Fogos de artifício, uma sessão do circo.

Fica difícil desejar muita paz e harmonia com todos aqueles conflitos sangrentos dos países árabes e os iranianos e americanos, armados até os dentes, fazendo cara feia, uns para os outros, no Golfo Pérsico. Fica ainda mais difícil, aqui no País, desejar um próspero ano novo quando nos lembramos das periferias, da desigualdade, da corrupção e dos desmandos da raça de lobos que vampiriza os destinos da Nação.

Sem querer ser o pessimista de plantão, de uma coisa temos certeza: se acontecer em 2012, o apocalipse será muito mais colorido e explosivo que estas queimas de fogos à beira mar.

O próximo ano não será fácil na economia e nos aspectos sociais, em todo o mundo, mas já estaremos muito felizes se chegarmos a 2013 apenas com estes patéticos fogos de final de ano.

A sessão do circo foi boa. Falta agora o pão.

Ninguém escreve às mães que perdem seus filhos nesta selva de pedra.

Roberto DaMatta escreve, no Estadão, sob o título “Sobrevivências”, um artigo em que deixa transparecer que, se para o IBGE, viramos números, aquilo que chamamos de sociedade brasileira, virou uma Saigon, uma Bagdá, as montanhas do Afeganistão. A Rocinha. Morre-se muito nesta economia dita “emergente”. Morremos e não vamos para o céu. Vamos parar nos arquivos implacáveis do IBGE. Vale a pena ler o instigante artigo, escrito com primor e garimpado por nosso assessor de boas leituras, João Paulo N. Sabino de Freitas, do qual reproduzimos um trecho:

“Os novos dados populacionais radiografam um certo Brasil: o Brasil dos números e índices. Alguns falam em mudança – essa nossa obsessão -, outros observam os dramas. Um deles chama minha atenção. Estamos ficando mais velhos e morrem muitos jovens por morte matada. Por uma violência absurda com a qual pacífica e passivamente convivemos. Uma jovem mãe em Pernambuco, diz o Globo, perdeu cinco filhos no espaço de um mês!

Outro dia, reprisei para o meu neto Jerônimo o filme O Resgate do Soldado Ryan. Meu jovem neto achou “irado” a cabeça de praia que reproduz o desembarque na famigerada “Omaha Beach” em 6 de junho de 1944. Eu sempre fico com os olhos molhados quando vejo a mãe dos jovens Ryan recebendo a notícia oficial da morte de mais um dos seus filhos e ao ouvir a carta formal escrita por Abraham Lincoln a uma senhora que na Guerra Civil Americana perdeu quatro filhos. Generais escrevem belas cartas quando perdem soldados. Mães perdem as pernas quando perdem filhos. Eis dois papéis capitais. O do soldado herói sacrificado pela pátria (ou por alguma utopia) e o do mesmo jovem que, primeiro e antes de tudo, é um esteio quebrado como filho de alguma família.

Ninguém, que eu saiba, escreveu sequer uma carta para essa mulher menina que, mais do que a mãe do soldado Ryan, perdeu não três, mas cinco dos seus filhos para a violência urbana moldada a drogas, soldada a corrupção policial e cimentada pela nossa miserável capacidade de apenas reagir ao que somos.”

O que vale mais: um preso ou um estudante?

Ruth de Aquino, colunista da Revista Época.

Por Ruth de Aquino, da Revista Época.

Alguns números falam mais do que mil palavras. No Brasil, um preso federal custa o triplo de um aluno do ensino superior. E um preso estadual demanda quase nove vezes o custo de um estudante do ensino médio. A princípio, o que uma coisa tem a ver com a outra? Tudo. Há carência de recursos tanto em escolas quanto em prisões. Mas o absurdo maior é a negligência do Brasil com o saber, com o conhecimento.

Quando essa equação vai fechar? Vamos gastar muito mais com os presidiários se quisermos tornar as cadeias brasileiras menos degradantes. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, prometeu que “agora vai”. Não sei se você, assim como eu, sente vergonha ao ver as cenas de mãos saindo pelas grades. São seres humanos empilhados, espremidos e seminus. É um circo dos horrores. E piora nos rincões remotos do Norte e Nordeste, longe das câmeras. Mesmo assim, o Estado gasta mais de R$ 40 mil por ano com cada preso em presídio federal. E R$ 21 mil com cada preso em presídio estadual.

Esses valores, absolutos, não significam nada para nós. Mas, se dermos uma olhada no nível de instrução dos 417.112 presos, ficará claro como os dois mundos, o das escolas e o das prisões, estão intimamente ligados. Dos nossos detentos, mais da metade (254.177) é analfabeta ou não completou o ensino fundamental. O menor grupo é o que concluiu a faculdade: 1.715 presos. Esses números estão no relatório do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do ano passado. Os presídios são um retrato de nossa sociedade. Do lado de fora, poucos têm acesso a universidades. E criminosos ricos e influentes podem pagar bons advogados.

Poderíamos ficar resignados a nosso destino de país pobre em desenvolvimento humano. Poderíamos também construir macropresídios seguros para prender cada vez mais gente em cômodos amplos, com direito a boa alimentação, pátios, esportes e reeducação. Poderíamos melhorar a gestão penitenciária e reduzir a roubalheira. Em algumas cidades, os presos começam a ser soltos por falta de espaço.

O mais complicado de tudo, mesmo, é prevenir a criminalidade. Porque seria preciso investir forte na educação universal e de qualidade. Os últimos números do IBGE, do Censo 2010, deixam clara uma urgência: entre nossas crianças com 10 anos de idade, 6,52% são analfabetas. Você, que lê este artigo, quando se alfabetizou? Provavelmente entre os 5 e 7 anos de idade, como acontece nas maiores economias do mundo – aquele grupo privilegiado em que o Brasil se insere com orgulho.

Soberania nacional em perigo.

O título pode sugerir tema ultrapassado. O mesmo que em política se diz de rótulos fartamente usados, como direita e esquerda, embora até aqui ninguém tenha encontrado melhores definições.

Como falar-se em soberania nacional num mundo globalizado e tempos em que parece irrelevante conquistar o poder político, se completamente subordinado à lógica de poder do grande capital?

Afinal, não sem razão, no momento discutem-se fórmulas que impeçam a especulação financeira interferir no aumento dos preços de alimentos mais do que a boa e velha relação oferta e procura.

Nem tão recentes os sinais de reordenação das potências econômicas. Seria surpresa encontrar analistas ainda se perguntando se nas últimas crises os países emergentes se descolaram dos demais.

O certo é que enquanto a Europa se esfacela, os EUA discutem o que é melhor para gerar empregos – consumo ou equilíbrio fiscal – e o Japão cresce o pouco necessário para manter tecnologia, indústria e infraestrutura construídas após a II Guerra Mundial, a convergência está na disputa de um comércio exterior movido pelos mercados internos dos países emergentes.

Parece ser o que restou. Daí não surpreender o número de contenciosos na Organização Mundial do Comércio, indício do maior protecionismo já em vigor e, pior, o recrudescimento de antigas formas imperialistas de conquista de territórios, agora em nova embalagem.

Atenção, pois, solertes confederados da agropecuária nacional: não é apenas a produção futura de alimentos, fibras e energia que está no periscópio dos interesses econômicos mundiais. Terra, clima, água, equilíbrio ambiental e biodiversidade serão os principais motivos de disputa em futuro não muito distante.

