o acionamento das usinas térmicas – mais caras. Da Agência Brasil, editado por este jornal.
Ontem choveu 40 mm na Região da Garganta. E neste momento, 16h13m está “muito bonito” para o lado de Barreiras, prevendo-se uma chuva semelhante. Que venha!
A energia eólica cresce rapidamente, em termos tecnológicos, com a velocidade dos ventos que a impulsionam. A Alstom inaugurou o Haliade 150 na França, o maior aerogerador offshore do mundo.
Oaerogerador Haliade 150 de potência 6MW, foi desenvolvido como resposta a uma oferta lançada pelo governo francês em Julho de 2011, cujo objetivo é instalar 3 GW de energia obtida através de aerogeradores offshore na costa francesa até 2015.
O aerogerador e sua estrutura de suporte têm um peso total de 1.500 toneladas.
Brasil, pouca prioridade
Hoje damos pouca atenção, como consumidores, à energia eólica. No entanto, com as dificuldades hídricas que enfrentamos, talvez seja a única alternativa, no Brasil, para crescer rapidamente a oferta de energia com custos semelhantes aqueles das hidrelétricas.
O País está projetando até o final do ano que vem 5 gigawatts de energia eólica, para uma demanda que oscila entre 80 e 85 GW, portanto mais de 6% da demanda recorde.
Energia suja
O Brasil utiliza a energia termoelétrica, cara e poluidora, de forma estratégica. Esse uso ocorre quando há diminuição de água, provocada pela carência de chuvas, nas represas que abastecem as usinas hidrelétricas.
Existem em nosso país cerca de 50 usinas termoelétricas, espalhadas por vários estados. Todas estas usinas em funcionamento podem gerar cerca de 15 GW de energia, correspondendo a 7,5% de participação no sistema elétrico nacional, semelhante à geração, em plena carga, da Hidrelétrica de Itaipu, cujos 50% de operação pertencem ao Paraguai.
Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal, mostram que a capacidade de geração de energia por termoelétricas cresceu 68% entre 2008 e 2013, passando de 22 gigawatt para 38 gigawatt. No mesmo período, a capacidade instalada das hidrelétricas teve expansão de 11%, para 86 GW, comprometidos em mais de 70% nesta última seca, principalmente no sudeste, centro-oeste e nordeste. Com isso, a participação das termoelétricas na matriz elétrica brasileira subiu de 22,3% para 30,4% no período, enquanto o peso das hidrelétricas caiu de 75,3% para 68% – ainda alto quando comparado internacionalmente. Com informações da Alstom, da BBC Brasil e do Operador Nacional do Sistema (ONS).
Algo me diz – e olhe lá que não tenho os superpoderes de Madame Almerinda – que entre os dias 27 e 29 de outubro será decretado um duríssimo racionamento de energia em todo o País, seja quem for o eleito. Quem assumir, no primeiro dia do ano, terá que administrar com extrema habilidade, racionamento, tarifas até 20% mais altas e as consequências políticas dessa trozoba toda.
Se as chuvas forem ruins nas regiões produtoras que dispõem de irrigação, a falta de energia poderá comprometer a operação.
Por seu turno, São Paulo deverá enfrentar também um cruel racionamento de água, que já existe de verdade, mas que é sempre negado pelo governo do Estado.
A herança maldita de FHC não foi administrada por PT. Após uma década de boas chuvas, Dilma pode entregar o País pior do que pegou.
O risco de um apagão em 2015 beira os 23% quando os níveis aceitáveis não passam dos 5%. A informação vem do Relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O motivo principal pontuado pelo relatório seria a estiagem.
Mesmo que chova a média anual, os reservatórios brasileiros chegarão ao período seco, no segundo trimestre, com 40% da capacidade. Na Bahia, ao menos 140 municípios estão em estado de emergência decretado pelo governo federal por conta da seca.
Atualmente as regiões Sudeste e Centro Oeste tem apenas 23,6% de sua capacidade e o Nordeste, 19,87%. A situação é um pouco melhor no Norte, com 38,9%, e a região Sul com 89,29%.
No rio São Francisco, Sobradinho que é responsável pela geração de quase 60% da energia da Região, está com 27% da capacidade, enquanto a produção de Três Marias (responsável por mais de 30% da energia da Região) está próximo de zero.
É importante ressaltar que o Sudeste/Centro Oeste tem 202 MW/mês de potência instalada, enquanto o Sul tem apenas 19,8 MW mês de capacidade instalada. O Nordeste tem 51,8 e o Norte, 14,8. Isso significa que se as chuvas não forem abundantes no Sudeste/Centro Oeste e na grande bacia do São Francisco estaremos com sérios problemas de energia, apesar das gerações alternativas, como eólicas e térmicas.
