Fogo na Chapada Diamantina: Brigadistas cobram medidas efetivas de prevenção

Foto g1
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Cada vez mais frequentes na região, os incêndios florestais ocorrem por ausência de políticas específicas, como investigação das causas, educação ambiental, monitoramento preventivo e falta de apoio às brigadas voluntárias.

Há pelo menos 12 dias, o fogo atinge diversas regiões do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), no interior da Bahia. Mais de três mil hectares já foram queimados, de acordo com levantamento feito pela BRAL (Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis), via imagem de satélite e observação. A situação continua se agravando.
Diante da situação definida como dramática, a BRAL cobra do poder público que medidas preventivas sejam tomadas para evitar os incêndios, que nos últimos anos tornam-se cada vez mais frequentes. “Atualmente, observamos incêndios anuais, bienais ou trienais em áreas onde ocorria a queimada natural a cada 30, 40 ou 100 anos”, constata Diego Serrano, engenheiro florestal e representante da BRAL no conselho municipal de meio ambiente.

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Para ele, “o fogo natural, que ocorre no período das chuvas decorrente dos raios, é um fator, no entanto, o que vem ocorrendo na região do PNCD é um impressionante aumento na frequência e na recorrência desses eventos, devido a causas não naturais ou ao fogo antrópico (causado por humanos). E esse aumento tem se mostrado muito superior à capacidade de recuperação dos ecossistemas afetados”.
A Brigada atua há 15 anos de forma voluntária no combate a incêndios florestais na região e, neste momento, já mobilizou mais de cem moradores no combate. Por isso, defende três pontos fundamentais que precisam ser discutidos para evitar novos danos ao meio ambiente: investigar e reprimir as causas; investir em monitoramento e dar apoio efetivo para as brigadas.

É necessário chamar a atenção para os problemas estruturais que envolvem a questão. Segundo Feijão (Jânio Souza Rocha), coordenador de operações da brigada, “a economia do turismo não inclui todos os moradores, por isso, existem indícios que os incêndios ainda sejam causados, em muitos casos, por atividades como o garimpo, criação de animais e a extração de plantas”.

Na Chapada Diamantina nunca houve uma condenação por incêndios florestais, o que está relacionado à falta de infraestrutura do governo do estado para a investigação, que é de responsabilidade da Polícia Civil. A BRAL acredita que não só a impunidade contribui para a manutenção dos incêndios, mas, também, a ausência de políticas públicas para a inclusão social e conscientização ambiental dos autores dos crimes.

Falta de monitoramento

O período de queimadas ocorre entre os meses de agosto a novembro e, mesmo assim, não há nenhuma política de monitoramento realizada por parte do ICMbio (Instituto Chico Mendes de proteção da Biodiversidade), órgão responsável pela administração dos parques nacionais. “Houve uma experiência iniciada em 2005 com o plantão de brigadistas em pontos de observação, reduzindo consideravelmente a dimensão das queimadas. Porém, nos anos sequentes, quando o trabalho foi suspenso, ocorreu em 2008 o pior incêndio registrado na história da região, quando 50% do parque foi atingido. Porém, o ICMbio alega que neste ano o que contribuiu foi a falta de chuvas, mas temos diversas testemunhas que participaram do trabalho de monitoramento e contestam a afirmação”, afirma André Valladão, brigadista voluntário há 10 anos.
Além disso, a BRAL denuncia a falta de continuidade de políticas e o desperdício de recursos públicos. “Nesse mesmo período, também foi implantado um sistema de rádio dentro da unidade de conservação, porém as torres estão todas abandonadas e os equipamentos se deteriorando”, destaca o brigadista.

Dessa forma, todos os esforços de proteção e conservação do PNCD são literalmente queimados, como projetos de reflorestamentos e recuperação das matas ciliares, que custam milhões de reais e demoram mais de décadas para se recuperar, sem jamais restaurarem as condições originais. “Tudo se perde em algumas horas de fogo”, ressalta Serrano.
O engenheiro ambiental e membro da equipe técnica da BRAL, Rodrigo Valle, defende também medidas de educação ambiental para moradores e turistas e a implantação de tecnologias de controle do fogo, como aceiros e barreiras de contenção. “Infelizmente, o montante dos recursos acaba sendo destinados para a emergência, só neste caso já foram R$ 6 milhões, enquanto a prevenção recebe uma parcela muito menor”, destaca.

Infraestrutura inadequada para o combate 
Os brigadistas afirmam que o apoio dado pelo poder público é insuficiente. Existe um sério problema de logística. As brigadas voluntárias não possuem veículo próprio, nem aparelhos de telecomunicação e a quantidade de EPI (Equipamento de Proteção Individual) não é suficiente para todo o efetivo, impedindo a atuação de muitos voluntários.
“Algumas vezes o foco fica a mais de 10 horas de caminhada e o acesso e a obtenção de água também dificultam a situação, obrigando os voluntários a permanecerem, às vezes, vários dias acampados perto do incêndio”, ressalta o engenheiro florestal, Diego Serrano.

Além disso, o diálogo entre as diversas brigadas e os órgãos oficiais é ineficiente. O trabalho acaba sendo feito de forma desordenada devido à falta de comunicação. “Cada equipe vai para uma localidade, não existe contato com as brigadas por parte do ICMbio. Nós definimos sozinhos a estratégia de atuação, o que dificulta mais o trabalho”, conta Valadão.
“O helicóptero do governo do estado não trabalha em parceria com as brigadas, apenas depois de muita pressão. Geralmente, colocam a aeronave a nossa disposição nos últimos dias do incêndio”, afirma Marta Ferreira, brigadista e sócia-fundadora da BRAL. “Esta noite, inclusive, dois brigadistas sofreram acidente e fizemos sinal de socorro e o helicóptero não realizou o resgate”, acrescenta Valladão.

O combate funciona de forma precária, com o apoio da comunidade, que doa alimentos e disponibiliza seus veículos. Além disso, os brigadistas afirmam que o trabalho é insalubre e perigoso, decorrente das áreas extremamente silvestres e a exposição em excesso a fumaça. “A maior parte dos voluntários atua há anos e não possuem nenhuma espécie de seguro de acidentes, dois brigadistas já morreram em combate”, lembra o coordenador de operações.

 

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Mariana: a crônica de uma tragédia anunciada

 

Omissão dos responsáveis, imensa devastação do meio ambiente, destruição da vida simples do moradores à jusante das barragens, desinformação com objetivos de fraudar a responsabilização.

A reportagem do programa CQC é um pequeno, porém grave, retrato da situação depois do desastre. A empresa assumiu funções do Estado, normatizando e policiando a região conflagrada.

 

Brasileiro se preocupa com a extensão da tragédia ecológica de Minas e Espírito Santo

Barragem de Germano: o dobro do tamanho de Fundão e Santarém, que  desabaram na segunda passada.
Barragem de Germano: o dobro do tamanho de Fundão e Santarém, que desabaram na segunda passada.

Enquanto os protestos de 15 de novembro reuniram 300 gatos pingados aqui e acolá, um evento colocado no Facebook, denominado “Não foi acidente. A Vale deve pagar”, reuniu mais de 30 mil acessos efetivos, em 48 horas, que clicaram em “tenho interesse” e “comparecerei”.

O ato está marcado para o centro do Rio de Janeiro nesta segunda-feira.

A tragédia tende a se repetir, agora com o dobro dos danos ecológicos. Nesta quarta-feira,  a zona de segurança em Mariana foi aumentada de três para dez quilômetros, pois “a barragem Germano trincou e há risco de rompimento”. A Samarco informou que faz obras para dar mais estabilidade à mina.

Se acontecer o desabamento de Germano, a tragédia ambiental, que já é a maior do País, pode ter consequências imprevisíveis no litoral de pelo menos três estados brasileiros: Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro.

Governador diz que vai ampliar combate ao incêndio na Chapada. Agora?

Fogo em Ibicoara. Foto de Tayne Luz
Fogo em Ibicoara. Foto de Tayne Luz

O governador Rui Costa anunciou, ontem, que garantiu a ampliação do combate aos incêndios que atingem a Chapada Diamantina. Neste domingo (15), ele anunciou que conseguiu, junto ao Ministério da Defesa, o envio de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para atuar na região a partir desta semana, além do apoio do Exército com equipamentos que serão enviados o quanto antes.

Os aviões agrícolas Air Tractor da FAB possuem tanques com capacidade de 1.890 litros. O que isto significa em incêndios das proporções deste que já atingem 6 municípios. Nada. Esta seria a resposta correta. Se o Governo do Estado não pode adquirir aviões de combate a incêndio especializados, de grande capacidade, e não tem planejamento para prevenir esses incêndios com medidas preventivas, como abertura de aceros, nem deveria se pronunciar sobre o assunto.

No último incêndio ocorrido na Chapada, pelo menos 9 mil hectares de área em unidade de conservação viraram cinza.

Além do corpo de bombeiros de Feira de Santana, Vitória da Conquista e Salvador, também ajudam no combate ao fogo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a brigada federal Previfogo Roseli Nuves, as brigadas municipais Bicho do Mato, ACVIB e Radical Chapada, além das brigadas voluntárias Barra de Estiva e Fazenda Igarashi. O governo do estado da Bahia colaborou com um helicóptero e dois aviões de combate ao fogo. 

Diz o chefe-substituto do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, César Gonçalves:

“O incêndio que atinge o parque está em grandes proporções. O fogo tem várias frentes e vai desde a localidade de Campos de São João, em Palmeiras, até a região próxima ao Barro Branco, na cidade de Lençóis. Não é exagero nenhum dizer que o incêndio está fora de controle. A dimensão do fogo é muito grande”.

