Excesso de chuvas pode atrasar plantio e prejudicar safrinha do milho

Segundo meteorologista do Climatempo, na última semana do mês de fevereiro, a atuação de uma frente fria e um ciclone extratropical no oceano devem provocar chuvas fortes e persistentes sobre áreas produtoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Segundo informações da meteorologista Nadiara Pereira, do Climatempo, a curto prazo estão previstas chuvas fortes nas principais áreas produtoras de milho e isso deve continuar impactando a colheita da soja e retardando o plantio do milho segunda safra.

A meteorologista informa que na última semana do mês de fevereiro, a atuação de uma frente fria e um ciclone extratropical no oceano devem provocar chuvas fortes e persistentes sobre áreas produtoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

“Além das chuvas, há expectativa para declínio da temperatura máxima, uma condição típica de invernada, condição que paralisa as atividades no campo, especialmente entre o Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais, sul de Goiás e em Mato Grosso”, enfatiza.

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Previsão acumulada para os próximos 5 dias

Para os próximos meses, a tendência é que a umidade fique mais concentrada sobre a metade norte do Brasil e são esperadas, inclusive, chuvas acima da média entre março e abril sobre partes do centro e norte do País. Grande parte das áreas produtoras do Sudeste, do Centro-Oeste e do Matopiba devem registrar chuvas entre a média ou ligeiramente acima da média, o que, apesar de em alguns momentos impactar os trabalhos em campo, deve favorecer a manutenção da umidade do solo para o bom desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra.

Áreas entre o interior da região Sul, interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul devem ter uma mudança de padrão, em relação aos últimos períodos, e uma redução das chuvas. Os episódios dever ocorrer mais espaçados e os volumes devem ocorrer entre a média ou ligeiramente abaixo da média nos próximos meses. Ainda assim, não há previsão para corte das chuvas sobre essas áreas. Vale chamar a atenção, que devido o enfraquecimento do fenômeno La Niña, o risco de encurtamento do período chuvoso sobre interior do Brasil, no outono, diminui.

As chuvas devem ocorrer sobre grande parte das áreas produtoras até pelo menos o mês de abril e previsões mais estendidas indicam que até mesmo maio, que costuma ser um mês bastante seco no interior do país,  há possibilidade para eventuais episódios de chuva chegando as áreas produtoras do Brasil central. Áreas do sul e oeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul merecem mais atenção, pois podem ser mais afetadas pela falta de umidade. Tanto em abril, quanto em maio tem previsão de desvio negativo de precipitação mais acentuado.

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Previsão de desvio da precipitação para março, abril e maio de 2023. Fonte: Climatempo

Quanto às temperaturas, as previsões estendidas indicam risco de frio mais intenso sobre o Sul, a partir de meados de maio e principalmente no decorrer do mês de junho. Ainda é muito cedo para falarmos de risco de geada, no entanto, as previsões de longo prazo indicam risco maior para esse fenômeno a partir da segunda quinzena de junho sobre áreas produtoras entre o sul e oeste do Paraná.

É importante monitorar essas condições, pois as previsões mais estendidas ainda podem sofrer oscilações e geada é um fenômeno com previsibilidade de curtíssimo prazo. Vale ressaltar que a maior parte do outono deve ser marcada por neutralidade climática no Oceano Pacífico Equatorial, mas ainda com viés frio, devido ao período prolongado sob influência do fenômeno La Niña. Como entraremos na próxima estação com uma atmosfera mais fria, não se descarta a antecipação de ondas de frio mais intensas neste ano.

Fonte: Climatempo

Perdas com a estiagem no RGS somam quase R$ 6 bilhões

Seca no RS é problema antigo; a solução também é velha conhecida | VEJA

A paisagem gaúcha, com rios interrompidos, se assemelha ao Nordeste do País no estio.

Dados apurados pela Famurs – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul levam em consideração 123 cidades. Contingente de decretos de emergência, contudo, chega a 212.

As perdas econômicas causadas pela estiagem no Rio Grande do Sul já somam quase R$ 6 bilhões. Os dados foram apurados pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) junto a 123 municípios gaúchos.

Segundo a entidade, cerca de R$ 4,3 bilhões são referentes à agricultura, R$ 1,3 bilhão na pecuária e R$ 10 milhões em gastos com transporte de água pelas prefeituras.

O levantamento foi feito com base nas informações coletadas no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), que indica cerca de 2 milhões de pessoas atingidas pela seca no Estado.

Mais de dois milhões de atingidos

Os municípios gaúchos de Barra Funda e Santana da Boa Vista foram, nesta segunda-feira, os mais recentes a protocolar declarações de situação de emergência junto ao Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Sistema Nacional e Proteção e Defesa Civil, somando 214 cidades, ou 43% do total estadual, com protocolos feitos em razão da crescente estiagem.

O número não para de aumentar, o que gera preocupação por parte de autoridades e organizações atuantes no Estado, como a Famurs

Primavera começa hoje, com aumento de temperatura e seca no Sul do País.

Chuvas em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. A barra azul é a previsão para os próximos meses; a barra vermelha, a média dos últimos 30 anos; e a barra laranja, as chuvas do ano passado.

A primavera inicia oficialmente nesta semana, na quarta-feira (22.09) às 16h21 (horário de Brasília). A previsão para o trimestre neste ano indica probabilidade de chuva acima da média histórica no Norte, Centro e Leste do Brasil. Para a maioria das áreas do Brasil, a primavera significa o retorno da chuva e o aumento do calor.

No maior parte da estação teremos temperaturas médias mensais dentro e acima da media normal em praticamente todo o país. É possível a ocorrência de nova onda de calor, porém não tão intensa quanto a observada na primavera de 2020, quando várias regiões do país bateram recordes históricos de calor.

A Estação, que vai até 21 de dezembro, é marcada pelo aumento das chuvas e da temperatura na maior parte do país.

Com a entrada da primavera, a tendência do clima segue para uma gradativa melhor distribuição das chuvas sobre a parcela central do país. Alguns sistemas de verão como a Alta da Bolívia e a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), padrões de circulação que favorecem a formação de chuvas sobre o centro do território Brasileiro, começam a marcar presença já em meados da primavera.

Desta forma, até o verão, os volumes de chuva vão se elevando gradativamente, como podemos ver nesta sequência dos mapas da climatologia de precipitação, ou seja, a média de todos os anos para cada mês, de acordo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Fica claro o padrão da elevação das chuvas no decorrer dos meses da primavera, especialmente sobre o sul do AM, RO, MT, GO, norte do MS e partes de MG e SP, sendo estas áreas influenciadas pela ZCAS e pelas chuvas provocadas pela Alta da Bolívia. No entanto, a climatologia nos mostra um padrão seco no nordeste do nordeste brasileiro e extremo norte do país, sendo um padrão persistente durante os três meses considerados como primavera. Sobre a região sul, as chuvas têm uma distribuição mais regular, isso porque ainda temos a chegada de algumas frentes frias, trazendo chuvas e já o surgimento de chuvas convectivas, aquelas com características de verão, devido ao aquecimento e alta disponibilidade de umidade na atmosfera.

Nas últimas atualizações dos modelos climáticos, as projeções apresentam uma concordância em apontar que as chuvas ficarão acima da média do período na parcela centro norte do país. No entanto, a distribuição dessas chuvas mais volumosas são esperadas para os meses de Novembro e Dezembro.