Previsão da catástrofe vem de 2013
Em janeiro de 2013, já se anunciava que o nível abaixo do normal na maioria dos reservatórios do país faz com que quase um quarto da energia distribuída pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) e consumida em todo o país seja proveniente de usinas termelétricas, de acordo com reportagem da Agência Brasil. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pelo menos 60 usinas termelétricas estão despachando energia, por meio do SIN, de todos os tipos de fontes: eólica, a carvão, a óleo diesel e combustível, nuclear e a gás natural.
De acordo com o ONS, o despacho térmico atualmente chega a 12,9 mil megawatts (MW), o equivalente a 24% da demanda total do país.
Situação é trágica, diz Aécio Neves
O candidato oposicionista diz, segundo a Agência Brasil, “que a situação do setor elétrico brasileiro é trágica. O custo dos equívocos do governo para os cidadãos brasileiros, por meio de aportes do Tesouro, é imenso. O dinheiro poderia estar indo para saúde, educação e segurança pública, além de outros investimentos, mas acabou sendo usado para tapar um buraco causado pelo governo. Essa política de usar dinheiro do Tesouro para forçar a queda das tarifas não deu certo e causou instabilidade para o sistema. O que precisa ser feito é ampliar a oferta, com o uso de energia eólica, por exemplo, mas só isso não é suficiente. Vamos estudar outras maneiras para melhorar a situação desse setor importantíssimo para a economia.”
Em outras palavras, o Candidato, se eleito for, vai cair no meio do furacão do apagão energético, sem uma solução anunciada em plano de governo. De maneira tão inadvertida, como Dilma Rousseff deixou o problema andar sem tomar uma medida radical, que seria o racionamento e a flutuação das tarifas.
Carlos Alberto Koch comentou como o Governo do Estado e Municipal podem auxiliar os investidores
O secretário Municipal de Governo, Carlos Koch e a chefe de gabinete, Rosa Stahlke, receberam nesta quarta-feira, 08, dois representantes do grupo Ponteaz, originário da Bélgica, Kurt Hameeuw e Nicolas Crutzen para uma conversa sobre possíveis investimentos na área de energia fotovoltaica no município. A dupla integra também a Câmara de Comércio do Brasil e Bélgica.
“A Europa vive um momento de expansão, regiões onde o mercado está saturado estão dando subsídios para investimentos em outros países, a exemplo do Brasil. Luís Eduardo Magalhães está em grande ascensão e está de braços abertos para organizações que pretendem desenvolver a cidade e região” observou o secretário de Governo Carlos Koch, ao dar as boas vindas aos investidores belgas.
A secretária de Indústria Comércio e Serviços do município, Rosangela Della Costa, que também participou da recepção, destacou a carência de industrias voltadas para o beneficiamento da fibra de algodão e a qualidade de energia que é fornecida para os empresários da região.” Nossa região possui muitas horas de sol durante o ano, este tipo de energia, a Fotovoltaica, pode ser uma alternativa sustentável, para sanar o problema que é a qualidade da energia fornecida atualmente” comentou.
De acordo com dados do Banco Central do Brasil, através do Investimento Externo Direto (IED), diversos setores no país receberam investimentos europeus, como energia elétrica, comércio varejista, produtos alimentícios, extração mineral, metalurgia, petróleo e gás, minerais não metálicos, seguros, metalurgia, farmacêutico, equipamentos de informática, educação e infraestrutura.
Regiões brasileiras que estão em fase de expansão ,tanto territorial como econômica, são bem vistas por investidores de outros países. Os Estados dão suportes e facilitam a instalação de fábricas, principalmente para beneficiamento de matéria prima e exportação.
Também participaram do encontro o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães (ACELEM), Carlinhos Pierozan, entre outros empresários locais, que na oportunidade, puderam expor diferentes pontos de vista sobre a realidade da região oeste.
Programa de autossuficiência energética
Encontra-se em fase de estudo a implantação de um programa de autossuficiência energética, a princípio em todos os prédios públicos municipais. A produção de energia fotovoltaica é uma boa opção de economia e auto sustento, sendo que a possuímos mais de três mil horas de sol por ano. Na última edição da Bahia Farm Show, o estande da prefeitura utilizou o sistema. A alimentação elétrica do estande durante o dia foi toda ela garantida a partir de um grande painel fotovoltaico, que aproveitava luminosidade solar, um dos atributos abundantes da região e diferencial competitivo para a agricultura. O painel foi trazido da Bélgica especialmente para o estande da prefeitura na feira, já como parte do estudo de viabilidade do uso de placas semelhantes nos prédios públicos.
