Centro-Oeste, DF e estados do Norte ganham nono dígito no celular

A partir do dia 29 de maio, os números de celulares da Região Centro-Oeste e de três estados da Região Norte terão mais um dígito. Para fazer ligações ou mandar mensagens de qualquer lugar do país, seja de telefone fixo ou móvel, para celulares desses estados será preciso discar o 9 antes do número do telefone.

O nono dígito deverá ser acrescentado antes do número telefônico para ligar para celulares dos seguintes DDDs: 61 (Distrito Federal), 62, 64 e 65 (Goiás), 63 (Tocantins), 66 (Mato Grosso), 67 (Mato Grosso do Sul), 68 (Acre) e 69 (Rondônia). O dígito 9 deverá ser acrescentado à esquerda dos atuais números, que passarão a ter o seguinte formato: 9xxxx-xxxx.

As operadoras de telefonia móvel disponibilizam aplicativos gratuitos que fazem a mudança da agenda dos aparelhos celulares automaticamente. Também será preciso fazer ajustes em equipamentos e sistemas privados, como equipamentos PABX.

Até o dia 7 de junho, as chamadas feitas com 8 dígitos e com 9 dígitos serão completadas normalmente. De 8 de junho a 5 de setembro as chamadas com 8 dígitos receberão mensagem com orientação sobre a mudança. Após esse período de transição, as chamadas marcadas com oito dígitos não serão mais completadas.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o objetivo da mudança é aumentar a disponibilidade de números na telefonia celular, dar continuidade ao processo de padronização da marcação das chamadas e garantir a disponibilidade de números para novas aplicações e serviços.

O nono dígito já foi implementado em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amapá, Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. E ainda será implantado no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul no dia 6 de novembro.

Estados que receberão o 9 dígito no celular

Acre perde contato por terra com o resto do País.

sérgio secom acre

O trecho da BR-364 entre Rio Branco, no Acre, e Porto Velho, em Rondônia, única ligação por terra do Acre com o resto do Brasil, foi novamente fechado na manhã desta segunda-feira, quando o nível do Rio Madeira atingiu 18,72 metros, alagando a rodovia e deixando o estado isolado.

Diante da cheia histórica, o governador Tião Viana (PT-AC) reuniu-se com sua equipe na sala de situação do Corpo de Bombeiros para discutir ações que evitem o desabastecimento do estado. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal de Rondônia (PRF-RO) decidiram manter interditado o tráfego na rodovia por questões de segurança. O tráfego na via está sendo monitorado por policiais rodoviários federais, que permitem a passagem de apenas 20 caminhões por hora. Para isso, foram feitas adaptações mecânicas nos caminhões, necessárias para não fundir o motor.

Em uma das áreas afetadas, a região de Velha Mutum, uma lâmina d’água de 75 centímetros cobre parte da BR, impedindo que carros baixos passem pela rodovia. A informação é do site G1.

Apoena e Chico Meirelles
Apoena e Chico Meirelles

A vida dos estados do norte nunca foi fácil. No final dos anos 60, então um jovem repórter, fui fazer, para o jornal Zero Hora, algumas matérias especiais, entre elas a extinção do garimpo artesanal de cassiterita, a história da estrada de ferro Madeira-Mamoré e a construção da BR 364 no trecho Cuiabá – Porto Velho – Rio Branco – Cruzeiro do Sul. No mercado de Porto Velho, encontrei um caminhoneiro de Pelotas – RS, tentando vender uma carga de cebola, com grandes brotos, que tinha carregado em São José do Norte – RS cerca de 45 dias antes. Naquela época, os principais víveres chegavam, via gaiolas do rio Madeira, de Manaus. Um bife a cavalo custava uma pequena fortuna e se fosse acebolado, então, mais caro ainda.

Na época conheci e entrevistei o grande Chico Meirelles, um dos mais respeitados sertanistas da história do País, que fez o contato com os índios Xavantes em 1946, no Rio das Mortes, e com os Kaiapó em 1957. Depois, em 1966 contatou os Cinta Largas, que viviam no território por onde passava a BR 364. Na foto, Chico com o filho Apoena Meirelles, também sertanista, que presidiu a Funai e foi assassinado em 2004.