Arábia Saudita invade o Bahrein.

Tropas da Arábia Saudita entraram no Bahrein nesta segunda-feira para ajudar a resolver a turbulência social naquele país. A atuação foi condenada pela oposição no Bahrein, que consideraram a iniciativa como uma ocupação. Enquanto isso, Malvina Cruela Kadafi continua massacrando seus conterrâneos e a União Européia, transida de medo pelas suas quotas de petróleo, aguarda, sem dignidade nenhuma, a decisão do Conselho de Segurança da ONU.

Japão: agora o medo de uma “réplica” de grande magnitude.

Pelo equipamento usado pelas duas apresentadoras de telejornais, ao vivo, dá para se notar que o medo de novos terremotos é permanente.

A agência meteorológica japonesa advertiu hoje para o risco elevado de, até a próxima quarta-feira (16), ocorrer um novo terremoto no país de magnitude de 7 graus ou mais na escala Richter. “Existe um risco de 70% de ser registrada uma réplica [do sismo de sexta-feira] de magnitude 7 ou mais” nos próximos três dias, disse o diretor da previsão sísmica da agência, Takashi Yokota, citado pelos jornais locais. Depois de 16 de março, a probabilidade vai descendo gradualmente, passando para 50% entre 16 e 18 de março.

As réplicas, com magnitudes entre 2 e 6 graus, têm sido incessantes desde sexta-feira, data do primeiro sismo registado ao largo da costa nordeste japonesa, que atingiu 8,9 graus na escala Richter, segundo o Instituto de Geofísica dos estados Unidos (USGS). A agência meteorológica japonesa, cujos instrumentos de medida tinham avaliado esta magnitude em 8,8 graus inicialmente, elevou hoje a intensidade do terremoto inicial para 9 graus.

Mesmo para o Japão, onde quase todos os anos há terremotos, incluindo de magnitude 7, este sismo é de uma amplitude sem precedentes, afirmam os especialistas. O arquipélago está localizado no Anel de Fogo do Pacífico, uma fileira de vulcões que coincide com o encontro de placas tectônicas.

Se acontecer esta nova e grande réplica, como se comportarão os geradores nucleares japoneses que já se encontram abalados? “São as adversidades mais difíceis que enfrentamos desde a 2ª Guerra Mundial”, disse hoje o primeiro-ministro japonês Naoto Kan.

Às 16h de hoje, horário de Brasília, as agencias internacionais de notícias confirmavam dados oficiais das autoridades japonesas, dando conta que já são mais de 1.400 mortes no desastre.

O princípio do fim: Kadafi entra em contagem regressiva para ser ejetado do poder.

A França reconheceu nesta quinta-feira a liderança rebelde da Líbia – reunida no Conselho Nacional de Transição Interino (CNTR) – como governo legítimo do país imerso em conflito.

A decisão foi anunciada em Paris pelo gabinete do presidente Nicolas Sarkozy, um dia depois de deputados do Parlamento Europeu terem feito um apelo à União Europeia (UE) a reconhecer os rebeldes.

A alta representante para Relações Exteriores da UE, Baronesa Ashton, disse que não tinha mandato para tomar a decisão. Um enviado do CNTR vinha buscando apoio na Europa, mas diplomatas da UE disseram à BBC que precisavam compreender quem eram os líderes rebeldes, e se o grupo era verdadeiramente representativo da oposição.

Também nesta quinta-feira, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, assinou um decreto que proíbe a exportação, venda e entrega de armas de qualquer tipo para a Líbia. Munições e peças de reposição também estão na lista de itens proibidos.

No fim de fevereiro, a Rússia votou a favor de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que impõe sanções severas ao regime do líder líbio, Muamar Kadafi, entre elas o embargo sobre a venda de armas. A OTAN – Organização Militar do Tratado do Atlântico Norte e a União Européia estão reunidas com objetivo de estabelecer uma zona de exclusão aérea.

Sem reposição de armamentos, com dificuldades na dominação territorial e os aviões no chão, não só os dias, mas as horas do ditador estão contadas.

Kadafi investe forte na Bahia.