O horário brasileiro de verão 2014/2015 começa no dia 19 deste mês, quando os relógios serão adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os empresários baianos estão reivindicando ao Governo a sua inclusão. A medida, adotada para economizar energia no horário de maior consumo, vai até o dia 22 de fevereiro do ano que vem.
Pelo decreto que instituiu o horário de verão, a medida deve ser iniciada sempre no terceiro domingo de outubro e encerrada no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente. Mas, no ano em que houver coincidência com o domingo de carnaval, o fim do horário de verão deve ser no domingo seguinte. Como em 2015 o carnaval será no dia 17 de fevereiro, o horário de verão deverá acabar no dia 22 de fevereiro. O objetivo é evitar que, em meio a um feriado, alguns esqueçam de ajustar os relógios.
O horário de verão, instituído pela primeira vez em 1931, é adotado sempre nesta época do ano para aproveitar melhor a luminosidade natural do dia e reduzir o consumo de energia, que cresce naturalmente por causa do calor e do aumento da produção industrial às vésperas do Natal. Com o horário de verão é possível reduzir a demanda por energia no período de suprimento mais crítico do dia, entre as 18h e as 21h, quando a coincidência da utilização de energia elétrica por toda a população provoca um pico de consumo. Com a redução, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, nos últimos anos a redução média da demanda de energia tem sido em torno de 5% nas regiões onde foi aplicado o horário de verão. “As análises também demonstram que a redução da demanda de ponta tem evitado novos investimentos, da ordem de R$ 2 bilhões por ano, na construção de usinas geradoras de energia. A economia no consumo de energia, em megawatt-hora, em torno de 0,5%, é considerada como ganho decorrente, ou marginal, mas não pode ser desprezado”, informa o ministério. Da Agência Brasil, com edição deste jornal.
No ano passado, o horário de verão economizou o equivalente a R$400 milhões em energia. O Governo está pedindo mesmo assim que os usuários economizem energia.
A cidade de Jacobina, no centro norte baiano, deve ganhar uma fábrica de torres eólicas. As multinacionais Andrade Gutierrez (brasileira) e Alstom (francesa) anunciaram a indústria nesta sexta-feira (22). A joint venture (empreendimento conjunto) vai atuar no mercado de produção de torres de aço para geradores e equipamentos utilizados em parques eólicos. Segundo o Estadão, as empresas devem investir aproximadamente 300 milhões de euros, com 51% vindos da Andrade Gutierrez e 49% da Alstom. O nome do empreendimento conjunto das multinacionais deve se chamar Torres Eólicas do Nordeste e terá capacidade para produzir anualmente 200 torres metálicas, com previsão de ser inaugurada ainda neste ano. A estimativa das empresas é que sejam gerados 250 empregos diretos e 600 indiretos.
O blog Preto no Branco, do jornal O Globo, diz que Dona Dilma ampliou um pouco, na propaganda política, as obras do Governo Federal para transmissão de energia elétrica.
Na tarde desta quinta-feira, 21 de agosto, o terceiro programa eleitoral de TV da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, informou que:
De acordo com esse texto, entre janeiro e junho de 2014, já foram “energizados” 1.016,7 quilômetros.
Assim sendo, o total implantado por Dilma até junho de 2014 é de 16.770,7 quilômetros.
E emblemático o fato dos parques eólicos do Rio Grande do Norte e da Bahia terem ficado quase dois anos parados à espera de linhas de transmissão, no momento que o País atravessa uma crise de fornecimento de energia sem precedentes. Esta semana, duas termelétricas, a gás e carvão importado, próximo ao Porto de Itaqui, foram colocadas em funcionamento, uma delas a Eneva, que foram construídas pelo grupo OGX de Eike Batista e vendida a terceiros.
O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, reuniu-se nesta segunda-feira, 04, na sala de reuniões do Centro Administrativo, com o gestor regional da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), Bruno Borges, para tratar de assuntos relativos ao fornecimento de energia elétrica no município. Também participaram do encontro o secretário municipal de Infraestrutura, Waldemar Lobo, o secretário de Administração e Finanças, Sérgio Verri e o diretor de Controle Interno, Edvaldo Bezerra.
Entre janeiro e junho deste ano houve um aumento de tarifa de energia de aproximadamente 14%, o que implica, segundo Werther Brandão, na necessidade de mais investimento em tecnologia para reverter esse índice. “A troca das tradicionais lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED proporciona uma redução significativa no consumo de energia e nos custos de manutenção sem comprometer a qualidade da luz e do ambiente”, comenta, exemplificando as ações iniciadas pelo Poder Público no município.
Para o gestor regional da Coelba, Bruno Borges, a iniciativa de Luís Eduardo Magalhães representa uma inovação. “Não conheço nenhum município baiano que utilize este tipo de material na iluminação pública, será uma inovação”, observou.