Caso se confirme, o cenário é positivo, visto que estes meses são os mais chuvosos na região. Contudo, os modelos matemáticos também apontam de forma convergente para o cenário da manutenção das chuvas abaixo da média para o centro sul, abrangendo SP, sul do MS, e os três estados do sul.

Porém vale ressaltar que, existe a possibilidade de eventos de chuvas intensas que provocam um grande volume em apenas um ou dois dias do mês, o que poderá manter os volumes na média esperada, mas com uma baixa regularidade na distribuição.

Projeção para o desvio das chuvas do norte americano CFSv2 da NOAA.

O cenário das temperaturas é, em partes, o reflexo do comportamento das chuvas. Na região norte, onde é esperada uma maior frequência dessas chuvas, as temperaturas serão abaixo da média do período.

Ao passo que na parcela sul, essas temperaturas estarão levemente acima da média, indicando a possibilidade de maiores períodos secos no decorrer da estação e a incursão de massas de ar frio ainda com temperaturas baixas.

Na região central, o comportamento das temperaturas será acima da média, o que pode ser  interpretado como uma maior frequência de dias secos, assim como na região nordeste do país.

Do Agrolink, editado.

 

Chuva de verdade em Luís Eduardo só na semana que vem

Foto de 6 de janeiro de 2016, dia em que choveu 56 mm. “Tempo bom” em LEM

Com exceção de chuvas ralinhas nesta quarta-feira (5 mm) e quinta-feira (7mm) só vai chover de verdade na sexta (10) e sábado (11) da próxima semana, com acumulados beirando os 100 milímetros. Desconfio que São Pedro está nos empurrando com a barriga, já que existia uma previsão de chuvas boas neste final de semana (dias 4 e 5). Ao menos é o que informa o Climatempo.

Neste momento, 2h30m da madrugada desta terça-feira, uma chuvinha muito sem vontade faz uma barulhinho no quintal, coisa que não ouvia há quase 6 meses.

A umidade relativa do ar aumenta bastante com a cobertura de nuvens e deixa os percentuais baixíssimos dos últimos dias para ficar sempre acima de 30%, mesmo nas horas de maior insolação do dia.

Climatempo confirma: 60 mm de chuva em 15 dias, 4 e 5 de novembro

Patagônia em outubro, em foto de Morten Andersen.

Com a temperatura se mantendo estável, numa pré-temporada de chuvas senegalesca, o instituto Climatempo está prevendo precipitação de 42 mm, para o dia 4 de novembro, um sábado, e 20 mm para rebater no domingo.

A temperatura nesses dois dias iniciais de novembro cai bastante, para perto de 30º C, com mínimas de até 15º C. No entanto, o calor volta e a umidade do ar cai rapidamente, até o início efetivo das chuvas no final de dezembro.

No próximo ano, melhor será tirar férias em outubro e procurar locais mais amenos, como a Patagônia argentina, por exemplo, onde as temperaturas máximas são de 20ºC e mínimas de 7ºC. 

Chuva deve continuar no Sertão nordestino. Açudes sangram no Ceará.

Grande formação de nuvens sobre os estados do Nordeste

A chuva deve continuar nos estados do Nordeste, durante esta semana. Com menos intensidade no Sertão e mais nas zonas de litoral. No entanto, 6 grandes açudes sangraram no interior do Ceará, com a certeza de que não faltará água para dessedentação humana e de animais durante o longo período de estiagem, que já alcança 5 anos.

Acaraú Mirim, com volume máximo, tem água o suficiente para abastecer uma cidade como Fortaleza durante um ano

O reservatório da hidrelétrica de Sobradinho continua com acumulação de apenas 15% da sua capacidade. É o motivo alegado pelo Governo, frente à redução da geração de energia barata das hidrelétricas, para aumentar a conta mensal ao consumidor, passando para a bandeira vermelha.

Na represa de Serra da Mesa, no rio Tocantins, a situação é ainda mais grave. O grande reservatório está apenas com 13% de sua capacidade. Fora disto, todos as hidrelétricas do centro-oeste/sudeste, Sul e Norte estão gerando a plena carga.

As últimas chuvas nas cabeceiras do rio São Francisco podem ajudar, de maneira significativa, a recuperação dos lençóis freáticos, mantendo a vazão do rio mais constante durante o estio.

 

A chuva chega ao sertão. No sul da Bahia, inundações.

Nesta quinta-feira (30), a chuva segue intensa sobre a Bahia e agora também chove forte em Sergipe e no interior de Pernambuco e da Paraíba. Nas demais áreas, a chuva é em forma de pancadas e vem com menor intensidade.

Hoje choveu na grande Irecê, com pouca intensidade, mas beneficiando cultivos irrigados.

No Oeste baiano, a cultura do algodão é a mais beneficiada, pois o ciclo completo da cultura ainda se estende por mais 2 meses. Chuvas esparsas em abril serão muito benéficas.

O reservatório de Sobradinho, que deveria estar no mínimo com 30% da capacidade ocupada no final da estação chuvosa, encontra-se pouco acima de 15%.

A situação é alarmante e se não chover muito forte nas cabeceiras do rio, o que parece improvável, teremos a barragem no volume morto antes de novembro, quando se inicia um novo período de chuvas.

 

Energia limpa ultrapassará hidrelétrica em 2040

Dados de 2015 apontavam que cerca de 6% da energia gerada em território nacional vinha de fontes eólicas ou solares, enquanto as fontes hidrelétricas foram responsáveis por 64% do total produzido.

Os investimentos em novas plantas de geração eólica e solar devem ter resultados satisfatórios nos próximos 25 anos. Ao menos é isso o que aponta o relatório New Energy Outlook 2016, que contou com especialistas para analisar a evolução do mercado de energia em mais de 60 países.

Realizado pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF), o estudo aponta que, em 2040, 43% da energia produzida no Brasil será de fontes renováveis, especialmente eólicas e solares. Com essa quantidade impressionante, a produção de energia por meio de hidrelétricas sofreria um forte declínio, com participação reduzida para 29%.

Tecnologia e economia

Atualmente, muito se fala sobre o alto valor de implementação de fontes de energia solar e eólica. Nos últimos anos, essas tecnologias tiveram um grande avanço, algo que deve continuar. O resultado será refletido em equipamentos mais baratos para gerar energia renovável, especialmente as placas fotovoltaicas.

Com materiais mais baratos, o investimento será ainda maior no Brasil. Tanto é que a pesquisa estima que daqui a 25 anos serão investidos US$ 237 bilhões em energias renováveis – e isso apenas em território nacional. Mas não significa que outras fontes, como as fósseis e as próprias hidrelétricas, serão deixadas de lado.

Apesar de diminuir bastante, o investimento em fontes fósseis, como o carvão, o gás e o petróleo, deve ser de US$ 24 bilhões. As hidrelétricas, por outro lado, receberão um pouco mais, contabilizando US$ 27 bilhões. Os valores demonstram que, realmente, a energia renovável é a menina dos olhos (e o planeta agradece).

Energia no telhado

O investimento em plantas imensas de produção de energia solar não será a única maneira de alcançar os números estimados pelo estudo da BNEF. Outra medida irá se popularizar em 2040: as placas solares em telhados de casas e topos de edifícios. A quantidade de imóveis com a tecnologia saltará de 3,5 mil, em 2015, para impressionantes 9,5 milhões, em 2040.

Além de consumir a própria energia, produzida por painéis fotovoltaicos instalados no telhado da casa, o proprietário poderá vender o excedente para o sistema elétrico, recebendo créditos em troca. A prática, bastante popular hoje em dia, é conhecida como geração distribuída de energia e deve crescer ainda mais.

