Para o senador, o presidente é um risco de morte para os brasileiros.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, afirmou nesta sexta-feira (18), que a Comissão discute a possibilidade legal de investigar Jair Bolsonaro pelos crimes cometidos no enfrentamento à pandemia acrescentando que o presidente representa um risco de morte: “Tem um louco na presidência que todo dia atenta contra a vida dos brasileiros”, disparou.
“Isso é uma análise que estamos fazendo, refletindo e meditando, ouvindo as instituições. Se a Comissão Parlamentar de Inquérito puder diretamente investigar o presidente da República, queria, de antemão, avisar que nós vamos investigar sim”.
“Mesmo não podendo convocar e não podendo investigar, a CPI vai ter que responsabilizar, sim. Diante de provas, não há como não responsabilizar”.
Uma última atualização do portal Jornalistas Livres, indica que agora já são 408 atos confirmados pelo Fora Bolsonaro a ser realizado no dia de amanhã:
“Continuamos ocupando às ruas e as redes sociais na luta por Vacina no Braço, Comida no Prato e pelo Impeachment do Bolsonaro e de seu governo Genocida. Se o 29M foi bonito, este será mais ainda! Importante que todas e todos sigam as medidas de proteção possíveis, para caminhar lado a lado em defesa da vida, por vacina para todos e por impeachment já”
O líder da Oposição a Bolsonaro, Lula da Silva, ainda não confirmou sua presença nas ruas.
O Sobrenatural de Almeida ataca, agora na Petrobras. Segundo os sindicatos dos engenheiros e petroleiros, o Departamento Médico da empresa vem receitando o “Kit Covid” para os funcionários. Com um general no comando e a influência do “Cavaleiro da Porca Alice”, estão sacrificando os funcionários da maior empresa do País com remédio para maleita e para vermes. Valha-me Nossa Senhora da Bicicletinha!
WW aparece e ganha audiência secreta.
Wilson Witzel, mesmo com um habeas embaixo do braço, foi à CPI do Genocídio, confirmou a pressão sob o porteiro do condomínio “Morrendas da Barra”, onde residem vários milicianos de escol, um deles proprietário de 116 fuzis. O ex-juiz parcial de Curitiba, hoje auto-exilado Sérgio Moro participou do crime. O porteiro dizia que no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco o motorista dos atiradores pediu para ser anunciado na casa do então deputado federal Jair Messias. Witzel ganhou uma audiência secreta para falar sobre o assunto.
Deu ruim
Carlos Wizard, eminência parda da República e financiador de campanhas de extrema-direita, tentou obstar a quebra dos seus sigilos telemáticos e financeiros. A ministra Rosa Weber, do STF, não concordou com a sua petição.
Terraplanistas
A CPI do Genocídio já marcou os depoimentos de Osmar Terra e Filipe Martins. Imperdíveis.
O verdadeiro preço do “Grilo”.
Hoje um agricultor me esclareceu. O gigantesco grilo de terras da região da Coaceral tem valores mais altos do que venho divulgando. São 366.000 hectares de terra que por baixo valem 200 sacas de soja por hectare.
Sem contar as edificações e a parte mais cara, a correção de solo.
A R$150,00 a cotação da saca, no soja balcão, a conta sobe para 10,98 bilhões de reais, assim com B de batata como costuma dizer o Coroné Ciro. Os mentores e operadores enquadrados na Operação Faroeste chegaram a movimentar um pouco mais de R$1,2 bilhão.
Forte esquema investigativo.
Amanhã a Segurança Pública da Bahia, Polícia Federal e membros do Ministério Público, baiano e federal, baixam em peso em Barreiras e Região para investigar os últimos passos da Operação Faroeste. A Operação Faroeste entra em sua 2ª Onda depois da prisão de desembargadores, juízes e advogados.
Pelo que se diz, o crime de assassinato não permanecerá impune.
Posando com fuzil
Além de hastear as bandeiras, nos mastros eretos, e posar ao lado de extremistas com fuzis em riste, o que veio fazer em Luís Eduardo Magalhães o deputado federal Eduardo Bolsonaro, conhecido também como Dudu Bananinha. A base eleitoral do dito cujo está no mínimo a 1.700 kms de Luís Eduardo, em São Paulo.
O povo está se mexendo forte, em Luís Eduardo, Barreiras e no resto dessa grande pátria baiana com vistas às eleições de 2022. E tem gente já pensando e maquinando que 2024 passa por 2022.
E como dizem os nordestinos mais antigos, político em campanha é como burro carregado de cana: até a bunda é doce. Depois que sentam na cadeira ficam numa amargura dos diabos.
Oficiais ouvidos pela Pública dizem que Bolsonaro perdeu apoio entre os militares após demissão de comando das Forças Armadas e está longe de poder falar em “meu Exército”
Por Vasconcelo Quadros
Rompido com o presidente Jair Bolsonaro desde que a gestão da pandemia se revelou um desastre, o general Paulo Chagas – ex-candidato ao governo do Distrito Federal em dobradinha com o então candidato Bolsonaro – avalia a crise militar com a lembrança de um episódio que explica a incursão do militarismo pela política nos últimos 60 anos. “A atitude de Bolsonaro lembra o Jânio Quadros”, disse Chagas à Agência Pública, se referindo ao ex-presidente que, em 1961, renunciou na expectativa de gerar comoção para voltar ao poder pelos braços do povo. A renúncia abriu caminho para o golpe, dois anos depois. “A história não se repetirá porque os sinais estão trocados”, acrescenta.
Resguardadas as proporções históricas, segundo oficiais da reserva ouvidos pela Agência Pública, o Bolsonaro que emerge da crise, gerada por ele mesmo ao tentar envolver o Exército na busca de apoio para decretar um estado de sítio que também visava o controle das PMs, perdeu o apoio do alto oficialato militar, se viu forçado a mergulhar no toma lá dá cá da política nos braços do Centrão e colocou-se ao alcance de um provável processo de impeachment no Congresso. Como Jânio, segundo Chagas, Bolsonaro errou o tiro e acertou o próprio pé.
“Ele blefa”, resumiu à Pública o general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria Geral de Governo, outro aliado de primeira hora que virou desafeto. “É zero a chance de os comandos militares se guiarem pela cabeça de outro ou de interesses fora da Constituição. Não tem furo nessa tela. As Forças Armadas são muito bem comandadas, tudo gente de primeira linha. Pode colocar lá quem quiser”, afirmou o general, descartando qualquer possibilidade de apoio militar às intenções golpistas.
Ânimos calmos depois da confusão, Santos Cruz garante que os novos comandantes militares manterão fidelidade à Constituição, rechaçando, como os anteriores, eventuais apelos do presidente para que respaldem medidas de exceção. O general acha que Bolsonaro deveria vir a público e explicar as mudanças que, segundo ele, podem ser normais em cargos políticos – como a demissão do ex-ministro Fernando Azevedo e Silva, da Defesa – mas fogem do padrão quando envolvem interferência nos comandos da tropa.
“Não tem explicação. Os comandos são operacionais e não políticos. Não tinha crise nenhuma. Acho que ele deveria explicar à população o que houve e porque demitiu o ministro. Não usou a comunicação do governo para falar e nem deu uma informação oficial. As pessoas ficam confusas, trabalhando com suposições”, disse o ex-ministro.
Nesta quinta-feira, em sua tradicional live pelas redes sociais, o presidente elogiou o novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto como novo ministro da Defesa, negou que tenha politizado a pasta, mas foi lacônico e enigmático ao tratar da crise. “Só nós aqui sabemos o motivo, basicamente, disso tudo. Morre aqui. Não tenho que discutir nada”, afirmou o presidente.
Para Santos Cruz, a crise militar desviou o foco das questões centrais. “Há problemas sérios no país, como a pandemia, um desgaste na economia, que precisam de mais atenção do governo”, afirmou o ex-ministro. Santos Cruz acha que o ideal para um enfrentamento mais objetivo ao coronavírus seria que não houvesse mais solavancos políticos e que o presidente governasse até o final do mandato para o qual foi eleito.
Ele se diz preocupado com os riscos do fanatismo descambar para violência e com a ameaça de politização nos quartéis, mas não faz previsões sobre o destino de Bolsonaro.
“É um governo de difícil previsão. O certo é que terminasse o mandato. Se cometer erros o Congresso tem os mecanismos para avaliar se é o caso de impeachment”.
A crise foi deflagrada no meio de uma inusitada reforma ministerial, anunciada logo depois da saída de Ernesto Araújo do Itamaraty. Soube-se então que Bolsonaro havia pressionado o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva para demitir o comandante do Exército, Edson Pujol.
Os comandantes militares, Edson Pujol, do Exército, à frente, se demitiram. Na troca, Bolsonaro foi derrotado pelo Alto Comando do Exército, integrado por 16 generais, que impuseram o nome do general Paulo Sérgio no lugar de Pujol, justamente o militar que marcara, numa entrevista ao Correio Braziliense, a diferença entre a tropa e o presidente no tratamento da pandemia, defendendo o isolamento social e medidas como o uso de máscaras.
O Exército seguiu as recomendações da ciência e estacionou o contágio em 0,13%, enquanto na gestão Bolsonaro o país supera 2,5% da população contaminada.
Paulo Chagas: Bolsonaro quis usar 31 de Março para aprovar estado de sítio
O general Paulo Chagas é mais incisivo. Afirma que, de forma intempestiva e sem qualquer nexo na realidade do país, Bolsonaro quis se aproveitar do clima de 31 de Março para gerar comoção e conseguir a aprovação do estado de sítio, pressionando o Congresso. “Ele queria garantias que a lei não permite. Bolsonaro nem tem escopo para exercer esse poder todo conferido por medidas dessa natureza. É um destrambelhado. Ele quis inverter o processo, cooptando as Forças Armadas em busca de declarações de apoio. Mas elas não são consultadas, só executam e negaram. Não deram e não vão dar apoio. Não há nenhum sinal no horizonte que justifique estado de sítio, que está só na cabeça dele, que quer poder total. Uma medida dessa natureza daria a ele ares de ditador e ele poderia mesmo virar um ditador”, afirma Chagas.
