Malandros usam estilingue gigante para jogar objetos aos presos em Jequié

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Três homens foram flagrados pela polícia enquanto tentavam arremessar armas brancas e bebidas para presos do Conjunto Penal de Jequié, no sudoeste da Bahia. Segundo Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap), os suspeitos usavam um estilingue de cerca de um metro para jogar os objetos por cima do muro da unidade prisional. O caso aconteceu no sábado (23). A informação foi confirmada ao G1 pela Seap nesta segunda-feira (25).

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De acordo com a Secretaria, por volta das 18h30, os policiais avistaram os suspeitos na área externa do conjunto penal, na região do módulo de vivência do presídio II. Após alerta da polícia, que chegou a atirar na direção deles, os homens fugiram. Até a tarde desta segunda-feira, nenhum deles tinha sido preso.

Ainda conforme a Seap, os policiais foram até o local onde os suspeitos estavam e encontraram o estilingue gigante, 6 litros de uísque, 4 facões, 2 facas, fones de ouvido para celulares, 1 pote de cachaça e uma corda de 2 metros.

A Seca de 1932 e os campos de concentração no Nordeste

Na seca de 1932 o nordeste brasileiro sofria com as conseqüências da estiagem, mas também vivia um momento histórico próprio dentro da era de Getúlio Vargas; Lampião e seu bando centralizavam as atenções dos políticos; as oligarquias políticas do Nordeste mudavam de nomes: Padre Cícero ainda tinha influência política e milagrosa para os sertanejos e a irmandade do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto atraia centenas de flagelados para os arredores de Crato, no Ceará.

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Com o temor da intensa invasão de flagelados para Fortaleza — e para outras grandes cidades do Ceará — a estratégia dos Currais do Governo mais uma vez foi implantada, só que desta vez não somente em Fortaleza, mas também em cidades com alguma estrutura básica e com estações de trens. Além dos campos de concentração na capital da Terra da Luz, um no já conhecido Alagadiço e um outro no noroeste da capital, no Pirambu (ou Campo do Urubu como ficou conhecido), foram instalados outros em Crato, em Cariús, Ipu, Quixadá, Quixeramobim e Senador Pompeu.

Os sertanejos ali alojados recebiam algum cuidado e comida, e podiam trabalhar nas frentes de obras, sempre sob a vigilância de soldados.

Estima-se que cerca de 73 000 flagelados foram confinados nesses campos onde as condições eram desumanas, o que resultou em inúmeras mortes. Ainda durante essa seca, flagelados cearenses foram enviados para o combate nas trincheiras da Revolução de 1932 em São Paulo. Da Wikipédia.

Ao contrário do mau exemplo do que são os presídios superlotados no Brasil e do que foram os campos de concentração dos retirantes da seca em 1915 e 1932, o País precisa, com urgência, de estabelecimentos penais industriais e agrícolas, nos regimes penais semi-aberto e fechado, para solucionar a crise que abala a execução penal no País.