Chuva dá uma trégua no Sertão. Mas no Oeste, poderá ser o mês mais chuvoso da história.

Chuva em Campo Novo dos Parecis - MT, prejudicando a safra e o plantio da safrinha.
Chuva em Campo Novo dos Parecis – MT, prejudicando a safra e o plantio da safrinha.

Duas horas desta madrugada. De repente, não mais que de repente, um pancadão de chuva que alcançou 15 mm em Luís Eduardo Magalhães. E vem mais chuva aí: para os próximos dias são esperados 160 mm.

No oeste da Bahia, o volume pode ultrapassar os 250 milímetros em poucos dias e fechar o mês de fevereiro com volumes acima dos 500 milímetros. “Podemos ter a maior chuva dos últimos seis anos em algumas áreas”, diz Desirée Brandt, da Somar Meteorologia.

 “Depois do dia 15 de fevereiro, as chuvas vão recuar no sertão do Nordeste do Brasil. E aí só volta a chover no início de março”, alerta Desirée. No Nordeste como um todo, não se vê volumes como esses desde 2011.

O grande volume de chuva dos últimos sete dias, cerca de 130 mm, ainda não alcançou o baixo rio São Francisco. No dia de ontem o reservatório da Hidrelétrica de Sobradinho ainda permanecia com apenas 11,39% de sua capacidade ( com 3% atinge o volume morto). Mas afluentes como o Grande, Carinhanha e Corrente já se mostram cheios e em 10 dias essa água toda deve atingir Sobradinho.

Mato Grosso

No Mato Grosso, que iniciou a colheita, as chuvas causaram enormes prejuízos, prejudicando inclusive o plantio da safrinha de milho, de tamanho significativo naquele estado. As fortes chuvas que atingiram a região de Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, destruíram propriedades rurais e alagaram plantações no município.

Segundo o Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, aproximadamente 400 hectares, entre diferentes fazendas, foram atingidos pela chuva. Somente quando a água baixar os produtores terão ideia do prejuízo e se será necessário plantar novamente as áreas.

Chove 115 mm em Luís Eduardo Magalhães nas últimas 45 horas

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Com menos de 48 horas de chuvas (45 para ser exato), as precipitações sobre Luís Eduardo Magalhães já encostam nas médias históricas dos meses mais chuvosos, como fevereiro, novembro e dezembro. Desde iniciada a chuva, a precipitação foi de 115 mm, enquanto as médias históricas dos meses recordistas está em torno de 130 mm.

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Nesta safra, a chuva de fevereiro já é maior que novembro, dezembro e janeiro. Na safra de 2015/2016, só choveu mesmo em fevereiro. Em março e abril de 2016 a chuva nos abandonou e tivemos a pior colheita dos últimos cinco anos.

Se a chuva permanecer, por 50 dias, sob responsabilidade do fenômeno meteorológico denominado Oscilação Madden-Julian, poderemos ter uma das safras mais significativas da década, inclusive do algodão plantado em janeiro, que sofreu redução de área de plantio de mais de 30%.

Os danos causados pelos dois dias de chuvas são muitos na zona urbana de Luís Eduardo Magalhães, o que agravou a situação das ruas esburacadas e deixou dezenas de pessoas em abrigos públicos, desalojadas que foram pela inundação de suas casas. 

Chove em todo o Nordeste com abundância. Em LEM já choveu 80 mm até 21 horas

Açudes secos de todo o Nordeste amanhecerão com o brilho da água.
Açudes secos de todo o Nordeste amanhecerão com o brilho da água.

Em 7 horas choveu 80 mm em Luís Eduardo Magalhães, provavelmente mais do que todo o mês de janeiro. A cidade, que é atravessada pelo Córrego dos Cachorros, em pequeno desnível, ficou dividida em duas partes, pois o riozinho se agigantou e tomou as suas margens.

De qualquer maneira, a notícia é boa, pois a saturação da umidade do solo garante no mínimo mais 15 dias de tranquilidade na lavoura.

Fica melhor ainda quando as previsões são de mais 50 dias de chuva, proporcionados pela Oscilação Madden-Julian, fenômeno gerado no Oceano Índico, via África do Sul, que deve causar intensas chuvas em todo o sofrido Nordeste, principalmente em lugares que há 5 anos não tinham uma boa precipitação.

São muitas os açudes, barragens e barreiros que precisam dessa chuva de porte para recuperar parte de sua capacidade de suprir os nordestinos nos meses de estio.

Ceará, abençoado com fortes chuvas

Padre Cícero Romão deve ter interferido com São Pedro. O Ceará tem desde ontem abundantes chuvas. O município de Porteiras registrou a maior chuva de 2017 no Estado, segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). De acordo a Funceme, entre as 7 horas desta quinta-feira (9) e as 7 horas desta sexta-feira (10), o posto pluviométrico Sítio Saco registrou 128 milímetros.

Outras boas chuvas aconteceram em janeiro no Ceará. Segundo estudo meteorológico da Funceme,  foram registradas precipitações, no dia 26 de janeiro com 125.4 milímetros em Ipaumirim (Região Centro Sul do Estado) e em 1º de fevereiro quando Santana do Cariri (Região do Cariri) registrou 115 milímetros.

O Ceará registrou chuvas em 63 municípios em todo o estado nesta sexta-feira. As maiores precipitações ocorreram em Brejo Santo (82.2 milímetros); Missão Velha ( 75 milímetros); Porteiras (Posto Porteiras com 69,6 milímetros); Jati (69,2 milímetros); Limoeiro do Norte (48,8 milímetros), Aurora (44,4 milímetros) e Santa Quitéria (41,0 milímetros).

Estiagem de fevereiro a abril pode acabar com reservas de água no Nordeste

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A seca no Nordeste deve se agravar ainda mais entre fevereiro e abril, segundo a Previsão Climática Sazonal. O documento foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

A estiagem na Região, que já dura cinco anos em alguns municípios, pode piorar ainda mais caso a redução das chuvas ocorra conforme a previsão. De acordo com o documento, a tendência é que os reservatórios do Nordeste não se recuperem significativamente durante a estação chuvosa, uma vez que as precipitações devem ficar abaixo da média histórica.

Os pesquisadores também alertam para o “acentuado risco” de esgotamento da água armazenada em represas e açudes. A previsão é de que isso aconteça no período de novembro deste ano e janeiro de 2018, nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco.

Ainda segundo o grupo de pesquisa, o aumento do potencial de queimadas – por causa das temperaturas mais altas- a partir do mês de fevereiro gera preocupação na estiagem da região do extremo norte da Região Norte, especialmente nas áreas leste e nordeste de Roraima.

As chuvas ainda são poucas no Nordeste. No Centro Oeste, atrapalham a colheita.

A Nasa divulgou as primeiras imagens de ontem (24) do novo satélite da NOAA, o GOES-16, e iniciou uma nova era de satélites meteorológicos. Esta imagem feita em 15 de janeiro de 2017, foi criada usando vários dos 16 canais espectrais disponíveis no instrumento GOES-16 Advanced Baseline Imager (ABI).
A Nasa divulgou as primeiras imagens de ontem (24) do novo satélite da NOAA, o GOES-16, e iniciou uma nova era de satélites meteorológicos. Esta imagem feita em 15 de janeiro de 2017, foi criada usando vários dos 16 canais espectrais disponíveis no instrumento GOES-16 Advanced Baseline Imager (ABI).