Os atuais eventos econômicos, políticos e sociais em várias regiões do planeta ainda impedem que se fale em desglobalização. Seria não entender o mecanismo de um processo secular de mudanças, datado nas décadas 1970 e 80 de forma errada. Na época, o que houve foi a sua aceleração trazida por novas tecnologias de comunicação.

Muito menos em contar com a autodestruição do capitalismo. Seria desconhecer um sistema econômico que avança em meio a ciclos e permanentes contradições.

Já as significativas compras de terras por estrangeiros, sobretudo chineses, no Brasil, na Argentina e na África, no entanto, são claras ameaças às soberanias dessas regiões.

Por suas limitações territoriais e climáticas, consumo crescente, em menos de dez anos, a China precisará ser o maior importador mundial de produtos agropecuários.

Hoje, no Brasil, há 4,3 milhões de hectares de terras registradas por estrangeiros. O INCRA estima um número três vezes maior.

O governo brasileiro considera insuficiente o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), de 2010, que limita em 50 módulos fiscais conforme a região (máximo de 5.000 hectares) a compra de terras por empresas brasileiras controladas por capital estrangeira e, também, desequilibrada a subcomissão da Câmara que ora o aprecia.

Por uma simples razão: segundo a “Folha de São Paulo” (19/11/2011), dos 16 integrantes da subcomissão, 15 pertencem à Frente Parlamentar Agropecuária e receberam 25% das doações feitas aos mais de 500 congressistas eleitos, sobretudo de empresas do agronegócio e da indústria da celulose.

Lembremo-nos: quando se compra terras num país, de brindes vêm clima, água, recursos naturais, fauna, flora e presunção ou certeza de facilidades regulatórias.

Como grande parte das compras chinesas está sendo feita através de seu fundo soberano, que tal cuidar de não deixar nossa soberania ir para outro fundo? O do poço.

Por Rui Daher é administrador de empresas, consultor da Biocampo Desenvolvimento Agrícola, para o portal Terra.

Fernando Henrique conta como o mundo mudou depois do 11 de setembro.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso relembra o 11 de setembro de 2001, há dez anos, quando era Presidente da República, e comenta sobre o panorama global após essa fatídica data.

“Uma resposta aos ataques de vereadores”. Um artigo de Eder Fior.

“Tudo o que eu precisava dizer a respeito das recomendações apresentadas pelo respeitável Ministério Público Estadual acerca da atuação da Guarda Municipal de Luís Eduardo Magalhães eu já disse e basta. Uma das razões da recomendação foi porque eu mesmo solicitei do Ministério Público a interpretação da Lei Municipal e qual entendimento jurídico a respeito da atuação da Guarda Municipal. Assim, depois de receber as recomendações e depois de reunião com o Prefeito Municipal, restou decidido acatar todas as recomendações.

            Não mudei o meu discurso e continuo defendendo uma Guarda Municipal cada vez mais atuante e a serviço de toda sociedade, como também defendem outros profissionais da segurança pública, operadores de direito, políticos, sindicatos e até o Ministério da Justiça.

A propósito, aguardamos serenos a aprovação de Projeto de Emenda Constitucional n. 534/02, que tornará as Guardas Municipais em todo país capazes de executar a função policial nos municípios, devendo a votação do Projeto ocorrer nesse semestre ainda, segundo nos informou o Presidente do Congresso Nacional durante a Marcha Azul Marinho 2011, em Brasília.

O que não é aceitável é que alguém que deveria defender a classe dos Guardas Municipais e trabalhar por melhores salários para esses, pegar as recomendações do Ministério Público e transformar issoem discurso Políticocom o único objetivo de me atacar “no pessoal”.

Todos sabem que o “advogado das causas perdidas nessa cidade” na qualidade de vereador sempre foi meu inimigo político. É de conhecimento geral que ao invés de exercer a plenitude de seu mandato e trabalhar para sociedade, esse vereador passou todo seu mandato exclusivamente me perseguindo, me atacando e sempre com requintes de maldade e leviandades. Continue Lendo ““Uma resposta aos ataques de vereadores”. Um artigo de Eder Fior.”

Correntina: a Coluna do Lucinho.

Toda área ao ser loteada e ser habilitada, o empreendedor do loteamento se submete as exigências legais da municipalidade. O incorporador além de pagar todas as taxas e impostos legítimos, fica exposto a interesses escusos. Deve ter jogo de cintura para enfrentar os muitos “interessados” em se locupletarem quanto à concessão de áreas para si.

Além disso,  existem certos detalhes sobre a infra-estrutura da área, quanto à adequação de luz e água, condição que é explorada por aqueles com poder de decisão, pois, sem o que, o negócio da venda de lotes fica a passos de tartaruga, já que em loteamento sem água e energia fica inviável a comercialização.

No nosso interior, de modo geral, a figura de proeminência a frente dos interesses dos empreendedores e/ou incorporador dos lotes é sua excelência o Prefeito Municipal, porque além de chefiar o Executivo, tem acesso aos legisladores, o que permite agilizar processos.

Tudo bem! Mas essa representatividade deveria ser institucional e nunca pessoal. E a nossa cultura é permissiva, todos querem levar vantagem tirar proveito para si em cada operação e assim convenientemente, se esquece da legalidade! Continue Lendo “Correntina: a Coluna do Lucinho.”

A Bahia está dividida de fato e não é só no papel.

O que o povo do litoral não comenta é que de fato, mais do que de direito, a Bahia está dividida. Partida, rachada, indelevelmente dissociada das realidades que o Palácio de Ondina conhece e daquelas as quais não quer tomar conhecimento.

O apartheid existe, é social, é econômico, e traduz-se por um travo amargo, por parte dos litorâneos, que sabe a preconceito e desconhecimento de causa, traduzido no simplismo retórico da expressão “além são francisco”.

Quem são, afinal, e por quem são, os franciscanos perdidos nas estepes áridas da caatinga? Quem são, afinal, os chapadeiros que transformaram os enormes vazios das chapadas na economia pulsante do agronegócio da Bahia?

 Por que mundos tão diferentes como a agricultura de maior nível tecnológico do País e a tradição de resistência dos beradeiros da margem esquerda do São Francisco estão unidos na mesma chama da emancipação?

Perguntam-se, nas horas vazias da sua meditação, os próceres da pátria baiana, sobre os anseios de mais de um milhão de franciscanos pelo desenvolvimento social e econômico?

Não! Nada pensam. Estão preocupados com chavões que não se auto-explicam, que não têm um argumento lógico, arbitrários, discricionários, ditatoriais. Com que autoridade os litorâneos dizem que a Bahia não se divide, se não conhecem as sertanias, o trabalho e o suor dos franciscanos?

O Governador, lavado e enxaguado nas inspirações do sindicalismo, arbitrou, em nome de um milhão de almas, que elas dependerão para sempre dos homens vestidos de ternos brancos, deitados eternamente à beira do Atlântico.

A Bahia não precisa escolher entre permanecer una ou divisível. Ela já está dividida nos corações e mentes dos sertanejos mais simples, daqueles que morrem sem atendimento médico, daqueles que estudam em barracas cobertas de lona, como na indignação daqueles que arrebentam seus caminhões em estradas esburacadas no afã de salvar as suas safras.

É legítima a aspiração dos franciscanos como são legítimas as suas eternas, e nunca atendidas, reivindicações pela integração ao Estado baiano em termos de segurança, educação, saúde e infraestrutura.