O prefeito Humberto Santa Cruz quer levar a tecnologia também para o trecho da obra de duplicação da BR 242/020. “Na próxima semana irei a Salvador e levarei um estudo detalhado para a Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia. Quero que toda iluminação do trecho urbano da obra de duplicação seja feita com lâmpadas de LED”, comenta o prefeito. Continue Lendo “Prefeito quer tecnologia dos leds economizando energia na iluminação pública”
O ONS – Operador Nacional do Sistema de energia estima que o nível dos reservatórios das usinas no Sudeste/Centro-Oeste do país caia a 29,9 por cento ao final de agosto, ante os atuais 34,36 por cento. No Sul, o nível deve passar de 90,47 por cento para 78,9 por cento ao fim do mês. O armazenamento no Nordeste deve passar a 26 por cento e, no Norte, a 70,6 por cento.
No final de agosto ainda teremos que esperar por chuvas volumosas no mínimo por 45 dias no Centro Oeste e nas cabeceiras da bacia do Rio São Francisco.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, “a previsão por consenso para o trimestre agosto, setembro e outubro de 2014 indica para a Região Semiárida comportamento climatológico, com igual probabilidade (33%) para as categorias abaixo da normal, dentro da faixa normal e acima da normal climatológica.” Isto significa pouca possibilidade de chuvas no período.
Com relação à temperatura, a previsão climática para o trimestre ASO/2014 indica um comportamento variando entre normal e acima da normal climatológica para toda a Região Semiárida.
No entanto, de acordo com boletim da Somar Meteorologia, a partir de setembro, as chuvas fortes começam a retornar na maior parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil. Segundo a previsão, as precipitações vão aparecer entre os dias 15 e 20 de setembro, mas deve vir com acumulado menor que o normal. A previsão para o mês é de chuva abaixo da média nas três regiões, com exceção do Espírito Santo.
De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, no Estado capixaba e no centro e leste da Bahia, a expectativa é de um padrão semelhante ao de agosto. Entre 10 e 25 de setembro, esperam-se novamente ventos fortes provenientes do mar, gerando chuvas constantes e com elevado acumulado.
Já no interior da Bahia e nos demais estados do Nordeste, o mês de setembro será seco. Para a Região Sul do Brasil, inclusive no Paraná e em Santa Catarina, a previsão é de chuvas acima da média por conta do fenômeno El Niño.
As temperaturas devem ficar acima da média no Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul e abaixo da média no Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Goiás, Distrito Federal e Rio de Janeiro.
Parque Eólico de Brotas de Macaúbas Foto: Alberto Coutinho/SecomWagner: dois anos separam, com prejuízos, as duas inaugurações
A linha de transmissão Igaporã/Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, que permitirá que a energia elétrica produzida pelos ventos na região de Caetité seja interligada ao Sistema Elétrico Nacional, foi inaugurada nesta quarta-feira (18) pelo governador Jaques Wagner (PT).
Apontado como o maior complexo de produção de energia eólica da América Latina, com 14 parques distribuídos pelos municípios de Caetité, Igaporã e Guanambi, no sudoeste da Bahia, o Alto Sertão I, da Renova Energia, foi inaugurado na manhã d0 dia 10 de julho de 2012.
Com 184 aerogeradores, capazes de produzir 294,4 MW – segundo a empresa, volume suficiente para abastecer uma cidade com 540 mil residências -, o complexo consumiu R$ 1,2 bilhão, mas ficou durante 2 anos esperando pela linha de transmissão, cuja construção estava a cargo de empreiteiras contratadas pela CHESF – Companhia Hidrelétrica do São Francisco, empresa controlada pelo Governo Federal.
O custo da energia não gerada, por falta de transmissão e centrais, custou mais de R$15 milhões mensais ao Governo, o que deixa um prejuízo calculado, de maneira otimista, em R$360 milhões. Isso sem considerar que ao atender a demanda reprimida com as termelétricas movidas a diesel ou fuel oil, o Governo e distribuidoras estavam arcando com prejuízos da ordem de R$850 reais por cada kw/hora produzido. O que, evidente, acabou seu destino no bolso do contribuinte, tanto pelos subsídios concedidos às distribuidoras, como no aumento das contas domésticas, comerciais e industriais.
Nesta terça-feira (17) os reservatórios do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste fecharam com em 39,97% da capacidade máxima (contra 36,97% do fim de maio); em 85,73% no Sul (contra 54,93%); no Norte em 91,97% (contra 92,97%); e no Nordeste em 38,39% (contra 40,8% da capacidade registrada no fechamento de maio). Segundo o Operador Nacional do Sistema, o risco de falta de energia no Sudeste é de apenas 2,5% até o início das chuvas. Os feriados e os jogos da Copa estão ajudando a economizar energia.
