‘Estadão’ coloca íntegra de seu acervo na internet

Páginas publicadas desde 1875, até mesmo as censuradas pelos militares, poderão ser vistas no portal que será lançado quarta-feira. Para marcar o lançamento do acervo digital do ‘Estado’ na internet, o Grupo Estado promove na noite de quarta-feira, no auditório do Ibirapuera, uma cerimônia para convidados com a presença do governador Geraldo Alckmin, do prefeito Gilberto Kassab e de centenas de personalidades que fizeram parte da história do jornal e figuraram em suas páginas ao longo dos anos.

Nós já estamos sentindo uma coceirinha no mouse. Vai ser bom demais.

 

Três gerações depois, o coronelismo permeia as fímbrias da Nação.

Um casarão no meio do semiárido pernambucano guarda duas memórias de poder e corrupção. Pelos corredores e salas do Chalé Villa Maria, construído em 1919, em Salgueiro, a 518 quilômetros do Recife, entrecruzam-se uma história do coronelismo e outra do tempo presente. O palacete serviu de residência para Veremundo Soares (1878-1973), um dos mais conhecidos coronéis do sertão, e mais recentemente foi cenário de festas juninas que contaram com a presença do bisneto dele, Fernando Soares Cavendish, dono da Delta, empreiteira envolvida no escândalo Cachoeira.

Vale à pena ler a matéria completa do Estadão, escrita por Leonencio Nossa, em que se analisa o elo que liga o coronelismo do sertão nordestino com o atual quadro de corrupção desenfreada no País.

Um livro definitivo sobre a guerra suja de brasileiros contra brasileiros.

A ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou nesta quinta-feira que a Comissão da Verdade a ser brevemente constituída deverá apurar o relato de que corpos de militantes políticos mortos pela ditadura militar em São Paulo e no Rio de Janeiro foram incinerados num grande forno de uma fazenda situada no interior do Estado do Rio.

A informação consta no livro Memórias de uma Guerra Suja (Editora Topbooks), dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, que reúne um estarrecedor conjunto de depoimentos do ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo Cláudio Guerra. Segundo uma das inúmeras informações novas que Guerra traz à luz, dez corpos de militantes que atuaram nos anos de chumbo foram levados para desaparecerem de vez à Usina Cambahyba, que pertencia ao ex-vice governador biônico do Rio, Heli Ribeiro Gomes.

A presidente Dilma, ex-presa política e ex-torturada, já tem em mãos um exemplar do livro.

Leia mais no site de VEJA.

Brizola, a tentativa de assassinato

O ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Político Social) do Espírito Santo, Cláudio Antônio Guerra, revela no livro “Memórias de uma Guerra Suja” que se disfarçou de padre para tentar assassinar Leonel Brizola, fundador do PDT e um dos líderes da resistência contra a ditadura militar. O disfarce era uma estratégia para responsabilizar a Igreja Católica pelo atentado. Continue Lendo “Um livro definitivo sobre a guerra suja de brasileiros contra brasileiros.”

Rio e Porto Alegre: as duas caras da ditadura

Artigo do jornalista Luiz Cláudio Cunha

A verdade, ao contrário da mentira, não se fantasia com pijamas.

Neste fim de semana, o Brasil verá as duas caras da maior tragédia política do país: a mais longa ditadura de sua história.

Na quinta-feira (29), no Rio de Janeiro, a face da mentira, a cargo dos nostálgicos do regime de força, vai se mostrar na sede do Clube Militar, na avenida Rio Branco, no centro da cidade, para festejar o 48° aniversário do que chamam de “Revolução Democrática e Redentora de 31 de Março de 1964”, a chamada ‘contrarrevolução’ que evitou a ‘comunização’ do país.

A partir de sexta-feira (30), em Porto Alegre, a face da verdade, escancarada por entidades e militantes de direitos humanos, será exibida pelos que vão recordar a cara mais perversa do golpe de 1964, o movimento civil-militar que derrubou o presidente João Goulart e mergulhou o país numa treva de 21 anos marcada por violência, prisões, tortura, desaparecimentos forçados, cassações de mandatos políticos, exílio, censura e medo.

O 5° Encontro Latinoamericano Memória, Verdade e Justiça, promovido pela Assembleia Legislativa gaúcha e pelo Movimento de Direitos Humanos e Justiça, vai discutir as consequências da condenação do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, as obrigações ainda não cumpridas para adequar a lei brasileira à Convenção Americana sobre Direitos Humanos, a imprescritibilidade dos crimes de lesa-humanidade, como tortura e desaparecimento, e o alcance da Comissão da Verdade, criada mas ainda não instalada no Brasil. Continue Lendo “Rio e Porto Alegre: as duas caras da ditadura”

LEITURAS: Liberdade de imprensa duplamente violada, de Paulo Brossard

É de ontem o conflito instaurado entre a chefe do governo argentino e a imprensa daquele país ou com a parte que se insurgiu contra a unanimidade jornalística, que se pretendeu impor em relação aos meios de comunicação. A situação de bom convívio se manteve até o chamado “tarifaço agrário” decretado pelo governo de Cristina Kirchner; não há quem ignore a importância do segmento agrícola, abrangente do pecuário, naquele país e o relevo da questão criada; o complexo capitaneado pelo jornal Clarín, o mais importante da Argentina, tomou o partido do mundo rural e daí o seu afastamento do governo.

A partir desse momento, o Grupo Clarín passou a ser estigmatizado e, não tardou o dia, foi em fins de dezembro, que 200 fiscais fazendários, de inopino, invadiram a TV a cabo do grupo, levando consigo documentos da empresa. Não durou muito, o Senado aprovou projeto declarando de “interesse público” a fabricação, comercialização e distribuição de papel-jornal. Ocorre que o papel-imprensa era fabricado por uma só empresa que abastece 75% dos consumidores, 172 jornais em todo o país. Vale salientar que dessa empresa o Grupo Clarín possuía 49% das ações, o La Nación era titular de 22%, a República Argentina, 27,5%, e o restante 1,5%, pequenos acionistas. Mas, com a iniciativa de batizar o papel-imprensa como de “interesse público”, proibiu que empresas jornalísticas possuíssem ações do Papel-Prensa.