 Alguns argumentarão que as deficiências nestes setores fazem parte também do cotidiano da Capital e da Grande Salvador. E então, não pudemos, por ser sertanejos e ter escolhido o lar um pouco mais distante do local de onde se decide os destinos da Bahia, sonhar um novo Estado, uma nova comunidade oestina?

Talvez não enquanto estivermos entregues ao pragmatismo eleitoreiro de políticos. Mas, sim e com certeza, a partir do momento em que a nossa identidade sertaneja avance pelos caminhos empoeirados do Oeste, numa onda avassaladora levantada por nossa vontade.

Há 161 anos o sertão sonha com a independência do Oeste. E agora é a hora e vez de tomarmos nossa bandeira tricolor e avançarmos pelas sendas da auto-determinação.

Dilma e o jogo para a platéia.

Um pequeno, mas contundente, artigo do ator Carlos Vereza:

“Como o cinismo corrompe o caráter… A faxina da Dilma não passa de mistificação em cima de um “partido” do baixo clero, sem nenhuma expressão a não ser formar números para aumentar o fisiologismo da base “aliada”, enquanto aguardam a volta do grande Capo, o palanqueiro responsável pelas inacreditáveis roubalheiras jamais vistas neste pobre país!
Por que não faxinar o PMDB? Por que impedir a CPI sobre o Mercadante-dossiê, mais a inacreditável tarefeira Ideli Salvati?

E que tal averiguar a promiscuidade entre público e privado no governo de Jaques Wagner, na Bahia, com um secretário “extraordinário”, que não por coincidência é proprietário de empresas de engenharia? Para quê licitação?

Dilma não é inocente: quando de sua permanência na Casa Civil, ela já conhecia a corja toda, e Pagot, covarde, não teve a coragem de ratificar o que insinuara antes: que o superfaturamento “bafejara” a campanha eleitoral da senhora Dilma que está, como seu mentor, jogando para platéia…

E a “nova classe média”, que acreditou no palanqueiro e agora está arcando com a maior inadimplência sem poder honrar seus compromissos? Confiram na Serasa!

Quadrilha! Impossível encontrar outra denominação para esses bucaneiros que pretendem a permanência indefinida no poder!

Lição final do acidente da Air France é a mesma de outros

A lição deixada pelo acidente do vôo 477 da Air France é a mesma de outras tragédias: um acidente não tem uma única causa, é apenas a soma de pequenos e decisivos incidentes. Neste caso, a falha das sondas pitot; a decisão de rota alternativa para não enfrentar uma tempestade de proporções; a relativa imperícia dos dois pilotos que não entenderam o que estava ocorrendo ou entenderam tardiamente; a ausência do comandante, mais qualificado para tomar uma decisão.

O mesmo aconteceu no último acidente da TAM em Congonhas: a pista curta e escorregadia; o reverso pinado ou isolado; atitudes díspares entre comandante e co-piloto e a indecisão final entre arremeter ou “quebrar” o avião, através de um cavalo-de-pau.

Há mais tempo, o acidente do Fokker-100, também em Congonhas, que matou 100 pessoas passou também por uma série de incidentes: o reverso que abriu já na decolagem; a insistência do co-piloto em levantar a rotação da turbina que entrou em reverso, ao ponto de quebrar os cabos de conexão da manete direita e, finalmente, a indecisão do comandante, que poderia ter decidido voar em mono e pedir prioridade para o retorno à pista ou alternar para Guarulhos.

Repetimos: uma tragédia é apenas o somatório de pequenas incapacidades, mecânicas ou humanas. Aviões não são construídos para cair. Ou melhor, não caem, são derrubados.

Veja os diálogos do piloto, co-piloto e comandante. Eles estão realmente perdidos e não sabem o que está acontecendo com a aeronave.

2h10min51: alarme estol dispara

“Temos os motores. O que está acontecendo?”, diz o segundo copiloto, às 2h11min3s.
“Não tenho mais o controle do avião agora. Não tenho mais nenhum controle do avião”, responde o primeiro copiloto, que comanda o avião no momento. “Tenho a impressão de que a gente conseguiu velocidade”.

Às 2h11min43s, há um barulho na porta da cabine. O comandante de bordo volta à cabine, depois de ter sido chamado pelo segundo copiloto enquanto descansava. Fazia nove minutos que ele estava ausente da pilotagem.

“Hey, o que vocês estão fazendo?”, diz o comandante.
“O que está acontecendo? Eu não sei”, afirma o primeiro copiloto. “Eu não sei o que está acontecendo.”

Às 2h11min45s, o alarme estol para de soar por sete segundos, e depois retorna de forma descontínua. Os diálogos prosseguem da seguinte maneira:

2h11min58s (primeiro piloto): “Tenho um problema, eu não tenho mais o variômetro. Não tenho mais nenhuma indicação (de velocidade).”
2h12min04s (primeiro copiloto): “Eu tenho a impressão que estamos a uma velocidade maluca, não? O que vocês acham?”
2h12min19s (primeiro copiloto): “Agora está bom, agora deveríamos ter voltado a estabilizar as asas, mas ele não quer.”
(comandante): “Asas estabilizadas. Horizonte seguro.”
2h12min13s (segundo copiloto): “O que você acha? O que você? O que é preciso fazer?”
2h12min15s (comandante): “Eu não sei. Está descendo.”
2h12min26s: (primeiro copiloto): “A velocidade?”

Às 2h12min27s, o alarme estol volta a soar. O segundo copiloto prossegue:

“Você está subindo… Você está descendo, descendo, descendo, descendo.”
(primeiro copiloto): “Eu estou descendo agora?”
(segundo copiloto): “Descendo.”
2h12min32s (comandante): “Não, você está subindo agora!”
2h12min33s (primeiro copiloto): “Eu estou subindo? Ok, então vou descer.”
2h12min42s: (primeiro copiloto): “Na altitude, estamos em quanto agora?”
2h12min44s (comandante): “Não é possível…”
(primeiro copiloto): “Qual é a altitude?”
(segundo copiloto): “Como assim em altitude?”
(primeiro copiloto): “Sim, sim. Estou descendo agora, não?”
(segundo copiloto): “Sim, você está descendo.”
(comandante): “É… Você… Você coloca as asas na horizontal.”
(segundo copiloto): “Coloque as asas na horizontal.”
(primeiro copiloto): “É o que eu estou tentando fazer.”
(comandante): “Coloque as asas na horizontal.”

2h12min46s: O alarme estol para de apitar por dois segundos, retorna e depois para novamente às 2h12min57s.

Primeiro copiloto: “Estou tentando virar ao máximo à esquerda.”
2h13min25s (primeiro copiloto): “O que está… Como pode que a gente continue descendo tanto?
2h13min28s (segundo copiloto): “Tenta ver o que você consegue fazer com os comandos do alto. Os básicos, etc.”
2h13min32s (segundo copiloto): “Ao nível 100.”
2h13min36s (segundo copiloto): “Nove mil pés.”
2h13min39s (segundo copiloto): “Sobe, sobe, sobe, sobe.”
2h13min40s (primeiro copiloto) “Mas eu estou empinando muito há algum tempo.”
(comandante): “Não, não, não, não sobe.”
(segundo copiloto): “Então desce.”
2h13min45s (segundo copiloto): “Então me passa os comandos, me passa os comandos.”

2h13min55s: Alarme estol é acionado pela última vez, durante oito segundos.