Depois de uma longa estiagem no período de enchimento de grão, com redução de colheita de até 12 sacas por hectare, produtores do Norte do Mato Grosso agora enfrentam chuvas na colheita, o que também prejudica a safra.

Enquanto isso, na região de Rosário, na Argentina, agricultores ainda tentam plantar soja em terras que foram inundadas, mesmo depois de encerrada há quase 60 dias a janela de produtividade máxima. As extensas várzeas do Rio Paraná estão cobertas de água em até 40 km de largura.

Veja a previsão do Notícias Agrícolas para os próximos dias no Nordeste:

Sexta

Entre o leste da BA e o leste do RN, faz sol entre nuvens e há previsão de chuva isolada. No litoral sul da BA há previsão de chuva a qualquer hora. Nas demais áreas da Região o sol brilha forte, faz calor e a umidade do ar fica baixa.

Sábado

Sol forte e tempo seco em grande parte da Região Nordeste. Entre o leste da BA e o leste do RN faz sol entre nuvens e ocorrem pancadas isoladas de chuva. No norte do MA chove fraco ao amanhecer. No litoral sul da BA chove a qualquer hora.

Domingo

No litoral da BA muitas nuvens se formam e há previsão de chuva a qualquer hora. Nas demais áreas entre o leste da BA e o RN e no norte do MA faz sol e chove de forma isolada. Nas demais áreas o sol brilha forte e o tempo fica seco.

Segunda

O dia terá sol entre nuvens e há previsão de chuva isolada entre o leste da BA e o leste do RN e no norte do MA. Nas demais áreas o sol brilha forte, faz calor e o tempo fica seco.

Terça

Entre o litoral da BA e o leste do RN, o tempo segue com previsão de sol entre nuvens e chuva isolada ao longo do dia. Nas demais áreas da Região o sol brilha forte, as temperaturas entram em elevação e o ar fica seco, não há risco de chuva.

Otto Alencar e a fábrica de florestas

Hoje, o senador Otto Alencar, em entrevista nas rádios, divulgou a implantação de sua fábrica de florestas em Bom Jesus da Lapa, viveiros de espécies nativas do cerrado, caatinga e mata atlântica destinadas a repovoar as margens de afluentes e do rio São Francisco. “Se não reflorestar, vai faltar água”, asseverou Otto.

As margens dos rios são áreas de preservação permanente, pela lei. Mas poucos obedecem a lei neste País, a começar pelos dirigentes da Nação.

Foto de Marcello Casal, da Agência Brasil.
Foto de Marcello Casal, da Agência Brasil.

Reservas ainda baixas

Ontem o Rio São Francisco, responsável por 96% da geração de energia hidrelétrica da região, estava com reservas de apenas 11,12% em Sobradinho, muito pouco quando o período chuvoso está a pouco mais de 60 dias do seu final.

E as chuvas no Oeste, que não dão o ar da graça?

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Vai se esvaindo no coração dos agricultores do Oeste baiano a esperança de um ano de boas chuvas. As previsões até o dia 16 de janeiro não passam de 6 mm, apesar do anúncio de uma chuva geral para este dia 4. 

A situação das hidrelétricas também não é boa. Sobradinho, que deveria gerar até 60% da energia do Nordeste, entrou o ano com o reservatório em baixa, com pouco mais de 12%,  apenas 16% da energia hidráulica acumulada, enquanto no ano passado já acumulava 17%.

As chuvas tem sido esparsas: no eixo da BR 242 em direção leste, no rumo de Taguatinga, apenas algumas garoas muito localizadas. No eixo da BR 020 a situação é semelhante. Como o mapa mostra, as chuvas estão beirando a divisa da Bahia com Tocantins e Goiás.

Se chover em fevereiro, com intensidade como no ano passado, ainda se salvam uma boa porção de lavouras e uma boa porção de reposição no Velho Chico. As temperaturas elevadas aumento a evapotranspiração nas lavouras e a evaporação nas bacias de acumulação dos rios.

Temporada de chuvas começa decidida na grande região do Matopiba

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Nos últimos quatro dias choveu mais de 80 mm, conforme registrado no pluviômetro de O Expresso, em Luís Eduardo Magalhães. Na mesma intensidade choveu nas regiões produtoras de Uruçuí – PI, Balsas – MA e Palmas e Porto Nacional, no Tocantins, onde essa foto foi obtida no final da tarde de hoje, com direito a arco-íris e nuvens abaixo da escarpa da divisa. Na maior parte, é uma chuva mansa e criadeira, ideal para a reposição dos lençóis freáticos superficiais e profundos.

Não soubemos o total de chuvas em Uruçuí, mas segundo alguns produtores da região já choveu mais neste verão que no ano passado todo. Alguns produtores chegaram a replantar três vezes para no final nada colher, na safra 2015/2016. A maioria das lavouras não compensou nem o combustível das colhedeiras. 

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Nos quatro estados do Matopiba, o pasto está com verde intenso e o gado começa a se recuperar de mais de sete meses de seca.

Confirmado: na semana que começa dia 14 chove até 165 mm na Bahia

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Os meteorologistas do Canal Rural estão confirmando que a partir da próxima segunda-feira chove cerca de 165 mm na Bahia e na grande região do Matopiba. Grande parte de outros estados do Nordeste também será beneficiada.

A chuva chega em boa hora: ontem, o reservatório de Sobradinho estava com apenas 6,86% de sua capacidade. Com 3% o reservatório entra no volume morto. Outros grandes açudes do Nordeste estão em situação ainda pior, com apenas resíduos de água depositada, depois de 5 anos de seca contínua.

“La Niña”: Matopiba tem possibilidade de boas chuvas no verão até 2019

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O climatologista Luiz Carlos Molion afirmou hoje ao Notícias Agrícolas que o comportamento das chuvas em outubro a dezembro de 1998 pode ser comparado com os patamares atuais. Naquele ano, áreas como o oeste da Bahia tiveram chuvas acima do normal. Molion previne ainda que o fenômeno “La Niña” pode perdurar até 2019, prevendo um ano excelente para a região do Matopiba na safra 2017-2018.

Os agricultores do Matopiba, bem como as bacias hidrográficas do São Francisco e do Tocantins estão precisando de uma sequencia de temporadas de verão com chuvas bem consistentes.

Chuvas entram no fim de novembro e serão intensas, dizem meteorologistas

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Existe quase unanimidade entre os meteorologistas sobre a boa intensidade de chuvas na região do Matopiba neste próxima estação. Eles afirmam que a chuva pode ser acima da média no Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia, com pancadas regulares a partir do fim de novembro. A temperatura, no entanto, pode também ser acima da média.

A tradicional chuva das flores contempla quase toda a região do Oeste baiano. Chove bem em Correntina, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério, bem como nas divisas com o Tocantins. Nos três dias, a chuva já alcança quase 20 mm em Luís Eduardo Magalhães e chove neste momento, 16 horas, depois de 7 meses de prolongado estio.

A temperatura sobe ainda mais, mas tem promessa de chuva

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Já deu uma espiada no celular? A temperatura hoje em Luís Eduardo Magalhães está batendo nos 38º C, com cara de quarenta. Amanhã cai um grau, com promessa de 5 mm de chuva, depois de quase 7 meses de secura absoluta. As promessas de chuviscos se sucedem até a próxima quinta-feira, com a máxima caindo para 28º C.

Em Barreiras, com a diferença de altitude, já deve ter ultrapassado os 40º C. Estamos na época de fritar ovo na calçada e economizar o gás.