A Bahia será o primeiro estado do país a receber um complexo híbrido de geração de energia eólica e solar, que será construído pela Renova Energia em Caetité, no Sudoeste baiano. Com investimentos de R$ 130 milhões, o empreendimento terá capacidade instalada de 26,4 megawatts (MW), sendo 21,6 MW de eólicas e 4,8 MWpico de energia solar. A Renova já recebeu a primeira parcela de R$ 6 milhões do financiamento de R$ 108 milhões firmado com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para iniciar a construção da usina, que está prevista para entrar em operação no início de 2016.
O complexo prevê a instalação de cerca de 20 mil placas fotovoltaicas, que serão ligadas a quatro inversores e, em seguida, a uma subestação. A estação também receberá a energia que será produzida pelos parques eólicos.
Segundo o presidente da Renova Energia, Mathias Becker, o objetivo é encontrar uma forma economicamente viável de explorar a energia solar no Brasil. “Na região de Caetité, as duas fontes são complementares. Na prática, a produção de energia eólica é maior no período noturno, quando a geração de energia solar é praticamente nula. A combinação das duas fontes garante o fornecimento contínuo de energia do projeto e reduz o custo da fonte solar, que separadamente ainda é elevado”, afirmou Becker. Continue Lendo “Com investimentos de R$ 130 milhões, Bahia terá primeiro complexo de energia solar-eólica do Brasil”
Área do Parque Nacional do Taim, ao norte da região onde se construirá o complexo eólico.
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, visitou nesta segunda-feira o parque eólico de Geribatu, em Santa Vitória do Palmar, no extremo sul do Estado, que, junto com os parques Chuí e Hermenegildo passarão a formar o Complexo Eólico Campos Neutrais, que será o maior da América Latina. Tarso Genro assinou a ordem de serviço para o início das obras do Parque Eólico do Chuí, destacando que o novo complexo simboliza o modelo de desenvolvimento econômico e social apoiado pelo governo gaúcho.
O novo complexo eólico gerará energia para 3,7 milhões de pessoas e 8,9 mil novos empregos, possuindo 302 aerogeradores, 583 megawatts de capacidade instalada e totalizando investimentos de R$ 3,5 bilhões.
“Este polo eólico tem o mesmo significado para o sul do Estado que o pré-sal tem para todo o Brasil”, comparou o chefe do Executivo gaúcho. O prefeito de Santa Vitória, Eduardo Morroni, informou que as mudanças trazidas pelos parques eólicos já são visíveis, com os novos postos de trabalho criados, viabilizados por meio da capacitação técnica trazida pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Instalado em uma área de 4.750 hectares, o Parque Eólico Geribatu está 30% construído e tem previsão de conclusão total das obras para outubro deste ano, quando deverá gerar energia para 1,6 milhão de pessoas e proporcionar 2,1 mil empregos diretos e indiretos. Do investimento total de R$ 3,5 bilhões no Complexo Eólico Campos Neutrais, R$ 2,7 bilhões são em geração e R$ 800 milhões em transmissão. Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, João Victor Domingues, o Grupo CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), parceiro do empreendimento na área de transmissão, já investiu R$ 200 milhões na metade sul do Estado.
A previsão de conclusão do parque Eólico Chuí é para o primeiro semestre de 2015, onde estão sendo instaladas seis usinas com 72 aerogeradores, suficientes para gerar energia para 900 mil habitantes. Os investimentos de R$ 800 milhões também são uma parceria com o Fundo de Investimentos Rio Bravo e garantem a geração de 2,5 mil empregos diretos e indiretos.
Já o Parque Eólico Hermenegildo, também localizado em Santa Vitória do Palmar, tem previsão de conclusão para o segundo semestre de 2015. Ele terá 101 aerogeradores, que garantirão energia para o consumo de 1 milhão habitantes e onde estão sendo investidos R$ 900 milhões em parceria com a Renobrax. No local, serão gerados 1,5 mil empregos diretos e indiretos.
Recursos de cerca de R$ 800 milhões para o sistema de transmissão irão escoar energia gerada para seis instalações do Complexo Campos Neutrais. O sistema é uma parceria entre a Eletrosul e a CEEE e devem gerar mais 2,8 mil empregos. A Eletrosul será responsável por 51% e a CEEE, por 49% do sistema. Até 2018, dentro do Programa RS Eólica, estarão operando 88 parques no Rio Grande do Sul, com capacidade para gerar 1.978,9 megawattes, o que representa cerca de R$ 8,3 bilhões em investimentos no setor.
A região do Chuí, na fronteira com o Uruguai, tem um bioma ambiental de banhados, terras baixas e lagoas, entre elas a grande Lagoa Mirim, bastante delicado. Em parte da região se produz grande quantidade de arroz. A energia eólica chega como redenção no desenvolvimento de pequenas cidades como Santa Vitória do Palmar e o próprio Chuí.