Num momento em que o país vive a tragédia do descontrole da pandemia, com mortes beirando a quatro mil por dia, o general acha que a atitude do presidente desvia o foco, atrapalha o combate a pandemia – cuja gestão desastrada o levou a romper com Bolsonaro e a pedir desculpas por tê-lo apoiado – divide a sociedade e ainda gera desconfiança entre os próprios militares, que ocupam dez dos 22 ministérios de Bolsonaro e não deram até agora qualquer sinal de que podem deixar o governo.
“A sociedade se pergunta, afinal, quem tem o discurso correto? Ninguém se encontra”, diz Chagas. Ele avalia que, sem o apoio dos militares, Bolsonaro se tornou refém do Centrão e terá de abrir os cofres do governo para a corrupção, o que não aliviará os riscos ao mandato.
“Ele vendeu a alma e, se quiser terminar o mandato, terá de deixar o Centrão roubar à vontade. Se sair do Centrão, sofre o impeachment. Bolsonaro contribuiu para consolidar a posição dos que não o querem mais no governo. Todos querem que ele caia”, diz o general, que avalia que o presidente “sai bastante fragilizado dessa crise e está facilitando o processo de impeachment”.
Bolsonaro já é alvo de 76 pedidos de impedimento, o último deles apresentado pelos líderes da oposição no calor dos episódios desta semana, tendo como base principal a demissão dos comandantes das Forças Armadas. No dia 31 de março, grêmios estudantis de faculdades de direito de todo o país protocolaram mais de 40 pedidos de impeachment do presidente.
Brigadeiro Ferolla: demissão foi “uma violência desnecessária” e de resultados “desastrosos” para Bolsonaro
Ministro aposentado do Superior Tribunal Militar (STM), o brigadeiro Sergio Xavier Ferolla, da Aeronáutica, avalia que a atitude de Bolsonaro foi “uma violência desnecessária, inoportuna e de resultados desastrosos para o próprio presidente” que, com isso, se afasta da “hipócrita aleivosia” de se referir a força como “meu exército”.
Segundo ele, as Forças Armadas jamais aceitarão se desviar dos preceitos constitucionais “para satisfazer aventureiros nos bastidores da política e suas ideologias espúrias, maléficas à paz e ao sadio congraçamento da família brasileira”. O militar afirma que o presidente “tentou, sem sucesso, violar a legislação vigente e abalar os alicerces da hierarquia e da disciplina” militar, mas acabou “testemunhando suas limitações no âmbito do regime democrático”. Ferolla acha que o episódio reforçará o posicionamento das Forças Armadas, com o apoio do Congresso e Judiciário, na garantia de estabilidade democrática.
Além de buscar um “desesperado recurso” para neutralizar adversários e se manter no poder, na avaliação de Ferolla, Bolsonaro também tentou controlar as Polícias Militares, que são simpáticas a ele. “Buscou poderes especiais para comandar as polícias militares, envolvendo-as numa pretensa força nacional que, aliada aos ideólogos e radicais da extrema direita, sufocariam qualquer tipo de reação, inclusive das Forças Armadas”, disse, em referência a estímulos de bolsonaristas a motins nas PMs, como fez a deputado Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no caso do soldado que, num surto psicótico, disparou tiros de fuzil e acabou morto pelos próprios colegas em Salvador.
O ex-ministro acha que “se a crise nacional já havia levado o país para a beira do abismo, Bolsonaro deu um passo à frente”. E a firma que será necessário que Legislativo e Judiciário aumentem a vigilância sobre os atos do presidente. “Os disfarces caíram e a realidade tornou-se indiscutível para os indecisos e acomodados”, alerta.
Ferolla avalia que Bolsonaro tem agido como paranoico, enxergando inimigos inexistentes e, no caso do combate à Covid-19, adotado comportamento “insano e contestatório”, estimulando descrenças e dúvidas quanto a eficácia da vacina e medidas de prevenção entre cidadãos que são obrigados a se aglomerar em busca de emprego, alimento e saúde. “Eis o retrato, em preto e branco, da tragédia social brasileira, infelizmente”.
Coronel do Exército diz que Bolsonaro virou “espantalho” do qual oficiais militares querem se livrar.
Na reserva desde 2018, o coronel do Exército Marcelo Pimentel Jorge de Souza, de Recife, representa um segmento que vê uma crise militar artificializada pela articulação de oficiais de alta patente que agem como “partido militar”, responsáveis pela construção do “mito” Bolsonaro.
Ele diz que Bolsonaro agora virou um espantalho do qual querem se livrar para colocar no Palácio do Planalto o vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão.
Por essa tese, o vice cumpriria o resto do mandato com um plano de conciliação nacional, afastaria ministros “lunáticos” indicados por Bolsonaro e abriria caminho para construção de uma terceira via política para disputar as eleições de 2022.
“Acho que não haverá golpe. Eles querem que se pense que há risco de golpe e que só o Exército pode se livrar do Bolsonaro. Essa crise é mais um ato de uma peça de encenação”, diz o militar, que lamenta:
“Eu gostaria que o Bolsonaro terminasse o governo dele para que o povo compreendesse o valor do voto”.
Segundo ele, se o ato do presidente representou uma tentativa de uso político das Forças Armadas para aventuras golpistas, como sugere a nota emitida pelo do ex-ministro Azevedo e Silva ao ser demitido, ao afirmar que “nesse período preservei as Forças Armadas como instituição de Estado”, os militares que ocupam cargos no governo, incluindo Mourão, deveriam renunciar para demonstrar o divórcio com o desastrado governo de Bolsonaro, ao qual altos oficiais das forças se associaram.
Pimentel refuta ainda o argumento segundo o qual o grupo que foi trocado tentou impedir a politização dos quartéis, já que o ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, abriu as portas dos quartéis para o então candidato Bolsonaro e, no atual governo, houve permissão para que vários generais da ativa aceitassem convites para ocupar cargos políticos no governo, sem serem forçados a ir para a reserva.
Foi o caso do atual ministro da Defesa, Braga Netto, do chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e do ex-porta-voz Rego Barros, todos eles na ativa quando assumiram os cargos, o que gerou, segundo ele, uma inevitável associação entre governo e Exército nas críticas feitas a militares em cargos políticos.
“Não adianta falar agora sobre politização. A política está nos quartéis”,
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiu à nota do general Eduardo José Barbosa, presidente do Clube Militar do Rio de Janeiro, criticando a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que anula todas as condenações contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato.
A nota afirma que o julgamento do caso pelo STF é uma “artimanha” e questiona se os processos terminarão com “o meliante” vivo:
“Novos processos em outras varas são uma artimanha grotesca para que o meliante fique definitivamente impune”.
“Alguém acredita que algum desses processos chegará a transitar em julgado (depois de centenas de recursos) com o ‘paciente’ vivo? Lugar de ladrão é na cadeia… Mas não no Brasil onde aqueles que julgam são alinhados políticos daqueles que são julgados”, diz.
Em seu Twitter, Gleisi rebateu duramente: “Vocês não são tutores nem donos do país. Contenham-se”.
A Deputada tem razão: se as Forças são armadas, o são com o assentimento do povo e com recurso público, fruto de impostos, os quais todos pagamos. E não seria de bom tom ameaçar os brasileiros com as armas e o pessoal que financiam. As Forças Armadas são encarregadas de fazer a defesa nacional contra agentes externos, como aqueles que destruíram a indústria naval, a construção pesada e nossas principais empresas, jogando centenas de milhares de técnicos, operários e engenheiros no desemprego e afundando a nossa economia. Com isso, o Clube Militar parece não estar se preocupando.
Lula elegante e conciliador
No seu pronunciamento levado ao ar hoje às 11 horas, o ex-presidente Lula da Silva afirmou que não tem mágoas pela condenação e pelo tempo em que permaneceu preso na Lava-Jato após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin que anulou os processos da operação que condenaram o ex-presidente.
— Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas, sou eu. Mas não tenho. Sinceramente, eu não tenho porque o sofrimento que o povo brasileiro está passando é infinitamente maior que qualquer crime que cometeram contra mim. É maior que cada dor que eu sentia quando estava preso na Polícia Federal — afirmou Lula.
Pesquisa prevê empate técnico
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparece na liderança das intenções de voto em pesquisa realizada pela parceria CNN/Instituto Real Time Big Data sobre as eleições presidenciais de 2022.
A pesquisa traz como possível cenário para a eleição presidencial uma disputa entre oito candidatos. Atrás de Bolsonaro e Lula, há um empate técnico no terceiro lugar entre quatro candidatos: Sergio Moro (10%), Ciro Gomes (9%), Luciano Huck (7%) e João Doria (4%). (…)
Considerando o cenário de um segundo turno entre os candidatos que lideram a pesquisa, Bolsonaro e Lula, a pesquisa estimulada registrou 43% das intenções de votos para o atual presidente, e 39% para o ex-presidente Lula.
Levando em conta a margem de erro de três pontos percentuais, eles estão tecnicamente empatados no segundo turno.
Sabe o Lulinha, gente, filho do ex-presidente Lula da Silva. Pois ele comprou a sede da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a ESALQ da USP e foi passear com a sua Ferrari folheada a ouro com os dividendos das suas ações majoritárias na Friboi.
Agora, me diga, por que o Senador Flávio Bolsonaro não poderia comprar uma mansão no Lago Norte? Dizem que ele conseguiu um preço bem em conta no prédio, R$6 milhões, porque as paredes estão cheias de rachaduras e rachadinhas. Não vão me dizer que isso é dinheiro mal havido pelo Fabrício José Carlos de Queiroz, pois ele está preso, gente mal informada.
Outra informação errada: o Luiz de Queiroz, comunista de carteirinha, não é nem parente do Fabrício Queiroz, cidadão de bem e companheiro de pesca do Soberano.
A Ferrari dourada de Lulinha. Comunista gosta de uma mordomia.
Deltan Dalagnol, mais conhecido na madrugada de Curitiba, como Dedé Power Point, foi às mídias sociais defender o lavajatismo. Levou uma saraivada de impropérios e desaforos, os quais chegaram a esquentar as orelhas da sua amada progenitora.
Segundo Dedé, a grande maioria dos brasileiros defendem o prosseguimento da falecida Lava-Jato. Se tivessem cumprido com as suas obrigações na montagem dos processos legais, talvez não estivessem agora sofrendo as mais ruidosas vaias.