Segundo as previsões meteorológicas do Instituto Almerinda, chove nos últimos três dias da próxima minguante, no chamado movimento da Lua Nova.

Uma previsão otimista: o fenômeno “La Niña” vem, mas com menos intensidade

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Meteorologistas do mundo todo preveem primavera, verão e outono de 2017 sob influência do fenômeno “La Niña” – esfriamento das águas do Pacífico. As previsões são de chuvas regulares para o Sul, uma entrada mais tardia da temporada chuvosa para Centro Oeste, Matopiba e Sudeste, sob a influência do “La Niña”, oscilando para a neutralidade a partir de março. A possibilidade de reentrada de “El Niño”, com aquecimento das águas do Pacífico equatorial está afastada.

Onda de frio no Sul continua batendo recordes

Da Agência Brasil

Mais uma massa polar que atinge principalmente os estados da Região Sul do país mantém as temperaturas baixas em várias cidades, principalmente as do estado de Santa Catarina, onde foram registradas geadas na madrugada e manhã de hoje (13).

Massa polar provoca geada em várias regiões de Santa Catarina
Massa polar provoca geada em várias regiões de Santa CatarinaDivulgação/Defesa Civil de Santa Catarina

De acordo com o boletim meteorológico do Cento de Informações Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), a cidade de Urupema, na serra catarinense, registrou mais uma vez temperatura negativa. Os termômetros marcaram 8,5ºC – a mais baixa do ano no estado. Segundo o Ciram, o frio, no entanto, deve diminuir gradativamente a partir de amanhã (14).

O órgão informou ainda que em aproximadamente 42 cidades os termômetros ficaram abaixo de zero. Além de Urupema, registraram temperaturas negativas: Bom Jardim da Serra (-7,9ºC); São Joaquim (-5,7ºC); Porto União (-4,6ºC); Itaiópolis e São Bento do Sul (-4,4ºC); Caçador (-4,3ºC); Monte Castelo (-4,2ºC); Rio Negrinho (-4,1ºC); Lages (-4ºC); Papanduva (-3,9ºC); Fraiburgo (-3,9ºC); Major Vieira (-3,6ºC); Santa Cecília (-3,5ºC); Papanduva (-3,4ºC); e Canoinhas (-3ºC).

Paraná

Mapa meteorológico do Simepar mostra ocorrências de temperaturas negativas em várias regiões do Paraná. Em General Carneiro, no sul do estado, os termômetros marcaram 6,9 C negativos
Mapa meteorológico do Simepar mostra ocorrências de temperaturas negativas em várias regiões do ParanáDivulgação/Simepar

No Paraná, a segunda-feira amanheceu com previsão de geadas em grande parte do estado. O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) prevê ocorrência de temperaturas baixas nas áreas mais altas ao sul, centro e Campos Gerais, no estado, e na região metropolitana de Curitiba.

Na capital paranaense, a mínima registrada na madrugada de hoje foi de -1,1 ºC. Em General Carneiro, no sul do estado, os termômetros marcaram -6,9 °C.

A partir de amanhã, um anticiclone frio e seco mantém a estabilidade atmosférica, mas ainda são esperadas geadas, com formação de nevoeiro, no início do dia.

Chuvada repentina inunda vários pontos de Luís Eduardo Magalhães

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As chuvas de pancada que caíram agora às 14 horas inundaram ruas, residências e estabelecimentos comerciais. Luís Eduardo, hoje uma cidade com muito asfalto e bastante impermeabilizada, precisa de grandes áreas públicas florestadas, no perímetro urbano, que absorvam as chuvas fortes e um plano definitivo de esgotamento pluvial.

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Na redação de O Expresso, a precipitação total foi de 36 mm, talvez menor que no centro de Luís Eduardo.

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1/3 do Hemisfério Norte está congelado. Fica aí ouvindo bobagem de artista de cinema, viu?

De Olho No Tempo Meteorologia

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Enquanto o mundo se solidariza com a imprensa e a visão catastrofista de vários cientistas, a natureza diz que não é bem assim e vai contra o legado de nomes da ciência que lutam por deixar sua marca para gerações futuras.

Você mesmo, em rápida lembrança, quantas vezes não viu matérias cinematográficas ditando a morte do Urso Polar devido ao degelo no Ártico? Ou ainda, quais foram as únicas menções em que a imprensa e as dezenas de siglas de ONGs ditaram o recorde de gelo no Polo Sul?

O fato é que o inverno no Hemisfério Norte está remando contra as previsões apocalípticas de calor acima da média, ausência de frio ou de neve em diversos países, não generalizando, é claro.

Informação divulgada pelo National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) mostrou que pelo menos 1/3 do Hemisfério Norte está tomado por gelo e neve atualmente. São milhares de quilômetros de terras completamente congeladas, dignas de inverno em países como Canadá, Finlândia, Noruega, Suécia e Rússia.

Na Rússia, inclusive, com seus gigantescos 17.075.400 quilômetros quadrados de território, ou 1/9 do planeta Terra, mais de 70% das áreas estão cobertas por neve.

O frio tem sido, literalmente, russo e normal no país, com valores entre -50°C e -60°C diariamente.

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As massas polares também estão conseguindo avançar para países do oeste europeu trazendo de volta precipitações mais fartas de neve à cadeia de montanhas dos Alpes, bem como para a metade norte dos Estados Unidos.

Ondas de frio mais ousadas levaram neve nas últimas semanas para o norte da África e para a Eurásia, com neve em pleno deserto que esturrica com temperaturas acima de 50°C, como na Arábia Saudita.

Mesmo sendo verão no Hemisfério Sul, com seus -45°C de temperatura mínima, a Antártida continua despercebida pela mídia, onde a cobertura total de gelo supera 40% além do território do continente mais gelado do planeta.

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(Crédito da imagem: Reprodução/Department of Earth, Ocean, and Atmospheric Science/Florida State University)

De Olho No Tempo Meteorologia.

Reservatório de Sobradinho atinge 30% de sua capacidade total

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O reservatório de Sobradinho atingiu, ontem, 30% de sua capacidade total, com mapaSaoFranciscoquantidade 50% maior de água acumulada que em abril de 2015. As chuvas em toda a sua grande área de drenagem, mais de 638 mil km² – equivalente a 8% do território brasileiro, basicamente em janeiro, contribuíram para o resultado positivo.

Espera-se que as famosas águas de março contribuam para o aumento do volume e da vazão do grande lago.  A vazão natural média anual do rio São Francisco é de 2.846 metros cúbicos por segundo, mas ao longo do ano pode variar entre 1.077m³/s e 5.290m³/s

Rio São Francisco vai recuperando suas águas lentamente

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O reservatório da hidrelétrica de Sobradinho subiu, antes de ontem, 20, para 3%. A vazão do rio era de apenas 1.440 m³ por segundo, enquanto que na região mineira já era de 3.550 m³/s. Isso significa, que alimentado pelas fortes chuvas no Oeste baiano, dentro de uns 10 dias o Velho Chico poderá até multiplicar por 2 ou 3 a sua vazão. Segundo fontes, a “cheia” ainda não tinha chegado, ontem, na foz do Rio Grande, na Barra.

As fotos mostram como o Rio Grande retomou antigos territórios nos baixios de Barreiras. As imagens são de Karla Kimura, publicadas em redes sociais.

Imagem de satélite de ontem, com chuvas concentradas em todo o Nordeste, especialmente no Oeste baiano.
Imagem de satélite de ontem, com chuvas concentradas em todo o Nordeste, especialmente no Oeste baiano.