O ditador líbio Muamar Kadafi tem R$1,2 bilhão investidos no Brasil. Os investimentos são na Bahia, Vale do Salitre, onde a família Kadafi pretende produzir alimento. Ainda segundo a nota, a Lafico (Lybian Arab Foreign Investiments) está associada à Odebrecht no Codeverde, Consórcio do Vale do do Rio Verde.

Do jeito que a coisa vai, no ano que vem teremos o Muamar desfilando na pipoca da Ivete Sangalo, nos circuito da Ondina. Com essa batinha amarelo-ouro e essa sombrinha branca vai ficar uma graça.

Kadafi propõe renúncia com garantias de vida.

O ditador líbio Muamar Kadafi propôs aos rebeldes um encontro com o Parlamento local para negociar os termos de sua saída do governo, informou a TV Al Jazeera nesta segunda-feira, 7. Ainda segundo a rede árabe, os insurgentes recusaram a oferta.

Segundo a Al Jazeera, a reunião proposta por Kadafi ocorreria entre o Parlamento líbio e o conselho interino organizado pelos rebeldes na cidade de Benghazi. A oferta teria sido rejeitada porque, para os insurgentes, seria uma maneira de oferecer uma saída “honrosa” para o ditador e ofenderia as suas vítimas.

A TV árabe indicou que Kadafi pretendia obter garantias para ele e sua famílias, além da promessa que não seria levado a julgamento. O ditador teria enviado o ex-primeiro-ministro Jadallah Azzouz Talhi para estabelecer os termos do acordo com os rebeldes. A informação é da Reuters, publicadas no portal do jornal O Estado de São Paulo.

Kadafi só perde por resistir. Europeus querem sua cabeça.

Uma pesquisa realizada pelo jornal El País, o mais importante da Espanha, diz que os cidadãos da União Européia estão decepcionados com as atitudes frente à crise da Líbia. E 66% se mostram a favor de uma intervenção armada.

A velha Europa é ciosa de sua tranquilidade econômica. Quando se fala em petróleo então, a coisa piora. A redução da velocidade nas auto-estradas da Espanha para 110 km/hora foi rechaçada pela opinião pública. Como a história se repete, o coronel Muammar Kadafi ainda vai ser caçado num buraco, como Sadam Hussein.

Hillary Clinton: “O WikeLeaks me marcou para o resto da minha vida.”

Hillary Clinton admitiu, ontem, ao jornal The Independent, de Londres, que as ações de Julian Assange no seu site WikiLeaks, denunciando patacoadas da diplomacia norte-americana, vão marcar o resto de sua vida. “Particularmente estou fazendo um tour de pedidos de desculpas pelas denúncias do WikiLeaks”.

Já por outro lado, o advogado de Assange garantiu a jornais que se ele for extraditado para os Estados Unidos ou é executado ou cai nas garras do diretor da prisão de Guantanamo, a penintenciária em Cuba onde os norte-americanos esquecem aquilo que leram na Bíblia.

Mugabe manda mercenários para ajudar Kadafi.

O ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, enviou tropas mercenárias à Líbia em apoio ao aliado Muamar Kadahfi, informou neste domingo o diário inglês “The Sunday Times”. Na última terça-feira, segundo o periódico, centenas de soldados zimbabuanos, bem como pilotos da força aérea, voaram de Harare à Líbia para se unirem às forças de Kadahfi. Segundo fontes dos serviços de Inteligência zimbabuanos, algumas das tropas eram da Quinta Brigada, treinada na Coreia do Norte e famosa por ter abafado violentamente uma rebelião em Matabeleland no início dos anos 80, operação que custou a vida de 20 mil pessoas. Os zimbabuanos se somaram a outros mercenários da Costa do Marfim, Chade e Ilhas Maurício que combatem o levante popular na Líbia. Segundo o dominical britânico, a força mercenária zimbabuana, que inclui membros de um comando especial, foi enviada graças a um acordo secreto entre Kadahfi, Mugabe e o general Constantine Chiwenga, chefe das Forças Armadas do Zimbábue.