Mais: se estivessem em um país sério, Deltan e seus colegas e o juiz “imparcial” de Curitiba já estariam amargando uma restrição de liberdade, aposentados a bem do serviço público.
Cara de Cavalo tem mais canais desativados
Allan dos Santos, aquele do Terça Livre, Quarta Preso, uma espécie de jornalista a soldo do Governo e do Gabinete do Ódio, pago com o dinheiro do contribuinte, há poucos dias teve o seu canal no YouTube desativado. Por divulgação de fake news. Estúpido e teimoso abriu mais dois canais “clandestinos” para divulgar suas ideias. Hoje o YouTube encerrou sua carreira. Deu-se muito mal.
Deputado João Roma é nomeado para o Min. da Cidadania.
A notícia não é nova, mas a nomeação saiu hoje. JOÃO INÁCIO RIBEIRO ROMA NETO é deputado pelo Republicanos e mantém boas relações com o prefeito de Luís Eduardo, Ondumar Júnior, e com o presidente local do PP, Jader Borges.
Explicando a Cloroquina.
O Tribunal de Contas da União concedeu 15 dias para o Exército e Governo explicarem a distribuição da Cloroquina.
O Exército também começou a ser investigado pela PGR pela manutenção de leitos de hospital sem uso em Manaus, enquanto se fazia uma operação caríssima para deslocar doentes agonizantes para outros estados. Mais de 30 pessoas morreram após os traslados e espalharam por todo o País as variantes Manaus do Coronavírus.
Consertando uma ponta, quebrando outra.
O Presidente da República enviou ao Congresso projeto-de-lei que prevê a cobrança do ICMS, pelos estados, na distribuidora com um valor fixo e não mais pelas pautas definidas pelas Secretarias de Fazenda. Bolsonaro pretende diminuir o valor do imposto embutido na ponta do consumo, mas se diminuir a principal arrecadação dos estados vai protagonizar uma quebradeira geral.
Numa economia de guerra como se está propondo, a Petrobras precisa ganhar sobre os preços internos do petróleo e não pelos preços internacionais, a não ser em caso de importação. Agora a Petrobras está beneficiando apenas os acionistas e a concorrência das distribuidoras estrangeiras.
Lorenzetti voltou
Onyx Lorenzon, também conhecido nas mídias sociais como Ônus Lorenzetti, voltou à Secretaria Geral do Governo. Demos vivas.
A Secretaria–geral da Presidência da República é possivelmente a que tem as funções menos explícitas, pois é responsável por auxiliar o presidente na ‘articulação com a sociedade civil’, o que, na prática, abrange assuntos muito variados. Mas não deixa de ser uma chefia de gabinete com status de Ministério.
Pibinho negativo
Uma prévia do PIB registra tombo de -4,05% em 2020, diz Banco Central. Precisa ser muito otimista para acreditar que a economia só encolheu 4%.
A melhor frase da semana.
No Twitter, um internauta publicou uma legenda de Bolsonaro com a camiseta do Palmeiras, com a seguinte frase: “Temos que entender que quem dá sorte são as ferraduras, não o burro”. Matou a charada.
Como o relatado pelo X-9, cagueta, delator e grande chargista Jota Camelo. Gilmar Mendes, o ministro do STF: “O que se instalou em Curitiba foi um esquadrão da morte”.
Pois agora o nosso Soberano, Jajá Maçaroca, resolveu repudiar a Cloroquina e o vermífugo e defender o spray de Israel, que ainda não tem comprovação científica e nem começou a ser fabricado em larga escala.
“Você tem um pai, irmão ou amigo que está ali: “Olha, vai ser intubado”, você vai dar um spray no nariz dele ou não? Ou vai tratar isso como uma hidroxicloroquina, porque também não tem comprovação científica”, afirmou o presidente.
O pré-candidato, Fernando Haddad, criticou, hoje pela manhã a trajetória errática do Soberano:
“O governo produziu tempestade por pura incompetência: sem auxílio, sem vacina, sem emprego, sem poder de compra, sem presidente, sem nada. Produziu o caos com a cumplicidade do mercado financeiro.”
O Soberano, além das preocupações do cotidiano no Planalto, agora trata de botar fermento num novo partido nanico, o Patriotas, assim como fez com o PSL. Neste, quis tomar o poder para administrar as gordas verbas partidárias e se deu mal, acabando praticamente expulso da legenda.
O Patriotas, que ele quer controlar, tem 5 deputados na Câmara Federal.
Benevenuto Daciolo, o cabo do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, que concorreu à Presidência da República pelo Patriotas, conseguindo 1.348.323 votos, também está sem partido. Daciolo iniciou seu primeiro mandato na carreira política. Foi eleito deputado federal pelo PSol, em 2014 e, um ano depois, foi expulso do partido por propor uma emenda constitucional que alterava o primeiro parágrafo da Constituição Brasileira, de “todo poder emana do povo”, para “todo poder emana de Deus”.
Daciolo, neo-pentecostal fundamentalista, ainda não entendeu que Deus não se imiscui em bocas-de-matilde e querelas políticas.
A Justiça Eleitoral de Luís Eduardo Magalhães, sentenciou no dia 22/09/2020, o Prefeito Oziel Oliveira junto com outros três nomes, por propaganda antecipada no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), sobre pena de multa diária de R$ 1.000,00 (hum mil reais) por dia de inobservância.
“Assim sendo, ante a todo o exposto, JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE e EXTINGO, com resolução de mérito, a presente reclamação eleitoral, ao passo em que, pelo caráter repreensivo e educativo da mesma, condeno cada um dos representados ao pagamento de multa pela prática de propaganda eleitoral antecipada, prevista no art. 36, §3 da Lei no 9.504/97, em seu mínimo legal (cinco mil reais), bem como, determino aos representados a imediata retirada das propagandas eleitorais veiculadas em seus perfis, cujo URL encontram-se elencados na exordial, até o dia 26 de setembro do corrente ano (início do período eleitoral), sob pena de multa diária que, desde já, fixo no montante de R$ 1.000,00 (hum mil reais) por dia de inobservância.”
Na publicação de um vídeo, o prefeito aparece mostrando obras do governo federal, usando como divulgação eleitoral, o que é proibido por lei fora do prazo de período eleitoral, art. 36-A da Lei no 9.504/97.
Junto com o prefeito, foram sentenciados outras três pessoas, sendo a esposa do vereador Vitor do Ferro Velho, Joyce Duarte, prestador de serviço e candidato a vereador Higo Carvalho (PSD) junto com seu irmão, funcionário público Eder Pereira de Carvalho.
Chega uma idade em que a gente não consegue fazer as coisas certas por motivo de Parkison e as esquece de fazer por motivo de Alzheimer. Esse senhor de idade provecta está com os dois problemas, mas faz cagadas desde tenra idade.
Jair Bolsonaro pediu ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, para que o advogado Frederick Wassef, que recebeu milhões da JBS, fosse recebido na PGR para tratar da renegociação do acordo de delação da companhia.
Mais: Bolsonaro telefonou pessoalmente para o procurador que recebeu o advogado.
Michel Temer recebeu Joesley Batista, da JBS, pela garagem do Palácio Jaburu. Prevaricou. E balançou, quase caiu. Bolsonaro agora dá sequência ao jogo.
Os golpistas de 2016 encontraram até o seu Napoleão de Hospício, tutelado pelos militares, pelos patriotas do Centrão e por empresários sonegadores e banqueiros.
A direita radical dos comandos milicianos de bolsonaristas até simularam um bombardeio do Supremo, com fogos de artifício; o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeria, em reunião ministerial, “prender os filhos-das-putas; o Dudu Bananinha diria que era fácil fechar a Suprema Corte, bastando um cabo e um soldado; o Presidente da República reuniu empresários e promoveu uma ida ao STF, a pé, numa “visita” não protocolar.
Mas todos estavam errados. O STF tem Fachin, tem Gilmar Mendes, e tem a famosa frase do diálogo entre o ex-senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o empresário Sergio Machado, da Transpetro, dizendo que o melhor era o Impeachment, tirar Dilma e colocar Michel Temer, de comum acordo com o STF e os picaretas do Centrão e dos tucanos no Congresso.
Na realidade, a soltura promovida por Gilmar Mendes, agora à noite, de Fabrício Queiroz e sua mulher, é o fato que ilustra a continuidade do Golpe de 2016, quatro anos depois.
O STF vai arrendondar a situação de Sérgio Moro, de Deltan Dallagnol e do próprio Jair Bolsonaro e de seu filhote mais sapeca, Flávio Bolsonaro.
Será que está muito difícil obter a nacionalidade uruguaia ou argentina?
Atila Iamarino é biólogo e pesquisador brasileiro, formado em microbiologia e doutor em virologia, notório por seu trabalho de divulgação científica no canal do YouTube denominado Nerdologia, que possui mais de 2 milhões de inscritos.
Pois é: com tanta gente boa no País, elegemos um alucinado que teima em manter, como ministro da Saúde, um general intendente. Quem sabe numa guerra próxima tenhamos um doutor em virologia no comando nas tropas de assalto.
Enquanto a tragédia se abate sobre o povo brasileiro, Guedes aproveita para passar a boiada dos bancos.
75.550 vítimas colocam o Tribunal Penal Internacional perto de Bolsonaro! A comunidade jurídica internacional está demonstrando, assim como todos os que analisam o Brasil, que estamos vivendo um morticínio sem precedentes. Não adianta os militares da ativa e os da inatividade no governo reclamarem. Bolsonaro está no radar de Haia.
Quem poderá ir com ele até os bancos dos réus? Paulo Guedes está certo que a condenação cabe somente aos “otários”. “Deixem eles se F…” é o que disse a Damares em uma reunião ministerial
Isso se aplica ao Presidente da República do Brasil. Quem mandou ser trouxa? Bolsonaro é carga tóxica internacional.
Felipe Neto dá entrevista ao NYT e confirma aquilo que os americanos perceberam: Trump se afasta de Bolsonaro para não prejudicar ainda mais a sua campanha eleitoral.
Enquanto isso, o assalto vai se dando de modo silencioso com Guedes tentando introduzir tudo o que é desumano nas relações sociais: menos direitos trabalhistas, menos aposentadoria, menos Brasil.