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A primavera silenciosa. Estamos caminhando para a construção de um deserto?

mapa deserto

Recebemos um email de um leitor, reiterando a oportunidade das manifestações do povo de Correntina sobre o desmatamento e o uso da água de veredas e do lençol freático profundo. O que mais chama a atenção no email do leitor é um mapa de 1973, portanto com 42 anos, quando a ocupação do Oeste era rarefeita, sobre os terrenos do Oeste suscetíveis de desertificação, onde se destacam as regiões de Jaborandi, Cocos, Santa Maria da Vitória e Correntina – bacia do rio Corrente – e de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e Formosa do Rio Preto, bacia do rio Grande.

É difícil de entender que solos frágeis, por vezes com 10% de argila, francamente arenosos, tenham sido desmatados sem a manutenção de reservas previstas em lei e os decantados corredores ecológicos. Em algumas fazendas nem as APPs( áreas de preservação permanente ao longo das veredas) foi preservada. Hoje entendemos porque nossas primaveras são silenciosas, sem canto dos pássaros e, por via de consequência, sem os predadores naturais para o cultivo das lavouras. Veja a carta do leitor abaixo:

“Caro Diretor do jornal O EXPRESSO,

Sou natural de Santana (antiga Santana dos Brejos) e atualmente estou morando em Salvador. Desde 1986 que realizo pesquisas das cavernas da Bacia do Rio Corrente, com ênfase no Complexo Gruta do Padre que abrange parte de Canápolis, Santana e Santa Maria da Vitoria.

Quando eu trabalhava no antigo CRA (atual INEMA) escrevi alguns relatórios técnicos sobre a região do Rio Corrente, que atualmente é o maior contribuinte do Rio São Francisco.

Recebi por e-mail o seu jornal sobre a Mobilização da Comunidade de Correntina e  lhe dou parabéns pela iniciativa da matéria.

É preciso acrescentar algumas informações técnicos para o Povo de Corrente:

1 – A Constituição Estadual da Bahia 1989, diz que todos os rios da margem do Rio São Francisco do oeste baiano é Patrimônio do Estado.

O Governo do Estado da Bahia faz de conta que não sabe disto e a SEMA e INEMA, vão dando licenças ambientais absurdas infringindo a nossa Constituição.

2 – Mapa de Vulnerabilidade à desertificação na Bahia.

Neste mapa é visto que quase todas margens da veredas são suscetíveis a desertificação.  O Governo do Estado da Bahia sabe disto também e faz de conta que os moradores da nossa região somos bestas.

Isto tudo é Patrimônio da Bahia. Entendo que toda esta área deveria ser uma Unidade de Conservação. Abraços, Aloísio Cardoso.

Municípios do Oeste no topo do desmatamento do bioma mata atlântica

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Foi lançado nesta quarta-feira (11) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Brasília, o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica. O documento traz os dados mais recentes sobre a situação de cidades do Estado da Bahia. Segunda e terceira colocadas no ranking nacional, respectivamente, Baianópolis (1.522 ha) e Brejópolis (686 ha) tiveram as maiores áreas de supressão de vegetação natural do bioma no período 2013-2014 entre as cidades baianas. O município de Mucugê, por outro lado, é o que mantém maior área proporcional de preservação do bioma no Estado, com 85,3% de vegetação natural, comparado com a área original. A vegetação natural inclui, além das florestas nativas, os refúgios, várzeas, campos de altitude, mangues, restingas e dunas.

O estudo, com patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan, apresenta ainda um consolidado dos últimos 14 anos. As cidades do Estado com números mais expressivos de desflorestamento entre 2000 e 2014 são Cândido Sales (5.676 ha), Encruzilhada (5.035 ha) e Vitória da Conquista (4.610 ha).

Neste ano, os dados atualizados e o histórico das cidades abrangidas pela Lei da Mata Atlântica podem ser acessados no hotsite ‘Aqui Tem Mata’, que será lançado nesta semana e apresenta de forma simples e interativa as áreas remanescentes de Mata Atlântica no país. Com opções de busca por localidade, mapas interativos e gráficos, a ferramenta está disponível para web, tablets e celulares, permitindo que os dados estejam acessíveis a qualquer usuário e possam ser reutilizados com finalidades de educação e defesa da proteção da floresta.

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Foi acidente ou crime ambiental? Agora já são 26 desaparecidos na tragédia de Mariana

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Vale a pena visitar o site medium.com/jornalistas livres para ver a excelente matéria de Laura Capriglione, sob o título Tsunami de Lama. O material jornalístico é de primeira qualidade, inclusive a foto de Gustavo Ferreira, que reproduzimos acima.

Se matar um rio como o Doce em seus mais de 500 quilômetros de extensão não é um crime ambiental, o que seria? Se os técnicos da companhia responsável chegaram a conclusão que, por qualquer motivo, as barragens poderiam romper, sabiam que o rio Doce desapareceria para sempre com sua fauna e flora sub-aquática. E junto com o rio, os moradores das aldeias rurais próximas às barragens. 

Correntina se levanta contra grandes projetos agrícolas no Município

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A população de Correntina fez uma grande manifestação, na manhã de hoje, pela preservação dos rios e mananciais do Município e do aquífero Urucuia. Pelas mensagens que recebemos na redação, oposição e situação política do Município estão unidas no movimento ambiental. Um manifesto, em forma de decreto, foi enviado às autoridades do Estado e da Federação, divulgando os ideais preservacionistas no Município como forma de enfrentar o desmatamento de grandes áreas e a retirada de água para irrigação no lençol freático profundo, rios e córregos.

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Veja o manifesto:

Decreto do Povo Correntino

O povo correntino, no uso dos direito garantidos na Constituição da República Federativa do Brasil, em especial o parágrafo único do seu art. 1º, e,
CONSEIDERANDO que as ações atrópicas têm influenciado em muito para o processo de aquecimento global, dentre os quais se destacam os desmatamentos;
CONSIDERANDO que o Cerrado é o sistema biogeográfico mais antigo da América do Sul e que se encontra em seu clímax evolutivo;
CONSIDERANDO a magnitude dos mega empreendimentos que ora estão chegando para os municípios do Oeste baiano, em especial Correntina, notadamente: Mizote; Desvio do Rio Guará; Sudotex; Agro Brasil (holandeses) e Universo Verde (chineses);
CONSIDERANDO que a vazão dos rios do Oeste, em especial o Rio das Éguas, caiu drasticamente nos últimos anos, sem perspectivas de retorno às vazões anteriores;
CONSIDERANDO os modelos de irrigação adotados nos gerais, especialmente o pivô central, que são capazes de gastos intrigantes;
CONSIDERANDO que no Oeste chegam 120 grandes carretas de veneno mensalmente para ser derramadas em nossos rios;
CONSIDERANDO que as gerações de agora e do porvir têm direito a um ambiente saudável e equilibrado;
CONSIDERANDO que o meio ambiente é direito difuso, podendo qualquer pessoa lutar por ele,

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A lista dos corruptos de Furnas e o papel da Samarco antes do desastre ambiental

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Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo, onde leitor pode ver a lista completa de corruptos e corruptores.

A lista de Furnas tem cinco páginas e seu conteúdo pode ser separado em duas faces. Nas páginas 1, 2, 3 e 4, estão relacionados os nomes dos 156 políticos que receberam dinheiro para a campanha eleitoral de 2002. Eram todos da base aliada do então presidente Fernando Henrique Cardoso. É o que se poderia chamar de a lista dos corruptos.

No final da página 4 e na página 5, estão relacionados os nomes de 101 empresas, as que deram dinheiro para financiar os candidatos. É o que se poderia chamar de a lista dos corruptores.

Nesta lista , estão fornecedores diretos da estatal Furnas e empresas com as quais o então diretor de Planejamento, Engenharia e Construção, Dimas Toledo, mantinha contatos, como operador que administrava os interesses de seus políticos protetores, rol em que Aécio Neves era o destaque.

Na relação dos corruptores, estão nomes conhecidos como a Alstom e a Siemens, no grupo das fornecedoras de equipamentos, a Camargo Correa, a Odebrecht e a Mendes Júnior, no grupo das empreiteiras, a Baurense, no grupo das prestadoras de serviço, e a Samarco Mineradora, no grupo das grandes consumidoras de energia.

Com o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, interior de Minas, na última quinta-feira, a lama que destruiu casas, matou pelo menos uma pessoa e provocou o desaparecimento de outras 13, traz à tona uma relação estreita entre a Samarco e as administrações do PSDB em Minas Gerais e também no Espírito Santo, não só no caso da Lista de Furnas.

Entulho clandestino circula com destino aos fundos do Jardim Paraíso II

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Um movimento estranho de caçambas, carregadas de entulho, se dirigiu, durante a tarde de sexta para os fundos do Jardim Paraíso II. Como ninguém fiscaliza a deposição desse material, só depois, quando houver a configuração do crime ambiental é que o clamor vai acontecer. A foto é de um leitor que pede pra não ser identificado.

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A agonia do Velho Chico: pesquisadores descobrem bactéria perigosa nas águas

mancha negra

Pesquisadores da Universidade Federal do Sergipe descobriram uma bactéria resultante da poluição das águas que pode inviabilizar o abastecimento das populações ao longo do rio.

Clóvis Franco, doutor em biotecnologia da Universidade, afirma que as cianobactérias encontradas estão associadas ao surgimento de doenças neurológicas diversas, inclusive o mal de Alzheimer.

A mancha negra que surgiu no trecho sergipano, em maio deste ano, resulta de esgotos sem tratamento lançados ao longo do rio e de seus afluentes.

Com o inevitável corte no fluxo das águas do rio, prevista para o fim de novembro, principalmente pela entrada do grande lago de Sobradinho no volume morto, a grande evaporação e a mudança de temperatura das águas vai acelerar o problema.

O inexorável fim do São Francisco está próximo e a solução já não está ao alcance dos habitantes do Nordeste.  