O Zimbábue foi um dos países com os quais a política externa do Governo Lula estreitou relações, assim como a Líbia e o Egito. Se a “mão-de-pântano” do ex-presidente não falhar, Mugabe pode começar a fazer as malas.

Construtoras brasileiras somam prejuízos enormes na Líbia.

As perdas das empresas brasileiras na Líbia são importantes. Só a Odebrecht interrompe duas obras de porte, como o novo terminal de passageiros do aeroporto internacional e o terceiro anel viário de Trípoli, somando 2,3 bilhões de dólares. Também a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez têm obras importantes interrompidas. As negociações para a retomada das obras no caso da queda de Muammar Kadafi não tem prazo para iniciar e podem levar um longo tempo. Os prejuízos pela interrupção dos trabalhos são incalculáveis.

Kadafi balança e não cai.

Kadafi ainda vai balançar uma semana ou mais antes de cair. E se não cair pelas mãos de seus conterrâneos, o ocidente dá uma mãozinha, não é mesmo? Os israelitas estão doidos para um combate aéreo na Líbia. Até fizeram um treinamento na Faixa de Gaza para aquecer as máquinas. O dinheiro do petróleo e a sede de poder ainda vão incendiar o barril de pólvora do Oriente Médio.

Kadafi aumenta salários e subsídios para tentar escapar da degola.

Sob pressão para renunciar ao cargo e com rebeldes controlando algumas das principais cidades da Líbia, o Muammar Gaddafi anunciou ampla distribuição de dinheiro para a população, incluindo aumento de salários, subsídios a alimentos e outros auxílios. De acordo com reportagem do Estadão, cada família receberá o equivalente a US$ 400 como ajuda para cobrir custos com alimentos e os salários de algumas categorias de funcionários públicos terão aumento de 150%.

Está vendo, dona Dilma? 400 dólares igual a R$ 668. O PSDB estava certo.

Mortos na rebelião da Líbia podem passar de 10 mil.

No sexto dia de revolta popular na Líbia contra o regime de Muammar Kadafi, rebeldes tomaram o leste do país  e a repressão violenta aos manifestantes continuou nas ruas da capital Tripoli. Os números de mortos variam de acordo com a fonte, já que a entrada de jornalistas e observadores internacionais está praticamente impossível.

O governo líbio afirma que não passam de 300. ONGs da região estimam que são mais de 700. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, fez um pronunciamento nesta quarta-feira 23 à Câmara Baixa do Parlamento sobre a situação. Segundo ele, o massacre ordenado por Kadafi já custou mais de mil vidas civis. O jornal italiano La Republicca fala em 10 mil mortos e 50 mil feridos, citando a rede de televisão Al Arabyia como fonte.

Relatos publicados pelo The New York Times dão conta de que grupos rebeldes já tomaram a parte leste do país. Enquanto Kadafi e seu filho seguem prometendo “rios de sangue” e acusando os manifestantes de serem subordinados a grupos terroristas, mais militares desertam das forças armadas, recusando-se a cumprir a ordem de atacar o próprio povo.

Na tarde de ontem, confirmou-se a informação de que dois pilotos da Força Aérea desviaram suas rotas para Malta e desertaram na ilha do Mediterrâneo. No início da noite, um navio de guerra também foi interceptado na região. O capitão afirmou às autoridades maltesas que tinha ordens para bombardear cidades no litoral líbio, mas resolveu abandonar o posto. Informações da Carta Capital.

Um memorial para as vítimas do Egito.

Já está na internet um memorial às vítimas da repressão nos 17 dias de rebelião no Egito. Pelo que se viu, com o fechamento do Congresso e a anulação da Constituição, a ditadura vai endurecer ainda mais. Os militares aconselham a todos voltarem para casa e já começaram os primeiros choques com a Polícia do Exército. Sei não, mas acho que esse pessoal ainda vai sentir saudades do Hosni.

Tensão volta à praça Tahrir com o fechamento do parlamento.

O Comando Militar que assumiu o poder no Egito anunciou neste domingo que dissolveu o Parlamento e suspendeu a Constituição do país.

Em um comunicado feito na TV estatal egípcia, a junta militar disse que ficará no poder por seis meses, ou até a realização de eleições.

