Fornecedores da Abengoa protestam em Barreiras

aqbengoaFornecedores da companhia espanhola Abengoa, insatisfeitos com o descaso e com o silêncio da empresa quanto ao pagamento dos serviços prestados por empresas e prestadores de serviços de Goiás, Tocantins, Piauí e Bahia, desde maio de 2015, resolveram na manhã de hoje, 08, bloquear parte da BR 242, em frente a sede da empresa, saída para Salvador, no município de Barreiras.

A companhia espanhola Abengoa está encerrando as atividades no Brasil e entre os contratos firmados entre a empresa e o Governo Federal está a renovação da rede de transmissão de energia desde a cidade de Miracema/TO até Sapeaçu/BA. Neste trecho vários fornecedores e prestadores de serviços de Goiás, Tocantins, Piauí e Bahia, estão angustiados devido ao crédito que têm junto a empresa espanhola. Muitos deles o volume de recursos se aproximam de um milhão de reais a receber.

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Abengoa demite 2.000 funcionários e pede “proteção contra credores”

 

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A espanhola Abengoa já demitiu 500 funcionários e está desligando outros 1,5 mil empregados diretos, ao paralisar suas obras da linha de transmissão para escoar energia de Belo Monte até Sapeaçu, na Bahia, afirmou o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav).

Segundo o vice-presidente do sindicato, Irailson Warneaux, a Abengoa alegou ser uma “questão global” ao justificar as demissões e apontou que pretende retomar as obras em março.

A companhia, com sede na Espanha, entrou com pedido de proteção contra credores na semana passada. A Abengoa tem participação em 14 empresas de transmissão de energia no Brasil, com cerca de nove mil quilômetros em linhas.

Na Bahia, além dos 2 mil funcionários diretos que devem ser dispensados no total, haverá a demissão de outros 700 funcionários terceirizados, informou Warneaux. Segundo ele, restarão apenas 200 funcionários, que trabalharão na manutenção dos canteiros.

Ele afirma ainda que, dos cinco mil funcionários da Abengoa no Brasil, serão mantidos 400 no fim do processo de demissão.

Para negociar seus direitos nesse processo, o Sintepav entrou com um processo no Ministério Público do Trabalho, denunciando a demissão em massa, afirmou Warneaux.

Nenhum porta-voz da empresa foi encontrado para comentar o assunto. Conteúdo do Valor Online.