Olha a loucura aí, gente: querem transpor o Tocantins para o São Francisco

Rio Tocantins
Rio Tocantins

Nesta terça feira (20) a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, atendendo requerimento do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), realizou audiência pública com a participação dos ministros dos Transportes; da Integração Nacional; do Planejamento e o presidente da CODEVASF, para tratar da interligação do Rio Tocantins com o Rio São Francisco, objeto do Projeto de Lei nº 6569/13, aprovado por essa Comissão.

Segundo Gonzaga Patriota, autor desse Projeto de Lei, o trecho mais oneroso dessa transposição está no Estado de Tocantins, pois haverá necessidade de construção de canais e elevatórias, para conduzir a água, até transpor a Serra Geral de Goiás, na divisa do Estado de Tocantins, com a Bahia. Neste ponto, no Distrito de Garganta – BA, a água é despejada na nascente do Rio Preto, de onde segue por gravidade até desaguar na Barragem de Sobradinho, o maior reservatório artificial do planeta, num percurso de 523 km.

Esse primeiro trecho da integração do Rio Tocantins, com o Rio São Francisco, visa encontrar a menor distância para os canais e, a topografia mais favorável a ser vencida, até chegar aos contrafortes da Serra Geral de Goiás.

O ponto mais adequado para a captação na confluência do Rio Manuel Alves, afluente da margem direita do Rio Tocantins, o qual se encontra, em linha reta, a 61 km, à montante e ao sul, da cidade de Porto Nacional – TO.

A escolha desse local se prende ao fato do Rio Manuel Alves ter sua nascente no flanco oeste da Serra Geral de Goiás, próximo a nascente do Rio Preto, no flanco leste dessa serra. No traçado em linha reta de direção E-W, a distância do ponto de captação, na foz do Rio Manuel Alves, até a nascente do Rio Preto, é de 208 km.

Este traçado atravessa os cumes das Serras de Belo Horizonte e do Batista, com altitude de 680m, existindo alternativa, possivelmente mais viável, do ponto de vista econômico, que será contornar a cumeeira das serras, seguindo o leito do Rio Manuel Alves, cujas altitudes, no trajeto, vão variar de 260m a 450m.

Do oeste ao leste, ou seja, da foz do Rio Tocantins, até a divisa TO/BA, o Rio Manuel Alves atravessa os seguintes municípios, no Estado de Tocantins: Morro de São João, Apinajé, Natividade, Príncipe e Dianópolis.

Do ponto de captação até o encontro com as águas da Barragem de Sobradinho, o percurso total será de 733 quilômetros, assim distribuídos: 210 km do Rio Tocantins até o distrito de Garganta – BA; daí segue por graviddade no leito do Rio Preto, até a confluência com o Rio Grande, por 315 km; desse ponto, segue por 86 km, até desembocar no Rio São Francisco, na cidade deBarra – BA; desse ponto até a Barragem de Sobradinho, percorre-se 122 km.

Como referenciado anteriormente, apenas no primeiro trecho, correspondendo a 28,6% do percurso total, haverá necessidade de obras de engenharia, ou seja: 210 quilômetros para a adução e elevação da água, a 600m de altura, de modo a transpor a Serra Geral de Goiás, na divisa Tocantins/Bahia. Daí em diante, a água escoa por gravidade ao longo de 523 km, 71,4% da trajetória, atravessando a Chapada Ocidental da Bahia, geologicamente formada pelos arenitos do Grupo Urucuia, até seu destino final, na Barragem de Sobradinho.

A precipitação média anual na bacia do Rio Tocantins é de 1.600mm, estendendo-se os meses chuvosos de novembro a maio e os meses secos de junho a setembro, enquanto isso, a região semiárida do Rio São Francisco tem índices pluviométricos inferiores a 600mm anuais. A vazão média do Rio Tocantins é de 13.600m3/s e a do Rio São Francisco 2.846m3/s, esse, hoje, com menos de 800m3/s.

Admitindo-se uma retirada de 50m3/s, o impacto sobre a vazão média do Rio Tocantins é de 0,37%, mas representaria um acréscimo de 1,76% na vazão média do Rio São Francisco, dados obtidos de um trabalho elaborado cuidadosamente pelo geólogo João Moraes, que muito tem nos ajudado neste trabalho de interligação do Rio Tocantins ao Rio São Francisco, tudo conforme mapas de engenharia, anexos.

Gonzaga Patriota está confiante de que, após a aprovação do seu Projeto de Lei que dormia há 20 anos na Câmara dos Deputados e, agora, com esta audiência pública, onde ficará registrado o estado de emergência porque passa o Rio São Francisco (Sobradinho, o maior lago artificial do mundo, com apenas 6% de sua capacidade), o governo da presidente Dilma Rousseff autorize tocar a interligação do Rio Tocantins com o Rio São Francisco.

O São Francisco tem data marcada para morrer: fim de novembro

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O Operador Nacional do Sistema (ONS) de energia no País deu o alerta: o reservatório de Sobradinho, que está com pouco mais de 5% da capacidade, deve entrar no volume morto no final de novembro. Isso significa que o rio vai cortar, interrompendo seu tênue fluxo d’água.

Um total de R$ 529 mil foi autorizado nesta quarta-feira (21) pela Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) para dar início às ações de apoio aos municípios localizados às margens do Lago da Barragem de Sobradinho. Os recursos são destinados para a aquisição de equipamentos, identificação de pontos de captação de água e intervenções emergenciais em pequenos sistemas de abastecimento nas sedes municipais e seus distritos.

O diagnóstico emergencial já foi feito nas cidades de Barra, Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Paratinga, Pilão Arcado, Rodelas, Remanso, Sento Sé, Serra do Ramalho, Sítio do Mato, Sobradinho e Xique-Xique.  O Lago de Sobradinho se encontra hoje com 5,59% do seu volume útil de armazenamento.

A previsão de chegada ao volume morto é no final do mês de novembro, quando o nível da água alcançará 5,45 bilhões de metros cúbicos, suficiente para garantir o abastecimento de água para consumo humano por mais 3 meses, até o retorno do período de chuvas.

Incêndios florestais se multiplicam no Oeste

Foto ilustrativa de Fábio Pozzebom, da ABr
Foto ilustrativa de Fábio Pozzebom, da ABr

A umidade relativa do ar baixíssima, com índices sempre inferiores a 20%, somada às altas temperaturas, tem feito do Oeste baiano um verdadeiro inferno de incêndios florestais.

Santa Rita de Cássia amanheceu com 264 focos, Formosa do Rio Preto, com 243, e São Desidério, com 221.

Em Luís Eduardo Magalhães, apesar da grande área dedicada às lavouras, as áreas de florestas nativas também apresentam focos de incêndio.

Os dados são do Monitoramento de Queimadas e Incêndios, dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente na manhã desta quarta-feira (21).

Em Barra, na região do Velho Chico foram registrados às 9h20 desta quarta 159 pontos de incêndio. De acordo com o Major Carregosa, que coordena a operação em Barra, as ações ocorrem pela manhã e à tarde. Dois aviões Air Tractor carregados de água também auxiliam no controle das áreas com chamas. Carros pipa e tratores disponibilizados pela prefeitura local também são usados para o trabalho.

Em Barreiras, outro município com registros de queimadas, foram confirmados 82 focos até a última atualização do monitoramento de queimadas.

Energia eólica atende quase 50% da demanda do Nordeste

Parque eólico de Caetité
Parque eólico de Caetité

O Nordeste poderia estar sob racionamento se não fossem as fazendas de energia do vento. Falta, ainda, infraestrutura de transmissão. 

A fonte eólica bateu o recorde de geração no subsistema Nordeste, com 3.689 MW, às 08:24 horas da última segunda-feira (12/10), o que representou 46% da demanda da região no momento, com um fator de capacidade de 84%. O novo marco ocorre em um momento de esvaziamento dos reservatórios hídricos do subsistema Nordeste, cujo nível de armazenamento está em 11,7%.

O percentual, por sinal, é menor do que o verificado um ano antes. O recorde, que superou o anterior de 3.495 MW no dia 22/9, reforça a contribuição da fonte para a segurança energética na região, segundo a Abeeólica. O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, declarou que, não fosse a geração eólica e a térmica, o Nordeste provavelmente passaria por um racionamento neste ano.

Em todo o sistema interligado, o recorde de geração eólica é de 4.432 MW, alcançados no dia 9 de agosto deste ano, às 22:47 horas, quando representou 8% da carga de todo o sistema, com um fator de capacidade de 78%.

A entrada em operação de novos parques também contribui para os recordes alcançados pela fonte. Atualmente, a capacidade eólica instalada em todo o país é de 7.657 MW e deve chegar a pouco mais de 9 mil MW até o fim do ano.

Transmissão

O Nordeste concentra a maior parte das usinas eólicas contratadas no país, em operação ou em construção, e reserva os melhores aproveitamentos de vento. Entretanto, a falta de uma estrutura de transmissão na região é uma preocupação para a expansão da fonte.

Na última segunda-feira, por exemplo, a Aneel revogou a concessão de uma linha de transmissão no Rio Grande do Norte, por atrasos na implantação da obra, que seria destinada para a expansão da fonte no estado. Além dos atrasos, os leilões de transmissão pouco atrativos influenciam diretamente as chances de contratação de usinas eólicas nas próximas concorrências de geração, porque os parques só podem ser negociados se houver conexão contratada.

Bahia

Em 2014, a Bahia terminou o ano na liderança da corrida pela energia eólica, sendo o único estado a ter mais de quatro GW contratados, distribuídos em 165 empreendimentos. Desse total, 33 estão em operação, o que representa 841 MW espalhados em diversos municípios baianos – Brotas de Macaúbas, Sobradinho, Guanambi, Igaporã, Caetité, Sento Sé, Casa Nova, Bonito, Morro do Chapéu, Cafarnaum, Pindaí, Gentio do Ouro, Licínio de Almeida, Campo Formoso, Riacho de Santana, Itaguaçu, Umburanas, Mulungu do Morro e Xique-Xique.