A partir de amanhã começa a valer o reajuste da tarifa de energia para consumidores residenciais e empresariais da Bahia aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nas residências, a conta vai aumentar 14,82%. Já entre as empresas, será de 15% para consumidores de baixa tensão e 16,04% para os de alta tensão.
O aumento será sentido integralmente na fatura do mês de maio.
Segundo a Aneel, são 5,3 milhões os consumidores afetados, localizados em 415 municípios da Bahia. Ficam de fora as cidades de Jandaíra e Rio Real, que são abastecidas pela companhia elétrica sergipana Sulgipe. O reajuste médio, de 15,35%, aprovado pela Aneel, ficou abaixo do pedido pela Coelba, que era de 18%.
A companhia alegou que o principal item de custo na composição desse aumento foi a compra de energia, que teve elevação de cerca de 17%, além de despesas dos últimos 12 meses que precisaram ser cobertas. Além da Bahia, a Aneel concedeu ontem reajuste a outras três companhias elétricas, localizadas em Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará. Do Correio*.
É de se perguntar por que o consumidor deve ser punido se faltou chuva ou planejamento do Governo Federal. Os diretores da CHESF que deixaram, por mais de ano, grandes parques eólicos na Bahia e no Rio Grande do Norte desligados, por falta de linha de transmissão já foram demitidos? Depois do grande apagão de 2001/2002, o Governo não sabia que um ano ruim de chuvas poderia reduzir drasticamente o fornecimento de energia? O Governo Federal obteve uma trégua de 10 anos para planejar fontes baratas de energia e segurou os projetos de mais de 500 pequenas hidrelétricas para construir as térmicas, que tem energia 600% mais cara.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (15) o reajuste tarifário da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba), com efeito médio de 14,82%. Para os consumidores conectados à alta tensão, o reajuste será de 16,04%.
De acordo com a Aneel, o principal componente do reajuste foi o gasto com a compra de energia, que aumentou 7,68% em relação ao processo tarifário anterior. A Coelba atende a 5,4 milhões de unidades consumidoras no estado.
Em novembro de 2012 já anunciávamos que 10 Gigawatts de energia estavam sendo gerados pelas térmicas. Veja aqui. Hoje as térmicas entram com 1/4 da produção brasileira de energia, gerando mais de 22 GW, com um custo acima de R$1.000,00 o kw/hora. Há poucos dias alertávamos que a média do custo da energia tinha subido 25% às distribuidoras. Portanto não se surpreenda com o tarifaço, marcado para os primeiros dias após as eleições (primeiro ou segundo turno).
Outro detalhe importante: nos novos preços continuam embutidos 45% de impostos, entre os quais 30% de ICMS, diligentemente recolhido pelo Governo do Estado.
O governo quer acelerar o processo de autorização para a construção de diversas usinas hidrelétricas de pequeno porte no país. Segundo apurou a Folha, a avaliação do Executivo é que as obras ajudariam a aumentar a oferta de energia, sinalizando ao mercado uma oferta mais confortável de energia em dois ou três anos.
O setor aponta como principais entraves para essa alternativa de geração a demora na concessão de licenças ambientais e o preço –a energia das chamadas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) é cara na comparação com a das grandes usinas, que têm ganhos de escala.
Atualmente, há 669 projetos para construção de PCHs parados na Agência Nacional de Energia Elétrica à espera da licença ambiental, de responsabilidade dos Estados. A estimativa é da Abragel (Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa). Juntas, essas pequenas hidrelétricas representariam um acréscimo de 7.139 megawatts no sistema elétrico, ou 5,6% da capacidade instalada atual do país. Esse volume equivale à previsão de expansão da oferta de energia neste ano –6.000 a 8.000 megawatts. O prazo para a construção de uma PCH, no entanto, é de 24 a 36 meses.
As imagens do lago de Furnas, que já recuou suas margens até 3 km, divulgadas ontem na TV, impressionam. A velha hidrelétrica já tem turbinas desligadas fora dos horários de pico do consumo e até os pescadores não encontram mais o seu produto. É inexplicável porque o Governo ainda não largou a campanha de racionalização do consumo de energia. O brasileiro ganhou em poder aquisitivo e, esbanjador, largou prá lá a conta de energia. Precisa voltar à realidade.
Apenas 27% da capacidade
O Lago de Furnas continua em baixa, assim como a usina que leva seu nome e responde por 17,42% da energia elétrica que abastece as Regiões Sudeste e Centro-Oeste do País. O efeito, além da ameaça ao sistema energético nacional, muito dependente das hidrelétricas, é sentido por dezenas de municípios banhados pelas águas do lago e que dependem delas para sobreviver, principalmente, em razão do turismo e da agricultura.