Ora, o mais acanhado observador não custaria a concluir que o Grupo Clarín ficava com seus dias contados e, faz dias, foi divulgada a notícia de que o maior jornal da nação suspendera dois suplementos em suas edições dominicais por falta de papel… O caso não é novo. A própria Argentina já conheceu coisa parecida; quando o peronismo começava também sua guerra contra a imprensa e seus grandes jornais, La Nación e La Prensa figuravam entre os maiores e melhores do mundo; o resultado está à vista de qualquer do povo.

O que está acontecendo na Argentina, mutatis mutandis, aconteceu também no Equador; um no sul do continente, de costas para os Andes e voltado para o Atlântico, outro, voltado para o Pacífico, deixando os Andes para o lado, ou seja, um fenômeno no Sul, outro de igual natureza no Norte. Ambos antológicos. No Equador, uma ou duas pessoas, referindo-se ao presidente Correa, disseram-no ditador. Certa ou equivocada, tratava-se de mera opinião, errônea ou luminosa. Ora, entre milhares de pessoas, dificilmente não haveria algumas centenas a dizer o mesmo, com ou sem a intenção de ferir o bom nome do alvo, mas com o propósito de caracterizar a atuação de um governante, e com cujos atos não concordam. Procedimentos correntes em uma sociedade democrática. Pois bem, a pessoa ou pessoas que tenham assim se expressado foram condenadas a três anos de prisão e à condenação por danos morais da ordem de US$ 40 milhões!

Não conheço nação democrática que tenha legislação semelhante. Os presidentes Obama e Sarkozy são assim tratados uma vez por ano, senão mais, ou por mês, ou por semana, ou por dia, ou por hora, por motivos concludentes ou por meros preconceitos; quem não lembra de Churchill, até chegar a primeiro-ministro em 1940, era um dos homens mais malquistos da Inglaterra, e jamais se lembrou ele de ocupar-se dos que o desestimavam. E era Churchill.

Por falar em Churchill, não resisto em lembrar livro recente do professor Nigel Knight intitulado Churchill Desmascarado. Ao longo de 450 páginas, sustenta ele que nada fez de bom, de útil ou de belo. Tudo errado. As derradeiras palavras dizem tudo: “Foi Hitler que tornou Churchill uma figura histórica” da qual “nos lembramos de Churchill, acima de todo o resto, pela derrota de Hitler. Hitler, entretanto, é lembrado por si mesmo”!!!

Ora, a todas as luzes, o que está ocorrendo na Argentina e no Equador, pela desproporção das penas impostas, criminal e indenizatória, deixando de concluir que não são sanções dotadas de um mínimo de razoabilidade, e porejam sentimentos próprios de uma inimizade capital com a liberdade de imprensa. Os maus exemplos também se reproduzem e, quiçá, com abundância maior do que os bons. Este é o mal que, depois de tantos erros a propósito, começa a aparecer e deitar sementes, o que é perigoso para todos, e até de onde menos se espera. A liberdade de imprensa, escreveu Rui Barbosa, é a primeira das liberdades, só que há alguns que não a estimam.

Paulo Brossard de Souza Pinto, advogado, constitucionalista, parlamentarista, prócer do extinto Partido Libertador, deputado estadual, deputado federal, Ministro da Justiça, ministro do STF, fundador do MDB e do PMDB. Foi inclusive candidato a vice-presidente da República, na chapa de Euler Bentes Monteiro, contra João Figueiredo, nas eleições indiretas de 1978.

Gramsci: o parasitismo dos indiferentes.

Autor da obra Cadernos e Cartas do Cárcere e membro do Partido Comunista Italiano, Antonio Gramsci acreditava em um projeto político que provocaria uma revolução socialista e a derrubada do fascismo. Para que isso acontecesse era necessário haver uma mudança na cultura formando assim uma nova mentalidade do proletariado italiano tendo a escola e os intelectuais como causadores dessa transformação.
Antonio Gramsci foi uma das referências essenciais do pensamento de esquerda no século 20, co-fundador do Partido Comunista Italiano.
Nascido em Ales, na Sardenha, em uma família pobre e numerosa, filho de Francesco Gramsci, Antonio foi vítima, antes dos 2 anos, de uma doença que o deixou corcunda e prejudicou seu crescimento. No entanto, foi um estudante brilhante, e aos 21 anos conseguiu um prêmio para estudar Letras na universidade de Turim.
Gramsci freqüentou os círculos socialistas e entrou para o Partido Socialista em 1913. Transformou-se num jornalista notável, um escritor articulado da teoria política, escrevendo para o “L´Avanti”, órgão oficial do Partido Socialista e para vários jornais socialistas na Itália.
Em 1919, rompeu com o partido. Militou em comissões de fábrica e ajudou a fundar o Partido Comunista Italiano em 1921, junto com Amadeo Bordiga.
Gramsci foi à Rússia em 1922, onde representou o novo partido e encontrou Giulia Schucht, uma violinista com quem se casou e teve 2 filhos. A missão russa coincidiu com o advento do fascismo na Itália. Gramsci retornou com a missão de promover a unidade dos partidos de esquerda no seu país. Da página Educação, do UOL. Imagem do Grupo Pau Brasil, no Facebook.

Os malucos querem brigar.

Enquanto  Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, não conseguir uma guerra violenta com os iranianos sem juízo, não vai se acalmar. Como dizia minha avó, ele está com bixo carpinteiro. À côté, a operosa e insinuante indústria de armamentos, que cobiça o capital dos judeus ricos de todo o mundo, os quais financiam aquela base militar, armada até os dentes, que se convencionou chamar de Estado de Israel.

Milhares de inocentes vão morrer. Judeus e iranianos radicais não se preocupam. O Irã já manteve uma longa guerra de 10 anos com o Iraque, onde quem morreu realmente foram os curdos e os civis, quase 2 milhões de pessoas entre os dois lados, com uso inclusive de guerra química.

Dois livros, o mesmo tema: a fuga de Hitler e o refúgio na Argentina.

Dois livros, um inglês, outro argentino, contam a fuga de Adolf Hitler da Alemanha em 1945, com a ajuda dos norte-americanos e o seu estabelecimento em Bariloche, onde morreu em idade avançada. Vale a pena ler a matéria sobre o livro dos ingleses, publicada em Carta Capital, e a acusação de plágio do argentino Abel Basti, publicada no site Brasil de Fato.