O modelo fracassado no Chile é o que quer introduzir no Brasil. Nada mais grave contra os direitos de nosso povo. Como chegamos a esse quadro? Temos muito a pensar… e reagir!
Diz o bem informado blogueiro Esmael:
O ministro da Economia quer beneficiar os empresários com uma reforma tributária, implantar a capitalização previdenciária e vender os ativos (patrimônio público), tais como o pré-sal, para pagar juros e amortizações da dívida pública.
“Se eu puder vender estatais, acelerar privatizações, pegar recursos do petróleo e poder derrubar a dívida [federal], é o que eu tenho que fazer”, confessou o “Posto Ipiranga”, durante um evento online realizado pela XP Investimentos –braço do banco Itaú.
Os trabalhadores e a produção foram escolhidos como os inimigos do governo. Guedes e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preferem a especulação e as negociatas. Não falam de desenvolvimento e pleno emprego.
Se a “boiada” inteira de Guedes e Bolsonaro passar pelo Congresso –e deverá passar pelas servis casas, Câmara e Senado—os bancos poderão levantar nessa pandemia de coronavírus até R$ 4 trilhões.
A título de comparação, o Orçamento da União de 2020 é de apenas R$ 3,6 trilhões.
Definitivamente, Paulo Guedes não pode ir embora impune. Tem contas para acertar aqui.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que esteve com Jair Bolsonaro em Brasília no dia 3 de junho, está contaminado com Covid-19, segundo a entidade.
Ele realizou um novo exame para detectar a doença nesta terça-feira (14), após ter passado por testes molecular e rápido que tinham dado resultado negativo.
A Fiesp afirma que na segunda-feira (13) à noite, Skaf se sentiu indisposto, teve febre e foi orientado a refazer os exames. Por indicação o médica, ele permanece internado no Hospital Sírio Libanês e apresenta pneumonia leve.
O jornalão (tamanho standard) inglês The Telegraph, que já circulou com 1,4 milhão de exemplares, mas que na moderna era da internet tem tiragem em torno de 500 mil exemplares, desanca o Presidente do Brasil, classificando-o como “homem que que quebrou o País”.
The Daily Telegraph é o jornal amplamente considerado como um dos principais “jornais de referência” da Inglaterra e tem sido descrito pela BBC como sendo “jornal do establishment“.
Se vergonha no Exterior pagasse divisas ao Brasil, teríamos hoje o melhor equilíbrio fiscal e o maior volume de reservas cambiais do Mundo.
Mundo ultrapassa marca dos 10 milhões de casos do novo coronavírus. E Brasil e EUA são as incógnitas a serem resolvidas. Justamente às duas nações que estão sob governos com fortes nuances de extrema direita.
Do Jornal GGN, editado.
A pandemia de coronavírus completa seis meses de registros na próxima semana, e não mostra sinais de perder forças. Pelo contrário: a situação do Brasil ocupa grande parte dos debates nos bastidores da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Em artigo publicado no portal UOL, o jornalista Jamil Chade diz que os especialistas da entidade consideram o país como uma “ameaça global” no combate ao coronavírus, ao lado dos Estados Unidos.
Desde a contagem dos primeiros casos, o Brasil aparece na segunda colocação em termos de mortes e casos, mas uma fotografia mais precisa da situação pode ser vista em dados mais recentes: números da UE indicam que, apenas nos últimos 30 dias, o Brasil liderou tanto o registro de novos casos (863 mil) como de mortes (30,6 mil).
Mas não são apenas esses números que preocupam: o Brasil não tem um plano sobre como sair da crise, aliado à fatiga da população sobre a quarentena, os limites do pacote de ajuda econômica e a falta de testes suficientes mostram um país cada vez mais frágil para lidar com a questão.
Um sinal da reação global às medidas do Brasil é a exclusão do país na lista de nações autorizadas a voltar a voar para a Europa a partir de 1º de julho, e existe grande resistência entre os diplomatas quanto a uma eventual inclusão no futuro imediato.
Nos bastidores, a ordem na OMS é de não responder às criticas e provocações do presidente Jair Bolsonaro – além do entendimento de que uma crise política maior não ajudaria a salvar vidas, a organização considera que muitas das críticas e ameaças são apenas discursos para atender a base eleitoral.
Poço Encantado, na Chapada Diamantina: afloramento do aquífero Urucuia que sustenta todo o sistema hidrográfico do Oeste baiano.
Artigo de José Alvaro de Lima Cardoso
O problema da falta de água, que é diagnosticado em várias partes do mundo, afeta sempre a sociedade de forma diferenciada. Como todo direito básico existente, quem enfrenta dificuldades no acesso a água são sempre os mais pobres, o que ocorre tanto nos países imperialistas centrais, quanto nos subdesenvolvidos.
Os EUA e a Europa também enfrentam grandes problemas de falta de água, a maioria dos rios dos EUA e do Velho Continente estão contaminados. No caso dos EUA, o próprio desenvolvimento recente da indústria extrativa de gás de xisto contribui para a contaminação dos lençóis de água.
Esse importante debate ganhou um novo capítulo no Brasil, com a aprovação, nesta quarta-feira (11/12) do projeto de lei do saneamento básico (PL 4162/19, do Poder Executivo), que trata da Política Federal de Saneamento Básico e cria o Comitê Interministerial de Saneamento Básico. Dentre outros tópicos, a lei prevê a abertura da concessão do serviço de água e esgoto para empresas privadas. É que estão chamando de novo marco legal do Saneamento. O projeto, dentre outros, define o prazo de um ano para empresas estatais de água e esgoto anteciparem a renovação de contratos com municípios.
Nesse período as estatais de água e esgoto poderão renovar os chamados “contratos de programa”, acertados sem licitação com os municípios. Segundo o relator do projeto, o objetivo dessa última medida é possibilitar que as empresas tenham uma valorização dos ativos e possam ser privatizadas por um valor mais alto.
Os destaques tentados pela oposição, que visavam aliviar um pouco o projeto, foram todos rejeitados. Os defensores do projeto têm perspectivas de sancioná-lo rapidamente, talvez ainda em dezembro.
O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE), autor do projeto, qualificou de “corporativistas”, ao longo da tramitação no Parlamento, os parlamentares que se posicionaram contra o texto.
Classificado recentemente, por um outro parlamentar, como o “senador Coca-Cola”, Jereissati é, direta e financeiramente, interessado na privatização dos serviços de água e saneamento no Brasil. Seu patrimônio é estimado em R$ 400 milhões (informações de 2014). É um dos sócios do Grupo Jereissati, que comanda a Calila Participações, única acionista brasileira da Solar. Esta última empresa é uma das 20 maiores fabricantes de Coca-Cola do mundo e emprega 12 mil trabalhadores, em 13 fábricas e 36 centros de distribuição.
Na prática o novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, autoriza a privatização dos serviços de saneamento no país (não nos enganemos: esse é o objetivo principal). O item mais polêmico do projeto é a vedação aos chamados “contratos de programa”, que são firmados entre estados e municípios para prestação dos serviços de saneamento. Os referidos contratos atualmente não exigem licitação, já que o contratado não é uma empresa privada. É evidente que, se não houver os contratos de programa, a maioria dos municípios terá que contratar serviços privados, pois não dispõem de estruturas nos municípios para desenvolver atividades de saneamento. É muito evidente que o projeto visa conduzir os municípios a contratarem empresas privadas.
Esta lei poderá quebrar as estatais de saneamento, o que abriria as portas para a privatização da água. Água é a matéria-prima mais cara para a produção de bebidas em geral. Para cada litro de bebida produzido, por exemplo, a Ambev declara usar 2,94 litros de água. Não existe nenhuma transparência nas informações divulgadas, mas ao que se sabe, as empresas de alimentos e bebidas contam com uma condição privilegiada no fornecimento de água e esgoto. Obtendo, por exemplo, descontos. No entanto, foram essas mesmas empresas que estiveram à frente da tentativa de aprovar o novo marco regulatório, possivelmente porque avaliam que, com o setor privatizado, pagarão ainda menos pelos serviços.
Tudo indica que os golpes desferidos na América Latina, com a coordenação geral dos EUA, têm também como favor motivador, os mananciais de água na Região. Em 2016, logo após o golpe no Brasil, o governo dos Estados Unidos iniciou negociação com o governo Macri sobre a instalação de bases militares na Argentina, uma em Ushuaia (Terra do Fogo) e outra localizada na Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai). Um dos objetivos na instalação destas bases, tudo indica, foi o Aquífero Guarani, maior reserva subterrânea de água doce do mundo. O Aquífero, localizado na parte sul da América do Sul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) coloca a região como detentora de 47% das reservas superficiais e subterrâneas de água do mundo. Os EUA sabem que não há nação que consiga manter-se dominante sem água potável em abundância, por isso seu interesse em intensificar o domínio político e militar na região, além do acesso à água existente em abundância no Canadá, garantida por acordos como o do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte, entre EUA, Canadá e México).
No começo de 2018, o “insuspeito” Michel Temer encontrou-se com o presidente da Nestlé, Paul Bucke, para uma conversa reversada. Não é preciso ser muito sagaz para concluir que o tema da conversa foi um pouco além de amenidades. Alguns meses depois, o governo Temer enviou ao Congresso uma Medida Provisória 844, que forçava os municípios a conceder os serviços, medida que não foi aprovada. No último dia de mandato, Temer editou a MP 868, que tratava basicamente do mesmo assunto. Em março deste ano, Tasso Jereissati foi nomeado relator. Quando a MP 868 perdeu validade no começo de março, o senador Tasso encaminhou o Projeto de Lei 3261, de 2019, que basicamente retomou o que constava da medida provisória. A proposta foi aprovada em comissão e plenário em tempo recorde, e rapidamente chegou à Câmara (o que demonstra a existência de forças muito poderosas por detrás do projeto).
A pressão para privatização da água é muito forte, conta com organizações financiadas pelos grandes grupos interessados, especialmente do setor de alimentos e bebidas e com cobertura do Banco Mundial. Os defensores da ́privatização têm um discurso sinuoso, como se não quisessem de fato, aquilo com o que sonham noite e dia. Sabe-se que a Coca-Cola disputa água no mundo todo e certamente não o faz por razões humanitárias. Uma unidade da empresa é acusada de ter secado as nascentes em Itabirito, na região metropolitana de Belo Horizonte. A fábrica, segundo as organizações de defesa do meio ambiente, secou nascentes dos rios Paraopeba e das Velhas – responsáveis por quase toda o abastecimento de água de Belo Horizonte. A Coca-Cola, claro, nega que a unidade esteja provocando falta de água na região e afirma que possui todas as licenças para funcionamento.