A expectativa para este ano é que seja superada a marca de um GW em operação. Em 2015, caso projetos eólicos contratados venham a se equiparar aos de hidrelétricas em funcionamento, os ventos se tornarão a maior fonte da matriz energética da Bahia até o ano de 2020”.

Os rios nordestinos estão morrendo por conta do desmazelo e do “El Niño”

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O deputado Fábio Souto reclamando, na Assembleia, da morte dos rios da Bahia. Está certo: é necessário a revitalização dos rios principais e afluentes, com florestamento de margens, cercamento de nascentes, remuneração de fazendeiros preservadores de águas. Mas precisa, principalmente, peticionar ao santo guardião das chaves, São Pedro, pedindo um pouco mais de chuva.

A grande bacia do rio São Francisco vai entrar no terceiro ano com chuvas abaixo de 700 mm nas regiões de cerrado e nem a metade disso na caatinga. O aquecimento global é realidade e enquanto continuar o fenômeno “El Niño”, aquecendo as águas do Pacífico, os sulistas vão continuar morrendo afogados e os nordestinos vão continuar morrendo de sede.

Temos que nos preparar para uma tragédia ainda maior: o rebaixamento do lençol freático profundo, que sem abastecimento das chuvas tendem a perder cada vez mais seus depósitos infiltrados no arenito.

 

professor hsc

Incêndios se espalham por todo o Oeste baiano

Imagem da TV Bahia
Imagem da TV Bahia

Incêndios em áreas de proteção ambiental atingem cidades do oeste e extremo oeste baianos neste domingo (27). A informação é do Bahia Notícias.

Em Formosa do Rio Preto, o fogo chegou próximo às nascentes dos rios São José, Sapão e Livramento. Ao Bahia Notícias, o Major Carregosa, do Corpo de Bombeiros da Bahia e que lidera a operação, disse que a prioridade foi atuar nas nascentes dos rios.

“Fizemos isso para evitar um dano maior”, disse.

Segundo ele, cerca de 40 homens atuaram no combate ao incêndio, que está controlado em 50%. Brigadas voluntárias ajudam na ação e seguirão fazendo a manutenção para erradicar as chamas ainda existentes.

O major também informou que em Barra o fogo também já preocupa e uma equipe deve se deslocar a partir deste domingo. O oficial disse ainda que já foi feita a solicitação de aeronaves, entre outros suportes, para controlar o fogo. Focos de incêndio também foram registrados em Buritirama e Rio de Contas.

No final de agosto, já se contavam 58 focos de incêndio no Oeste baiano. Talvez isso tenha sido a razão para a não propagação generalizada do fogo, já que áreas queimadas não sofrem nova ignição. 

Prefeito Humberto Santa Cruz recebe representantes do movimento SOS Rio de Pedras

sos rio de pedras

O Prefeito Humberto Santa Cruz recebeu na noite de ontem, 17, em seu gabinete os representantes do movimento SOS Rio de Pedras. O objetivo do encontro foi discutir alternativas para garantir a recuperação da erosão à margem da BR 020, próximo ao Rio de Pedras e a segurança na BR 020/242.

Durante o encontro, os representantes do movimento deixaram claro que o SOS Rio de Pedras é apolítico e que intuito é reunir o poder público e a sociedade civil organizada para encontrar soluções tanto de curto prazo quanto definitivas.

O prefeito Humberto enfatizou o compromisso do DNIT em iniciar a obra de recuperação da erosão em curto espaço de tempo e que o prazo de conclusão será de aproximadamente 60 dias. Também anunciou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes construirá três passarelas pré-moldadas até dezembro deste ano.

Os representantes do movimento SOS Rio de Pedras afirmaram que vão continuar acompanhando as medidas adotadas pelo poder público para recuperar e erosão e o assoreamento do rio e se colocaram a disposição da prefeitura para colaborar no que for possível.

Participaram do encontro, o vereador Márcio Rogério, a chefe de gabinete Rosa Stahlke e secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Sérgio Pitt.

 

 

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Conselho Municipal de Meio Ambiente aprova moção sobre Rio de Pedras

O Conselho Municipal de Meio Ambiente aprovou, em reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 04, moção onde detalha a situação e elenca uma série de recomendações sobre o Rio de Pedras. Anexo o documento na íntegra.

Moção n. 01, de 04 de setembro de 2015, do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Luis Eduardo Magalhães

O Conselho Municipal de Meio Ambiente, no uso de suas atribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei Municipal n. 388/2009, e tendo em vista o disposto no artigo 20 de seu regimento interne, resolve aprovar a seguinte MOÇÃO:

Considerando que a retirada da vegetação das áreas de preservação permanente a margem do rio de Pedras e sua ocupação irregular vêem ha mais de 20 anos contribuindo para o seu processo de assoreamento;

Considerando a existência de um canal de drenagem as margens da BR 020, saída para Brasília, no perímetro urbano de Luis Eduardo Magalhães-BA, ha mais de 20 anos, o qual se encontrava consolidado, mas com a retirada de sua vegetação, em fevereiro de 2014, pela empresa Paviservice Serviços de Pavimentação Ltda, inscrita no CNPJ sob o n. 01.397.753/0001-45, ocasionou um processo erosivo e assoreamento do rio Cabeceira de Pedras;

Considerando que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Economia Solidaria autuou a empresa Paviservice no dia 10 de fevereiro de 2014, conforme auto de infração n. 2010-00001/TEC-AIMU-0112, oficiou o Ministério Publico Estadual, no dia 21 de fevereiro de 2014, sobre a ocorrência de crime ambiental, e solicitou ao DNIT  informações, por e-mail, sobre as providencias a serem tomadas para a solução deste grave problema ambiental;

Considerando que os loteamentos Setor Comercial Sul Arnaldo Horácio Ferreira, 1a etapa,  Boa  Vista  e  90  Comercial não  apresentam  sinais  de execução de drenagem, conforme relatório da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, contribuindo para o alto fluxo de águas pluviais despejadas no canal de drenagem, os quais também foram autuados por ausência de licença ambiental;

Considerando que o processo erosivo do canal de drenagem esta aumentando com a exposição do solo arenoso, períodos de chuva e comprometendo a rede de alta tensão da Coelba e a estrada de rodagem da BR -020, afetando a sua estrutura e expondo os transeuntes a risco, conforme relatório de fiscalização ambiental n. 28/2015, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Economia Solidaria;

Considerando que o problema de erosão e assoreamento do rio Cabeceira de Pedras sofreu fiscalização também pelo INEMA- Instituto Estadual de Meio Ambiente e pelo IBAMA, onde o DNIT e a Paviservice foram autuadas e 3,62 ha da área afetada foi embargada, impedindo qualquer tipo de intervenção na área supracitada sem projeto previamente analisado e autorizado pelo IBAMA.

Considerando a urgência e importância do problema ambiental que vem se agravando, este Conselho Solicitou a apresentação pelo DNIT do projeto de construção do canal de drenagem, o qual foi apresentado em reunião no dia 12 de junho deste ano, onde o Conselho de Meio Ambiente solicitou a construção de caixas de decantação para o lixo que pode vir a ser jogado no canal;

Considerando que o referido projeto foi objeto de deliberação entre o Ministério Publico Federal e o DNIT em reunião do dia 9 de julho de 2014, na sede da Procuradoria da Republica em Barreiras-BA, onde também ficou acordado que o DNIT adotaria todas as providencias cabíveis para a resolução dos problemas apontados;

Considerando que qualquer intervenção no rio Cabeceira de Pedras para recuperá-lo precisa de autorização do INEMA e qualquer intervenção na faixa de domínio do DNIT precisa de autorização do mesmo, e que qualquer projeto de intervenção na área de drenagem ou assoreamento  deve  ser aprovado pelos órgãos ambientais responsáveis;

Considerando as varias intervenções do Poder Publico Municipal junto ao DNIT para a solução dos problemas;

Desta forma, este Conselho recomenda:

  • Encaminhamento desta Moção ao Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Grande e ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos para conhecimento do processo de assoreamento do rio Cabeceira de Pedras, o qual esta tendo o seu leito original alterado com danos ambientais e os usuários à  jusante afetados;

 

  • Apoio a sociedade pelas manifestações em defesa do rio de Pedras, denominada SOS Rio de Pedras;
  • A retirada das barracas a margem da BR-020 e do rio de Pedras, com apoio do Ministério Publico Estadual e Federal, e que a população ocupe apenas as construções do Balneário já construído;
  • A recuperação das áreas de preservação permanente afetadas, com apoio da população;
  • A urgência na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico pelo Poder Publico, o qual esta em fase de aprovação pela Caixa, tendo em vista a necessidade do mesmo para a obtenção de recursos para a execução de obras de drenagem urbana;
  • A construção urgente de um canal de drenagem permanente, com qualidade  urbanística,    que  atenda  a  necessidade, conforme já apresentado pelo DNIT;
  • A elaboração de estudos para avaliar o dano ambiental ao rio Cabeceira de Pedras e a sua recuperação;

Luís Eduardo Magalhães, 04 de setembro de 2015.

Fernanda de Cássia Aguiar Santos

Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente

O despertar tardio da consciência ecológica: hipocrisia pura e destilada

Exploração do gás de xisto na Fazenda Vitória, com graves riscos ambientais, a apenas 12 km de Luís Eduardo. Quem se preocupou?
Exploração do gás de xisto na Fazenda Vitória, com graves riscos ambientais, a apenas 12 km de Luís Eduardo.
Quem se preocupou?

O brasileiro não sabe o que é e como se processa o conjunto de serviços estruturais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e limpeza e drenagem de lixo e águas pluviais urbanas, o que se chama de saneamento básico.