Um grande desfile em Luís Eduardo para comemorar o dia da Pátria.

Centenas de estudantes, militares e associações de classe, além de milhares de cidadãos de Luís Eduardo, participaram hoje do melhor desfile de 7 de setembro que a cidade já viu. A parada foi presidida pelo prefeito Humberto Santa Cruz, mas a proximidade das eleições trouxe também o deputado federal Oziel Oliveira. O Deputado foi educamente citado pelo Prefeito, que fez menção à sua presença, entre os aplausos de seus correligionários.

O desfile de máquinas e viaturas da Prefeitura Municipal impressionou, pois é difícil ver todos reunidos durante outros dias, quando estão no trabalho. Entre os destaques, o desfile de uma companhia do 4º BEC, do pelotão da CIPE-Cerrado e da PM, da patrulha anti-incêndio, graciosamente liderada pela secretária de Meio Ambiente, Fernanda Aguiar e das diversas instituições do terceiro setor.

Outra novidade foi a Guarda Municipal, muito bem equipada e apresentando a sua nova unidade de cães adestrados. APAE, Maçonaria, Banda Guerreiros do Oeste, Ministério da Mulher, Amigos da Esperança, Grupo da Terceira Idade, Rotary, SAMU 192,  colégios municipais e estaduais também estiveram presentes. O movimento em torno da esplanada do Centro Administrativo acabou causando um ligeiro engarrafamento na BR-242.

No palanque oficial, todo o secretariado municipal, vereadores e comandantes militares, além, é lógico, dos tradicionais papagaios de pirata, todos aplaudindo com entusiasmo as demonstrações cívicas. Veja nos próximos posts mais fotos do desfile. Clique nas imagens para ampliar.

Guarda de honra à bandeira da CIPE-Cerrado
Exército Brasileiro: contigente do 4º BEC
Tropa da CIPE-Cerrado desfilando sob bombas de fumaça.
Deputado Oziel Oliveira e vereador Alaídio Castilho
Guarda Municipal
Os cães adestrados da Guarda
Os brigadistas do fogo e sua nova viatura
A Banda "Guerreiros do Oeste"
O contingente do SAMU192
A longa fila de carros e viaturas do Município
Também a patrulha mecanizada desfilou
Membros e alunos da APAE
Maçons levaram faixa pedindo fim da corrupção
Amigos da Esperança
Menores caracterizados, um destaque no desfile
Uma mocinha quis fugir para a pista, o GM estava atento.
Os pequenos alunos mostraram que sabiam marchar
Todos os colégios municipais estiveram representados.
Com bandeiras ao vento, os eduardenses comemoraram o Dia da Pátria

 

BR-242 engarrafou na hora do desfile
Palmeiras imperiais fizeram pano de fundo para o dia de festa.

Abertas as comemorações da Semana da Pátria.

O prefeito Humberto Santa Cruz abriu oficialmente nesta quinta-feira, 1º, a Semana da Pátria, em Luís Eduardo Magalhães. A solenidade aconteceu em frente à sede Administrativa da Prefeitura e contou com a participação de secretários, servidores públicos e da comunidade luiseduardense. O momento cívico ficou marcado pelo Hasteamento da Bandeira, Hino Nacional e considerações de honra à Pátria.

A homenagem encerrará com o Desfile Cívico no dia 7 de setembro, a partir das 8h. A programação do desfile está em fase de conclusão, entretanto é possível adiantar algumas informações básicas: a concentração começa a partir das 7h, na Rua Rondônia. Deste ponto, o desfile segue, às 8h pela Avenida Barreiras até a Praça, em frente ao Centro Administrativo Municipal, tendo como ponto final  o Cruzamento com a Rua Paraíba.

Baiano vai às ruas, em Salvador, na comemoração da data magna do Estado.

“Neste dia, até o sol é brasileiro”. Um sábado ensolarado fez jus ao trecho extraído do Hino ao de Julho. O sol prevaleceu durante todo o dia no cortejo comemorativo aos 188 anos de Independência da Bahia, que começou às 9h deste sábado (2), na Lapinha, percorrendo as principais ruas do Centro Antigo de Salvador (CAS).

Como manda a tradição, as atividades começaram com o hasteamento das bandeiras pelo governador Jaques Wagner, pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Nilo, e pelo prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro.

Em seguida, as autoridades depositaram flores no busto do general Pedro Labatut, um dos principais personagens na luta em prol da independência baiana sobre o domínio de Portugal.

Durante todo o percurso, o governador Jaques Wagner tirou fotos com populares e recebeu os cumprimentos das pessoas que fazem questão de prestigiar a data. “O dois de Julho, como todos sabem, é a maior data que a Bahia tem. É a data da cidadania. Gosto de repetir que é uma data nacional reverenciada pelos baianos, com absoluta participação popular”, frisou o governador que estava acompanhado da primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça.

Centenas de pessoas aproveitaram o tempo bom e prestigiaram o desfile das imagens do caboclo e da cabocla, além das fanfarras. A aposentada, Gildete Santos, 66 anos, se vestiu de verde e amarelo e foi para as ruas comemorar a conquista que, para muitos, é tão importante quanto a Independência do Brasil, celebrada no dia 7 de setembro. “Vim para representar Maria Quitéria, Joana Angélica e a nossa heroína, Maria Felipa, que expulsou os portugueses de Itaparica em 1822. Nossas heroínas fizeram com que estejamos aqui com orgulho vestindo a roupa do Brasil”.

Para o historiador e presidente da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, o povo baiano “tem o compromisso com a independência e com a liberdade do povo brasileiro. É uma manifestação patriótica, verde e amarela, brasileira”. Texto e fotos da comunicação do Governo do Estado.

Não faltou a revoada de políticos de todos os matizes na comemoração da data magna da Bahia. Faltando um ano para o início da campanha eleitoral, político não está perdendo batizado, velório ou aniversário de pobre.

Já começam as festas pela Independência da Bahia.