Como dizia o saudoso Luiz Gonzaga:

“O Riacho do Navio

Corre pro Pajeú

O rio Pajeú vai despejar

No São Francisco

O rio São Francisco

Vai bater no “mei” do mar”

Rios da região já estão saindo da caixa. Graças a Deus!

As fotos foram mandadas por leitores, nas redes sociais. Elas dão uma ideia do nível das águas em Barreiras, Santa Maria da Vitória, Bom Jesus da Lapa, Jaborandi e Correntina. 

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Cemitério São Sebastião, em Barreiras.

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Barreiras comemora o dia de São Sebastião

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Informação de Roberto Sena, no Mural do Oeste:

A rua São Sebastião em Barreirinhas já está interditada para festa do santo padroeiro que acontece a partir das 19 horas. Quem vem do Centro no sentido Barreirinhas deve pegar as ruas paralelas. A melhor opção é vir pela ponte Ciro Pedrosa. Apesar das forte chuva que cai em Barreiras, a movimentação para os festejos vem se intensificando a medida que hora da missa se aproxima. A festa de São Sebastião é uma das mais tradicionais do calendário religioso da região.

O blogueiro só não informou que já não existem mais canoas de aluguel para ir à festa. Nem veleiros, barcaças, saveiros, botes, escunas ou qualquer objeto que flutue, como geladeiras velhas e caixas grandes de isopor. Barreiras está inundada. E a situação vai ficar muito pior nas próximas 48 horas.

Teme-se por um sério desentendimento entre São Pedro e São Sebastião por causa dessa chuvarada.

Fizemos as pazes com São Pedro.

Cornucopia

Finalmente fizemos as pazes com São Pedro e com a Deusa da Fartura. Nas últimas 48 horas choveram quase 80 mm no pluviômetro da redação de O Expresso. Garantia de safra, de recuperação dos lençóis freáticos e de nossos rios da grande bacia do São Francisco. Se a chuva fosse uniforme, só na área do Município,  4.018 km², seriam acumulados, à razão de 80 litros por metro quadrado, a insignificância de 321 milhões e 440 mil metros cúbicos de água.

A chuva é geral em todo o Oeste baiano e em grande parte da Bahia, bem como em outros estados do Nordeste. 

Continua rezando aí, caro leitor, que se Deus quiser este ano chove até junho, abrindo só umas olheiras de sol para poder colher a produção.

Chuva segue mansa, dentro do previsto pela meteorologia

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Entre as 18 horas de ontem e as 18 horas de hoje, sábado, a precipitação pluviométrica, em Luís Eduardo Magalhães, alcançou 25 mm. O que totaliza 80 mm nas últimas 48 horas. Chuva boa, mansa, criadeira, dessas de fazer rio sair da caixa e realimentar os lençóis freáticos, que nos sustentarão durante o período de estio.

Ontem o reservatório de Sobradinho estava apenas com 2,24% de sua capacidade, segundo o Operador Nacional do Sistema elétrico. Mas isso deve mudar já no final de semana, com a contribuição dos afluentes do Rio da Integração Nacional.

Estão previstas chuvas diárias até o final do mês no Oeste da Bahia, com somatórios altos de precipitação.

Estado do Rio de Janeiro

A forte chuva que atinge o Rio de Janeiro desde a tarde de ontem (15) provocou o transbordamento do Rio Quitandinha, em Petrópolis, e do Rio Grande, em Bom Jardim, na região serrana e deixou em estágio de alerta máximo os rios Bengala, em Nova Friburgo e Paquequer, em Teresópolis, também no alto da serra. O alerta máximo é emitido quando continua chovendo na região e o rio atinge 80% do nível de transbordamento. As tempestades já duram 16 horas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, ocorreu um deslizamento de terra durante a madrugada de hoje (16), com queda de barreira no bairro Roseiral, em Petrópolis. Quatro adultos e duas crianças foram retirados de casa pelos bombeiros. Ninguém ficou ferido, mas a casa foi interditada pela Defesa Civil municipal. Um dos acessos ao bairro Roseiral está interditado, devido à grande quantidade de lama que desceu da encosta. Não há previsão para liberação do trecho.

A Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis registrou de sexta-feira até as 10h deste sábado, 170 ocorrências relacionadas à chuva, sem registros de vítimas ou feridos. O maior índice pluviométrico foi registrado em Pedro do Rio, com 150 milímetros em 24 horas. Até o momento há 11 desalojados. Todos estão na casa de parentes. A Defesa Civil opera em estágio de alerta.

Paraná: mais de 50 municípios atingidos

Boletim divulgado hoje (16) pela Defesa Civil do Paraná mostra que já são 53 os municípios afetados por tempestades desde o dia 9 de janeiro. O município de Rolândia, no norte do estado, com mais de 36 mil pessoas afetadas pelas enxurradas, decretou estado de calamidade pública para ter auxílio imediato do estado e da União para ações de socorro e de recuperação.

Os municípios de Jataizinho, com mais de 6 mil pessoas afetadas, e de Rio Bom, com 1.340, estão em situação de emergência.

Em todo o estado, mais 80.800 pessoas foram afetadas pelas tempestades. Mais de 10.400 casas foram danificadas e 90 foram completamente destruídas. Nenhuma morte foi registrada em decorrência da forte chuva. Cinco pessoas estão feridas e um motorista de uma empresa de ônibus do município de Rolândia foi levado pela enxurrada no dia 11 e está desaparecido.

DNIT interdita trecho da BR 020 e Prefeitura auxilia na segurança e trafegabilidade da via

O prefeito Humberto Santa Cruz percorreu in loco, no final da tarde desta sexta-feira, 15, as margens da BR 020, no trecho danificado pela erosão, juntamente dos secretários de Infraestrutura, Fábio Lauck e Segurança, Ordem Pública e Trânsito, Agnaldo Antunes, e o diretor de Infraestrutura, Waldemar Lobo. O engenheiro José Mariano, responsável pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na região, esteve no local e decidiu pela interdição, por tempo indeterminado, de uma das vias da rodovia.

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Uma equipe da Superintendência Municipal de Trânsito (SUTRANS) foi acionada para auxiliar no tráfego de veículos em ambos os sentidos da rodovia. Veículos da SUTRANS permanecerão no trecho durante toda a noite a fim de que os motoristas trafeguem sob baixa velocidade no local, assim, diminuindo o risco de acidentes.

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“Fiz questão de conferir a gravidade do problema. Não podemos permitir que um problema de maior aconteça e vidas se percam. Estamos dando todo apoio necessário para garantir a segurança dos motoristas que trafegam pelo local”, comentou o prefeito Humberto Santa Cruz, destacando que a Municipalidade fará o que for preciso para chamar atenção dos órgãos competentes.

“Uma solução definitiva deve ser tomada o mais urgente possível, uma vez que a prefeitura não tem autorização para intervir em uma via federal.”

O prefeito Humberto Santa Cruz ainda faz um pedido aos motoristas que trafegam pela rodovia para que redobrem os cuidados ao volante e diminuam a velocidade quando de passagem pelo trecho da BR 020.

Recuperação 

Em novembro último, o DNIT, através de licitação, contratou a empresa Construquali para executar a obra de recuperação da margem da BR, no entanto, um embargo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) impossibilitava qualquer intervenção na área. Considerando a urgência de tratar do problema, a prefeitura, após inúmeras reuniões em Brasília e Salvador, apoiou o pedido feito pelo DNIT ao IBAMA para liberar imediatamente o início da primeira etapa da recuperação, provisória, até o fim do período chuvoso.