No pronunciamento, o Comando Militar declarou ainda que irá formar um comitê para elaborar uma nova Constituição, que será depois submetida a um referendo popular.

Um correspondente da BBC no Cairo afirma que, segundo este pronunciamento, as eleições presidenciais egípcias poderiam ocorrer em julho ou agosto, em vez de setembro, como havia sido previamente marcado.

O gabinete de governo do Egito fez neste domingo a sua primeira reunião desde que o presidente Hosni Mubarak deixou o poder, na última sexta-feira.

Os integrantes do gabinete são os mesmos apontados por Mubarak dias antes de renunciar. Eles foram mantidos pelo Comando Militar, que assumiu o poder no país, para que realizem os trabalhos de transição política. Leia mais no site da BBC sobre a volta dos manifestantes à praça Tahrir. O clima é tenso e se acredita que a população não vá admitir a ausência de medidas democráticas.

A batalha decisiva do nono dia no Egito. Tudo fica ao gosto do EUA.

Esta batalha do nono dia foi a mais decisiva da rebelião no Egito. O enfrentamento com partidários de Mubarak demonstrou que os manifestantes que defendiam a queda do ditador estavam decididos. Agora, com a fuga de Mubarak, o bloqueio de depósitos na Europa e a tomada pelos poder pelos militares, ficou tudo do jeito que os norte-americanos gostam: o exército egípcio está encarregado de manter a ordem, o poder, o canal de Suez aberto, a pressão sobre os palestinos e a amizade com Israel. O exército egípcio é um dos maiores do mundo, com 480 mil soldados e mais 480 mil na reserva. Sustentados por uma generosa contribuição dos Estados Unidos.

Taliban mata 27 soldados paquistaneses. Era apenas um menino-bomba.

Pelo menos 27 soldados morreram nesta quinta-feira, em um atentado suicida executado por um menino de 12 anos vestido com uniforme escolar, na cidade de Mardan, na região noroeste do Paquistão.
— Vinte e sete soldados morreram e 35 ficaram feridos — declarou Mian Iftikhar Hussain, ministro da Informação da província de Jyber-Pakhtunkhwa.

Mardan é uma cidade-guarnição que fica próxima das zonas tribais do noroeste, perto da fronteira com o Afeganistão, área que é um reduto dos talibãs paquistaneses, principal zona de treinamento da Al-Qaeda no mundo e retaguarda importante dos talibãs afegãos.
A pequena cidade fica a 50 km do distrito tribal de Mohmand, onde o Exército executa desde o fim de janeiro uma ofensiva contra os talibãs.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o governo decretou alerta máximo para atentados terroristas.

Os paquistaneses e os norte-americanos sabem que o Afeganistão e o Taliban não são problemas fáceis de resolver. Os russos ficaram 10 anos por lá e sairam depois de um acordo, em que eles entraram com a bunda e os afeganis com o pé. Mais do que um Waterloo, os americanos encontraram ali, com certeza, o Vietnã do século XXI. O fundamentalismo religioso é complicado. Haja vista que, há 2.000 anos, o mais poderoso dos impérios, o Romano, pereceu pelas mãos do cristianismo.

Yankees, go home!

Os norte-americanos estão colocando a sua grande colher de pau com força no caldeirão do Egito. Podem acreditar: vai acabar mal. Do mesmo jeito que acabou na Coréia, no Vietnam, em Cuba, no Irã (financiando Sadam contra os irarianos), na Palestina, no Iraque e agora no Afeganistão. Os grandes impérios começam a fenecer no momento em que se acham invencíveis e responsáveis pelo resto do mundo. Foi assim com Roma, com a Inglaterra, com a Alemanha de Hitler, com a Rússia de Stalin e agora com os americanos.

Situação de Mubarak pode piorar em dias ou em horas.

Em todo o Egito o povo já canta “Olê, Olê, Olá, te manda Mubarak que a tua hora vai chegar”. Ou coisa parecida. O fim dos ditadores é sempre o mesmo: o povo cantando na rua. Agora a furiosa polícia do ditador está tentando calar a imprensa. Já são 75 os jornalistas agredidos e um morreu baleado. Foto da AFP para o portal Terra.