As comemorações pelo Dois de Julho, data que marca a Independência da Bahia, começam amanhã, com a saída do fogo simbólico de Cachoeira, no Recôncavo, para o bairro de Pirajá, conduzido por  soldados do Exército e atletas. Após a chegada do fogo, na sexta-feira, haverá uma celebração no largo de Pirajá.
Sábado, o dia começa com uma queima de fogos às 6h, seguida do cortejo cívico e hasteamento das bandeiras. Às 19h, o  XX Encontro de Filarmônicas no Campo Grande encerra o dia.

Itamar às vésperas dos 81 anos tem estado de saúde agravado.

O ex-presidente Itamar Franco desenvolveu pneumonia grave e foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), informou hoje o hospital onde ele está internado desde o fim de maio para tratar de leucemia.

Segundo o boletim médico do hospital Albert Einstein, em São Paulo, o senador pelo PPS de Minas Gerais “apresentou ótima resposta ao primeiro ciclo de tratamento quimioterápico, no entanto desenvolveu pneumonia grave sendo transferido para a UTI”.

Itamar, que comandou o país entre 1992 e 1995, foi internado em 21 de maio com quadro de leucemia. No início do mês, o hospital informou que a equipe médica não considerava o transplante de medula.

O senador completa 81 anos nesta terça-feira (28/6). Do Brasil Econômico.

Itamar Franco já passou para a história como o criador do Plano Real e como o Presidente que teve a coragem de chamar um sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, para dirigir a economia do País. E resgatar um quadro social feito de solavancos políticos e econômicos. Quem viveu a era Sarney e, graças a Deus, o curto período Collor, sabe do que se fala. O Brasil de 1994 era uma loucura contida, um desmando silencioso, um salve-se quem puder formal e educado.

Hoje, Itamar Franco qualifica-se como a oposição mais coerente à Dilma Rousseff e toda a herança maldita do PT de Lula & Cia. 

Cachoeira será dia 25 a capital da Bahia.

Pelo quarto ano consecutivo, Cachoeira, no Recôncavo baiano, será sede do Governo do Estado. A transferência está prevista na Lei 10.695/07, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Jaques Wagner em 2008.

O decreto determina que todos os anos, em 25 de junho, a sede do governo seja instalada no município. O governador e seu secretariado vão participar das comemorações pela independência da Bahia, realizar atos e despachos.

A programação começa às 8 horas, com o hasteamento das bandeiras na Praça da Aclamação. Às 8h30, acontece a solenidade religiosa do Te Deum na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.

Às 10h, o secretário de Administração, Manoel Vitório, dá início aos atendimentos do posto móvel do SAC no município. A agenda oficial do governador tem início às 15 horas e inclui participação na sessão cívica da Câmara de Vereadores.

Ele também participa do desfile cívico. O dia 25 de junho é a data magna de Cachoeira porque, em 1822, os cachoeiranos deram início à luta pela independência da Bahia.

Em 2008, a cidade abrigou pela primeira vez a sede do governo. Na ocasião, o Governo do Estado formalizou um documento à Unesco solicitando o título de Patrimônio da Humanidade para as cidades históricas de Cachoeira e São Félix.

40 anos depois: Estados Unidos estudam forma de compensar devastação no Vietnã.

Vítimas vietnamitas do agente laranja

O Vietnã e os Estados Unidos tomaram o primeiro passo rumo à limpeza da contaminação por agente laranja nesta sexta-feira, medida que, segundo uma diplomata norte-americana, é o desenvolvimento mais significante entre os dois países. Uma cerimônia de inauguração foi realizada em um canto árido e exposto ao sol do terreno do aeroporto de Danan, onde a substância química foi armazenada antes de ser pulverizada pelos aviões de guerra norte-americanos nos anos 1960 e início dos anos 1970. O evento teve um valor simbólico para a relação que tem sido um foco em meio a renovadas tensões no Mar do Sul da China.

Os laços entre o Vietnã e os EUA floresceram desde que as relações diplomáticas entre os dois países foram estabelecidas há 16 anos, e medidas para resolver os assuntos remanescentes da guerra formaram a base desse progresso.

– Acho justo dizer que a contaminação por dioxina e agente laranja foi um dos assuntos mais nevrálgicos na relação entre os EUA e o Vietnã – disse Virgina Palmer, encarregada norte-americana da missão diplomática.

As forças militares dos EUA pulverizaram até 12 milhões de galões do agente químico entre 1961 e 1971 para tentar facilitar o combate nas densas selvas do Vietnã. Durante anos, Hanói e Washington estiveram em desacordo sobre as questões de compensação para os vietnamitas com problemas de saúde, que, segundo o governo do Vietnã, eram resultado da exposição ao agente laranja.

Mas cinco anos atrás, a embaixada norte-americana começou a mudar o foco para a limpeza das áreas contaminadas pela dioxina, abrindo caminho para um avanço no que havia se tornado o principal assunto remanescente do período de guerra. Inicialmente, o Congresso norte-americano atribuiu US$ 3 milhões em 2007 à iniciativa, e o valor saltou para US$ 32 milhões desde então. O progresso tem sido “de imensa importância e teve repercussões muito boas para o resto do relacionamento,” disse Palmer.

O comércio tem avançado, de uma troca quase nula em meados dos anos 1990 para US$ 18 bilhões ao ano, principalmente na forma de exportações para os Estados Unidos, que ajudam a manter sob controle o déficit comercial do Vietnã. Laços políticos e militares também estão melhorando, e navios da Marinha norte-americana visitam o ex-inimigo ao menos uma vez por ano. Do Correio do Brasil e informações das agências internacionais.

Aviões e helicópteros pulverizaram 12 milhões de galões do agente laranja sobre as selvas vietnamitas.

Pois, então: os americanos acabaram com seus índios e agora estão preocupados com os nossos; acabaram com as florestas no Vietnã e agora estão preocupados com as nossas; quebraram a economia mundial, com a esbórnia  imobiliária e agora estão noticiando todo dia que a nossa economia pode estar a caminho de uma bolha de crédito ao consumidor. Eles que primeiro encarem o Protocolo de Kyoto, pela redução das emissões e depois venham a imiscuir-se em nossa política ambiental.