Em todo o mundo, diversos casos envolvem a Coca-Cola com privatização e controle sobre águas. Há relatos de que no México, regiões inteiras ficam sob “estresse hídrico” por causa de fábricas da empresa, que inclusive contam com água subsidiada. Existem cidades no México em que os bairros mais pobres dispõem de água corrente apenas em alguns momentos, em determinados dias da semana, obrigando a população comprar água extra. O resultado é que, em determinados lugares, os moradores tomam Coca-Cola, ao invés de água, por ser aquela mais fácil de conseguir, além do preço ser praticamente o mesmo. Há moradores destes locais que consomem 2 litros de refrigerante por dia, com consequências inevitáveis para a saúde pública.
Sobre o projeto de privatização das fontes de água no Brasil quase não se ouve posições contrárias. Estas são devidamente abafadas pelo monopólio da mídia. Exceto nos sites especializados e independentes. É que na área atuam interesses muito poderosos, com grande influência no Congresso Nacional, nos governos, nas associações de classes, empresariado, universidades. Os encontros realizados para discutir o assunto são patrocinados por gigantes como Ambev, Coca-Cola, Nestlé, que têm interesses completamente antagônicos aos da maioria da sociedade. Essas empresas investem uma parcela de seus lucros com propaganda, vinculando suas imagens a temas como sustentabilidade ambiental e iniciativas sociais, de acesso à água, e outras imposturas. Apesar de tudo isso ser jogo de cena para salvar suas peles e exuberantes lucros, enganam muitos incautos.
Os bolivianos se levantaram há 12 anos e não permitiram a privatização da água. No Brasil, Senadores votam em massa na entrega dos recursos ao setor privado – estrangeiro certamente – inclusive os dois baianos do PSD, Otto Alencar e Coronel. A Bahia depende de sua água, do grande lençol freático do aquífero Urucuia e da grande bacia do São Francisco para sustentar a pequena, a média e a grande agricultura.
Apesar de extremamente importante, não é muito conhecido no Brasil o episódio intitulado “A guerra da água da Bolívia”, ou “Guerra da água de Cochabamba”. Os grandes grupos de mídia que dominam a informação, a maioria ligados aos interesses do imperialismo, por razões óbvias, escondem o acontecimento. Entre janeiro e abril de 2000, ocorreu uma grande revolta popular em Cochabamba, a terceira maior cidade do país, contra a privatização do sistema municipal de gestão da água, depois que as tarifas cobradas pela empresa Aguas del Tunari (por “coincidência”, pertencente ao grupo norte-americano Bechtel) dobraram de preço. É fácil imaginar o que isso pode significar, em termos de qualidade de vida, para uma população extremamente pobre.
Em 8 de abril de 2000, Hugo Banzer, general e político de extrema direita que tinha assumido o governo da Bolívia através de um golpe de Estado, declarou estado de sítio. A repressão correu solta e a maioria dos líderes do movimento foram presos. Mas a população não recuou e continuou se manifestando vigorosamente, apesar da grande repressão. Em 20 de abril de 2000, com o governo percebendo que o povo não iria ceder, o general desistiu da privatização e anulou o contrato vendilhão de concessão de serviço público, firmado com a Bechtel. A intenção do governo era celebrar um contrato que iria vigorar por quarenta anos. Graças à mobilização da população, a Lei 2.029, que previa a privatização das águas do país, foi revogada.
Sanciona logo, Jair Messias Bolsonaro. Talvez a Coca-Cola lhe consiga um exílio confortável, na matriz, ao final da sua vida. Para os brasileiros que você vem traindo diariamente, água agora vai ser um artigo de luxo.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu mais uma avaria em seu braço extremista, neste domingo (21), com uma operação policial no Distrito Federal para desmantelar o QG Rural ligado ao grupo “300 do Brasil”, da ativista Sara Winter. Os integrantes da seita fariam hoje mais uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, proibida pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).
“URGENTE: PMDF e Polícia Civil invadiram na manhã deste domingo o QG Rural de apoio ao Presidente Bolsonaro. Cerca de 40 homens fortemente armados, vários carros e um helicóptero foi utilizado na ação a mando do governador do DF Ibaneis Rocha. O objetivo é enfraquecer o manifesto”, escreveu na manhã de hoje o jornalista Oswaldo Eustáquio, retuitado pelo perfil de Sara Winter na rede social.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), cumpriu na manhã deste domingo mandado de busca e apreensão em um dos pontos de apoio do grupo QG Rural, extremistas ligados ao grupo “300 do Brasil”. Os investigadores apuram a prática de supostos crimes de milícia privada, ameaças e porte de armas cometidos grupo.
O alvo é uma chácara na região de Arniqueiras, na região de Águas Claras, com duas casas, onde também havia barracas instaladas. O imóvel conta com câmeras de segurança que cobrem toda a sua extensão. No momento da operação, duas pessoas estavam no local.
Em meio à ação, foram apreendidos fogos de artifício, vários manuscritos com planejamento de ações e discursos, cartazes, aparelhos de telefone celular, um facão, um cofre (que ainda será aberto), e outros materiais destinados a manifestações.
Nas redes sociais, o extremista Renan Sena, integrante dos 300, divulgou um vídeo narrando a ação da polícia. Afirmou que o local foi “invadido” e que se trata de mais uma ação da “ditadura comunista”.
“Esses bandidos estão perseguindo quem luta pela nação para nos livrar dessa bandalheira da corrupção. A casa que dá apoio aos patriotas que lutam pela nação foi invadida. Hoje são eles, amanhã será vocês”, diz Sena.
Participaram da operação 30 policiais da Cecor, Divisão de Operações Especiais e da Divisão de Operações Aéreas.
Com informações do site Metrópoles, de Brasília, editado por Blog do Esmael e O Expresso.
O jornal Folha de São Paulo analisa, em matéria de Igor Gielow, publicada no sábado, que as reações de altos oficiais das três forças armadas pode não ser exatamente aquilo que o presidente da República, Jair Bolsonaro, esperava.
Existe uma reação silente e discreta, não só à figura do Presidente, como do Ministro da Defesa, que assinaram uma nota ameaçadora sobre “ordens absurdas”, “intervenção das forças armadas” e fechamento de instituições dos outros dois poderes da Nação, Legislativo e Judiciário.
Enquanto isso, 45 pedidos de impeachment do Presidente dormem em berço esplêndido nas gavetas do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Mais.
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
A nota em que o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e o ministro Fernando Azevedo (Defesa) dizem que as Forças Armadas não cumprirão “ordens absurdas” foi reprovada por setores da cúpula militar e pelo seu alvo, os ministros do Supremo Tribunal Federal.
O texto foi elaborado na noite de sexta (12), após o ministro Luiz Fux conceder uma decisão provisória delimitando a interpretação do artigo 142 da Constituição, que regula o emprego dos militares.
Na liminar, Fux respondia a um questionamento do PDT acerca da interpretação corrente no bolsonarismo de que o artigo permitiria às Forças Armadas intervir caso um Poder tentasse tolher o outro.
A visão vem sendo ventilada pelo presidente, pelo vice e outros membros do governo. A nota de sexta dizia também que as Forças não tolerariam “julgamentos políticos”, uma referência nem tão velada à ação de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão que corre no Tribunal Superior Eleitoral.
A reportagem conversou com oficiais-generais da ativa dos três ramos armados. Enquanto muitos consideram que o Judiciário tem exagerado em suas decisões, e todos ressaltem que os signatários da nota são seus superiores hierárquicos, o tom foi reprovado.
Para um almirante, a nota coloca as Forças Armadas como um poder moderador acima da lei. Ele disse que é óbvio que os militares têm de responder a decisões e que, se não concordarem, sempre caberá recurso dentro da Constituição.
Em grupos de WhatsApp de oficiais, a crítica mais comum era a de que as Forças foram colocadas como uma extensão do bolsonarismo militante, que tem no confronto com Poderes uma de suas características.
Já havia grande irritação pela entrevista que o general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) havia concedido à revista Veja, no qual ele falou em tom ameaçador contra a oposição ao mesmo tempo em que se apresentava como representante das Forças.
Ramos, já no centro de insatisfações quando foi cogitado por Bolsonaro para substituir o comandante Edson Pujol, ao mesmo tempo cedeu a pressões e decidiu passar à reserva -irá deixar o interino da Saúde, Eduardo Pazuello, como último general da ativa com cargo de primeiro escalão.
A nota coroou uma semana de ruídos entre a ativa e o governo Bolsonaro. A tentativa de maquiagem de dados da Covid-19 na Saúde, a frustrada portaria para dar direito ao uso de aviões ao Exército e a revelação de negócio entre a Força e uma empresa americana de armas favorecida pelo filho presidencial Eduardo Bolsonaro não foram bem digeridos.
Ante todo esse clima, com efeito, Mourão concedeu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo na manhã deste sábado (13) e tentou modular a nota, dizendo que não há indisciplina possível entre os fardados da ativa.
Há relatos divergentes acerca de uma consulta do Planalto aos comandantes de Forças sobre o tom da nota. A reportagem questionou o general Azevedo sobre isso, mas ainda não obteve resposta.
Já entre ministros do Supremo, o tom variou de desânimo a irritação.
O desapontamento veio do fato de que o Planalto havia dado sinais de uma tentativa de normalização na relação com a corte, que está em processo de votação que deverá manter vivo o inquérito das fake news -que atinge o coração do bolsonarismo.
A principal sinalização foi dada acerca do ministro Abraham Weintraub (Educação), que na reunião ministerial de 22 de abril disse que queria ver os integrantes do Supremo, a quem chamou de vagabundos, na cadeia.
Nas últimas semanas, emissários fizeram chegar a ministros da corte que o Planalto estaria disposto a rifar Weintraub como punição pela fala. Em vez disso, o ministro envolveu-se em nova polêmica, com a rejeitada medida provisória que previa nomeação de reitores de universidades federais nesta semana.