2h14min5s (comandante):”Atenção, você está empinando.”
Segundo copiloto assume o comando do avião: “Estou empinando?”
(primeiro copiloto): “Bom, é o que é preciso fazer, nós estamos a quatro mil pés.”
2h14min18s (comandante):”Vá, puxe!”
(primeiro copiloto): “Vá, puxe, puxe, puxe, puxe.”

2h14min28s: Fim das gravações

Como se pode ver, toda a crise a bordo durou pouco mais de 3 minutos. Na situação de stol, a única coisa a fazer é tomar uma atitude de vôo que favoreça o ganho de velocidade e aumente a sustentabilidade. Mesmo a baixa altitude, em torno de 1.300 metros, era necessário que se baixasse o bico do avião, que reduziu drasticamente sua velocidade após alguns minutos na posição “cabrada” ou com o nariz para cima, em que o arrasto aerodinâmico era grande.

 

A farsa de Lula vista pelo Estadão.

“Agora, a “farsa” de Lula tornou a ser exposta em sua inteireza. O procurador-geral Roberto Gurgel, que sucedera a Antonio Fernando e acabou de ser mantido para um segundo mandato pela presidente Dilma Rousseff, pediu anteontem ao Supremo que condene à prisão 36 dos 40 denunciados por crimes que incluem formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.”

O caro leitor não pode deixar de ler o editorial de sábado, 9, do jornal O Estado de São Paulo. O editorialista resume o que foi e como foi o episódio do Mensalão. Clique no link, em vermelho, para acessar.

Um Governo sem rosto

“O governo Dilma é mesmo um governo de mulher: todo mês sangra. Submisso, não tem uma identidade própria, uma cara. É um governo que quer preservar a família, o patrimônio, os privilégios. Velho, cansado e viciado, Dilma tenta administrar a casa de um ex-marido, com vários amantes. Por isso, renuncia às próprias certezas, os sonhos, para cumprir a triste tarefa de mãe zelosa, enquanto os filhos fazem estripulias, tendo a certeza da complacência do pai ausente.”

Trecho do artigo de Petrônio Souza Gonçalves,”Um Governo sem rosto”, no Jornal Grande Bahia. Leia todo o artigo clicando no link.

Igreja se mobiliza contra o novo Código Florestal.

A Igreja Católica poderá mobilizar suas 12 mil paróquias para fazer circular um abaixo-assinado contra o projeto do novo Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado Federal.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 17, em Brasília,  pela cúpula da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que pretende criar um fórum com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente contrários às mudanças propostas na lei.

O Conselho Permanente da CNBB divulgou nota contra a flexibilização do uso de áreas de preservação permanente (APP) e contra a anistia das multas e penalidades a quem desmatou, estabelecidas no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O documento convoca os católicos “a participar do processo de aperfeiçoamento do Código Florestal, mobilizando as forças sociais e promovendo abaixo-assinados contra a devastação”. Segundo a CNBB, as decisões referentes ao código não podem ser motivadas por uma lógica produtivista que não leva em consideração a proteção da natureza, da vida humana e das fontes da vida. “Não temos o direito de subordinar a agenda ambiental à agenda econômica”, diz ainda a nota da CNBB. Da AgênciaBR.

 As igrejas devem se mobilizar sobre as grandes causas da sociedade brasileira. Assim como a sociedade brasileira deve responsabilizar as igrejas sobre as remessas de fundos do Exterior, com fins políticos nem sempre explícitos e lícitos em relação à soberania do País.

As igrejas devem também ser responsabilizadas pelos dízimos recolhidos entre os fiéis, que não pagam nenhum tipo de imposto, mas entram no sistema financeiro com objetivos de lucro e dominação cultural.

As igrejas tem muito a explicar antes de participar do jogo democrático.  

Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes: o que você tem a ver com isto?

*Artigo do Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva.

Recente pesquisa da BBC de Londres identificou que o Brasil tem sido um dos 27 países que influencia positivamente o mundo. Entretanto, as vésperas de completarmos 21 anos da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente lei 8069/90, dezesseis anos do início da Campanha para o Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes,o quadro de proteção a população infanto-juvenil não faz jus a esta constatação. No país do futebol, do carnaval, da corrupção, do sucateamento da educação continuamos com a temática da exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes.

Os números mostram o inferno a que estão submetidas as nossas crianças. Dados do Disque Denúncia Nacional (Disque 100) indicam que, desde maio de 2003 até março deste ano, foram feitas mais de 63 mil denúncias de abuso. A Bahia é o Estado que registra mais ligações (7.708), seguido por São Paulo (7.297) e Rio de Janeiro (5.563). Infelizmente, não há dados oficiais sobre o número exato de crianças e adolescentes que vivem essa realidade no país. Continue Lendo “Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes: o que você tem a ver com isto?”

Bolsonaro, o reacionário conhecido.

Está todo mundo preocupado em cassar o deputado Jair Bolsonaro. Tenho opinião contrária: é muito melhor ficar sabendo o que pensam os militares radicais, nem que seja pelas manifestações de um boca-mole que nem esse, do que ficar a mercê de uma reação inesperada da direita ultra-radical. Como diz o cartaz tradicional dos butecos pés-sujos, é melhor um bêbado conhecido do que um alcoólatra anônimo. Em política, é melhor ter os adversários e ressentidos por perto.

Um dia destes, os próprios militares mandam Bolsonaro recolher-se à sua insignificância. Eles também devem estar cansados de receber bolas nas costas do zagueiro.

Leituras de domingo: “Pacto de integridade”.

Este artigo foi escrito em 12 de agosto de 2005, por este editor, e publicado em vários jornais regionais do Rio Grande do Sul, bem como reproduzido em blogs. Recém vinha à tona o escândalo do Mensalão, Roberto Jefferson afirmava que Lula tinha chorado ao saber do plano de corrupção do seu partido e falava-se muito em planos secretos da Oposição para derrubar o então Presidente.

Santa ingenuidade a do jornalista que escreve no fragor dos acontecimentos. Mas já sentíamos que o PT tinha um plano de prolongar-se no poder a qualquer custo. Reproduzimos o artigo como testemunho que pressentíamos que a verdade ia prosperar. No entanto, os réus do mensalão, passado quase 6 anos, ainda não foram julgados pelo STF, apesar da condenação no Congresso e, pior, sentença tácita da sociedade. Leia o artigo:

“As nuvens negras que se abateram sobre o Governo nestes últimos dias, com a sucessão de denúncias sobre corrupção, impõem uma série de questionamentos ao cidadão comum:

1) As autoridades acreditam mesmo que, dentro dos parâmetros de uma democracia institucional, é plausível roubar o dinheiro público em completa impunidade? Ou a soberba e a prepotência do poder empanam a visão desses mesmos dirigentes da nação?

2) O deputado Roberto Jefferson, autor confesso de vários crimes eleitorais, pode permanecer por quanto durarem os processos investigatórios, titular de seu mandato eletivo e de suas imunidades parlamentares?

3) Roberto Jefferson foi apenas o estopim que uma grande conspiração oposicionista acendeu para colocar a administração Lula de joelhos ou é o resultado da prepotência do ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu?

4) Quem são os verdadeiros chefes e mandantes do crime de Santo André? Ali começa tudo ou foi apenas a porção visível e burra de um monstruoso plano de corrupção orquestrado para levar o Partido dos Trabalhadores ao poder?