Apesar das conquistas sociais que o Brasil experimentou na última década, ainda falta muito para avançar na questão do saneamento básico. Um levantamento do Instituto Trata Brasil mostra que o país não conseguirá alcançar a universalização do sistema nos próximos 20 anos se o trabalho de implantar serviços de água e esgoto continuar no ritmo observado.

A pesquisa, chamada de Ranking do Saneamento Básico nas 100 Maiores Cidades, inclui os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) do ano base de 2012.

A conclusão aponta para uma lentidão nos investimentos no saneamento por parte das três esferas de governo — nacional, estadual e municipal. O projeto de contemplar 100% das localidades brasileiras com saneamento básico nos próximos 20 anos, portanto, já está comprometido.

 

As tragédias ambientais do Oeste baiano

No Oeste baiano, água tratada, esgotamento sanitário e respectivo tratamento, manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais são incipientes. Quase 100% dos esgotos são jogados in natura nos rios dos vales do Rio Grande e Corrente. Quando não são jogados diretamente nos rios, infiltram-se no lençol freático através de fossas primitivas ou transbordam nas sarjetas urbanas, como é claro o exemplo de Barreiras, esperando a estação das chuvas para igualmente ganhar os rios.

Pobre povo ignorante que bebe da solução de suas próprias fezes e não sabe a diferença entre um buraco cavado no chão, para recolher o esgoto, e uma fossa séptica, que através da decomposição física e química (anaeróbica) dos dejetos domésticos permite uma melhoria dos resíduos lançados para a infiltração no solo.

Além dos nossos rios, estamos contaminando o grande lençol freático do Urucuia, reserva que abrange 3 estados, mas principalmente o Oeste baiano.

Quando o jornal O Expresso condenou com veemência a exploração do xisto betuminoso pelo sistema de fratura hidráulica, numa fazenda a 12 km de Luís Eduardo Magalhães, ninguém se manifestou, ninguém fez um comentário contra ou a favor. Sob o título “Exploração de gás de xisto no Oeste baiano pode causar desastre ambiental sem precedentes”, uma série de matérias jornalísticas mostrou a condenação, pela Justiça Federal, da exploração no litoral baiano, no Paraná, no Piauí e em outras diversas regiões do País.

Foi uma campanha distribuída em várias reportagens do jornal impresso e do blog. Repercussão igual a zero. Apenas a Petrobras, através de uma carta insossa, respondeu ao nosso questionamento.

Os mesmos representantes do agronegócio, que hoje encetam campanha “SOS Rio de Pedras”, para evitar pontos de assoreamento do córrego que banha Luís Eduardo, entraram em cena mudos e saíram calados. Puro interesse econômico! Analisavam com carinho que a exploração do gás de xisto também contemplasse suas fazendas, com o respectivo faturamento de royalties. Hipocrisia pura e destilada!

Querem fechar a BR 020 em evento aparatoso e carnavalesco? Obviamente amparado por carros de som e queima de pneus, num claro jogo político que visa às eleições municipais de 2016.

Por que não, reunir-se com o Conselho Municipal de Meio Ambiente e elaborar uma pauta de assuntos relevantes para o Meio Ambiente?

O quê entidades sindicais e classistas patronais, as quais nunca tiveram uma agenda ambiental, estão fazendo no meio desse movimento?

Puras ambições políticas de pouco relevo: um aqui quer ser prefeito, outro acolá quer ser vereador e aí por diante. Passadas as eleições, a consciência ecológica se apaga e todos se voltarão aos seus afazeres e à ingente tarefa de enriquecer um pouco mais.

Fogo atinge fazenda e queima estoques de algodão em caroço

Do G1.globo.com

A Polícia Civil investiga um incêndio que atingiu parte de uma fazenda de algodão no município de Luís Eduardo Magalhães, na região oeste da Bahia. O proprietário do lote, que é membro da Associação Baiana dos Produtores de Algodão do Estado (Abapa), estima que o prejuízo é de cerca de R$ 500 mil. O caso ocorreu na quinta-feira (27) e a delegacia local apura se o fogo teve origem criminosa.

De acordo com o delegado Rivaldo Almeida Luz, que investiga o caso, o incêndio teve início em uma vegetação às margens da BR-242 e, com o vento, se espalhou para a fazenda, localizada a cerca de 15 quilômetros da zona urbana da cidade.

O dono da propriedade prestou queixa no mesmo dia do incêndio. As chamas atingiram, além das plantações, os algodões que já tinham sido colhidos e que estavam amontoados no local. O fogo só foi controlado com a ajuda de caminhões-pipa.

“É em cima dessa hipótese que estamos trabalhando, mas também não descartamos nenhuma outra. Já começamos a investigar o caso e vamos procurar ouvir testemunhas para que possamos chegar aos responsáveis”, destacou o investigador, em contato com o G1 nesta sexta-feira (28).

1_4Incêndio atinge fazenda de algodão, em LEM (Foto: Edivaldo Braga/BlogBraga)

O delegado informou ainda que uma perícia será feita no local para tentar encontrar pistas sobre as causas do incêndio. Uma avaliação também será feita para dimensionar a área total atingida pelo fogo e o real prejuízo causado.

“O proprietário disse que foi de R$ 500 mil [o prejuízo], mas nenhuma avaliação foi feita até agora. Requerimos perícia no local para deixar tudo esclarecido. Se foi realmente um incêndio criminoso, os responsáveis irão responder pelo crime”, diz.

G1 não conseguiu contato nesta sexta-feira com o produtor de algodão que teve a fazenda atingida. A assessoria de comunicação da Abapa informou que ele não irá falar com a imprensa.

Oeste
O clima seco e as altas temperaturas desta época do ano no oeste do estado agravam os focos de incêndio, encontrados principalmente em quatro cidades da região. De acordo com o comandante do subgrupamento do Corpo de Bombeiros da região oeste, Paulo Henrique de Araújo, atualmente são 53 focos de incêndio nas serras, que atingem as cidades de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Formosa do Rio Preto.

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Rios brasileiros, com exceção da Região Sul e da Amazonia, viram fios d’água

Leito do Rio Piracicaba tem pedras aparentes no salto nesta segunda (10) (Foto: Edijan Del Santo / EPTV)
Leito do Rio Piracicaba tem pedras aparentes no salto nesta segunda (10) (Foto: Edijan Del Santo / EPTV)

O rio de Piracicaba vai jogar água pra fora
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora

La na rua onde eu moro só existe uma nascente
A nascente dos meus olhos já formou agua corrente
Pertinho da minha casa já formou uma lagoa
com a lagrima dos meus olhos por causa de uma pessoa

Como se esperava, depois de dois anos sem chuvas no verão, os rios brasileiros estão transformados, com as pedras e os areais dos leitos aparecendo à luz do sol. O reservatório de Sobradinho, o maior do Nordeste, está com 15% de sua capacidade. No sudeste, a média dos reservatórios tem 36%. O pior disso tudo é que não deverá chover com intensidade antes de 90 dias. A maioria dos rios vai virar pequenos lagos, aqui e ali, com interrupção do fluxo. Cidades que recolhem água desses rios vão beber lodo misturado com algas.

As previsões meteorológicas preveem outro ano do fenômeno “El Nino”, com aquecimento das águas do Pacífico e aumento das chuvas, sem privilegiar no entanto o Sudeste e o Nordeste.

Meio Ambiente: servidores reagem ao aparelhamento da SEMA

Splenger: aparelhamento partidário prejudica gestão
Splenger: aparelhamento partidário prejudica gestão

O secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler está enfrentando, ao par das suas atribuições como gestor ambiental, um jogo político que tem por objetivo apeá-lo da Pasta que ocupa desde o Governo Jaques Wagner. Em contrapartida, o setor produtivo e um grande grupo de funcionários sai em defesa de Splenger contra esse aparelhamento político dos órgãos ambientais do Estado.

Dizem os servidores:

“A fusão do Ima com o Ingá, que deu  economia de R$3.000.000,00  na despesa de custeio, deu grande rapidez e eficiência  ao setor que perdia grande energia e tempo na dupla tramitação de processos em dois órgãos, ocorrida há 3 anos continua sendo questionada, por pequeno grupo interno,  apesar da aprovação geral. Esta decisão do Governador Jaques Wagner, foi o primeiro passo para a modernização de nossa legislação ambiental tornando-a uma das mais avançadas do Brasil e o secretário Eugênio Spengler é o grande responsável, reconhecido em todo pais.”

A preocupação com o aparelhamento partidário da SEMA atinge empresários do agronegócio, da indústria, da mineração e de outros segmentos da economia que demandam por urgência na liberação de licenças e outorgas.

À volta à burocratização do setor, interesse partidário denunciado por todos, significa o retorno à velha política de “criar dificuldades” para vender facilidades.

Veja no link, “Carta Aberta à Sociedade”, mandada publicar pelas seguintes entidades:

http://issuu.com/carlosalbertosampaio/docs/carta_aberta_a_sociedade

ASCRA – Associação Pré-Sindical dos Servidores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

ASSERF – Associação dos Especialistas e Fiscais do Grupo Ocupacional Fiscalização e Regulação do Estado da Bahia

AFA – Associação dos Fiscais Estaduais Agropecuários da Bahia

ASTEFIRBA – Associação dos Técnicos em Fiscalização e Regulação da Bahia

Efluentes de esgoto trazem mais produtividade à agricultura irrigada

Tratamento de esgotos: fonte de água e nutrientes
Tratamento de esgotos: fonte de água e nutrientes

Por Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil

O emprego da água de esgoto tratado (efluente) na agricultura aumenta a produtividade, segundo estudo do Núcleo de Pesquisa em Geoquímica e Geofísica da Litosfera da Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadores testaram, durante 15 anos, as vantagens do uso dessa água, que contém minerais e nutrientes como nitrogênio e fósforo, importantes no desenvolvimento das plantas.