 

Quem o caro leitor acredita que está fomentando os juros altos, para criar processo recessivo na economia do Brasil e deleite dos seus bancos? Quem tem interesse que a produção primária brasileira estacione para continuar dono dos grandes mercados internacionais? Quem provocou a quebra do equilíbrio político dos países do norte da África? Quem está interessado no petróleo e nas obras de infraestrutura nesses países?

Dilma diz que há confusão na classificação de arquivos secretos

A presidente Dilma Rousseff falou nesta sexta-feira (17), pela primeira vez, sobre a polêmica envolvendo o sigilo dos documentos públicos brasileiros. Ela deixou claro que “era a favor” da divulgação completa de todos os documentos, mas que mudou de opinião e vai defender a proposta original enviada ainda pelo governo Lula, que abre brechas para que documentos ligados a três temas permaneçam em segredo por tempo indeterminado. É o que defendem também os ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL), atualmente senadores. O G1 traz os argumentos de Dilma:

“Estão fazendo uma confusão porque eu vi recentemente que estava em sigilo a violação de direitos humanos. Em apenas três situações o governo tolera a classificação de ultrassecreto, por recomendação do Ministério da Defesa e do Itamaraty: ameaça à soberania nacional, integridade ao território e grave risco às relações internacionais do país”, disse. (…) Segundo a presidente, “não poderão ser classificados de ultrassecretos em hipótese alguma documentos relacionados à violação de direitos humanos. Isso está explícito”.

Com sua declaração, Dilma tenta deixar claro o que a ministra das Relações Internacionais falou na quinta-feira: que os papéis sobre os crimes cometidos durante o regime militar não ficarão sob sigilo. Esta é uma questão que mexe com a impressão que se tem da presidente, uma vez que ela foi uma das vítimas de tortura durante o governo militar que controlou o Brasil entre 1964 e 1985. Por José Antonio Lima, da Época.

Colônia do Sacramento: uma parte da história do Brasil foi feita aqui.

Colônia do Sacramento é uma cidade do Uruguai, capital do departamento de Colônia, distante 45 km de Buenos Aires – através do Rio da Prata – e a 177 km de Montevidéu. Tem origem na antiga cidade de Colônia do Santíssimo Sacramento, fundada há 331 anos por Manuel Lobo, a mando do Império Português no século XVII. A área onde se localiza a fundação portuguesa, hoje faz parte do Centro Histórico, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

A Coroa Portuguesa expressou os seus interesses em estender as fronteiras meridionais de sua colônia americana até ao rio da Prata quando determinou ao governador e capitão-mor da capitania do Rio de Janeiro, D. Manuel Lobo (1678-1679), que fundasse uma fortificação na margem esquerda daquele rio. Desse modo, com o apoio dos comerciantes do Rio de Janeiro, desejosos de consolidar os seus já expressivos negócios com a América Espanhola, em fins de 1679 a expedição de D. Manuel Lobo partia de Santos, alcançando a bacia do Prata em Janeiro do ano seguinte. A 22 desse mesmo mês, as forças portuguesas iniciaram o estabelecimento da Colônia do Santíssimo Sacramento, fronteiro a Buenos Aires, na margem oposta. O núcleo desse estabelecimento foi uma fortificação simples, iniciada com planta no formato de um polígono quadrangular.

A invasão espanhola

A resposta das autoridades espanholas foi imediata: em poucos meses o governador de Buenos Aires, José de Garro, reagiu, e o núcleo português foi conquistado por tropas espanholas e indígenas, na noite de 7 para 8 de Agosto desse mesmo ano, episódio conhecido como Noite Trágica.

Colônia: a porta da cidadela fortificada.

Através de negociações diplomáticas, a posse da Colônia foi devolvida a Portugal pelo Tratado Provisional de Lisboa (7 de maio de 1681), pelo qual a Coroa Portuguesa se comprometia a efetuar apenas reparos nas fortificações feitas de terra e se erguessem abrigos para o pessoal. Ficavam impedidas a construção de novas fortalezas e de edifícios de pedra ou taipa, que caracterizariam uma ocupação permanente.

A 23 de janeiro de 1683 uma nova esquadra portuguesa tomou posse da Fortaleza de São Gabriel, tendo os portugueses se mantido na Nova Colônia do Sacramento até 1705, quando a Espanha os dominou até 1715. Além da finalidade bélica, o estabelecimento da Colônia atendia aos interesses do setor mercantil da burguesia portuguesa, interessada em recuperar o acesso ao contrabando no rio da Prata: o intercâmbio com Buenos Aires, acobertado legalmente pelo privilégio do “asiento”. A supressão do monopólio português de fornecimento de escravos africanos em 1640, cortara a possibilidade de envio, para a América Espanhola, de produtos brasileiros como o açúcar, o tabaco, o algodão, além de manufaturas européias, em troca da prata peruana. Adicionalmente, havia interesse em diminuir a concorrência platina aos couros brasileiros no Rio de Janeiro, além de estabelecer um marco fronteiriço que servisse de meta para alcançar por terra o rio da Prata.

O Farol: dali se pode enxergar Buenos Aires nos dias claros.

Nesse contexto, era importante encontrar uma solução para a crise econômica portuguesa da segunda metade do século XVII.

Dessa forma, a Colônia transformou-se em um dinâmico centro de contrabando anglo-português. A fundação da Colônia e a abertura de mercado consumidor de gado, couro e carne salgada nas Minas Gerais, e gado muar posteriormente, determinaria o desenvolvimento da pecuária na Capitania do Rio Grande de São Pedro.

A história de Pelotas.

Em 1777, a Colônia é entregue aos espanhóis e os portugueses se retiram para Pelotas, onde se instalam com charqueadas, tendo conhecido enorme prosperidade com a exportação de carne salgada para todo o País. Esta prosperidade permitiu que os filhos dos charqueadores fossem estudar da Europa, de onde voltavam 5 ou 6 anos depois com as roupas rebuscadas e hábitos afetados dos europeus. Daí a fama que a cidade ganhou. A própria gaúchada afirmava que lá todos os homens eram afrescalhados ou homossexuais, o que levou o presidente Lula a afirmar, em conversa gravada discretamente, que lá “só tinha veado”.

Ao fundo, o "buquebus", que pode levar você e seu carro a Buenos Aires.