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), que mede o setor energético, ontem (28) a Usina de Furnas operava com 27,95% da capacidade do seu reservatório. O índice preocupa pois vem caindo nas últimas semanas, mesmo no chamado período das águas, que está chegando ao fim.
Do Lago de Furnas ainda dependem outras três usinas, das quais duas também estão em situação crítica: Marimbondo, operando com 26,14% da capacidade, e Água Vermelha, com 29,48%. A baixa do reservatório obriga as usinas a represarem mais água e várias cidades da região adotaram medidas emergenciais. Em Pimenta, o prefeito Ailton Costa decretou uma série de medidas para garantir o racionamento de água. As contas de consumo vêm com alerta e na cidade são distribuídos panfletos, sem contar as chamadas nas rádios para que o povo se conscientize. Segundo ele, pousadas da região e os agricultores são prejudicados.
As principais culturas atingidas foram as de tomate, milho e soja. O seguro agrícola não cobre os efeitos da seca por ser considerada fenômeno da natureza. Só de tomate saíam diariamente 15 caminhões carregados; agora são no máximo dois.
As previsões meteorológicas de longo prazo dizem que só chove muito, para recuperar totalmente os reservatórios, em 2016. O governo vai subir impostos e aumentar a conta de luz no ano que vem para cobrir o rombo bilionário dos gastos com as usinas térmicas. Choveu pouco, a energia ficou mais cara. A conta de luz em si só vai aumentar este ano, mas vai ser paga com dinheiro público dado pelo contribuinte. Faltou chuva, os reservatórios baixaram e as térmicas – que produzem energia mais cara – foram acionadas. Com isso, as distribuidoras tiveram os custos aumentados.
Três irmãos, no Rio Grande: risco de pendenga jurídica
Por Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou hoje (28) que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não assine o contrato de concessão da Usina Hidrelétrica Três Irmãos, que foi licitada nesta sexta-feira, até que o tribunal decida sobre o questionamento feito pela atual operadora da usina, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp). A assinatura do contrato está prevista para o dia 6 de agosto.
A Aneel informou que irá acatar integralmente e cumprir a decisão do TCU. A hidrelétrica teve que ser licitada novamente, pois a Cesp não aceitou renovar o contrato conforme as regras estabelecidas pelo governo federal no fim de 2012. A estatal enviou um questionamento ao TCU pedindo para cancelar o processo do leilão, questionando o fato de o governo não incluir na licitação as eclusas e o Canal Pereira Barreto, que fazem parte do complexo da hidrelétrica.
O relator do assunto no TCU, ministro José Jorge, que assina a medida cautelar, argumenta que a operação em separado da hidrelétrica, sem que seja previamente definido o tratamento a ser dado às eclusas, poderá comprometer a continuidade do sistema energético-hidroviário constituído pelos empreendimentos.
O ministro determinou também que sejam ouvidos em um prazo de 15 dias a Aneel, o Ministério de Minas e Energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico, além do Ministério dos Transportes, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Casa Civil, o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee) e a Cesp, para que se pronunciem sobre as questões.
Na manhã de hoje, o consórcio Novo Oriente, formado por Furnas e pela Fip Constantinopla, venceu o leilão da Usina Três Irmãos, promovido pela Aneel, com uma oferta de R$ 31,623 milhões pelo custo de gestão dos ativos de geração. A usina está localizada no Rio Tietê, no município de Pereira Barreto (SP), e tem capacidade instalada de 807,50 megawatts.
Insegurança jurídica, falta de planejamento (o caso das eólicas da Bahia e Rio Grande do Norte sem linhas de transmissão é emblemático), fundamentalismos ambientalistas, burocracia dos órgãos públicos. Tudo isso faz o País ficar de fora nos investimentos do setor privado interno e externo. Enquanto isso, o ministro Lobão já começa a falar em “racionalização” de energia, para evitar o risco de falar em racionamento e apagão. Como dizia De Gaulle, “le Brésil n’est pas un pays sérieux”. Com a constatação lógica: um país sério deve ser feito por homens sérios, não por gaiatos.
O empresário Antonio Franciosi, o prefeito Humberto Santa Cruz e os deputado Cacá Leão e João Leão estiveram hoje com o presidente da COELBA, Moisés Afonso Salles. Ele foram solicitar a ampliação da subestação de rebaixamento de energia do Rio do Ouro, que deve estar operacional em agosto deste ano, com capacidade de 2,5 megawatts.