A imprensa, primeira vítima do arbítrio.

Foto de Ahmed Alid para a AP e Time

O jornalista Luiz Antônio Araujo, enviado especial do Grupo RBS ao Egito, que foi agredido por manifestantes, segue a cobertura no Cairo e não tem data definida para voltar. “Estamos oferecendo toda a assistência e aguardando sua manifestação de quando deseja retornar para emitirmos suas passagens”, explicou a Coletiva.net a editora de Comunicação de Zero Hora, Lúcia Pires. Araujo, que cobre os protestos contra o presidente Hosni Mubarak desde a madrugada da última quarta-feira, 2, informou, ontem pela manhã, em boletim na rádio Gaúcha ter sido cercado por manifestantes com facas, pedaços de pau e pedra. Levou socos e pontapés nas canelas. As agressões a Luiz Antônio Araujo e a outros dois jornalistas da TV Brasil, estes expulsos do País, repercutiram nos noticiários da quinta-feira.

Inicialmente refugiado na embaixada do Brasil no Egito, o jornalista está a salvo e já retornou para o Novotel, no Cairo, onde está hospedado e de onde envia notícias para os veículos da RBS sobre as manifestações na capital Egípcia.

O Grupo RBS divulgou nota à imprensa condenando a agressão sofrida pelo seu enviado ao Cairo. “A agressão a Araujo e a outros jornalistas estrangeiros é, no entendimento da RBS, uma clara tentativa de restringir o trabalho de imprensa. O Grupo RBS vai denunciar estes fatos junto à Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a entidades internacionais que lutam em defesa da Liberdade de Expressão”, registra o comunicado.  Do site Coletiva.Net.

Quando a democracia é rarefeita, quem primeiro sofre é a imprensa. Não é esta a posição, por exemplo, do deputado federal Oziel Oliveira. Ontem, durante almoço realizado em Barreiras, Oziel, instado por um amigo, que apontava este editor “como o jornalista que fala mal de você”, mostrou espírito democrático: “Ele apenas faz o seu trabalho”.

Partidários (orquestrados) de Mubarak saem à rua para combate.

Centenas de manifestantes pró-Mubarak vão ao combate no centro do Cairo, alguns montados em cavalos e camelos. Muitos foram feridos nas lutas de rua. A barbárie toma conta das ruas. O povo não aceitou a promessa de Mubarak sair ao final do seu mandato, em setembro. Quer a queda do ditador já. Foto El País.

A batalha do Cairo está no fim? É a pergunta de todos.

Foto da AFP para The Economist

A promessa dos manifestantes é que um milhão de pessoas se reúnam hoje na praça principal do Cairo, após as orações do meio-dia. Começam a faltar gêneros alimentícios, os trens estão paralisados e os salteadores atacam casas particulares e estabelecimentos comerciais.

A revista The Economist diz que escritórios do Governo estão picando e queimando papéis que possam ser comprometedores num futuro próximo. Já existem deserções importantes entre praças e oficiais das forças armadas. O Governo pode cair a qualquer momento pela força da fé islâmica que move o povo. Está se criando um novo Irã. A próxima ditadura a cair deve ser a Arábia Saudita.

Israel e Estados Unidos vêem o equilíbrio frágil da região quebrar-se e voltar-se contra si. A ditadura de Hosni Mubarak apodrece, como todas,  e o aeroporto parece ser a sua única saída.

Egito é importante para os Estados Unidos.

A batalha de ontem, 28, vencida pelos manifestantes, numa das pontes do Cairo, onde a Polícia e o Exército, queriam obstar os insurgentes. O vídeo foi postado no You Tube, apesar das restrições impostas à internet pelo Governo.

Os Estados Unidos investem US$ 3 bilhões por ano no Egito, quase o mesmo que em Israel. Não estão gostando nada da mudança do status quo. O medo é que mais uma república islâmica irrompa no delta do Nilo. Como sempre, estão torcendo pela manutenção do títere de plantão.

Ao menos 18 pessoas já morreram durante os protestos e se contam aos milhares os feridos e presos.