A Colonia do Sacramento, o Uruguai, o Rio Grande do Sul e o País mesclam definitivamente sua história. É um só povo com uma história única. Com informações da Wikipédia.

Quando for novamente a Buenos Aires, não deixe de visitar Colônia. O “buquebus” – ônibus-barco, que aparece numa das fotos, leva o passageiro rapidamente à cidade, que faz parte de nossas origens. Clique nas imagens para ampliar.


Lula dá dinheiro para reconstrução da sede da UNE.

O incêndio da UNE em 1964.

O presidente Lula concede, no apagar das luzes do seu governo, uma gorjeta para os dirigentes reconstruírem a sede da União Nacional dos Estudantes, destruída durante a ditadura. Valor da benesse: R$44,6 milhões. A página de honra e louvor com que a UNE escreveu nos anos 60 é agora rasgada pela caridade do poder. A UNE deveria abrir mão do dinheirinho e construir uma escola na zona norte do Rio. Não se apagaria assim a figura da resistência democrática dos estudantes aos esbirros da ditadura, alguns pagando com sua própria vida a ousadia de protestarem contra a falta de bases democráticas dos governos militares. Não foram poucos os que foram presos, torturados e humilhados pelo Comando de Caça aos Comunistas – CCC, força para-militar que tentou acabar com a resistência dos estudantes até meados dos anos 70.

O maior relevo dessa atitude do Governo, referendada pelo Senado, é que se busca manter a UNE fiel ao regime vigente, sem os perigos oriundos de levantes populares como aquele que derrubou Collor nos anos 90.

Estudantes apanham do CCC.

Federação multada por tocar o hino gaúcho.

A FGF foi multada nesta sexta em R$ 2 mil devido ao atraso no início das partidas no Estado para cumprir uma lei municipal que prevê que sejam executados os hinos do Brasil e do Rio Grande do Sul antes da realização de partidas de âmbito nacional e internacional. Assim, as equipes filiadas à entidade estadual infringiram o artigo 191 (deixar de cumprir ou dificultar o cumprimento de regulamento geral ou especial de competição) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

A denúncia foi feita devido ao atraso no início da vitória do Inter por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, realizada no dia 10 de outubro. O julgamento foi realizado na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro.

No centro do País, existem dois tipos de pessoas: aquelas que odeiam gaúchos e aquelas que desprezam os gaúchos. Não é a lei municipal que importa. O que importa é o orgulho do povo sulino, que faz questão de ouvir e cantar o seu hino, composto por ocasião da declaração de independência da primeira República da América do Sul.  Aliás, quem acabou com a República do Piratini, com vigor extremo, foram as tropas a mando do Imperador, já então gordamente instalado no Rio de Janeiro. Mesmo assim levaram 10 anos para extinguir um punhado de heróis, vestidos de farrapos, sem armas, munição, cavalos e uniformes.

Morre o facínora da Junta Militar Argentina.

O ex-almirante Emilio Eduardo Massera, de 84 anos, morreu nesta segunda-feira no hospital naval de Buenos Aires vítima de uma parada cardiorrespiratória, informou a imprensa local.

Massera, integrante das juntas militares que governaram a Argentina entre 1976 e 1983, foi processado por roubo e troca de identidade de criança de desaparecidos durante o regime. No entanto, são creditados ao facínora uma enormidade de crimes, principalmente aqueles perpetrados na Escola de Mecânica da Armada, onde milhares de dissidentes argentinos foram torturados e, na maioria das vezes, transportados em aviões militares e jogados em alto mar. Neste local estima-se que passaram 5000 (cinco mil presos) e, entre eles, apenas uma centena sobreviveu. Massera foi julgado e condenado a prisão perpétua em 1985. Indultado pelo governo de Carlos Menem, Massera se tornou novamente alvo da justiça após Néstor Kirchner reabrir os processos contra os militares da última ditadura.

Em algum lugar do passado

Brizola e Adhemar ao lado de Getúlio. Atrás do Presidente, Gregório Fortunato, o anjo negro, pivô da queda de Getúlio em 1954. Ao lado de Gregório, Jango, que viria a ser presidente da República, apeado do poder em 1º de abril de 1964.

Duas historinhas de políticos, antigas e conhecidas, mas muito boas. Quem as relembrou esta semana foi o Adroaldo Streck, jornalista e político gaúcho, em seu blog:

Neste caso dos nomes ministeriáveis lembro-me do famoso Dr. Adhemar de Barros, o homem cujo slogan era “rouba, mas faz”.
Adhemar, dono da rádio Bandeirantes, mandou seu repórter Tico-Tico para acompanhar o Dr. Getulio, eleito democraticamente, Presidente da República em 1950, da fazenda do Itu até o Rio de Janeiro onde tomaria posse.
Adhemar queria ser prefeito do Distrito Federal e instruiu Tico-Tico sobre como abordar o assunto. Tico-Tico enrolou e largou a pergunta: “Dr. Getulio, fala-se muito que o Dr. Adhemar poderá ser o novo prefeito do Distrito Federal”. Getúlio deu uma longa baforada, ele fumava charutos, e respondeu a pergunta com outra pergunta: “e o Dr. Adhemar não seria um bom nome para prefeito do Distrito Federal?”

Outro terror político era Tancredo Neves. Eleito governador de Minas, um amigo do peito, cabo eleitoral, perguntou: “Tancredo o dia da tua posse este chegando, e as pessoas me perguntam se eu fui convidado para algum cargo. Respondo o que?”. Tancredo, a velha raposa, deu resposta lapidar: “diz que tu foste convidado e não aceitou”.

O aniversário da República Riograndense.

Comemora-se hoje, no Rio Grande do Sul, o 175º aniversário da Revolução Farroupilha, que propugnava a instalação do primeiro estado republicano na América do Sul: a República do Piratini. Os feitos heróicos dessa guerra fratricida, que durou 10 anos, são lembrados diariamente por gaúchos de todas as querências.

Foi de 1835 a 1845: é o conflito armado mais duradouro que ocorreu no continente americano.
A revolução, que originalmente não tinha caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria ocorrer em São Paulo em 1842 e para a Revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época, moldado nas Lojas Maçônicas. Inspirou-se na recém finda guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé. Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna, com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages.