Para o professor de geoquímica e ambiente da USP Adolpho Melfi, a água usada atualmente na irrigação das lavouras pode ser substituída com segurança pelo efluente, o que pouparia água potável importante no abastecimento das cidades. “A agricultura utiliza praticamente 70% da água que poderia ser para o consumo humano”, explica. Atualmente, o efluente só pode ser usado na lavagem de ruas e irrigação de jardins, por não haver legislação que autorize o seu uso no campo.

O experimento feito nas cidades de Lins e Piracicaba, interior de São Paulo, mostrou que a economia no uso de fertilizantes nitrogenados chegou a 80% no plantio de capim, utilizado na alimentação do gado, durante um ano de baixa ocorrência de chuvas.

Os cientistas compararam a produtividade do capim irrigado com água comum e do irrigado com esgoto tratado. Ambos receberam a mesma quantidade de fertilizante necessário para o crescimento das plantas. O resultado foi uma produtividade de 33 toneladas de capim por hectare ao ano no caso das plantas que receberam irrigação comum e de 39 toneladas por hectare ao ano no capim irrigado com efluente.

O mesmo experimento feito com a cana-de-açúcar resultou na produtividade de 87 toneladas por hectare ao ano para a cana que recebeu irrigação comum e de 143 toneladas por hectare ao ano na irrigada com água de esgoto tratado. Os testes foram feitos com cana soca, ou seja, quando a planta ainda não recebeu o primeiro corte.

Riscos do uso de efluentes

Para o emprego da técnica do esgoto tratado na agricultura, porém, é preciso atenção a alguns riscos, explica Melfi. “Como o efluente tem muito nitrogênio, uma parte não será aproveitada pela planta. Essa parte vai infiltrar no solo e contaminar o lençol freático na forma de nitrato. Há também os organismos patogênicos [presentes no efluente], que podem provocar problemas na saúde humana. A gente precisa ter um controle muito grande também dos metais pesados”, disse.

Para contornar esses problemas, os cientistas encontraram soluções simples. Para evitar os metais pesados, presentes nos dejetos de indústrias, os efluentes devem ser recolhidos preferencialmente de cidades pequenas, onde o controle é mais fácil e predomina o esgoto doméstico.

“Em Lins, o esgoto é exclusivamente doméstico. Em Franca, por exemplo, com a indústria de couro para a fabricação de sapatos, a curtição do couro usa uma substância formada por cromo, altamente tóxico. Mas o esgoto de lá pode ser usado, porque existem duas redes separadas, uma que é esgoto industrial e outra que é doméstico. No esgoto doméstico, não tem metal pesado”, explica o cientista.

Quanto aos organismos patogênicos, como o grupo de bactérias E.coli, existem tratamentos que são capazes de eliminá-los do efluente. Outra forma mais simples de evitar essa contaminação nas plantas é selecionar culturas que passam por tratamento industrializado antes do consumo, como é o caso do café, milho e cana-de-açúcar.

“O café pode ser irrigado com efluente, pois depois é torrado. A laranja também é irrigada nos Estados Unidos, na Flórida, por efluente. Basta fazer uma irrigação na superfície do solo, por gotejamento ou mesmo enterrada em até 20 centímetros, de forma que a fruta não entre em contato com os efluentes”, explica o professor.

O capim, cultura testada no estudo, é cortado e permanece na superfície do solo durante algumas semanas para que seja transformado em feno. Depois disso, o produto estará seguro para alimentar o rebanho de gado, já que os organismos patogênicos morrem nesse processo de fenação.

É importante lembrar, ainda, que o simples despejo do efluente em rios também gera problemas, pois causa a eutrofização. “Aumentam muito os micro-organismos, algas que consumem o oxigênio, e essa água sofre eutrofização, são aquelas espumas. Ou a água fica esverdeada por causa de algas”, disse Melfi.

O estudo também ouviu a população para avaliar a aceitação da novidade. “O resultado foi positivo, as pessoas entrevistadas disseram que, desde que soubessem que estava havendo o controle adequado, consumiriam [alimentos produzidos com efluentes]”, contou o professor.

Edição: Valéria Aguiar

 

 

 

Excesso de chuvas causa prejuízos, desabrigados e mortes no Sul

chuva

As chuvas diminuíram na região sul do país nos últimos dias, mas a situação continua preocupante. Já são 175 municípios afetados. Em Santa Catarina, o Rio Canoinhas continua subindo, com uma taxa de 1 centímetro por hora. De acordo com a Defesa Civil do estado, o nível do rio está em 5,92 metros, a apenas 4 centímetros do transbordamento.

Na segunda-feira (20), pancadas de chuva devem atingir o oeste, meio oeste, planalto sul e litoral sul do estado, segundo a Defesa Civil. Os últimos números divulgados apontam 54 cidades atingidas, sendo 22 delas em situação de emergência e três em estado de calamidade pública. O número de pessoas afetadas é de 13,5 mil. Além disso, duas mortes foram registradas, uma no município de São Joaquim e outra em Coronel Freitas.

O nível do rio Itajaí-Açu subiu 11,5 metros acima do normal, alagando quase toda a cidade de Rio do Sul. Cristiano Estrela/Agência RBS/Folhapress
O nível do rio Itajaí-Açu subiu 11,5 metros acima do normal, alagando quase toda a cidade de Rio do Sul. Cristiano Estrela/Agência RBS/Folhapress

No Rio Grande do Sul, as chuvas já afetaram 57 cidades. De acordo com o último boletim da Defesa Civil do estado, 11.920 pessoas foram atingidas, sendo que 1.306 estão em abrigos. Os municípios de Esteio e Rolante já decretaram situação de emergência e outras 18 cidades analisam a possibilidade de fazê-lo. Além disso, a Defesa Civil recebeu alerta de risco muito alto de inundação para Itaqui e Uruguaiana.

No Paraná, 64 municípios foram afetados, de acordo com boletim divulgado na manhã de hoje (19) pela Defesa Civil. O estado decretou situação de emergência em 28 cidades. Além disso, as prefeituras de Manfrinópolis e Marquinho também decretaram situação de emergência. O governo local anunciou que vai iniciar a distribuição de produtos de ajuda humanitária, como kitscom roupa de cama e colchões, além de produtos de higiene e cestas básicas. Da Agência Brasil.

Nordeste: Senado aprova política contra desertificação

Em votação simbólica nesta quarta-feira (8), o Plenário do Senado aprovou a proposta que cria a Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. A matéria segue para sanção presidencial.

Conforme o relator na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), senador Otto Alencar (PSD-BA), o objetivo do projeto (PLS 70/2007) é promover ações preventivas na região semiárida, suscetível à desertificação, para evitar práticas que resultem na degradação da terra.

O parlamentar explica que já existe resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelecendo uma política de controle da desertificação, mas as soluções para o problema demandam a criação de lei específica sobre o tema, em sua avaliação.

O texto aprovado é um substitutivo da Câmara dos Deputados ao PLS 70/2007, do ex-senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que estabelece princípios e objetivos da política e autoriza o Executivo a criar a Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD). Essa instância será responsável por implementar ações e articular as iniciativas de órgãos federais, estaduais e municipais.

Conforme Otto Alencar, as áreas passíveis de desertificação no Brasil somam cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, em oito estados do Nordeste e em municípios do norte de Minas Gerais. Nessa região semiárida, diz ele, vivem cerca de 23 milhões de habitantes, em mais de mil municípios.

– É a maior população do mundo concentrada em uma região semiárida. É também uma região com extrema pobreza, em que mais de 50% da população dependem de programas sociais governamentais e da sociedade civil – completou o senador.

Para evitar a desertificação, afirma Otto Alencar, são necessárias ações que permitam, por exemplo, coibir práticas agrícolas inadequadas, que contribuam para a ocorrência e o agravamento do fenômeno.

– No caso brasileiro, as secas são fenômenos recorrentes, específicos da região semiárida, fazendo-se necessário um conjunto de ações permanentes para seu enfrentamento. Ao mesmo tempo, alguns cenários de mudança do clima incluem o agravamento da escassez hídrica nessa região – observou o parlamentar. Da Agência Senado.

Fernanda é escolhida vice-presidente de entidade nacional

app-3A secretária de Meio Ambiente de Luís Eduardo Magalhães, Fernanda de Cássia Aguiar, foi eleita 2ª Vice-presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), durante o 24º Encontro e 24ª Assembleia Nacional da ANAMMA, ocorrido no último dia 25 de junho, na cidade de Campinas – SP.

Aguiar, que também é Presidente Estadual da ANAMMA na Bahia, sustenta que os desafios da gestão ambiental no Brasil são grandes porque vivemos num país de grande dimensão, com diferentes realidades econômicas, sociais, culturais, ambientais e políticas.

“Precisamos discutir e implementar bases mínimas para a gestão ambiental e daí desenvolvê-las. Os municípios são os protagonistas destas discussões e precisamos participar de forma técnica e competente. O Brasil é referência mundial em dois temas: ambiental e agronegócio, por isso, é uma honra para mim representar o meu município na Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente. Temos condições de conduzir esses dois temas juntos e de forma coerente.”.

Projeto de arborização “Cuidando de Mim” chega ao bairro Florais Léa.

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O projeto desenvolvido por 180 alunos da Escola Municipal Amélio Gatto, do bairro Santa Cruz, com apoio da Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães, está chegando agora ao bairro Florais Léa.

Os estudantes participantes do projeto estão conscientes de que a arborização exerce papel de vital importância para a qualidade de vida nos centros urbanos.

“Por suas múltiplas funções, a árvore atua diretamente sobre o clima, a qualidade do ar, o nível de ruídos e sobre a paisagem. Além de construir refúgio indispensável à fauna remanescente nas cidades”, afirmam os estudantes.

