Kassab cassado em primeira instância pelo TRE-SP

Gilberto Kassab, segundo governante do DEM em processo de cassação nos últimos 30 dias.

A Justiça Eleitoral condenou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), à perda do mandato pelo suposto recebimento de doações ilegais na campanha de 2008. A decisão deve ser publicada no “Diário Oficial” na próxima terça-feira, é o que informa a reportagem de Flávio Ferreira e Fernando Barros de Mello, publicada na edição deste domingo da Folha de S.Paulo. Em nota, a defesa do prefeito diz que as contas “foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral” e que a tese da sentença já foi vencida no TSE. Os advogados vão recorrer.

As doações ilegais que teriam originado a perda de mandato, referem-se àquelas feitas por empreiteiras ligadas a concessionárias de serviços públicos, como Carmargo Correa e OAS. Segundo fontes da Folha, Jornal da Tarde e dos portais Terra e UOL, dos R$29,76 milhões arrecadados na campanha de Kassab, mais de 10 milhões teriam características de ilegalidade.

O prefeito Paulo Kassab e a sua vice, Alda Marcantonio(PMDB) podem permanecer no cargo, pois a medida seria de primeira instância e aguarda recurso.

A defesa de Kassab emitiu nota afirmando que a medida tomada pelo TRE paulista ignora jurisprudência, reabrindo caso anterior sem base legal. O juiz Aloísio Silveira teria tomado a decisão.

MPF recomenda continuidade de Arruda na prisão.

A Procuradoria Geral da República manifestou, ao STF, através da procuradora-geral, Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira, recomendação para a permanência do ex-governador José Roberto Arruda na cadeia. A recomendação deve influenciar o julgamento do pleno do Supremo Tribunal Federal ao pedido liminar de libertação de Arruda.

Para órgão público, jornalista só com o diploma.

O candidato classificado em primeiro lugar no concurso para jornalista da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não poderá tomar posse no cargo. Apesar de aprovado, o concorrente não possui diploma de graduação em jornalismo, exigido no edital do concurso público. A decisão de primeiro grau foi mantida, na última semana, pelo juiz federal Hermes Siedler da Conceição Júnior, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre.

O candidato havia ingressado com mandado de segurança contra a universidade na 4ª Vara Federal de Curitiba. Ele usou como argumento a decisão do Supremo Tribunal Federal que, desde junho de 2009, derrubou a exigência do diploma para jornalistas, mas seu pedido foi negado.

Ao analisar o caso, Conceição Júnior também indeferiu a liminar solicitada. O magistrado explicou que a exigência de diploma do curso superior de Jornalismo é pertinente. Segundo ele, o concurso público foi regido por edital, em que tal regra foi prevista como requisito de investidura em cargo público. O texto é do site Coletiva.net.

A decisão iluminada do STF e em particular do eminente e douto jurisconsulto Gilmar Mendes é a causa de tal absurdo. Na semana passada, o Sindicato de Jornalistas de Porto Alegre foi obrigado, por força de decisão jurídica, a aceitar a inscrição de dois temerários, que queriam, a toda força, portar uma carteirinha de jornalista. Enquanto não for criada a Ordem dos Jornalistas do Brasil que crie, como a OAB, um exame de admissão profissional após a graduação, a confusão continua. Pertinente mesmo seria evitar o exercício irregular da profissão em todos os níveis.

Arruda pode ficar muito tempo vendo o sol nascer quadrado.

Marco Aurélio Mello Foto G1 Globo

Ao blog de Josias de Souza, o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a prisão preventiva de José Arruda “pode se projetar um pouco no tempo”. Explicou que, quando a prisão é preventiva, “ela dura enquanto perdurar o quadro que motivou a sua decretação”.

Simon:”A impunidade vai, um dia, terminar neste país. Quem não diz que está começando hoje?”

Foto de Simon por José Cruz da ABr

A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de determinar a prisão preventiva do governador licenciado José Roberto Arruda, por tentativa de obstrução dos trabalhos da Justiça, fez da última quinta-feira (11) “um dia histórico”, na avaliação do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Para o parlamentar, 2010 poderá ser considerado o ano em que o Brasil, pela primeira vez, adotou um ato contra a impunidade.

Para o senador, a decisão “feliz e correta” do juiz relator da Operação Caixa de Pandora, Fernando Gonçalves, não representa o julgamento antecipado de Arruda e nem a eliminação do seu direito de defesa, mas a garantia de isenção para apuração e julgamento dos fatos. Foi um ato inédito, avaliou ainda o senador.

– Nós só queremos que isso seja feito com isenção. Nós só queremos mostrar à sociedade brasileira que político também pode ir para a cadeia. Banqueiro ainda não. Porque o presidente do Supremo [Tribunal Federal] já soltou duas vezes, mas político pode – afirmou o senador.

Para ele, a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto foi sincera, mas não foi feliz.

– O presidente Lula disse que não é bom para a democracia, não é bom um governador ser preso. E lamenta. Eu acho que não é bom para a democracia um governador ser preso. Mas não lamento. O que não é bom para a democracia é a corrupção existir plenamente e o Brasil ser o país da impunidade – afirmou Simon.

Juiz mandar retirar cartazes de rua

O juiz Eustáquio Boaventura mandou retirar, após denúncias do Ministério Público, os outdoors de propaganda de Sandoval Guimarães (PMDB), Alice Portugal (PCdoB) e Geddel Vieira Lima (PMDB) das ruas de Barreiras, por caracterizarem propaganda antecipada. Antes de citadas, as empresas responsáveis retiraram os cartazes. Boaventura não brinca em serviço.

Arruda passa o carnaval no bloco dos detidos

Arruda: agora talvez um pouco menos arrogante. Foto José Cruz, da ABr

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, uma das reservas morais da Nação, negou o pedido de habeas corpus para o ex-governador José Roberto Arruda. Agora Arruda vai ter que esperar o pleno do STF se reunir para apreciar o pedido, mas isso só vai acontecer na quarta ou na quinta-feira. Se os desvalidos passam três meses na cadeia, antes de ver um juiz apreciar sua soltura, por que não está figurinha?

CNJ e CNA querem justiça mais rápida no campo.

O Conselho Nacional de Justiça e a Confederação Nacional de Agricultura vão fazer um levantamento dos conflitos agrários no País. Segundo a CNA, só no Mato Grosso são 2 milhões de hectares com problemas na justiça, onde nada se produz.

Toma posse, agora, às 10 horas, mesa diretora do Tribunal de Justiça

O pleno do Tribunal de Justiça

A nova Mesa Diretora do Tribunal de Justiça para o biênio 2010/2012, formada pelos desembargadores Telma Britto (presidente), Maria José Sales Pereira (1ª vice-presidente), Lealdina Torreão (2ª vice-presidente), Jerônimo dos Santos (corregedor-geral da Justiça) e Lícia Carvalho (corregedora das Comarcas do Interior), será empossada hoje, no Salão Nobre do Fórum Ruy Barbosa, em sessão dirigida pela presidente Silvia Zarif, que deixará o cargo.

A solenidade começa às 10 horas, na área externa do fórum, com a chegada da Presidente e do governador Jaques Wagner, que, juntos, vão à Cripta de Ruy Barbosa para aposição de coroa de flores. Em seguida, acompanhadas dos convidados, as duas autoridades seguem para o Salão Nobre. A sessão solene de posse começa às 10:30h.