5) A quem interessa, com exceção de Roberto Jefferson, salvaguardar a inocência do Presidente da Nação desde o processo eletivo até os dias de hoje? Lula pode alegar desconhecimento de causa, mas não o desconhecimento de aritmética. Sua campanha ao longo de 20 anos para ascender à presidência da República custou quanto e foi paga por quem?

6) Podem pessoas como Lula, José Dirceu e Genoíno, com personalidades políticas forjadas na dura luta pela volta do País à democracia, pensarem que a corrupção é o única saída para um plano de perpetuação no poder?

7) Pode o Governo nomear 20 mil cargos de confiança e ter confiança nos ocupantes desses cargos?

8 )  O poder corrompe? Todos são corruptos no poder? Existe salvação para esta jovem nação e seu jovem parlamento?

9) Pode o Governo imaginar que a corrupção instalada, em seus vários níveis, desde o início da República e até mesmo nos tempos do Império, não seria passível de permear-se no seio do empresariado, das instituições, da população? Quem veio primeiro: o eleitor descompromissado com o Governo, que não sabe exercer sua cidadania, ou os governos que perpetuam a ignorância no seio da Nação, e este é o pior dos crimes, com o objetivo precípuo de preservar o poder, obtido nem sempre por meios lícitos?

10) Estamos progredindo com a nossa capacidade de evitar a corrupção? Aprendemos alguma coisa com o casuísmo de Sarney para ficar mais um pouquinho na cadeira de Presidente; com a queda de Collor; com o processo de reeleição de Fernando Henrique; com as mazelas da privatização?

Na realidade não foi só Lula que chorou, se chorou, marido enganado da república. Nós choramos, nós os 53 milhões de eleitores que elegeram Lula, que pensaram, infantilmente, que a condução ao poder do Partido dos Trabalhadores era um pacto de integridade, que instalava-se na época um primado da ética e dos bons costumes, que a Nação finalmente encaminhava-se para o princípio do fim da injustiça social, da corrupção e do desgoverno. Pensávamos, ingênua e caricaturalmente, que se erguia, por fim, da justiça, a clava forte.

Um comentário definitivo sobre o carnaval.

O  cardiologista Cleber Winkler catou na internet e nós reproduzimos aqui o vídeo com uma opinião fantástica sobre aquilo que outrora se chamou uma “festa popular”, o carnaval. A jornalista é Rachel Sherazade e seu comentário foi ao ar no “Tambaú Notícias”, jornal local da TV Tambaú, de João Pessoa.

Um minuto de silêncio para os poderosos da imprensa.

O quê a sociedade baiana tem de se perguntar sobre o episódio da demissão de um jornalista do jornal A Tarde, o principal do Estado? Jornais importantes do País, como a Folha de São Paulo e os portais Terra e G1 não repercutiram em vão a notícia, inclusive com os seus desdobramentos, como a greve relâmpago de ontem à tarde. As conclusões mais lógicas são que na verdade os verdadeiros patrões dos grandes veículos de comunicação são os anunciantes e os detendores do poder instituído. Manda quem pode e obedece quem quer preservar o emprego.

No entanto, a equação desta relação pode não ser tão simples. Ao agirem pela demissão do jornalista, os empresários voltaram contra si os holofotes do problema, além de chamar a atenção de toda a classe, que, por mais desunida que pareça, sempre se une nos momentos críticos.

Samuel Celestino, presidente da Associação Bahiana de Imprensa, afirmou hoje em seu portal, em artigo assinado, que “a entidade entende que nenhuma força – econômica, política ou social – se impõe sobre os valores maiores dos homens livres.”

Disse mais: “ À frente de tais valores, se agiganta a força da liberdade de imprensa, da livre expressão, do livre dizer, do direito de informar e de ser informado. Em uma síntese, é nesse conjunto de valores que se sustenta a democracia, essência que alicerça os homens iguais.”

A diretoria do jornal A Tarde desmentiu que a empresa jornalística esteja em processo de transferência de controle acionário para os empresários do ramo imobiliário que pressionaram pela demissão do jornalista.

Por outro lado, é bom saber, o que posso testemunhar em 43 anos de trabalho na imprensa, que os governos passam, o arbítrio se extingue, os grandes veículos de comunicação e seus patrões pelegos quebram. A par disso, sempre existirá um jornalista determinado, um jovem sonhador, imbuído dos mais lídimos anseios, que faça valer a verdade de que só a imprensa estabelece o consenso e o aperfeiçoamento da sociedade. Nem os grandes – ou pequenos – títeres do poder e do mercado poderão obstar tal verdade. Ainda mais agora, que a imprensa livre serve-se de ferramentas modernas, sem patronagens comprometidas, que a internet lhe proporciona.

Machadadas.

QUEM É ESSA MULHER?

Com essa pergunta Chico Buarque começa a musica “Angélica”, em homenagem a Zuzu Angel e é a mesma pergunta que fazemos hoje em dia. No comando da nação Dilma Roussef; no Maranhão, Roseana Sarney; da AMA-LEM, Maria Zelinda; da ABAPA, Isabel Cunha; da Secretaria de Saúde, Dra. Maira Santa Cruz; na Educaçao Ana Amélia, na Secretaria de Ação Social, Alessandra Hillmann, na Secretaria de Cultura, Teresa Nemoto. Sem contar as milhares de famílias comandadas por mulheres. Em relação a LEM, Dr. Humberto Santa Cruz mostrou ser um homem a frente de seu tempo. Elas estão ai, devem e merecem serem respeitadas.

500, MIL, MILHÃO

O mundo se espanta com os desastres “naturais” que assolam hoje, principalmente a região serrana do Rio de Janeiro. Por que o espanto? É a primeira vez que ocorre este fenômeno? Nos anos anteriores foi praga divina? O que ocorre nos dias atuais nada mais é do que uma reprise incomoda do que sempre acontece todos os anos. Culpar a meteorologia, a precipitação pluviométrica, as chuvas, até o coitado do São Pedro que não tem culpa nenhuma é a atitude covarde de governos incompetentes e inoperantes. Quantos terão que morrer antes que se tomem providencias efetivas, concretas, reais. A ocupação é absurda? Sem sombra de duvida, porém o homem é o maior responsável por tudo isso. Efeito Estufa, Crise Global do Clima, tudo ocasionado pelo homem.

REFORMA X REFORMA

Equivoca-se quem pensa que a reforma administrativa não é política, da mesma forma quem pensa ao contrario. Cabe agora ao nosso prefeito converter esta reforma em cacife político para as próximas eleições. Como diz Sun Tzu, vários são os fatores que transformam um general em vencedor ou derrotado. As suas escolhas e decisões são uma delas.

CAMARA X DP

Respeitam-se as doutrinas administrativas que norteiam a atuação de lideres e liderados, porém deixar a míngua o atendimento de uma população tão carente em termos de segurança é no mínimo desrespeitoso. Conseguem dar nó em pingo d’agua, mas não conseguem manter um numero mínimo de pessoas para o atendimento ao publico. Repensem senhores edis as conseqüências de seus atos: daqui há menos de 2 anos tem eleição. Aquilo que fizerem hoje refletirá na eternidade de outubro de 2012.

MUDANÇAS

Podemos mudar o mundo, mas parece que não conseguimos mudar coisas simples como respeito, educação, bom senso, vergonha. As mudanças começam no nosso interior.