Os professores responsáveis pelo desenvolvimento do “Cuidando de Mim” tem por objetivo principal despertar o interesse do aluno para a valorização e os cuidados com os recursos naturais através do contato com as plantas.

Durante a aplicação do Projeto, são feitos estudos das espécies frutíferas plantadas. Também são explorados conteúdos de ciências e matemática através dos transplantes das mudas, com objetivo de orientar o plantio e rega diária das mudas; amenizar a temperatura e aumentar a umidade relativa do ar no ambiente escolar; melhorar a estética do ambiente e produzir frutos para consumo na escola

Falta de água em Sobradinho ameaça milhares de empregos no entorno do lago

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Cerca de 240 mil empregos em mais de 120 mil hectares movimentam a economia na região do Vale do São Francisco, e parte desses empregos está cada vez mais ameaçada pela escassez de água no Lago de Sobradinho, devido à falta de chuvas. Na semana passada, o deputado estadual Eduardo Salles, ex-secretário de Agricultura da Bahia no governo Wagner, reuniu-se com o setor produtivo e lideranças da região, em Juazeiro, para tratar do assunto.

A grave situação em que se encontra o Lago de Sobradinho foi a maior preocupação manifestada pelos produtores e lideranças de trabalhadores da região. Hoje, o nível de Sobradinho, que já assustava ao chegar aos 20% da capacidade total há cerca de 15 dias, gira em torno de 18%. Para se ter uma ideia, na mesma época, no ano passado, o volume útil do lago era de 50%.

”Eu, que no início da minha vida profissional me especializei em irrigação e tive a oportunidade de conhecer e trabalhar em grandes projetos de irrigação em todo o Brasil confesso que nunca vi uma situação tão dramática. Os números são assustadores e as providências tem que ser imediatas”, salientou o deputado Eduardo Salles. Da Tribuna da Bahia, por Alex Ferraz, editado por este jornal.

Vazão do rio São Francisco é reduzida em Sobradinho

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A vazão do rio São Francisco voltou a ser reduzida para 1.000 m³ por segundo, após uma semana de prática de 1.500 m³/s. A medida provocou o deslocamento da mancha, identificada no leito do rio em meados de abril, para a encosta.
O primeiro efeito do problema aconteceu na captação de água para abastecimento humano, por parte da Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal), que suspendeu o serviço.
Toda a população da área ficou sem agua nas torneiras. “O que se observa é que, quando aumenta a vazão do rio, a água melhora. Quando diminui, o líquido fica escuro e com um cheiro forte”, explica um dos técnicos da Casal.
O reservatório de Sobradinho estava com apenas 21,71% de sua capacidade esta semana. Muito pouco para o final da estação chuvosa.
Bahia Farm Show 600
Pag 18 ANUNCIO MORUBIXABA 2 meia página

 

Baionópolis: coleta itinerante recebe 1,3 t de embalagens de defensivos.  

1,3 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas recolhidas em apenas dois dias. Esse é o resultado da primeira coleta itinerante do ano organizada pela Associação do Comércio de Insumos Agrícolas (Aciagri), no município de Baianópolis, oeste baiano. A ação, realizada na sexta-feira (13) e no sábado (14), estimula a devolução do material pelos agricultores e pecuaristas.
Todo material recolhido foi enviado a Central Sistema Campo Limpo de Barreiras, e posteriormente será encaminhado para a destinação final, reciclagem ou incineração, pelo inpEV – instituto que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas, finalizando o processo compartilhado de logística reversa de defensivos, entre agricultores, indústria, canais de distribuição e poder público, conforme determinações legais.
Wanderley – Próxima parada
A próxima coleta itinerante no Vale do Rio Grande acontece no município de Wanderley, entre os dias 27 e 28 de março, das 8h às 17h, na Murada Ernestão, ao lado do Posto Chupinha.
As ações contam com a parceria do inpEV, da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e das secretarias municipais de agricultura e meio ambiente
Aciagri
A Aciagri é uma entidade sem fins lucrativos criada no ano de 2003 pelos distribuidores de defensivos agrícolas do oeste baiano. Atualmente a entidade conta com 56 revendas associadas e gerencia três centrais Sistema Campo Limpo na região: Barreiras – maior do país em volume de recebimento; Roda Velha e Rosário – considerada a terceira maior do nordeste do país -, além de outros três postos de recolhimento: Panambi, Coaceral e Campo Grande.
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Avançam negociações entre Ibama e Dnit para o asfaltamento da BR 135

Reuniao Dep. Jose Rocha 07

O vice-líder do Governo na Câmara, deputado José Rocha promoveu uma nova reunião com diretores do Dnit, o presidente do Ibama, Volney Zanardi e técnicos do órgão para encaminhar as providências necessárias ao asfaltamento de trechos da BR 135, na terça(10), em Brasília. A ligação de 144 km entre São Desidério e Correntina, oeste do estado, possui vários trechos asfaltados. Porém, há pendências ambientais que impedem o asfaltamento do Km 212 ao 226, trecho da Caverna do Buraco do Inferno,  do Km 207 a 212, na saída de São Desidério, além da conclusão da ponte sobre o Rio Corrente.

O presidente do Ibama anunciou que até meados de abril o órgão vai se manifestar sobre a documentação complementar entregue pelo Dnit durante a reunião. O deputado José Rocha disse que a legislação deve ser cumprida e que os órgãos envolvidos podem definir em breve a liberação ambiental dos trechos pendentes de asfaltamento.

Crise da água em SP: Governo prepara-se para o pior cenário

São Paulo terá um plano de contingência para enfrentar a crise hídrica que atinge sobretudo a região metropolitana da capital. O anúncio foi feito hoje (13) pelo governador Geraldo Alckmin, após a primeira reunião do Comitê de Crise Hídrica, que reúne prefeituras, secretarias de governo, entidades não governamentais (ONGs), universidades e institutos de Defesa do Consumidor.

O plano era uma reivindicação dos prefeitos das cidades que são abastecidas pelos sistemas Cantareira e Alto Tietê, que têm a pior condição de reserva de água. A próxima reunião do grupo deve ocorrer em duas ou três semanas.

De acordo com o governador, o documento será preparado para o pior cenário de regime de chuva a que se pode chegar neste ano. “Para o caso de precisar de um rodízio [no abastecimento de água], termos tudo mapeado, mas todos os esforços estão sendo feitos para superar a crise e o período seco”, disse Alckmin.

O cálculo do governo aponta como situação mais crítica uma afluência – entrada de água nos reservatórios – abaixo de 8 metros cúbicos por segundo (m3/s). Hoje, a demanda é de aproximadamente 14 3/s. O que faltaria de água – 6 m3/s – será providenciada, segundo o governador, por obras emergenciais que aumentariam a captação em outras reservas, como o Rio Guaió e as represas Guarapiranga e Rio Grande.

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Chuva esperada para os próximos dias deve alterar cenário na bacia do São Francisco   

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O cenário atual da crise hídrica envolvendo a bacia do rio São Francisco foi tema de nova reunião nesta terça-feira (10), na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF). Participaram do encontro representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Ministério Público Federal (MPF), Ibama e setor elétrico. Diante do quadro atual na bacia, devido a escassez de chuvas, ficou decidido que a vazão do Velho Chico será mantida em 1.100 m³ por segundo até o final de fevereiro em Sobradinho (BA) e, a depender da análise de documentos por parte do Ibama, poderá ser aplicado o nível de 1.000 m³ por segundo, já no mês de março, após decisão da ANA. Já no reservatório de Três Marias (MG), a vazão deverá ser reduzida dos atuais 120 m³ para cem metros cúbicos por segundo (m³/s), podendo chegar a 80m³/s.

O gerente executivo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Saulo José Cisneiros, justificou mais um pedido de redução de vazões, afirmando que a vazão atual, de 1.100 m³/s permitiu um ganho de 24% no nível do reservatório, em comparação à vazão de 1.300 m³ por segundo. “E as térmicas vão continuar em operação para permitir o armazenamento de água”, anunciou ele. De acordo com Cisneiros, os anos de 2013 e 2014 foram os mais quentes dos últimos 85 anos.

Expectativa de chuvas – Com relação ao reservatório de Três Marias, a justificativa apresentada pelo setor elétrico é de que caso os procedimentos de redução de vazões não tivessem sido adotados, o volume útil do reservatório já teria chegado ao nível zero. Sobre as chuvas, o gerente de recursos hídricos do ONS, Vinícius Forain Rocha, afirmou que “estudos apontam para uma condição bem melhor para os próximos dez dias”.

Ainda segundo ele, no mês de dezembro do ano passado, o reservatório de Três Marias apresentou uma redução de 51%, em comparação ao mesmo mês de 2013; e de 52% em janeiro passado, em comparação com o primeiro mês de 2014. Conforme suas declarações, o órgão responsável pela interligação do sistema elétrico nacional recebeu do Centro de Pesquisas Tecnológicas (CPTec) a informação de que uma frente fria já presente no País irá favorecer a um cenário diferente nos próximos dias, o que poderá trazer algum alívio para a conjuntura pessimista do momento.

Apesar dessas informações, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, comunicou que o colegiado deverá apresentar um contraponto à metodologia que vem sendo utilizada pelo setor elétrico para a tomada de medidas nesse sentido. “Até para deixar um cenário mais estável”, explicou. Anivaldo Miranda acrescentou que a metodologia a ser apresentada pelo Comitê é um contraponto à sistemática tradicional de operação dos reservatórios, que não contempla, de forma equilibrada, os usos múltiplos das águas e agrava, ainda mais, a crise ambiental na calha do São Francisco.

Impactos ambientais – O consultor do CBHSF, Rodolpho Ramina, que também participou do encontro, propôs suspender a geração de energia elétrica em Três Marias e Sobradinho, o que deu início a um intenso debate e resultou na proposta de convocação de uma reunião específica para debater a crise hídrica em cenário mais estratégico.