A potência necessária para tocar um pivô é de 1,10 a 2,94 kW por hectare. Como a maioria dos pivôs da região tem porte entre 110 e 120 hectares, a energia necessária seria de no mínimo 121 kw, podendo alcançar até 352 Kw, conforme altura manométrica dos levantes de água ou profundidade de poços. De onde se conclui que 10 equipamentos de irrigação já estariam consumindo toda a energia disponível na nova subestação.
O vereador Jarbas Rocha, líder do Governo na Câmara Municipal de Luís Eduardo Magalhães, acompanhou a comitiva.
Chove e muito em Brasília há mais de uma semana. No sábado e domingo foram constantes os pancadões, subindo o nível do Lago Paranoá. Grande parte dessa água corre para a bacia do São Francisco e uma parte menor para a bacia do Prata, terminando no rio Paraná, que move as turbinas de Itaipu.
Como no DF a administração da chuva é feita direto por Dona Dilma, com consultoria de São Pedro, tem gente falando que as águas de março vão se estender até o final de abril. Tomara que chova muito, para que as turbinas de Sobradinho e Xingó gerem toda a energia que o Nordeste precisa.
O Governo já trabalha com uma possibilidade de 3 a 5% para o risco de apagão. Nada entendo de estatísticas, mas acho que o Governo deveria vir a público, confessar a possibilidade real de apagão, por motivo de dois anos de pouca chuva e falta de investimentos, pedir economia, praticar realidade tarifária e correr para o abraço.
Tem mais: com sorte a Seleção do Brasil vai ser desclassificada na primeira fase da Copa e brasileiro nem vai ligar mais a televisão. E com candidatos como o Aécio e o Eduardo Campos a Senhora pode ficar tranquila, que passa o rapa no primeiro turno.
Ser transparente é a principal qualidade de um gestor público. Mas aí tem esse ranço autocrático, essa relação mal resolvida de casa grande e senzala, de que o Senhor de Engenho tudo sabe e os escravos nada devem saber.
Vai lá, Dona Dilma, e não deixa mais o Lobão falar. Ele tem um jeitão de cafetão, de cantor de tango aposentado, que não passa nenhuma credibilidade.
Autoridades do setor elétrico participam nesta quarta-feira (12) de audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) para discutir a situação energética do país.
A proposta para a realização do debate foi apresentada pelo senador senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Ao justificar o requerimento de audiência ele salientou que no dia 4 de fevereiro deste ano um apagão nas Regiões Sul. Sudeste, Centro-Oeste e Norte atingiu entre 5 e 6 milhões de pessoas, afetando 11 estados.
Ferraço também adverte que o nível dos reservatórios das hidrelétricas continuam caindo. Além disso, acrescentou, “o atraso do período úmido levou ao recorde de alta do preço de energia de curto prazo e gerou temores sobre o abastecimento do país ao longo do ano, embora representantes do governo tenham descartado racionamento de energia”.
De acordo com o senador, o risco de déficit de energia elétrica nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste já chega a mais de 20% neste ano. Ricardo Ferraço afirmou que, “apesar de o governo federal considerar um risco de 5% como aceitável, técnicos do setor admitem que com esse nível de desequilíbrio um racionamento é praticamente inevitável”.
Estão convidados para a audiência da Comissão de Serviços de Infraestrutura: o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann; o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim; o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp; o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Luiz Eduardo Barata Ferreira; e o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales.
Os reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste/Centro-Oeste do Brasil estão com nível de armazenamento de 34,66 %, segundo dados de terça-feira, numa leve depreciação ante o fechado em 27 de fevereiro.
A expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é de que o nível das represas dessa região chegue a 35,9 % ao final desta semana e a 38,3 % em 4 de abril.
No Sul, as represas estão a 38,61%, já apresentando um aumento de 1,43 ponto percentual em relação ao registrado ao final da semana passada. Já no Nordeste, o nível passou de 42,19% na quinta-feira passada para 42,14 % na terça-feira.
No Norte, houve elevação de 80,92% para 81,79% atualmente.
A previsão do ONS para esta primeira semana de março era de que passagem de duas frentes ocasione “totais significativos” de precipitação nas bacias das regiões Sudeste e Centro-Oeste e fraca nas bacias dos rios Uruguai e Iguaçu. Em março, o ONS estima que chova 67% da média histórica para o mês, o que elevou preocupações de analistas e especialistas do setor quanto a situação de abastecimento do país neste ano.
Entrar no período mais seco do ano com os reservatórios baixos desse tipo (os mesmos níveis de 2001, no famoso apagão de FHC) não vai ser fácil. Apesar das alternativas como os 20 GW (gigawatt) das térmicas e os prometidos 6 GW das eólicas. O pior: as eleições acontecem apenas em outubro, quando as primeiras chuvas fortes são esperadas.
Os reservatórios do sistema Cantareira, principal abastecedor de água potável de São Paulo, continua baixando.