IMPACIESSIONE

Chega ao fim a novela de Silvio de Abreu, ufa, ate que enfim, e segunda começa uma nova, “Insensato Coração”, de Gilberto Braga, cujos motes são traições, golpes, armações, escaladas sociais, é Passione sem o Totó, a Chiara, a Bete Gouveia e toda a trupe. Muda o titulo, mudam os atores, mas os núcleos sócio-sacanas-afetivos permanecem os mesmos. Que saudades de Mamãe Dolores.

POETINHA

Mais de 30 anos nos separam da morte de Vinicius de Moraes, que tinha entre seus hábitos deitar em sua banheira acompanhado de um copo de uísque, as vezes uma bela mulher, compondo e cantando suas canções. A sua obra permanece imortal, incomparável, inimitável. Gênio do século passado. Vinicius costumava dizer que o Uísque era o cachorro engarrafado, o duro é o latido desse cãozinho. Faz falta ante as porcarias que se ouvem hoje em dia. Será que Geyse Arruda também vai cantar em “Punta Del Leste, no Paraguai”?

Por Mário Machado Júnior, advogado.

Opinião: “Propaganda Enganosa”.

O portal Novoeste reproduz hoje artigo de Itapuan Cunha, que lamenta a propaganda do Governo Jusmari Oliveira. A Prefeita apropria-se de obras que não são suas, na falta de obras genuínas da administração municipal:

“Ultimamente, através de forte propaganda na TV Oeste, a Prefeitura da “cidade mãe”, começou uma campanha para “conscientizar” a população barreirense sobre diversas obras em andamento, começando, enfim, a recuperar os dois primeiros anos perdidos. (?) Não foi explicado porque tanto tempo foi desperdiçado. Certo é que nossa cidade pagou muito caro por uma inércia injustificada, pois a receita bruta do município no período beira os 500 milhões de reais. Como nenhuma obra de vulto foi executada, a não ser as eleições do 1º damo e da presidente Kelly, o povo pergunta: e o que sobrou, como foi gasto? O que é voz corrente é o fato da inadimplência comprovada da prefeitura, que não paga aos fornecedores (hoje são poucos que se aventuram em fornecer ao município), não paga a complementação aos professores, 13º dos contratados e boa parte dos concursados, etc.

Há quem afirme tratar-se de uma veiculação inverídica, pois não há uma explicação plausível para justificar o período em que nossa prefeitura realizou tão somente dois carnavais e duas exposições e outros empreendimentos de pequena monta, a exemplo da malfadada operação tapa-buraco. Hoje, com a chegada das chuvas, vê-se que o dinheiro do tapa-buraco desceu pelo ralo, de tão mal feito.

Na propaganda oficial a “cidade mãe” apregoa que finalmente as obras prometidas estão em andamento, a exemplo do Anel Viário, do esgotamento sanitário, das casas populares e da chegada do SAMU.

Para quem não sabe, o Anel Viário é uma obra projetada, realizada e fiscalizada pelo governo federal, sem qualquer ingerência da nossa prefeitura.

O esgotamento sanitário também é uma obra totalmente financiada pelo governo federal e executada pela Embasa, órgão do governo do estado da Bahia, por deferência do governo  “cidade mãe”, contrariando decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, que proferiu sentença para que a exploração do esgotamento sanitário e o fornecimento de água à população passassem a ser de responsabilidade da Prefeitura de Barreiras. Processo movido pelo vereador Carlos Tito, esnobado pela “cidade mãe”, decisão totalmente alheia aos interesses do nosso município. Outra: segundo acordo com a protegida Embasa a “cidade mãe” assumiu a responsabilidade de pavimentar as ruas esburacadas pela estatal baiana, nas obras do esgotamento sanitário, mas não está cumprindo o que acertou, fazendo com que a “comissão de fiscalização de obras” da Câmara de Vereadores deixe de cobrar da Embasa aquele serviço. Para alguns vereadores, portanto, que já não trabalham nadica de nada, sobrará mais tempo para a politicalha.

As casas ora construídas na saída para Riachão das Neves, são totalmente financiadas pela Caixa Econômica Federal, como também serão as que serão erguidas também na saída para Riachão das Neves e a execução é também de responsabilidade do governo federal, via PAC.

Qualquer cidadão sabe que o SAMU é mais uma conquista outorgada pelo governo federal, que fornece as ambulâncias, peças de reposição, paga seus funcionários, etc. Não é, como está sendo difundido, uma obra da “cidade mãe”.

A política, após a era Lula, tomou novos rumos, pois a exemplo da nossa “cidadã mãe”, o governo estadual reforça substancialmente a divulgação de suas (?) obras utilizando-se de serviços do PAC, de casas populares, de saneamento básico (Barreiras incluída), extensão da pista do aeroporto de Barreiras (emenda da bancada baiana na comissão do orçamento federal), ferrovia oeste/leste e até da transposição das águas do rio São Francisco. Não é à toa que se propaga que o governador baiano, neste ano de eleições, gastou mais com propaganda do que com as pastas de educação, saúde e segurança. Meu Deus, a mentira hoje está oficializada, como num passo de mágica.

Resta aos nossos habitantes que se informem com detalhes das coisas que acontecem na administração da “cidade mãe”. É um dever cívico e todos devem fiscalizar os atos e fatos da administração da prefeitura. Assim agindo, estamos praticando os ditames da carta magna. Também é de bom alvitre fiscalizar o andamento das decisões dos senhores vereadores, que quase nada fazem e ainda dão poderes plenipotenciários à nossa gestora, que não mais necessitará autorização da Câmara para a maioria de suas ações à frente da prefeitura. Ou os vereadores primam pela subserviência ou simplesmente são omissos, deixando para a senhora prefeita fazer o que entender para conduzir o barco “cidade mãe”, que navega em águas mansas. Triste Barreiras!”

Itapuan Cunha
icunha1@hotmail.com

Foi uma vitória de Pirro?

O rei Pirro chega à Itália.

Como o rei Pirro, ao derrotar os romanos na batalha de Heracleia, com pesadas perdas em suas fileiras, Lula teve uma vitória que deixou nódoas indeléveis em suas tropas. Ao permitir um segundo turno, o comando petista perdeu a oportunidade de ganhar no grito.

E agora, mesmo com os ganhos relevantes no Senado, nas Câmaras e Assembléias, vai ter que expor suas chagas em um desgastante debate.

São muitas essas mazelas, é muito o lixo para varrer para debaixo do tapete e o processo pode custar caro.

As oposições terão chance de reordenar suas fileiras, trazendo a imagem de Fernando Henrique e Aécio Neves para o proscênio.

Resta saber se:

1) Serra vai jogar pedras no incomensurável telhado de vidro de Dilma.

2) Não vai teimar em esconder o Governo Fernando Henrique, que, junto com Itamar Franco, refundou esta tão vilependiada república.

Efetivamente, não foi uma vitória. Antes, o aviso de um desastre anunciado.

Cresce o apoio ao manifesto do Direito da USP.

O jornal O Globo publica hoje, em seu portal da internet, o seguinte relato:

Lançado na quarta-feira na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o “Manifesto em defesa da democracia e da liberdade de imprensa” reunia até a tarde deste sábado cerca de 35,6 mil assinaturas, segundo o site http://www.defesadademocracia.com.br, que divulga o documento e recolhe adesões. Endossam o manifesto personalidades como os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.; o arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns; o ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira; o ex-presidente do STF Carlos Velloso; o ex-ministro Pedro Malan; e o escritor Ferreira Gullar.

O mal a evitar.