Ainda durante sua fala, o consultor Ramina lembrou dos altos impactos provocados na biodiversidade do São Francisco. “E esses impactos não estão sendo compensados”, lembrou. “É preciso rever, agora, a condição de operação. As implicações são tantas, que impactam até mesmo no valor da energia elétrica que chega ao consumidor”, completou Ramina.

A professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Yvonilde Medeiros, solicitou o relatório completo da análise ambiental do Ibama, para confrontar os termos dessa análise com os estudos que ela tem feito para conceituar a vazão ambiental no contexto do Velho Chico.

Na condição de expectador de todo o processo, o procurador federal Antônio Arthur de Barros, do Ministério Público Federal (MPF) de Sete Lagoas (MG) informou que deverá acompanhar todas as discussões a esse respeito. Ao final da reunião, ficou pré-agendada para o dia 17 de março, nova reunião para voltar a debater a questão.

A reunião desta terça-feira também contou com a participação de representantes do Ministério dos Transportes, Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), prefeitura de Pirapora (MG), Ministério das Minas e Energia, Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Agência Nacional de Energia elétrica (Aneel), instituto de Meio Ambiente da Bahia (Inema) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

 

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E daí? Está acontecendo o mesmo com o Aquífero Urucuia?

urucuiaO Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista, está ameaçado por herbicidas. É o maior lençol subterrâneo da América do Sul, incluindo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.

A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar.

No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro – ou um trilionésimo de grama. O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como possível uma contaminação ainda maior.

A água do Aquífero Urucuia é a maior riqueza do Oeste baiano. Abastece cidades inteiras, como Luís Eduardo Magalhães, e fornece, através de poços de grande vazão, água para inúmeros conjuntos de pivôs centrais. O lençol está espalhado por cinco estados, Piauí, Tocantins, Bahia, Goiás e Norte de Minas e alcança profundidades ou espessuras de até 1.600 metros. Você já imaginou um lago com 1.600 m de profundidade?

A contaminação por defensivos agrícolas, fertilizantes, exploração do gás de xisto e pelo tamponamento das chaminés de reabastecimento do lençol, através da compactação de grades pesadas, o chamado pé-de-grade, podem estar comprometendo a reserva subterrânea.  A Universidade Estadual da Bahia iniciou um estudo, por volta de 2006, sobre vazão de entrada e saída do aquífero e nunca concluiu. Pesquisas de contaminação de largo espectro não são realizadas.

Leia mais sobre o Aquífero Urucuia na Revista Brasileira de Geociências.

 

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Produtores do Oeste garantem preservação do Parque Nacional

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Os limites do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba foram alterados pela lei no 13.090, assinada pela presidente Dilma Roussef e publicada no Diário Oficial no dia 13 de janeiro de 2015. O Parque, criado em 2002 para assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, teve sua área ampliada de 729.813 hectares (ha) para 749.848 ha. A mudança da área do Parque teve participação e contribuição da Associação dos Produtores Rurais da Chapada das Mangabeiras (Aprochama).

O texto da lei desocupa uma área ao sul do Parque, composta por vegetação típica de Cerrado, em diferentes níveis de recuperação, onde havia monocultura de grãos. Além disso, foram incorporadas áreas das nascentes do Rio Corrente (Bahia), da Serra do Lajeado (Tocantins) e da Área de Proteção Ambiental do Jalapão (Tocantins).

Com esta ação, os agricultores da região vão buscar que os grãos produzidos no entorno do Parque ganhem um Selo Verde, símbolo de produção responsável; além de assegurar o ganho ambiental para toda a população da região.

Localizado entre os limites dos Estados do Piauí, Maranhão, Bahia e Tocantins, o Parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A unidade serve de espaço para a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, recreação e turismo ecológico.  A nova lei garante a preservação dos recursos naturais do parque e das nascentes do Rio Parnaíba, que constitui a segunda maior bacia hidrográfica do Nordeste.

Aiba busca a ampliação do serviço

de energia elétrica no Oeste

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Tratar sobre a ampliação do serviço de energia elétrica para o Oeste da Bahia. Este foi o principal assunto da audiência do presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, com o secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti; o pres. da Coelba, José Roberto Bezerra de Medeiros; e o superintendente de operações da Coelba, Eduardo Gerardi, na última quarta-feira (04), em Salvador. Também estava presente a assessora da Presidência da Aiba, Rosi Cerrato. Continue Lendo “Produtores do Oeste garantem preservação do Parque Nacional”

Sindicato Rural lidera reunião por problemas do Rio de Pedras

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Vanir Kölln – Foto de Carlos Alberto Reis Sampaio

O presidente do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, Vanir Kölln, coordenou reunião, na sede da entidade, com o objetivo de reunir soluções para o problema de assoreamento do rio de Pedras. A reunião teve a participação de representações de várias entidades, entre elas a APROSEM (produtores de semente), CDL (lojistas), Assomiba (revenda de implementos), APAE, AMA, Conselho de Segurança, ABACAFÉ ( produtores de café) e OAB (advogados).

Para Carlos Cabrini, da OAB, se está diante de um crime ambiental de enorme proporção e os autores têm que responder por ele.

“Neste caso existe um conjunto de responsáveis e isso deve ser apurado. Temos que criar duas esferas de competência e legitimidade. Uma, da Justiça Federal – envolvendo todos os danos causados na área do DNER/DNIT – e a outra envolve responsabilidades que podem atingir os demais participantes, como  empreendedores imobiliários.

Cabrini esteve no Forum de LEM, acompanhado por uma comissão formada por lideranças de entidades representativas da cidade, levantando a situação atual do processo. Ele reforçou a necessidade de fortalecer a denúncia já existente, e que qualquer ação deve começar do zero.

“O primeiro passo será um documento ratificando essa denúncia dentro do próprio inquérito, dando subsídios ao Ministério Público para que se conheça o teor do problema e quais seriam as possíveis soluções”, reiterou o advogado

Ele acredita que o caso seja de competência dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, e que as ações deveriam ser conduzidas em conjunto. Ainda de acordo com ele, o MPF deverá fazer um TAC (Termo de Ajuste de Conduta). Em não sendo possível o TAC, o MPF e o MPE terão que entrar com uma ação civil pública. Vanir Kölln ressaltou a importância da parceria, para fortalecer e dar robustez ao movimento. Com informações de Fátima Nunes, editadas por este jornal.

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Estamos chegando ao ponto de “não retorno” em termos de meio – ambiente?

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Lutz

No início da década de 70, quando o agrônomo, ambientalista e visionário José Lutzenberger, me falou, em longa entrevista, publicada em Zero Hora sobre o Clube de Roma e as suas previsões sobre energia, poluição, ambiente, preservação de recursos naturais, olhávamos o assunto com o ceticismo próprio de provincianos.

Lutz, como chamavam os amigos, virou o papa do ambientalismo no Rio Grande do Sul e quando faleceu, em 2002, era reconhecido no País e no Exterior pelas suas teorias preservacionistas.

Quatro décadas depois, o cenário previsto pelo Clube de Roma (veja aqui) e por Lutz está completo.

Devastação, crise hídrica, aumento de temperatura, lavouras perdidas por seca e pragas, alimentação cara. Ainda é tempo: precisamos ouvir os ambientalistas e minorar as sucessivas e caras perdas que estamos sofrendo.

 

Maxxi Rome

Vamos botar as barbas de molho? São Paulo terá racionamento duríssimo.

Se reduzir a pressão da água não for suficiente e as chuvas esperadas também não vierem, o governo de São Paulo disse que pode tomar medidas mais drásticas. Na terça-feira (27), pela primeira vez, desde o comeco da crise hídrica, a Sabesp declarou que pode adotar um sistema de rodízio de água.

“Se for necessário, para não chegar no zero, na represa, zero, não ter mais água nenhuma para distribuir, lá no limite, está certo? Se as obras não avançarem na velocidade que nós estamos planejando, aí podemos correr esse risco de um rodizio drástico. Precisaria de um rodizio de dois dias com água por cinco dias sem água”, diz Paulo Massato, diretor metropolitano da Sabesp.

O presidente da Sabesp disse que a empresa ainda estuda como será o racionamento, caso seja necessário. “Não definimos nem que vai ter racionamento nem a data eventual disso, muito menos, nem qual o modelo de racionamento. É claro que estamos torcendo para que isso não chegue a essa situação”, declara Jerson Kelman, presidente da Sabesp.

Para os oestinos que percebem a poluição agressiva de seus rios e aquíferos, não é hora de adotar medidas preventivas? Com mais dois anos de poucas chuvas como 2013/2014 e 2014/2015 rios como o de Ondas, Branco, Preto e o próprio Rio Grande se tornarão fios de água nem sempre de boa qualidade. A prospecção do gás de xisto e, em caso positivo, a exploração, poderão contaminar definitivamente o Aquífero Urucuia, o maior genuinamente brasileiro.

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ANA tem visão em tempo real das vazões dos rios brasileiros

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A Agência Nacional de Águas instrumentou a vazão de todos os rios do País, fornecendo dados atualizados em tempo real. Veja no mapa, a medição das 15 horas (Hora de Brasília) deste dia 16. Impressiona como a bacia do rio Uruguai, por exemplo, despeja mais 18 mil metros cúbicos por segundo, enquanto a grande bacia do Rio São Francisco não chega a 10% disso.

Acontece que o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina estão sendo contemplados com chuvas intensas, enquanto a grande bacia do São Francisco enfrenta uma grande seca em plena estação chuvosa e os reservatórios estão enchendo muito lentamente.

Importante também comparar com o Rio Uruguai a grande bacia do Paraná, que alimenta Itaipu. Estão praticamente igualadas apesar da grande diferença territorial.

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