A esse empoderamento somou-se a nota de sexta. A liminar de Fux havia sido alvo de contestações interna por parte de alguns ministros, que viram nela um certo truísmo ao reafirmar o que já está na Constituição e pela vacuidade do objeto: é uma decisão retórica, na prática.
Mas há simbolismos inescapáveis, e aí entra a contrariedade geral. Fux será o próximo presidente da corte, a tomar posse em setembro, e em momentos de crise entre Poderes os 11 integrantes do Supremo costumam agir em bloco.
Assim, o ataque direto a Fux se tornou, por extensão, mais uma afronta à corte por parte de Bolsonaro, que já participa de modo contumaz de atos pedindo o fechamento do órgão máximo do Judiciário e do Congresso.
A assinatura conjunta com Mourão foi vista como um recibo de ambos pelo fato de serem objeto da ação no TSE. Já a presença de Azevedo reforçou um sentimento que vem se consolidando na classe política: Bolsonaro tem usado as Forças Armadas como escudo por extrema fragilidade.
Assim, a banalização das ameaças, que assustam muitos devido ao passado intervencionista das Forças, tem sido vista pelo decrescente valor de face. Preocupa mais o Supremo a eventual perda de controle nas ruas, estimulada por Bolsonaro.
Chocou especialmente a sugestão do presidente para que hospitais sejam invadidos para provar a hipótese de que governadores estão inflando politicamente números da Covid-19.
Situações de violência implicam o uso das polícias militares, consideradas muito próximas do espírito bolsonarista. O motim da PM do Ceará no começo do ano, apoiado veladamente pelo governo, é um exemplo sempre lembrado.
Seja como for, no Distrito Federal a polícia acabou com o acampamento do 300 do Brasil neste sábado sem incidentes. O grupo pró-Bolsonaro prega violência e fechamento de Poderes, e não houve a temida adesão de policiais a ele.
As consultas que começaram na noite de sexta prosseguem neste sábado no mundo político, dado que Bolsonaro conseguiu elevar ainda mais o patamar de suas provocações institucionais, mas por ora o clima é mais de observação de cenário do que de reações exacerbadas.
O jornalista Kennedy Alencar atacou figurinhas carimbadas da política, as quais participaram do Golpe de 2016 e conduziram o bárbaro Jair Bolsonaro ao poder, apoiando-o ou se isentando da luta política e do esclarecimento do povo do que estava prestes a acontecer.
Em podcast no site da CBN, Kennedy Alencar traça, também, paralelo entre atitudes controversas dos presidentes do Brasil e dos EUA. Trump, por exemplo, pretende retomar comícios, mas quer que apoiadores assinem termo de responsabilidade para o caso de contraírem coronavírus.
Já Bolsonaro sugere que apoiadores invadam hospitais para filmar leitos. Para Kennedy, fala demonstra ‘ignorância fundamental’ do presidente brasileiro. Evolução da pandemia e manifestações contra o racismo também estão entre os destaques.
Já a ex-presidente Dilma Rousseff desancou os tucanos, em sua escalada para blindar Bolsonaro:
“O anúncio da adesão dos tucanos, feito ontem pelo presidente nacional do partido, é chocante porque contraria o consenso nacional, trai a luta pela democracia e insulta a memória de mais 40 mil vítimas fatais de uma doença que Bolsonaro despreza e decidiu não combater.”
“Só não se pode dizer que o PSDB está traindo a si mesmo. Sempre que descem do muro, os tucanos descem para o lado errado. O partido deu início ao movimento que levou ao golpe de 2016 e liderou a sabotagem movida contra mim no Congresso. Participou do governo golpista e, hoje, se acumplicia com um governo fascista. O faz em nome do que chama de “paciência democrática”. Mas em 2016, diante de um governo recém-eleito e que jamais pôde ser acusado de autoritário, não soube se resignar à vontade manifesta dos eleitores.”
Quando até o Democratas, partido sempre à direita dos grandes movimentos políticos nacionais se afasta determinado de Bolsonaro, causa espécie que um partido como o PSDB, sempre ligado à centro-esquerda, venha fortalecer o Presidente na ameaça iminente de um impeachment.
O DEM tem origem no Partido da Frente Liberal (PFL), no PSD e na ARENA, apoiadores da Ditadura de 64. Hoje tem uma atitude mais democrata que o PSDB, originado nos autênticos do MDB e tradicionalmente um partido de Oposição.
A decisão foi tomada após o governo Bolsonaro decidir maquiar as estatísticas para esconder o número real de mortes.
O País está a ponto de se tornar um pária internacional, assim como aqueles leprosos da antiguidade, que eram exilados para as cavernas. Já sofre restrições de negócios na Comunidade Europeia e agora a Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal dos EUA resolveu vetar novos acordos de negócios.
Não demora o agronegócio brasileiro sentir as porteiras dos mercados estrangeiros fechadas. E aí, o orgulho de ser responsável por mais de 20% do PIB e 50% da exportação vai ser uma leve lembrança.
Os números de casos e mortes do Brasil exibidos no levantamento global da Universidade Johns Hopkins, referência sobre Covid-19, foram retirados do ranking neste sábado. Em nota, a Universidade afirma que a exclusão se deve à suspensão da divulgação dos históricos pelo Ministério da Saúde.
O governo Jair Bolsonaro busca tornar invisíveis os mortos pela Covid-19 no país, disseram neste sábado secretários de Saúde dos Estados ao rebaterem declarações dadas pelo empresário Carlos Wizard, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, de que os dados das secretarias são “fantasiosos”.
Wizard disse, de acordo com reportagem do jornal O Globo, que o ministério fará uma recontagem das mortes por Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, pois alguns gestores locais teriam inflado os números para obter uma fatia maior do orçamento de combate à pandemia. Ele não apresentou quaisquer evidências da alegação que fez.
Em nota, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) afirmou que a declaração de Wizard revela “profunda ignorância sobre o tema”.
“A tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19, não prosperará”, diz a nota, que ainda afirma que Wizard “insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias”.
Desde a última quarta-feira, o Ministério da Saúde, comandado interinamente pelo general Eduardo Pazuello, passou a divulgar os dados sobre a pandemia de Covid-19 no país às 22h —o dado saía entre 16h e 17h durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta e às 19h sob comando de Nelson Teich.
Os dados divulgados na sexta trouxeram apenas o número de novos casos e novas mortes causadas pela doença, sem informar os totais, como era feito até então. Além disso, o site do ministério da Saúde onde eram divulgadas várias informações relativas à pandemia (covid.saude.gov.br) foi retirado do ar na noite de sexta-feira e neste sábado mostra apenas a mensagem “Portal em manutenção”.
Levantamento mundial da Johns Hopkins sem o Brasil
Indagado na sexta-feira sobre o atraso na divulgação dos dados, Bolsonaro —que já minimizou a Covid-19 chamando-a de “gripezinha” — afirmou: “Acabou matéria do Jornal Nacional”, numa referência ao telejornal da TV Globo transmitido pouco depois do horário em que os dados da doença costumavam ser informados pelo ministério.
Apesar da tática de publicação dos números fora do horário do telejornal, na sexta-feira o Jornal Nacional interrompeu transmissão da novela da emissora para transmitir os números da doença.
Até sexta-feira, o Brasil tinha 645.771 casos confirmados de Covid-19, com 35.026 mortos, segundo cálculos com base nos números informados anteriormente pelo ministério.
O Presidente, que busca o confronto, a guerra civil e um golpe de estado, precisa providenciar logo. Suas políticas interna e externa estão se tornando insustentáveis, não só aos olhos dos brasileiros, mas do mundo todo.
Por Marina Amaral, codiretora da Agência Pública, em suas newsletter semanal
Mais de 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres e 3 milhões de homens foram submetidos ao assassinato e à tortura de forma programada pelos nazistas com o objetivo de exterminar judeus e outras minorias. Nos primórdios da Itália fascista, os camisas negras – milícias paramilitares de Mussolini – espancavam grevistas, intelectuais, integrantes das ligas camponesas, homossexuais, judeus. Quando a ditadura fascista se estabeleceu, dez anos antes da nazista, Mussolini impôs seu partido como único, instaurou a censura e criou um tribunal para julgar crimes de segurança nacional; sua polícia secreta torturou e matou milhares de pessoas. Em 1938, Mussolini deportou 7 mil judeus para os campos de concentração nazista. Sua aliança com Hitler na 2ª Guerra matou mais de 400 mil italianos.
Perdoem-me relembrar fatos tão conhecidos, ao alcance de qualquer estudante, mas parece necessário falar do óbvio quando ser antifascista se tornou sinônimo de terrorista para Jair Bolsonaro. Os direitos universais à vida, à liberdade, à democracia, à integridade física, à livre expressão, conceitos antifascistas por definição, pareciam consenso entre nós, mas isso se rompeu com a eleição de Bolsonaro. O desprezo por esses valores agora se explicita em manifestações, abraçadas pelo presidente, que vão de faixas pelo AI-5 – o nosso ato fascista – ao cortejo funesto das tochas e seus símbolos totalitários, aqueles que aprendemos com a história a repudiar. Jornalistas espancados pelos atuais “camisas negras” estão entre as cenas dessa trajetória.
A patética lista que circulou depois que o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) pediu que seus seguidores no Twitter denunciassem antifascistas mostra que o risco é mais do que simbólico. Depois do selo para proteger racistas criado pela Fundação Palmares, e das barbaridades ditas pelo seu presidente em um momento em que o mundo se manifesta contra o racismo, e que lhe valeram uma investigação da PGR, essa talvez seja a maior inversão de valores promovida pelos bolsonaristas até aqui.
A ameaça contida na fala presidencial e na iniciativa do deputado, que supera a lista macartista pois não persegue apenas os comunistas, tem o objetivo óbvio de assustar os manifestantes contra o governo e de açular as milícias contra supostos militantes antifas, dos quais foram divulgados nome, foto, endereço e local de trabalho. É a junção dos “camisas negras” com a Polícia Militar, que já se mostrou favorável aos bolsonaristas contra os manifestantes pela democracia no domingo passado em São Paulo e no Rio de Janeiro. E que vem praticando o genocídio contra negros impunemente no país desde sua criação, na ditadura militar, muitas vezes com a cumplicidade da Justiça, igualmente racista.