Teve como líderes: Bento Gonçalves, General Neto, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, Davi Canabarro, Vicente Ferrer de Almeida, José Mariano de Mattos, além de receber inspiração ideológica de italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além de Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse à carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália. A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se regimentos de Lanceiros Negros, os mais aguerridos.

Os gaúchos, fazedores de pátria a lança e a pata de cavalo, não se esquecem de suas tradições. Que sirvam suas façanhas de exemplo à toda a terra, como diz o Hino Riograndense.

A história recente do Brasil numa esquina do sertão da Bahia.

Clique na imagem para ampliar. Você conseguirá ler a primeira página da reportagem de Veja.

A capa da edição 159 de Veja.

A história de Carlos Lamarca, capitão do exército brasileiro, que deixou a sua condição privilegiada de oficial para fugir da unidade onde servia, a Companhia de Polícia do Exército, em Porto Alegre, com um punhado de armas e mergulhar na clandestinidade da guerrilha teve um fim trágico. Procurado por mais de 600 homens segundo a edição 159 da Veja, de 22 de setembro de 1971, Lamarca, asmático, morreu com 5 tiros à sombra de uma árvore no então distrito de Pintada, município de Ipupiara. Os baianos mais antigos de Ibotirama, onde o Exército fez o seu quartel general das buscas, dizem que mais de 4.000 homens buscavam Lamarca e que a cidade teve problemas de energia elétrica, alimentação e outros recursos que a logística dos militares não conseguia atender. Tudo isso está contado na edição que trouxe a notícia de que Lamarca estava morto, dentro da página do Acervo Digital da Veja, um instrumento muito útil para quem quer conhecer a história recente do País.

O Fordinho de 1926, uma “poderosa unidade de transporte”

“Já estudou o seu problema de transportes de 1926? V. S. poderá resolve-lo e realizar considerável economia empregando o trator Fordson. Equipado com reboque especial é uma unidade de transporte poderosa. Qualquer agente Ford lhe fará gratuitamente uma demonstração prática!”

Este é o texto do anúncio publicado em 10 de janeiro de 1926 no jornal O Estado de São Paulo. Duas perguntas: como esse trator não empinava com aquele peso no terceiro ponto? Os produtores rurais do Oeste baiano já descobriram que seu fordinho é uma unidade de transporte poderosa? Fantástico mesmo é a maneira de grafar a palavra “resolve-lo”.


O proverbial paodurismo do tucano mor.

Aniversário de casamento entre o então presidente Fernando Henrique Cardoso e a falecida Dona Ruth. Resolvem jantar fora. O restaurante escolhido foi o Francisco (Asbac), localizado às margens do Lago Paranoá, com um visual pra lá de romântico, em área nobre de Brasília.

O chef catarinense Francisco Ansiliero, um mago do bacalhau e dos cortes de carne brasileiros, resolve oferecer de presente o vinho predileto de FHC, não por acaso, um dos mais caros da adega.

A adega é uma das maiores do Brasil e o vinho é um “La Romanée-Conti”, produzido na Côte de Nuits (França), que não sai por menos de US$ 6 mil a garrafa, ou seja, cerca de R$ 10,5 mil.

O casal, cercado por seguranças, pede uma entradinha e beberica lentamente o vinho reverenciado por enólogos e enófilos do mundo inteiro. Não se sabe se, ou pelo efeito da quantia em dinheiro que passava por suas gargantas – equivalente a 20 salários mínimos – ou se pelo efeito embriagante do maior vinho da Borgonha, deu um soninho nos dois. FHC pede a conta.

Lá vem a dolorosa e nela consta algumas garrafinhas de água e uma entrada, que não devem ter custado R$ 50. O Presidente da República Federativa do Brasil deixa a pompa de lado e cutuca com o cotovelo um de seus seguranças. O segurança tira R$ 50 do bolso e paga a conta.

O sonho do novo estado do São Francisco completa 160 anos.

Neste dia 19 de julho, completam exatos 160 anos em que foi proposta a criação do Estado do Rio São Francisco. Uma proposição do deputado João Maurício Wanderley, o Barão de São Francisco, que já sonhava com a criação do novo território, abrangendo inclusive áreas do norte de Minas, entre elas os municípios de São Romão e Paracatu.

Portanto, esse sonho não é coisa dos “gaúchos”, como políticos baianos apregoam. Foi primeiro o sonho de um barrense, patriota, que queria ver desenvolvido o seu torrão natal, secularmente abandonado pela província mãe. O Barão de Cotegipe foi um político à frente do seu tempo, um visionário, um intimorato, abolicionista de primeira hora, homem que soube contrariar seus contemporâneos da planície. Deve ficar a lição.

A vila de Urubu, escolhida pelo projeto como a Capital da nova província, deveria então emancipar-se e chamar-se União. Hoje pertence ao território do município de Paratinga.

O vereador Valmor Mariussi foi pesquisar no Centro de Documentação da Câmara dos Deputados esta história, que deve referenciar a ação dos políticos atuais, como a deputada Antonio Pedrosa, uma voz solitária que se levanta em defesa do novo estado. Perde o voto de alguns baianos, mas ganha a respeitabilidade de quem defende o bem comum.

 

Um baiano de fé.

O baiano separatista foi ministro do Império por diversas vezes, é um dos autores da Lei dos Sexagenários, que liberta os escravos maiores de 65 anos. João Maurício Wanderley (23/10/1815-13/2/1889), o barão de Cotegipe, nasce na cidade de Barra do Rio Grande. Forma-se pela Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, e entra no serviço público. Filia-se ao Partido Conservador da Bahia, elegendo-se deputado provincial em 1814 e deputado-geral no ano seguinte. Preside a província da Bahia entre 1852 e 1855, tornando-se senador em 1856. Participa de vários gabinetes e dirige o Ministério da Marinha em 1855. No dia 19 de julho de 1850 propõe a criação do Estado do Rio São Francisco.

A futura capital da Província, município só 47 anos depois.