Reproduzimos, como fizeram centenas de blogs, sites e portais de notícia, a íntegra do editorial do jornal O Estado de São Paulo, deste domingo 26. Um poderoso libelo contra os mal-feitos e malfeitores que aparelham o Estado com apenas um objetivo: perpetuar-se no poder. O texto, compreensível e articulado na exposição de suas idéias, deve ser reproduzido à exaustão nos meios eletrônicos de todo o País.

A acusação do presidente da República de que a Imprensa “se comporta como um partido político” é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre “se comportar como um partido político” e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apóia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o país.

Efetivamente, não bastasse o embuste do “nunca antes”, agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada? É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa – iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique – de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia – a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o “cara”. Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: “Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?” Este é o mal a evitar.


Democracia virtual.

Fernando Henrique Cardoso, o homem que reiventou o País após 20 anos de ditadura e da incúria dos governos que a seguiram, faz, neste domingo, no jornal O Estado de São Paulo e em outros importantes periódicos do País, um exemplar libelo contra a situação de desmazelo frente às nossas mais sagradas instituições democráticas. O artigo em sua íntegra:

Vivemos uma fase de democracia virtual. Não no sentido da utilização dos meios eletrônicos e da web como sucedâneos dos processos diretos, mas no sentido que atribui à palavra “virtual” o dicionário do Aurélio: algo que existe como faculdade, porém sem exercício ou efeito atual. Faz tempo que eu insisto: o edifício da democracia, e mesmo o de muitas instituições econômicas e sociais, está feito no Brasil. A arquitetura é bela, mas quando alguém bate à porta a monumentalidade das formas institucionais se desfaz num eco que indica estar a casa vazia por dentro. Continue Lendo “Democracia virtual.”

Quer saber como está seu País?

Não acredita mais no diz o governo? Não crê nas notícias que lê e ouve? Desconfia da imprensa que “serve” ao poder público e dele se serve? Ora, se você é um (a) daqueles (as) que deseja realmente saber como está o seu país, isso é uma tarefa fácil. Para tanto, talvez nem seja tão necessário assim recorrer à imprensa, e muito menos ouvir a versão oficial propagada pelo governo. Como? Saia às ruas e comece a ver, in loco, os níveis da desigualdade social, da pobreza, da miséria, da violência urbana. Leia na íntegra este instigante artigo do professor Marcus Eduardo de Oliveira. Continue Lendo “Quer saber como está seu País?”

Guilherme Fiuza e as relações do PT com as FARC.

Vale a pena dar uma lida no artigo de Guilherme Fiuza, nos blogs da Época, sobre as relações do Partidos dos Trabalhadores com o pó que a Colombia exporta:

“O PT está indignado com a acusação de que tem ligações com as Farc e o narcotráfico. A explicação é simples: o partido pensava que aquele pó branco que os companheiros colombianos vendem era açúcar.”

Sofismas paranóicos do torcedor canarinho.

O Estádio Morumbi foi vetado pela FIFA; o retranqueiro Parreira tomou, junto com os Bafana Bafana, um chocolate do Uruguai; os anões do Dunga ganharam com muito esforço da seleção coreana (do norte) classificada em 103º no ranking da FIFA. Sei não! Acho que o futebol brasileiro está sendo vítima de uma conspiração. E os argentinos, como sempre, são os culpados. O Maradona, por exemplo, resolveu atacar o Pelé. Deve ser síndrome de abstinência.

A Economia e a Vida.

É imprescindível condenar o individualismo que reina às soltas nas noções iniciais de economia e incorporar, em seu lugar, os princípios da economia solidária pautadas na cooperação. Por fim, as técnicas econômicas precisam ser redesenhadas pondo os meandros da macroeconomia à serviço de um bem maior: a vida; afinal, cabe reiterar, o fim é a vida, e, o meio, pode ser a ciência econômica.

O libelo do economista Marcus Eduardo de Oliveira, neste contundente artigo, fala de uma nova visão da economia.

Talvez o maior erro do sistema capitalista seja o fato de ter baseado a vida econômica na acumulação de capital, identificando isso como sinônimo de progresso.

Nesse sentido, acumular significa, grosso modo, enfatizar o “ter”, em detrimento do “ser”. Essa é a característica emblemática de um sistema que se assenta sobre todo e qualquer modo para se atingir essa finalidade; razão pela qual a exploração, em toda sua plenitude, é largamente observada na maneira e nos modos como esse sistema opera.

Pois bem. Ao ler o ensaísta equatoriano Eduardo Mora-Anda (A História dos Ideais), que faz consistente crítica sobre a maneira de proceder desse sistema, verificamos que “o capitalismo supõe que o dinheiro é fértil e deve produzir lucros, o que é mentira, porque o dinheiro, de per si, sem trabalho, não produz nada”.

No entanto, a ciência econômica, à lá mercantilização capitalista da vida, insiste em inverter essa situação e apregoar dentro dos mecanismos que comandam o mercado, que dinheiro gera dinheiro, que dinheiro trás felicidade. Continue Lendo “A Economia e a Vida.”

Debates: economia social e humana.

Artigo de Marcus Eduardo de Oliveira (*)

A Economia (enquanto ciência e atividade produtiva) “somente será viável se for humana, para o homem e pelo homem”. Essa frase, interessante pela abrangência social, é atribuída ao papa João Paulo II (Karol Voitjila, 1920-2005).

Para iniciarmos essa conversa, um fato importante precisa, antecipadamente, ser ressaltado: uma economia com uma face mais humana e social, preocupada e centrada em análises das questões sociais, tem sido constantemente sufocada em nome de modelos microeconômicos distorcidos, típicos da economia convencional, que são dirigidos em favor dos ganhos cada vez maiores na escala especulativa, atendendo, assim, uma minoria de privilegiados. Continue Lendo “Debates: economia social e humana.”

Os Escravos do Voto.

O advogado Joel Ferreira Ribeiro, articulista exclusivo do Jornal O Expresso, escreve instigante artigo sobre o momento político em que vivemos. Ele é incisivo e consolida texto definitivo sobre o assunto quando afirma: “O voto nos escraviza e nos liberta. Se elegermos os candidatos que se valem da estrutura pública para autopromoção; que fazem campanha eleitoral antes do tempo; que espalham a mentira travestida de verdade, continuaremos reféns e escravos.” O artigo:

O ser humano, ao longo da história busca por uma incansável evolução, em todos os sentidos, ou seja, sempre empreendeu seus esforços por uma vida melhor, por dias melhores, por conforto, etc..

Em nome desse progresso, dessa evolução, ou qualquer outro nome que se queria dar, muitas guerras foram declaradas, muitos tribunais foram criados, tiranias constituídas, impérios ruíram, forcas e guilhotinas se disseminaram mundo afora.

A evolução e o progresso da humanidade está visceralmente ligada ao PODER e os detentores desse poder determinam os destinos dos demais, seus escravos anônimos e idiotizados, pois sequer percebem a escravidão.

Outro dia recebi uma mensagem eletrônica com uma carta que um cidadão endereçou ao Presidente da República, onde expõem com extrema clareza e desenvoltura todos os desmandos do governo federal, que, aliás, ecoam pela maioria dos governos estaduais e municipais do Brasil. Continue Lendo “Os Escravos do Voto.”

Na Bahia, nem casa, nem vida.