Como disse Mirtes Renata, a mãe de Miguel, o menino negro de 5 anos que foi abandonado no elevador pela patroa branca de sua mãe, mulher de um prefeito, liberada depois de pagar fiança de R$ 20 mil reais, “se fosse eu, a essa hora já estava lá no Bom Pastor [Colônia penal feminina em Pernambuco] apanhando das presas por ter sido irresponsável com uma criança”. Irresponsável. Note a generosidade de Mirtes com quem facilitou a queda de seu filho do 9º andar.
Neste próximo domingo, os antifas vão pras ruas. Espero não ouvir à noite, na TV, que a culpa da violência, que está prestes a acontecer novamente, é dos que resistem como podem ao autoritarismo violento. Quem quer armar seus militantes, e politizar forças de segurança pública, está no Palácio do Planalto. É ele quem precisa desembarcar. De preferência de uma forma mais pacífica do que planejam os fascistas para mantê-lo no poder.
Oziel e Jusmari: 32 anos de política nem sempre usando de boa fé.
Pois veja ilustre eleitor como é dura a luta de quem não tem profissão e vive há mais de 32 anos apenas de política. A nossa insigne deputada Jusmari Oliveira, uma das representantes do Oeste na Assembleia, anda soprando no ouvido dos seus esbirros insinuações de que irá usar de toda a sua influência no Governo do Estado em desfavor de seus adversários, ou melhor, do seu principal adversário, Junior Marabá.
Maniqueísmo, arbítrio, politicagens e falta de compostura à parte, não se recomenda tal ação, principalmente em se tratando de agentes políticos que tem uma ficha tão extensa na Justiça, sem prejuízo de outros malfeitos que aconteceram durante a atual gestão.
Por outro lado, a atitude da Deputada pode ser contraproducente. Empresários da cidade e da região de influência podem não gostar desse tipo de atitude persecutória, sabendo que o Casal 20 apela para a disseminação de inverdades e perseguições quando um empreendedor se coloca no seu caminho.
Como cautela, caldo de galinha e bons conselhos não fazem mal a ninguém, recomenda-se aos que possuem casas com telhado de vidro não atirem pedras no próprio de terceiros.
Pois não há de ver, o insigne leitor deste periódico, um vereadorzinho, desses mais baixinhos, anda tão olhudo por dinheiro nestas épocas pré-leitorais, que intensificou a inocente prática da “rachadinha” dos salários dos seus assessores e indicados no Legislativo Municipal.
A destacada figurinha chegou a receber, no último ano, a singela importância de R$15.000,00, apenas de um servidor.
Tem mais: o vereadorzinho anda mordendo empresários que prestam serviços para a Câmara. E foi tão insistente que precisou ser chamado no Gabinete da Presidência para refrear seus instintos mais baixos.
Malandrinho, quer algum por fora, para alcançar para seus eleitores mais indecisos, como os fariseus faziam no templo: com barulho e estardalhaço.
Se aquiete, caro Vereadorzinho! Caso contrário seus adversários, lá de dentro do Legislativo, vão entregar sua cabeça, com uma maça na boca, lá no Ministério Público Eleitoral.
Nos comentários das mídias sociais, os bolsonaristas já tinham se adiantado à medida governamental. Aboliram totalmente a grafia corrente da “última Flor do Lácio, inculta e bela”, à qual Olavo Bilac prestou sua homenagem.
Por isso eles repetem tanto as figurinhas criadas pelos “funcionários do ódio” de Brasília.
Em caso de dúvida na grafia, melhor uma figurinha. Certo?
A história toda não passa de uma brincadeira armada entre o popular Pangaré – pouca gente sabe o nome verdadeiro do rapaz – e o radialista da Mundial, JB. Pangaré é um dos cabos eleitorais mais ativos do atual prefeito, Oziel de Oliveira, que projeta uma candidatura à reeleição, caso saia novamente uma liminar encomendada na Justiça, como fez em 2012 e 2016.
Oziel planeja outras artes, como lançar uma terceira via, para que eventualmente possa tirar votos do líder da Oposição, Júnior Marabá, o pré-candidato que, navegando na atual rejeição do Alcaide do LEM, tem a preferência de 3 em cada 4 eleitores, conforme sucessivas pesquisas – não registradas – realizadas em 2019.
Foi assim em 2012, quando a terceira via, liderada por Juarez de Souza, o primeiro cunhado, ensaiou um crescimento, mas logo foi “comprada”, pelo valor ajustado de R$1,5 milhão, deixando a terceira via esvaziada. Só o idealismo político de Jaime Cappellesso (PTB) salvou os candidatos a vereador do vexame de ficarem sem um líder de chapa.
Foi também, assim, que Oziel Oliveira elegeu Humberto Santa Cruz, em 2008, com uma rarefeita vantagem de 77 votos sobre Fábio Lauck, deixando correr solta a candidatura do médico Luciano Trindade, que apesar de chegar em terceiro lugar obteve uma significativa votação.
Por unanimidade, o plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou na tarde de hoje (17) o Projeto de Lei Nº 23.248/2019 de autoria do deputado Paulo Câmara (PSDB), que obriga as concessionárias de telefonia fixa e móvel a cancelarem, no estado da Bahia, a multa contratual de fidelidade para quem comprovar que perdeu o emprego após o serviço contratado.
Paulo Câmara defende a importância dessa norma, haja vista a alta taxa de desemprego no país. “Estamos falando de 11,8% de desempregados no trimestre encerrado em setembro, o que representa 12,5 milhões de pessoas, entre mães e pais de famílias que não têm meios de arcar com um custo dessa natureza”, destacou.
No projeto, o deputado menciona o exemplo do Rio de Janeiro, onde esta lei já é uma realidade e que teve, no dia 11 de abril deste ano, um parecer da ministra Rosa Weber sobre a norma, esclarecendo em sua relatoria que a suspensão da cobrança da referida multa não acarreta interferência em nenhuma estrutura de prestação do serviço público, tampouco no equilíbrio dos contratos administrativos das operadoras.
Temos um Presidente que não entende de gestão pública;
uma Ministra dos Direitos Humanos que tem visões na goiabeira;
um Ministro da Casa Civil que é réu confesso de crime de Caixa 2;
um guru que manda na trozoba toda, mora no Exterior e acha que a terra é plana;
um ministro da Justiça “leigo”, aparelhado, que sempre agiu em proveito do povo do seu partido;
um ministro da Economia que só batalha por mais recursos livres no mercado e por seus clientes, os bancos;
os três filhos da Casa 58 do Vivendas da Barra, uns moleques arrogantes;
e o fantástico, o iluminado, o insigne Ministro da Educação, que é semi-alfabetizado.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, cometeu mais um grave erro de português. “Antessessores” escreveu o ministro, ao invés de escrever antecessores, em postagem na sua conta do Twitter.
Internautas não perdoaram a falha e postaram o erro de Weintraub nas redes sociais.
Segundo levantamento feito pelo site DCM, ele cometeu ao menos 33 erros de língua portuguesa em sua conta no Twitter entre os dias 25 de junho e 22 de agosto.
Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, afirmou com todas as letras, em entrevista no programa do Bial, nesta madrugada:
“Não existe a menor possibilidade de golpe, de qualquer origem, ou de algum tipo de ação que não se desenvolva pela via democrática”.
Santos Cruz foi fritado no Governo por gente do calibre de Olavo de Carvalho – a quem chama de vigarista profissional – de Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.
Traduzindo: se Jair Messias pensou algum dia em fechar o regime, de polarizar e confrontar a Oposição, isso não teria o apoio dos comandantes das Forças Armadas, principalmente daqueles que batem o ponto no Forte Apache, o Comando Geral do Exército.
Santos Cruz afirmou também que o principal problema do País é a desigualdade social. E como órfão de pai e mãe com 5 anos, que teve que trabalhar como “ajudante de leiteiro” a partir dos 9 anos, o General prega respeito, seriedade e educação:
“Ninguém é melhor que ninguém e quem recebe o poder tem a missão de ajudar os mais vulneráveis”.
Santos Cruz, 67 anos, gaúcho da cidade portuária de Rio Grande, quer seguir na carreira política, possivelmente nas hostes do PSDB, como fez o advogado Gustavo Bebbiano, outro fritado pelas hostes bolsonaristas mais radicais.
Se o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Oziel Alves de Oliveira, não acredita em pesquisas pré-eleitorais, no sábado, 30, ele teve uma prova robusta de que elas podem ser verdadeiras.
Na sessão do circo instalado convenientemente na Praça dos Três Poderes, ao ser anunciada sua presença na plateia Oziel, recebeu uma estridente vaia da grande maioria dos cerca de 500 espectadores presentes.
Em recentes pesquisas, Oziel tinha apenas um terço da indicações de voto do seu concorrente, Júnior Marabá, com uma rejeição enorme. Depois dos resultados dessa pesquisa, outros candidatos se lançaram, sem atingir, no entanto, números significativos nas consultas populares.
Um vídeo que viralizou nas redes sociais neste domingo (17) mostra manifestantes de Araçatuba, no interior de São Paulo, em ato pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, marchando em continência em frente a uma réplica da Estátua da Liberdade de uma das lojas Havan.
No carro de som, o locutor se esgoela: “Essa é pra você, Gilmar Mendes!”. Um dos organizadores do ato é o movimento Nas Ruas, criado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL).
As lojas de departamento da Havan pertencem a Luciano Hang, conhecido como “Véio da Havan”, um dos mais conhecidos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
O grotesco da cena só demonstra que existem dois países, hoje, dentro do Brasil, e que os dissídios das últimas eleições presidenciais continuam vivos e doloridos. O Brasil ainda não curou-se de suas diferenças ideológicas.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 410/18) que prevê a prisão de condenado após o julgamento de uma segunda instância deve seguir os ritos normais de tramitação na Casa após votação da admissibilidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ressaltou que a Câmara deve respeitar os direitos fundamentais e não descaracterizar cláusulas pétreas.
Atualmente, a Constituição estabelece que o réu só pode ser considerado culpado após o trânsito em julgado, ou seja, após o esgotamento de todos os recursos em todas as instâncias da Justiça.
Na semana passada, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubaram a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância, modificando um entendimento que vinha sendo adotado pelo tribunal desde 2016.