Atualizando: na primeira hora da madrugada deste sábado, era anunciado que as mortes nos conflitos urbanos eram 29. Mubarak demitiu o primeiro-ministro e solicitou que todos os ministros peçam demissão. O Presidente que está no poder há 25 anos, desde o assassinato de Amuar Sadat, segura-se como pode.

Estados Unidos cancelam visto de embaixador venezuelano.

O jornal o Globo informou na madrugada de hoje que os Estados Unidos cancelaram o visto do embaixador da Venezuela em Washington, Bernardo Alvarez. O anúncio marca um novo impasse nas relações diplomáticas entre os dois países.

“Confirmo. Os EUA revogaram o visto do embaixador Bernardo Alvarez”, escreveu o vice-ministro, em mensagem colocada por volta das 21h (Brasília), mas retirada mais tarde. As agências de notícias Reuters e AP citam diplomatas, sem identificá-los, para confirmar o que seria uma represália americana.

Se confirmada, a decisão americana chega um dia depois de o presidente venezuelano, Hugo Chávez, desafiar Washington a cortar as relações diplomáticas bilaterais.

O desafio era em referência à decisão venezuelana de não aceitar o nome de Larry Palmer para novo embaixador americano em Caracas. O governo Chávez viu a nomeação como uma provocação, ao considerar que o diplomata ofendeu as Forças Armadas venezuelanas em discurso no Senado.

A pergunta que não quer calar: para quem o Chapolin Colorado vai vender o seu petróleo agora?

Wikileaks revela: Israel destruiu reator sírio em 2007.

Israel destruiu um reator nuclear da Síria em um ataque aéreo, semanas antes de ele entrar em funcionamento em 2007, afirma um documento diplomático dos EUA vazado pelo site WikiLeaks e publicado nesta sexta-feira, 24, pelo jornal israelenseYediot Aharonot. “Em 6 de setembro de 2007, Israel destruiu o reator nuclear construído secretamente pela Síria aparentemente com a ajuda da Coreia do Norte”, afirmou a então secretária de Estado americana Condoleezza Rice, em documento publicado pelo Yediot Aharonot. “Nossos especialistas de inteligência estão convencidos de que o ataque dos israelenses tinha como alvo na verdade um reator atômico do mesmo tipo do construído pela Coreia do Norte em Yongbyon”, escreveu ela, em mensagem datada de abril de 2008.

Foto aérea da construção anterior ao bombardeio

“Nós temos boas razões para acreditar que o reator não foi construído para fins pacíficos”, disse ela, acrescentando que o ataque ocorreu apenas semanas antes de o reator começar a operar.

Condoleezza também destacou o segredo em torno da instalação nuclear, com autoridades sírias se recusando a convidar a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ou a imprensa para visitá-lo.

A Síria sempre negou que a estrutura atacada por aviões de combate israelenses fosse um reator nuclear. O governo sírio apenas admitiu que era uma “instalação militar em construção”. Israel por sua vez nem chegou a admitir oficialmente que atacou o alvo.

O ex-presidente dos EUA George W. Bush afirmou em seu livro de memórias que resistiu à pressão israelense para bombardear o local. Em 2008, o então senador e candidato Barack Obama, atualmente presidente, disse que Israel tinha o direito de bombardear a instalação suspeita na Síria. As informações são da Dow Jones e da Agência Estado.

Coréia do Sul faz manobras militares com tiro real.

A CNN informou nesta madrugada que a Coreia do Sul irá realizar a sua maior manobra militar com fogo real nesta quinta-feira. As tensões entre os dois países permanecem elevadas. A Coréia do Sul realizou  exercícios militares de tiro real no início desta semana. Ambas as coréias trocaram palavras duras e tem realizado exercícios militares  depois que a Coreia do Norte bombardeou uma ilha da Coréia do Sul no mês passado.

Chavez ditador, agora de verdade.