Entre 18 horas de ontem e 18 horas de hoje a precipitação pluviométrica somou 55 mm. Estão previstas chuvas de mais 180 mm até o final do mês.

Chove 40 mm em menos de 12 horas em Luís Eduardo Magalhães

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De ontem às 18 horas, até às 11 horas desta sexta-feira choveu exatos 40 mm na redação de O Expresso. Chuva mansa e apropriada para irrigar lavouras e infiltrar nos lençóis freáticos. Os previstos 300 mm no mês de janeiro estão sendo cumpridos. Nestas terceira e quarta semana de janeiro a precipitação deve ser ainda maior, segundo a maioria dos institutos de meteorologia. Bom para a economia da região e melhor ainda para a grande bacia hidrográfica do Rio São Francisco.

Em Barreiras, tem chovido mais. Não temos a milimetragem da precipitação. 

Falta energia em 10 bairros de Salvador. Mau tempo é o motivo.

Dez bairros registraram falta de energia na manhã desta terça-feira (5) em Salvador. Segundo a Coelba, as ocorrências estão relacionadas ao mau tempo na capital baiana
 
Até às 8h40, as principais ocorrências foram registradas em parte de São Cristóvão, Liberdade, Vila Laura, Pituba, Nordeste de Amaralina, Retiro, Imbuí, Resgate e Boca do Rio.  
 
Em casos de falta de energia, os consumidores podem acionar a Coelba enviando gratuitamente uma mensagem de texto (SMS) para o número 27308. Basta escrever no espaço destinado ao texto o número do contrato da unidade consumidora. Também é possível acionar a Coelba pelo site e pela Central de Teleatendimento, no 0800 071 0800.

Vai ter chuva em 19 dias de janeiro no Oeste da Bahia.

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Os meteorologistas estão estimando que, nos 19 dias, a precipitação será de 190 mm a 200 mm, uma benção para as sofridas lavouras do Oeste baiano, onde neste mês de dezembro choveu apenas 1/4 disso, com plantios frustrados e diversos replantios. Além disso, apesar de tão poucas as chuvas, as precipitações foram esparsas, com alguns locais ficando ainda mais carentes de umidade no solo.

Um mês de boas chuvas para aquelas variedades de ciclo curto de soja pode viabilizar uma boa produção, além de oportunizar o desenvolvimento do plantio de algodão e o estabelecimento de uma boa arquitetura das plantas onde o plantio da fibra já foi implantado.

Com a prometida inversão climática do fenômeno El Niño (aquecimento das águas do Pacífico na linha equatorial) em La Niña, poderemos ter chuvas mais tardias, principalmente no sertão mais profundo do Nordeste, que já enfrenta o 4º ano consecutivo de seca. Todos os nordestinos já aguardam, com muita esperança, o dia de São José, 19 de março. Se chover nesse dia é sinal de que as chuvas vão se prolongar até junho.

Outra previsão boa: El Niño perderá força entre abril e maio

Em 2016, o fenômeno El Niño deve sofrer um enfraquecimento gradativo até meados de abril ou maio, disse o meteorologista-chefe da Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia, Luiz Cavalcanti. O fenômeno, que provoca flutuações no clima devido ao aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, foi o responsável pelo excesso de chuvas na região Sul, pela seca na região Nordeste e em parte da região Norte, em 2015.

“Ainda teremos o El Niño atuando durante o primeiro semestre de 2016, mas seu enfraquecimento trará reflexos na organização do clima”, disse Cavalcanti. A previsão é que, com o fim do El Niño, o Sul não deverá ter tantas chuvas em 2016. No Centro-Oeste, as chuvas não devem tardar tanto, diminuindo a ocorrência de incêndios.

Entre os principais acontecimentos climáticos de 2015 no Brasil, o meteorologista citou as chuvas no Sul e Centro-Oeste, a seca no Nordeste (que dura 4 anos) e a seca no Sudeste, no começo do ano, que resultou em problemas de abastecimento de água em São Paulo. “Foi um ano muito quente no Brasil”, concluiu Cavalcanti.

Virada do ano

Para a passagem do Ano Novo, o meteorologista prevê que São Paulo deve ter pancadas de chuvas isoladas no final da tarde, com temperatura mínima de 18° e máxima de 26°. No Rio de Janeiro, a temperatura ficará entre 25° e 38° e há possibilidade de chuvas isoladas, fracas e passageiras, no final da tarde. Porto Alegre deve ter pancadas de chuva durante a noite e a temperatura ficará entre 24° e 30°.

Em Natal, há possibilidade de chuvas fracas e passageiras e temperatura entre 25° e 30°. Em Manaus, onde a mínima ficará entre 26° e 34°, não há previsão de chuva para a virada do ano. Em Brasília, há possibilidade de pancadas de chuva no final da tarde e a temperatura vai variar entre 20° e 26°.

 

Visto cartão

Chuvas levam 12 municípios do RS a decretar situação de emergência

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As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul levaram 12 municípios a decretarem situação de emergência, conforme último boletim da Defesa Civil do estado, divulgado ontem (24). Um novo comunicado deve ser publicado no fim da tarde de hoje (25).

As localidades em situação de emergência são: Liberato Salzano, Trindade do Sul, Nonoai, Santo Ângelo, São Miguel das Missões, Guarani das Missões, Roque Gonzáles, Cândido Godói, Uruguaiana, Quaraí, Passa Sete e Não Me Toque.

Segundo a Defesa Civil, equipes estão vistoriando áreas de risco e prestando suporte técnico às prefeituras com a finalidade de tornar o processo de decretação mais ágil.

O fenômeno El Niño causou quase 12 meses de chuvas nos anos de 2002/2003, no Rio Grande do Sul. A partir de abril de 2003 entrou um período seco no Estado, que perdurou até meados de 2004, frustrando as safras agrícolas, criando uma onda de calor e secando nascentes tradicionais. Era o fenômeno La Niña. Quatorze anos depois parece que o fenômeno vai se repetir, com longo período de chuvas, seguido de estio violento.

Pessoas mais antigas dizem, no Rio Grande do Sul, que há muitos anos os ciclos de chuvas se sucedem em períodos de 7 anos e múltiplos. É o período da floração do bambu, dizem os observadores. Apesar de nenhum fundamento científico, o conhecimento está se provando verdadeiro.

Os anos de 1942 a 1952 (11 anos) foram muito secos no RS, com chuvas sempre bem ralas, depois da grande enchente de 1941, que matou dezenas de pessoas em todos os grandes rios do Estado.  Analisando os dados verifica-se que são 11 anos consecutivos abaixo da média e, portanto com período seco importante. O segundo período mais seco foi de 1964 a 1970 de 4 anos em 5 anos abaixo da média. Depois disto entre 1978 a 1981 3 anos em 4 foram abaixo da média. De 1981 para cá, são 30 anos sem sequência de mais de dois anos consecutivos com seca, na maioria anos isolados com periodicidade de 5 a 7 anos. Isso é o que confirma a “Teoria do Broto do Bambu”.

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Hospital, frigorífico, fábrica, lojas e muitas casas desapareceram debaixo da água em 1971, quando foi construída a barragem do Passo Real, na época divisa dos municípios de Cruz Alta e Ibirubá. Na foto, imagens da barragem de Passo Real na última seca de 2003/2004, que deixou à mostra vilas inundadas.

 

Vamos com tudo, velho São Pedro!