Cláusula pétrea
Segundo Maia, há outros dispositivos na Constituição que permitem que a morosidade da Justiça seja enfrentada, sem desrespeitar as cláusulas pétreas.
“Espero que a Câmara não caminhe para descaracterizar uma cláusula pétrea, existem outros caminhos para se chegar ao resultado que se quer, de acabar com a morosidade do Judiciário, para que as pessoas não usem os atrasos em benefício dos que cometeram crime, mas crime maior seria desrespeitar e mudar o artigo 5º da Constituição”, destacou Maia.
“Tem caminhos por lei, caminhos por outros artigos, que são boas ideias, que poderão ter riscos de judicialização posterior, mas não vão contra a Constituição brasileira”, disse o presidente.
Segundo Maia, ainda é cedo para fazer qualquer projeção de prazo para a proposta ser votada pela Casa.
Cláusulas pétreas da Constituição Federal podem ser alteradas apenas por Assembleia Constituinte, eleita pelo povo, com o fim proposto.
Lula significa mais uma fonte de preocupações para o Governo de Jair Bolsonaro?
Nada!
Agora o Escritório do Ódio, liderado por Filipe Martins, Carlos e Eduardo Bolsonaro, já tem com quem polarizar. Podem deixar de atacar com fogo amigo deputados, generais e companheiros.
O Allan dos Santos, aquele esquizo-paranoide do terça-livre e os outros blogs sujos ajustados a soldo com o dinheiro do contribuinte podem ficar de olho no Lula.
Até o Napoleão de Hospício, Olavo de Carvalho, que ontem já fez publicar um decálogo de ataques ao Lula pode deixar de inventar questiúnculas contra os minions mais fanáticos.
E o camisa preta, sinistro da Justiça, Sérgio Moro, pode esquecer os milicianos e porteiros detratores no Rio de Janeiro e seguir sua campanha contra o crime.
Lula nas ruas apenas une novamente a extrema-direita (que se diz conservadora) e as suas legiões de minions indignados.
Veja esta notícia do radialista Douglas Batista, em seu blog:
“A prefeitura de Luís Eduardo Magalhães divulgou no Diário Oficial desta terça-feira, 05, a contração da empresa ALAN MONTEIRO SANTANA EIRELLI que será a responsável por finalizar o projeto executivo do hospital municipal da cidade.
Segundo a nota, a empresa contratada irá aproveitar o projeto executivo referente ao Hospital da Chapada – Seabra – BA e realizar adaptações necessárias para a implantação do hospital de Luís Eduardo Magalhães.
A prefeitura irá pagar pelo serviço o valor de R$ 480.000,00 (Quatrocentos e oitenta mil reais).”
Perguntar não ofende:
O tal hospital não era uma promessa de campanha de 2008, quando Oziel Oliveira ajudou a eleger seu preposto Humberto Santa Cruz?
Na campanha de 2016, Oziel fez referência novamente ao hospital e culpou Humberto pela não construção.
Três anos depois da campanha de 2016, o atual prefeito ainda está “readequando” o projeto?
A menos de um ano das eleições de 2020, Oziel ainda imagina que vai construir, equipar, vestir, contratar equipe e colocar o hospital em funcionamento?
Ou apenas vai levantar os alicerces e prometer aos eleitores: agora vai?
Oziel é um excelente político. Populista, sabe conquistar os corações e mentes dos seus eleitores. Mas um péssimo administrador.
É só ver o rol de suas realizações em quase três anos de administração, apesar da sua larga experiência como gestor público: uma intervenção interrompida no canal do Rio dos Cachorros; uns pedacinhos de asfalto aqui e ali, dois quebra-molas acolá, na JK; uma pintura de asfalto em trecho da rua Paraíba; e o asfaltamento de algumas ruas do Jardim das Acácias, com recursos do Desenbahia, contratados ainda na gestão de Humberto.
Agora, há pouco, trafegamos pela avenida Ayrton Senna. De fato: um trecho foi asfaltado, até a altura do Estádio de Futebol. E o restante: vai virar de novo uma grande vossoroca, na estação das chuvas, como no ano passado?
E lá se vão os 38 milhões recebidos dos precatórios do FUNDEF e os 40 milhões contratados com a Caixa, além do, por ele mesmo Oziel, decantado em prosa e verso, “um milhão por dia” do orçamento da Prefeitura.
O que significa que Oziel já gastou, em 1030 dias de Governo exatos um bilhão e trinta milhões de reais. Onde mesmo é que nós não soubemos. Ou melhor: soubemos, mas declinamos do direito de divulgar.
Enquanto isso, 7 postos de Saúde foram abandonados, dois deles com função diversa à qual foram destinados.
Em reunião na noite deste segunda-feira (04), o prefeito de Formosa do Rio Preto , Termosires Neto (Republicanos) anunciou o nome do advogado de Ubiraci Lisboa, o Bira, como candidato a prefeito nas eleições municipais de 2020.
Em nota distribuída a imprensa, Bira informou que na próxima sexta-feira (8) haverá uma reunião político-partidária, quando acontecerá o anúncio público da decisão do prefeito Termosires.
“Tenho compromisso com Formosa do Rio Preto, por isso estamos selando mais uma vez essa união com o prefeito Termosires para colocar a partir de hoje o nosso nome a disposição de disputar o cargo de prefeito em 2020. Estamos iniciando a partir de hoje uma longa jornada onde pretendo estreitar relações, conversar com as lideranças políticas do nosso município e dialogar com todos os segmentos da sociedade, para juntos fazermos mais por nossa terra”, declarou Bira Lisboa ao Jornal Acontece.
O prefeito Termosires Neto, que poderia poderia concorrer à reeleição abdica de seu direito, e refaz o gesto feito por Bira nas eleições de 2016, cumpre a palavra dada na oportunidade e abre o caminho para o importante aliado.
“O evento da próxima sexta-feira será um momento de muita festa, alegria e confraternização. Esperamos contar com a presença dos formosenses neste importante ato político que dá o ponta-pé inicial rumo a uma Formosa cada vez mais cuidando da nossa gente”, concluiu Bira Lisboa.
Com o anúncio de ontem, as eleições em Formosa do Rio Preto apontam para o número de três candidatos: Bira Lisboa, Gerson Bonfantti e Manoel Afonso de Araújo, o Neo, tio do antecessor de Termosires, Jabes Júnior, que acabou afastado da gestão quase ao fim do seu mandato.
As técnicas de firehosing, o novo populismo, as milícias digitais e o colapso da democracia.
Hoje conversamos com um especialista em técnicas de propagação de conceitos através das mídias sociais e nos convencemos de quanto é terrível a estratégia midiática dos discípulos de Steve Bannon, o homem que elegeu Donald Trump, Bolsonaro e tantos outros líderes mundiais. De direita ou extrema-direita, que são os seus preferidos.
Ele, o Especialista, que prefere não se identificar, fala sobre a técnica de firehosing, a mangueira de incêndio, que, desgovernada pela alta pressão interna, joga, loucamente, aleatoriamente, em todas as direções, os conceitos de um candidato, como Jair Bolsonaro. Geralmente notícias sem fundo de verdade, as fake news.
Isso foi o que aconteceu na campanha de 2018, dizem que com vários grupos de computadores, a maioria com IP – Internet Protocol – o número de indicação da máquina no formato “slave”, isto é escravizando um IP de um computador de um país distante e tomando o seu lugar na verdadeira guerra de informações.
A técnica de escravizar o “cpf” de outro computador é muito usado por hackers. Sem isso, seriam facilmente localizados por especialistas da Polícia.
Disse, ontem, a deputada Joice Hasselmann, que a equipe de Bolsonaro, treinada por Steve Bannon fez – e ainda faz – uso de de 3.000 computadores. Muitos sabem que eles estão localizados no Planalto e numa famosa mansão localizada no Lago Norte, onde funciona o cérebro nervoso da campanha de Bolsonaro para candidatar-se à reeleição.
Este é o novo populismo, aquele que aproveita imagens de governos anteriores, como, por exemplo, o Exército trabalhando na BR 163 ou em uma ferrovia em construção, para demonstrar falsamente o trabalho do novo governo. Falso. Mas até a Oposição desmentir, várias pessoas já se convenceram da agilidade, determinação e excelente gestão do novo governo.
Assim aconteceu na campanha: a mamadeira com bico em formato de pênis, usada por comunistas; o kit de ensino infantil que pregava relações homossexuais; e o incrível episódio de ataque a Bolsonaro em Juiz de Fora, que convenientemente o tirou dos debates eleitorais.
O blogueiro Allan Santos, do Terça Livre, conhecido por espalhar fake news nas redes, chegou a suplicar ao roqueiro Lobão, pelo Twitter, que ele parasse de divulgar o endereço de sua família.
Allan, segundo denúncia do próprio Lobão, mora em uma mansão no Lago Norte, região nobre de Brasília (DF), paga pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
A democracia nunca esteve tão em perigo como agora. E esse perigo não provem de agentes de extrema-direita ou extrema-esquerda, nem de anarquistas, nem de revolucionários de qualquer grande. O ataque à democracia é protagonizado por meninos inteligentes, que passam o dia a digitar em computadores, que, “como uma mangueira louca”, espalham inverdades pelas mídias.
Parece que o grande incêndio do PSL foi apagado. Foi só Bolsonaro viajar no sábado, que no domingo aconteceram intensas negociações e hoje pela manhã tudo estava certo.
O deputado Valdir passou a liderança do Partido na Câmara para Eduardo Bolsonaro; Joyce Hasselmann baixou o tom; Dayne Pimentel (PSL-Ba) publicou uma mensagem conciliadora; a lista de deputados suspensos do Partido desapareceu como milagre e Carla Zambelli não fala mais das gordurinhas localizadas de Joyce.
Até o advogado Bebbiano, o primeiro a ser ejetado do Governo, apareceu dando entrevista falando em paz e conciliação.
Só o deputado Alexandre Frota continua pregando aos caniços do deserto.
Resta saber agora qual foi o grande catalisador da extinção do incêndio. O que rolou: dinheiro, ameaças, vantagens?
Bolsonaro, acompanhado de extensa comitiva, inclusive o desaparecido Hélio Negão, distribuída em dois aviões presidenciais, apenas usufrui das delícias do turismo em sua viagem pelo Oriente e Oriente Médio, com uma agenda oficial rala e injustificável.