Mais charges inteligentes do Amarildo em http://www.amarildocharges.com.br

O coronel Chavez, autorizado por deputados que deixarão o cargo em breve, para serem substituídos por um congresso em que o ditadorzinho terá minoria, governará por decreto durante 18 meses. Que coisa mais tchuca-tchuca essa democracia caribenha! E o Governo do PT teima em manter relações incestuosas com essa barbaridade. Também nada fora de propósito para quem apóia Cuba, Iran e alguns ferozes ditadores africanos.

Controladores espanhóis podem ir para a cadeia.

O procurador-geral do Estado espanhol, Cándido Conde-Pumpido, anunciou nesta quinta-feira que o país vai propor penas de até oito anos de prisão para os controladores aéreos que na sexta-feira passada abandonaram seus postos de trabalho.

Os episódios protagonizados pelos funcionários, que causaram o fechamento do espaço aéreo espanhol e levaram o governo a decretar estado de alerta, supõem um delito “muito grave” sancionado com penas de entre três e oito anos de prisão, disse Conde-Pumpido antes de presidir uma reunião na cidade espanhola de Zaragoza. ( Da Folha).

Lá pode dar oito anos de prisão. Aqui, no apagão dos controladores, a maioria militares, deu mesmo no quê? Deu em nada. Acabou em samba.

Wikileaks: americanos dizem que franceses usam argumentos falsos pra vender Rafale

Selo by defesa.net

A venda de caças para a Força Aérea Brasileira motivou autoridades americanas a fazerem um lobby e entrarem na disputa em uma das maiores licitações já feitas pela Aeronáutica.

Segundo documentos divulgados pelo site WikiLeaks neste domingo (5), a ministra-conselheira da embaixada americana em Brasília, Lisa Kubiskie, reconhece a vantagem da França na possível compra pela negociação direta do gabinete do presidente francês Nicolas Sarkozy. O governo Lula já sinalizou preferência por um modelo francês, o Rafale, que, segundo relatado por Kubiskie em uma das correspondências, usam “argumentos enganosos, senão fraudulentos”.

Um dos trechos dos documentos revela recomendações da embaixada: tornar o relacionamento do Brasil com os Estados Unidos mais “pessoal” pra competir com a França, aproveitar o “bom contato com (Ministro da Defesa, Nelson) Jobim”, “ligações entre os presidentes (Barack) Obama e Lula” e “visita da secretária (de Estado, Hillary) Clinton ao País”.

Até o comandante da FAB, Juniti Saito, teria sido alvo do lobby. Segundo os documentos, em encontro com o ex-embaixador americano Clifford Sobel, Saito indica sua preferência por equipamentos americanos. “Voamos no equipamento americano há décadas e sabemos que é confiável e que sua manutenção é simples e oferece bom custo/benefício”, teria dito Saito, conforme relatado no documento. O comandante teria ainda pedido uma carta “assegurando transferência de tecnologia” até o “dia 6 de agosto”.

O futuro ministro das Relações Exteriores do governo de Dilma Rousseff, Antonio Patriota, também é citado em um dos documentos. Em uma reunião com o atual embaixador dos EUA, Thomas Shannon, sobre o assunto, Patriota teria dito que a “não há decisão (de compra) tomada”.

Compare preços: a besta do apocalipse já está à solta.

O F-35 A Lightning II (relâmpago)  é um programa que visa a produção de três aeronaves stealthy (não perceptível pelo radar) para satisfazer as necessidades de uma transformação na nova geração de armamento dos governos dos Estados Unidos da América e do Reino Unido.

O F-35 foi concebido como projeto de três caças de 5ª geração de relativo baixo custo, para a Marinha, Força aérea e Marines dos Estados Unidos da América, pois englobar três aeronaves em um mesmo projeto atenuou os elevados custos de desenvolvimento comparado aos três separados. Os novos aviões decolam e pousam verticalmente.

As principais armas são transportadas em compartimentos internos, com elevado índice de discrição. Custo de 35 unidades compradas ontem pelo governo americano: US$3,9 bilhões. Custo dos 36 Rafale francêses que o Brasil quer comprar: US$6,5 bilhões. Os americanos vão comprar 2.000 aviões desse modelo.

A guerra não é contra islamitas.