O pré-candidato do PMDB, Geddel Vieira Lima, sofre, nesses primeiros dias de campanha, de um constrangimento tão pastoso que se pode cortar com faca: precisa apontar as mazelas de Jaques Wagner, seu concorrente direto a um segundo turno, mas não pode falar mal do Partido dos Trabalhadores, pois gosta de aparecer em fotos com o nosso Grande Timoneiro, faturando uma ponta da popularidade do mesmo. Mesmo assim Geddel, que não tem papas na língua, manda ver no seu blog, no twitter e nos encontros do interior. Veja esta:

O atual governador da Bahia recentemente viajou mais de 800 k para ir até Porto Seguro  entregar 32 casas populares, sem ligação de água, sem esgoto, sem energia elétrica e sem sequer pintura, em ruas sem pavimentação. A realidade do programa federal na Bahia. Mas se nada disso havia nas “casas” assim mesmo entregues, havia banda de música, carro de som tocando jingles da propaganda do governo e –acreditem- 12 viaturas em exposição,destinadas às polícias Civil e Militar, para cobrirem –acreditem novamente- 11 cidades da região.

Quem quiser ler mais deve fazer uma visita, com cuidado, no Blog do Geddel.

O grande problema da Bahia é o mesmo do Brasil: governantes vorazes no trato com o dinheiro público, empreguismos, politicagens e total incapacidade administrativa. No entanto, levanta-se mais alta esta tragédia no território baiano: quase 60% de analfabetismo funcional; ausência do estado na saúde, na segurança e na educação; currais eleitorais onde se revezam no poder seres indeliniáveis; o parco desenvolvimento agrário nas regiões de caatinga; e a imensidão territorial entregue a tiranetes de pouca ética. Salve Bahia, tão rica e tão pobre.

O Petróleo ainda vale a pena como principal matriz energética?

Hoje um amigo, gente humilde, mas muito bem informado, me questionava: se a British Petroleum e os Estados Unidos, operando no Golfo do México, a apenas 2.500 metros de profundidade, permitem um desastre das proporções do que está acontecendo, imagine a Petrobrás operando no pré-sal, a mais de 7.000 metros, sob ordens do comissariado do PT? Dá no que pensar, não dá?

O Brasil tem quase 100 gigawatts de potencial de energia eólica e outro tanto da soma de energias limpas, além é claro de um potencial interminável de etanol. Não precisa investir 500 bilhões de dólares, que na verdade não tem em caixa, na aventura do pré-sal. Por enquanto, o pré-sal é mesmo só marketing.

Um minuto de silêncio para Lula na TV.

Lula foi a TV agora à noite para saudar os “companheiros trabalhadores”. Na realidade o nosso Grande Timoneiro não é trabalhador há mais de 30 anos e se foi engraxate e torneiro-mecânico nem lembra mais. A aparição de Lula foi pura propaganda eleitoral, com auto-elogios à sua política econômica.

Do mesmo modo, o texto do cineasta Michael Moore, publicado na revista TIME para justificar a escolha de Lula como um dos 25 líderes políticos mais influentes do mundo, é um festival de baboseiras.

A grande e sólida verdade é que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva perdeu, de maneira desassombrada, o bonde da história, quando, em 8 anos de Governo, após receber uma economia estabilizada e um país mais confiante, deixou de fazer reformas profundas, principalmente na educação, com objetivo de resgatar seus companheiros engraxates e operários. Preferiu contemplá-los com esmolas farisaicas e ganhos sociais de valor duvidoso.

Um minuto de silêncio para aqueles que entendem o sr. Da Silva como um estadista.

Artigo de ACM Neto: “O carlismo não morreu”.

O deputado federal ACM Neto escreve artigo contundente  em que afirma que a Bahia do presente sente falta do senador ACM, tendo em vista, principalmente, a conotação negativa que alguns filhos do próprio carlismo dão ao termo.

“Nos últimos tempos, tenho lido muitos artigos sobre o fim ou não do carlismo. Antes de nos precipitarmos em conclusões superficiais, comuns em anos eleitorais, é preciso entender o que significa essa marca plantada na Bahia há mais de 40 anos. Em primeiro lugar, nenhum cientista, acadêmico ou político batiza uma era sem que essa etapa seja pintada com cores fortes. Continue Lendo “Artigo de ACM Neto: “O carlismo não morreu”.”

Enfim, a Justiça para Haroldo Uemura!

Carlos Minc, dedinho maroto em riste, diante de toda a imprensa do País, gentilmente transportada por conta do contribuinte. Foto Luís Tito, da AG A Tarde.

Sérgio Pitt, vice-presidente da AIBA, escreve incisivo artigo sobre o episódio da Operação Veredas, cinematográfica ação do ministro Carlos Minc, que perpetrou injustiça irreparável com um agricultor. Agora, Haroldo Uemura, obteve vitória na Justiça, provando o erro e a sua isenção.

Um caso absurdo de abuso de poder e linchamento ante a opinião pública teve um desfecho justo – ainda que tardio – este mês. Trata-se da vitória do agricultor do município de Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia, Haroldo Hidekazu Uemura, contra a União e o IBAMA, obtida no dia 10 de março último por meio de Sentença de Mérito proferida pela juíza federal  substituta da 17ª Vara de Brasília, Cristiane Pederzolli Rentzsch. Em uma argumentação que será sempre referência de coerência e probidade, ela julgou procedente a defesa de Uemura, restituindo a este agricultor as terras e as máquinas confiscadas de maneira inconstitucional, além de parte da dignidade, já que os estragos de uma mentira dificilmente se reparam.

Continue Lendo “Enfim, a Justiça para Haroldo Uemura!”

Como uns vão acusar os outros?

De Maurício Ricardo, o chargista, no twitter:

Pois é. Como é que bispos que escondem pedofilia vão poder criticar os que escondem dinheiro?

Nós afirmamos: e vice-versa! Como os fanáticos que enganam o povão com essa história de dízimo vão criticar os padres pedófilos? A verdadeira fé independe de intermediários, como pastores, padres, bispos, cardeais, cantores gospel, programas da madrugada na TV, festivais de milagres e, principalmente, de fanáticos de toda ordem, aqueles que querem convencer os outros de que têm o número do celular de Deus. O Senhor deve estar cochilando. Do contrário, mandaria um raio na cabeça dessa fauna de exploradores.

Assessor de Lula critica presidente do Supremo. Pode?

O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta sexta-feira que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, “deveria falar mais nos autos do que nos microfones”. Mendes tem criticado as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamando das ações da Justiça Eleitoral. Segundo Garcia, as críticas de Mendes não vão provocar nenhum mal-estar entre os Poderes, mas o presidente do STF deveria ser mais cauteloso com as palavras para evitar a exposição da Suprema Corte:

“Olha se fosse criar aresta, as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal já teriam criado muito mais arestas. O presidente do Supremo Tribunal Federal deveria talvez falar mais nos autos e menos nos microfones. Um presidente da Corte Suprema deve falar mais nos autos. Essa é a boa tradição jurídica brasileira. Não é se preservar, é preservar o Supremo”.

Informações da Folha Online.

Desigualdade social, política assistencialista e democracia.

O advogado André Rossete Cardozo analisa, em artigo de fundo, nossa realidade social com cenários históricos e atuais, dentro de uma perspectiva de futuro próximo. “É inevitável afirmar que a diminuição da desigualdade é uma condição sine qua non para a consolidação do regime democrático no país.” Continue Lendo “Desigualdade social, política assistencialista e democracia.”