Tonho Franciosi enfrenta dunas e calor de quase 50ºC no nono dia de Rally Dakar

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João Franciosi e Gustavo Gugelmin superaram um dos dias mais difíceis da prova deste ano e seguem confiantes para a reta final da competição

Sem dúvida, o dia mais quente do Rally Dakar até aqui. Depois de pegarem neve nas montanhas bolivianas, hoje os termômetros marcavam perto dos 50ºC e a areia fazia com que a sensação térmica deixasse a temperatura ainda mais alta. “Foi muito duro e muito quente. Descíamos do carro e não aguentávamos. Mesmo com a sapatilha, queimava a sola do pé, não dava para aguentar o calor. Tínhamos que cavar para chegar em uma areia mais fria para ficarmos em pé”, relata Franciosi.

Ele e o navegador Gustavo Gugelmin terminaram o dia na 40ª colocação, com 5h22min03. A prova foi realizada na região de Fiambalá, com muita areia e dunas. “O trajeto foi por um leito de rio seco, muito fofo, com muita areia. Formava facões e valas que, se não tomássemos cuidado, capotávamos”, descreveu Gugelmin.

Por conta do forte calor, a organização antecipou o final da prova. “Era uma especial aparentemente curta. Largamos atrás de alguns caminhões, que formam trilhos enormes na areia. Quando nos aproximávamos, não dava para enxergar nada por causa da poeira. Isso aconteceu várias vezes. Uma hora saímos da estrada para fazer a ultrapassagem e caímos em uma vala. Perdemos algum tempo para desatolarmos. Mas acabamos a especial, e isso é o mais importante. Amanhã é outro dia”, destacou Franciosi, que está em seu primeiro Rally Dakar.

“Por causa desse calor intenso, chegou a pegar fogo na roda traseira, mas conseguimos apagar. Depois estourou outro e furamos um terceiro, o que nos fez perder ainda mais tempo. Muita gente vai desidratar hoje. Foi uma das especiais mais duras que já fiz. Já era esperado que seria difícil, mas não sabia que seria tanto”, afirma Gustavo.

Amanhã: Etapa 10 – 13 de janeiro
Belén – La Rioja (ARG)
Deslocamento: 485 km
Especial: 278 km
Total: 763 km

dakar roteiro

As dificuldades das dunas de Fiambalá continuam nesta quarta-feira. A dupla terá que ter muita habilidade e resistência para superar mais este dia. Além disso, a etapa do dia apresenta o trecho de dunas mais longo na história compartilhada entre o Dakar e Fiambalá, fora da estrada a maior parte do tempo.

A Equipe Mitsubishi Petrobras tem o patrocínio de Mitsubishi Motors, Petrobras, FMC, Axalta, Protune e Projeto Sign.

Brasileiros abandonam Dakar na etapa de hoje

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Um dia para os brasileiros esquecerem no Dakar: a dupla Guilherme Spinelli e Youssef Haddad apareceu na lista de abandonos da 9ª etapa (De Iquique no Chile a Calama na Argentina), indicando o fim da participação na prova, ao passo que o navegador Eduardo Sachs, que forma dupla com o português Ricardo Leal, ficou na 32ª posição. O outro carro da equipe Mitsubishi Petrobras, com os portugueses Carlos Souza e Fiuza está agora em 8º lugar na classificação geral.

Apenas 68 carros, dos 143 que partiram no primeiro dia, estão na competição, faltando 4 etapas, uma prova de que o Dakar é uma máquina de destruir carros e pilotos.

O catariano Nasser firma-se na ponta
O catariano Nasser firma-se na ponta

Nani Roma (Mini), #300, campeão do ano passado, venceu a etapa de hoje. No entanto, o catariano Nasser Al-Attiyah (Mini) aumentou sua vantagem na primeira posição, estando agora a 23 minutos do segundo colocado, Giniel de Villiers (Toyota).

Eduardenses se aproximam de conquistas importantes no Sertões

João Franciosi e Rafael Capoani
João Franciosi e Rafael Capoani

O suspense ficará por conta de um bom desempenho na última etapa do Rally dos Sertões, neste sábado (3), com 290 quilômetros totais (123 cronometrados) de Goianésia (GO) a Goiânia (GO). E também pela confirmação dos resultados oficiais, com tempos já corrigidos e eventuais penalidades de tempo aplicadas pela direção de prova do maior rali do mundo disputado em um só país, com relação à nona etapa da competição, cumprida nesta sexta-feira (2), nos 264 quilômetros de especial (550 totais), de Minaçu (GO) a Goianésia (GO).

Mas João Franciosi e Rafael Capoani, da Dague Paia Rally Team (FMC / Maxum – Case IH / Petronas Syntium / Mitsubishi), já vivem a expectativa de se aproximar de novas conquistas no segundo maior rali do mundo, atrás apenas do Dakar. A dupla que foi campeã em 2006 – com um carro categoria Production, feito jamais igualado até hoje – e vice-campeã no ano seguinte, pode terminar a edição de 2013 do Sertões como o melhor desempenho fora de uma equipe de fábrica e com carro não homologado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), com o 3o melhor tempo na classificação geral acumulada. Além disso, Franciosi e Capoani ainda podem faturar o título da categoria Protótipo-T1 (PT1).

O piloto João Franciosi e o navegador Rafael Capoani, de Caxias do Sul (RS), fizeram o 5o melhor tempo na especial de Minaçu e Goianésia e assim, estabeleceram em 21 minutos a diferença em relação ao perseguidor mais próximo na briga pelo 3o lugar na classificação geral – a dupla Marcos Cassol e Luís Felipe Eckel.

Para completar, o pódio – tanto da geral, quanto da PT1 – pode ter uma inédita dobradinha Dague Paia, que neste caso seria a única equipe a fazê-lo entre os carros, no Sertões deste ano. A missão é dura, mas não impossível: Romeu Franciosi e o cearense Rogério Almeida, atualmente com o 6o melhor tempo na geral, precisam tirar uma diferença de aproximadamente uma hora em relação ao quinto colocado – atualmente, a dupla Jorley Júnior e Maykel Justo. Pela PT1, a probabilidade é de vaga entre os três melhores. Na especial de Minaçu a Goianésia, Franciosi e Almeida ficaram com o 7o lugar.

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Francês obtém vitória inédita na 8ª etapa do Dakar.

dakarGuerlain Chicherit, francês, ex-campeão de esqui e competidor desde 2005 no Rally Dakar, foi o fita azul de hoje na competição entre Salta e Tucaman, 8ª etapa, no deserto argentino. O buggy de Chicherit tem um potente motor Chevrolet V-8 de 350 hp para deslocar seus 1.400 kilos. Um verdadeiro foguete. Com a vitória, o francês alcançou a quinta colocação na competição.

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