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A chuva de ontem rendeu apenas 8 mm na redação de O Expresso. Mas São Pedro, como todo bom político, está prometendo mais. O avanço de uma frente fria que atua entre o norte do estado do Espírito Santo e extremo sul da Bahia trouxe aumento de instabilidade no norte de Minas Gerais, sul de Tocantins e também no sudoeste do estado da Bahia, segundo o Instituto Climatempo.

A estação automática do INMET registrou nesta madrugada 11 mm de chuva em Bom Jesus da Lapa, no centro-oeste do estado. Choveu rápido também ao sul, em Guanambi. Os modelos numéricos indicam para esta semana a persistência desta frente fria pelo menos até  terça-feira, e uma nova frente fria no final desta semana deverá novamente contribuir para formação de nuvens carregadas sobre a região.

Localidades como Correntina, Guanambi, Carinhanha e Caetité deverão receber no decorrer da semana entre 40 e 60mm de chuva, em média.

 

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Tá difícil. Ajuda “nóis” aí Pedrão!

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O fenômeno “El Niño”, que está afogando a gauchada, está nos deixando mais seco que língua de papagaio. Na redação de O Expresso, o acumulado de chuvas de todo o mês de outubro não passa de 12 mm, o equivalente a 12 litros por m². 

Conforme o mapa meteorológico, a previsão até 15 de novembro não passa de garoas. Chuva mesmo, decidida, só na segunda quinzena de Novembro, bem na hora de iniciar o plantio da soja. O fotoperíodo ideal para a implantação da cultura vai de 15/11 a 15/12. 

Porto Alegre continua sob pancadões de chuva. Para LEM, só no último dia do mês

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Foto ZH

A chuva voltou a cair de forma intensa em Porto Alegre entre a tarde e a noite desta quarta-feira, a ponto de causar alagamentos e interromper a circulação de trens em três estações da Capital por tempo indeterminado.

Segundo o Centro Integrado de Comando (CEIC), em duas horas e meia choveu 48 milímetros em Porto Alegre, o que equivale a 42% da média histórica do mês de outubro. E a tendência é de que a chuva forte, com períodos de enfraquecimento, siga até a madrugada da quinta-feira.

Especialistas dizem que o fenômeno “El Niño”, de aquecimento das águas equatoriais do Oceano Pacífico, já é o mais intenso da história, o que deve proporcionar uma estação seca na região Nordeste e Centro Oeste do País.

Para Luís Eduardo Magalhães estão previstas chuvas fracas e esparsas para este domingo. A nebulosidade aumenta. Chuva de verdade mesmo, 24 mm, só no último dia do mês, depois de 10 dias de muito calor, como o desta sexta-feira, que deve ultrapassar fácil os 40ºC, com sensação térmica acima de 45 graus.

Oeste da Bahia entre as regiões mais secas e quentes do País.

Da Agência Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu na manhã de hoje (18) cinco alertas de seca e dois de ondas de calor, válidos até terça-feira (20). A umidade relativa do ar pode chegar a 10% e a situação é considerada de perigo em todo o estado de Goiás e no Distrito Federal. No Piauí, o alerta abrange quase todo o estado, menos o litoral. Também fazem parte da região mais seca o oeste e o noroeste de Minas Gerais, o extremo oeste da Bahia, o centro e o sul do Maranhão, a metade sul do Tocantins e a metade leste de Mato Grosso. Nessas regiões, há risco para a saúde.

O centro-sul do Ceará e o extremo oeste dos estados de Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco são áreas consideradas de perigo potencial, com umidade chegando a 25%.

Já a onda de calor atinge o noroeste de São Paulo, o norte e o leste de Mato Grosso do Sul, o centro-sul de Tocantins, o centro-leste de Mato Grosso e todo o estado de Goiás, incluindo o Distrito Federal. Essas localidades podem voltar a registrar recordes de temperatura nos próximos dias.

sol forte

Dia mais quente do ano

O monitoramento do Climatempo Meteorologia aponta que sexta-feira (16) foi o dia mais quente do ano no país. O levantamento leva em consideração a quantidade de municípios em que o Inmet registraram medições a partir dos 40 graus Celsius (°C). Com 13 cidades, a Região Sudeste foi a que teve a maior quantidade de temperaturas iguais ou acima dessa marca. Nordeste e Centro-Oeste tiveram oito cidades cada. Na Região Norte, foram sete municípios.

Como não há medição regular e tecnicamente confiável em todas as cidades do país, a Climatempo afirma que o calor a partir dos 40°C foi sentido em muitas outras cidades, ao longo da sexta-feira. Entre as capitais, destaca-se o Rio de Janeiro, onde os termômetros atingiram 42,8°C na sexta-feira, no dia mais quente para uma primavera em um século de medições. Nesse mesmo dia, Brasília registrou 35,9°C, na temperatura mais alta da história.

Em Belo Horizonte, o calor continua no fim de semana. Nesse sábado (17), a capital mineira igualou o recorde histórico de 37,1ºC.

Em toda a história, a temperatura mais alta no Brasil foi de 44,7°C, registrada oficialmente no dia 21 de novembro de 2005, em Bom Jesus do Piauí (PI).

El Niño

De acordo com o Climatempo, o principal causador da onda de calor é o fenômeno meteorológico El Niño, que provoca um grande aquecimento no Oceano Pacífico Equatorial e muda a circulação dos ventos sobre a América do Sul. Isso dificulta a entrada de massas de ar polar no Brasil.

Edição: Talita Cavalcante

Chuva não para no Rio Grande do Sul. 50 cidades foram atingidas

portoAs chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul, há cerca de uma semana, têm causado muitos transtornos e estragos na região. Em Porto Alegre, o rio Guaíba tem atenção redobrada pela Defesa Civil, já que o volume das águas alcançou a marca, na manhã desta segunda-feira, 12, de 2,79m. Este é o maior registro desde 1967.

Para evitar uma inundação na parte histórica da cidade, servidores do Departamento de Água e Esgotos Pluviais (DEP) tiveram que fechar, nesse domingo, 13 das 14 comportas do sistema de proteção de cheias do Cais Mauá. “Tivemos que tomar providências mais duras em termos de segurança, como o fechamento das comportas que ficam entre o Gasômetro e a ponte do Guaíba. Deixamos aberta apenas a comporta central para que os veículos possam entrar e as equipes fazerem o monitoramento”, disse o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati.

A cheia do rio Guaíba alagou a região das ilhas em torno da capital. Cerca de mil pessoas tiveram que deixar suas casas e buscar abrigos em residências de parentes, escolas ou ginásios de Porto Alegre.

Dados divulgados na noite desse domingo pela Defesa Civil gaúcha apontam que pelo menos 50 cidades foram atingidas em função das chuvas e temporais dos últimos dias. A região central do Estado é a mais prejudicada. A chuva também tem causado problemas nas rodovias do Rio Grande do Sul. No total, 27 trechos apresentam problemas como rupturas no asfalto com bloqueio total, parcial, além de deslizamento de terras. Do Estadão.

A grande região metropolitana de Porto Alegre, na foz de todos os rios da bacia do Jacuí, está com água pela cintura. Milhares de pessoas estão desabrigadas. O rio ou lago Guaíba ameaça Porto Alegre, contido pela cadeias de diques e comportas. Dados históricos dizem que o nível do Guaíba hoje é semelhante ao da enchente de 1941, que matou dezenas de pessoas em Porto Alegre. Santa Maria, a cidade universitária do centro do Estado, está isolada com a inundação de duas das suas três saídas rodoviárias. As previsões dizem que a chuva segue. Foto de Zero Hora.