Em meados do século XVII, já existia uma aldeia na região do médio São Francisco, localizada à margem direita do mesmo rio, numa fazenda de criação de gado do Conde da Ponte, Antônio Guedes de Brito. Haviam currais de gado, o que contribuiu para fazer da aldeia, ponto de passagem e pousada de boiadeiros e viajantes que iam rumo às Minas Gerais, ou em sentido contrário, às terras da Bahia.
Aquela localidade chamava-se então Urubu de Cima. O comércio de gado, a abundância de peixe no Rio São

A bucólica Paratinga de hoje, poderia ter, se capital do São Francisco, mais de um milhão de habitantes?

Francisco e nas inúmeras lagoas da região, a fertilidade das terras e outros fatores naturais, fizeram crescer a população. Suas fazendas de gado e plantações, estendem-se nas áreas cobertas de matas virgens, no Rio São Francisco, estreitando os laços comerciais e sociais com as comunidades vizinhas.

Em 1718, o arraial foi elevado a Freguesia com o nome de Santo Antônio de Urubu de Cima. Em virtude de já existir uma imagem deste Santo na Capela local. Em 23 de março de 1746, D.João, Rei de Portugal após consulta ao Conselho Ultramarino da corte lusitana, ordena ao Conde da Galveas, André de Mello e Castro, a criação da Vila de Santo Antônio do Urubu, instalada pelo Ouvidor Francisco Marcolino de Souza em 27 de setembro de 1749, desmembrando-se de Jacobina com a denominação de Urubu. Em 7 de dezembro de 1760 deu-se à Vila o privilégio de Oficiais de Justiça e Pelouros. Em 1823 o Ouvidor Francisco Pires de Almeida Freitas a pretexto de uma epidemia que agravava na Vila, conseguia do ministro do império, mudar a Justiça e Cartório de Urubu para o arraial de Macaúbas por força da portaria de 17 de dezembro de 1827, de onde só retornaram em 1834 após diversas representações da população local. Em 1830 instala-se na Vila de Urubu a primeira Escola Pública.

Em 25 de junho de 1897 a Vila de Urubu foi elevada a categoria de cidade através da Lei Estadual Nº 177. em 13 de junho de 1902 foi fundada a Sociedade Filarmônica 13 de junho, entidade que permanece viva e atuante na vida social, cultural e religiosa do município. A denominação Urubu perdurou até 1912 quando o deputado Muniz Sodré apresentou projeto, convertido na Lei Nº 884 mudando o nome do município para Rio Branco e finalmente em 1943 outro Decreto Estadual Nº 141, altera o nome para Paratinga, palavra de origem Tupi-Guarani que significa Rio Branco.
O município de Paratinga está localizado no oeste baiano, na margem direita do Rio São Francisco, com uma população estimada em 27.679 habitantes, sendo 18.612 residentes na zona rural e 9.067 residentes na sede do município, sendo 14.053 homens e 13.626 mulheres, segundo o Censo 2000 realizado pelo IBGE que ainda apurou uma taxa de alfabetização de 72% na população acima de 10 anos.
Localizado a 724 Km de Salvador, 72 Km de Bom Jesus da Lapa, 65 Km de Ibotirama, o município limita-se ao norte com Ibotirama, ao sul com Bom Jesus da Lapa e Sítio do Mato, ao leste com Oliveira dos Brejinhos, Macaúbas e Boquira e ao oeste com Muquém do São Francisco.

Uma breve história do acesso às urnas eleitorais do País.

Eleições de 1970 no interior de Minas. Equipamentos: caneta, papel, saliva e muita conferência dos resultados.

Tudo começou meio confuso. Era preciso fazer uma eleição, mas não se sabia como. Ninguém sabia quantos eleitores compareceriam às urnas. Dá para imaginar? Não dava ara saber quantas urnas, quantas cédulas, simplesmente, nada. Como a decisão cabia aos homens, eles resolveram tirar mulheres, analfabetos e menores de 21 anos. Resultado: a primeira eleição da história, em 1894, foi a que teve menor participação popular da história. 276 mil pessoas votaram em Prudente de Moraes, ou seja, 1% da população.

E assim continuou por 10 eleições, até que o eleitorado já estivesse 10 vez maior. Em 1930, foi preciso uma revolução para que o voto secreto fosse obrigatório e que se criasse uma Justiça Eleitoral. Daí, em 1933, chegou a vez delas. Nas eleições para formação da Assembléia Constituinte, os homens resolveram pensar melhor e deram o direito de voto para as mulheres, não sem antes legalizar o voto dos religiosos, para que eles abençoassem a sábia decisão.

Duas eleições depois, em 46, pessoas em situação miserável foram aceitas. Mesmo assim, soldados não podiam votar. Só em 65, eles foram aceitos nas urnas.

Em 88, as leis definiram que todo cidadão brasileiro, maior de 16 anos, e residente no país, poderia votar. Tudo bem, o voto era uma opção para os jovens de 16 anos. E muitos deles foram lá.

Mais difícil que vencer a barreira da idade, foi vencer a barreira da falta de escolaridade. Só em 90, passados 96 anos da primeira eleição, os analfabetos puderam votar. De nosso editor em Brasília, Cassiano Sampaio.

119 anos depois, Barreiras terá esgoto sanitário.


Foto da coleção de Ignez Pitta.

119 anos depois da emancipação, a população de Barreiras poderá assistir a Reunião Pública que irá apresentar e discutir o Projeto de Implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário do município. O evento acontecerá no dia 06 de maio de 2010, às 18 horas, no Centro Cultural de Barreiras, localizado na Praça Landulfo Alves, s/nº, Centro.

Pergunta que não quer calar: e as obras, quando começam?

Serra Pelada descobre mais ouro e metais nobres.

O Buracão, em 1983: o inferno na terra.

Reportagem do jornal Valor Econômico (para assinantes) mostra que Serra Pelada está prestes a iniciar seu segundo ciclo do ouro. O motivo é a descoberta de um veio de 50 toneladas de minério, sendo 33 toneladas de ouro, 6,7 de platina e 10,6 de paládio. Só o ouro vale R$ 2,28 bilhões. Responsável pela descoberta, a canadense Colossus formou uma empresa junto com a maior cooperativa de garimpeiros de Serra Pelada. Segundo a reportagem, a Colossus terá 75% do que for extraído e os garimpeiros, 25%. Curionópolis, cidade onde está a mina, espera o presidente Lula no dia 7 para a outorga da lavra. O Planalto ainda não confirmou a visita.