“US is not, and never will be, at war with Islam.” Palavras do presidente americano Barack Obama, ontem. “Os Estados Unidos não estão e nunca estarão em guerra contra o Islã”. Sábias palavras. Intolerância religiosa, como qualquer outro tipo de preconceito, apontam para a decadência de grandes nações.

Incidente com B-787 pode causar mais atrasos na entrega.

A indústria aeronáutica anda em má fase. Na semana passada, um Airbus 380 pousou com uma turbina em chamadas. Agora, um Boeing 787, que fazia um vôo de teste, pousou na terça-feira no Texas com fumaça na cabine, forçando a retirada de todas as pessoas que estavam a bordo.

A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que a aeronave pousou em segurança em Laredo e que as pessoas a bordo deixaram o avião em rampas de emergência.

Nas últimas semanas, boatos entre fontes do setor indicaram que haverá mais atraso nas entregas do 787. Nada foi confirmado.

O Dreamliner, modelo mais leve, feito com fibras de carbono, já está quase três anos atrasado, após repetidos adiamentos devido a problemas de engenharia e no fornecimento de peças.

As veias abertas do absolutismo clássico.

O jornal Folha de São Paulo informou agora à tarde que o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta quarta-feira que o Irã será “sócio” na industrialização das reservas de lítio de seu país, aliança pela qual também haviam mostrado interesse grupos industriais e governos de outros países.

Morales disse na semana passada em La Paz que a Bolívia pode ter em suas mãos a chave para uma mudança global de matriz ao somar em seus salares do altiplano, principalmente no de Uyuni, reservas de 100 milhões de toneladas de lítio. Essas reservas, que equivalem a 70% dos depósitos certificados desse metal no momento no mundo, serão exploradas exclusivamente pelo Estado boliviano até a fase de produção de carbonato de lítio e de produtos ligados, como o cloreto de potássio.

Está aí um bom projeto de absolutismo clássico, assim como aquele que, no Brasil, o sr. Da Silva promete  fazer com o petróleo do pré-sal. Totalitários unidos jamais serão vencidos. Evo, Lula, Arminejar e Chávez são ou não são um quarteto fantástico?



Chavez leva sarrafada eleitoral e culpa a imprensa.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez um pronunciamento ao seu estilo na noite desta segunda-feira, em rede nacional de TV. Em uma hora e meia, o caudilho falou sobre o “triunfo da sua revolução bolivariana”, acusou a oposição de “roubar nos resultados” e ironizou a coalizão formada por partidos anti-chavistas. Sobrou até para a imprensa internacional, que foi chamada de mentirosa.

Esse negócio de bolivarianos daqui e de lá meterem os pés pelas mãos com a imprensa não vai dar certo.

Está chegando a hora da compra dos aviões da FAB?

O jornal francês Le Figaro publicou ontem uma matéria laudatória sobre as transformações que o presidente Lula operou no Brasil. Sinal que após as eleições sai a compra dos aviões do Projeto FX-2 da FAB. Se rouba muito neste País e os franceses querem por a mão nesse pirão.

Uma entrevista imperdível.

O jornalista americano Larry Rohter, ex-correspondente doNew York Times no Rio de Janeiro, ficou célebre entre os brasileiros em 2004, quando quase foi expulso do país por Lula depois de publicar uma reportagem em que dizia que a “predileção do presidente por bebidas fortes estava afetando seu desempenho no gabinete”. Em longa entrevista à revista Época, Rohter explica que por vezes os americanos não entendem os brasileiros. E diz que a tentativa de expulsão foi um “espasmo autoritário” de Lula. É uma expressão otimista de Rohter. Clique no link para acessar a íntegra da entrevista. E no primeiro link para rever a matéria que causou toda a polêmica.

Irã se prepara para a guerra.

Foto do jornal "O Globo"

O Irã apresentou hoje à imprensa o avião não tripulado denominado “Karrar, o embaixador da morte”. Segundo o Ministro da Defesa iraniano, “nossa capacidade de defesa chegou a um ponto em que não precisamos mais da ajuda de outros países.”

Lula e Celso Amorim, depois desta afirmação, vão aumentar muito a dosagem do Lexotan.