
Chegamos em uma lojinha da zona norte da Cidade para comprar cigarros. O proprietário do estabelecimento se queixa:
-Tentei tapar essa buraqueira da rua com entulho, ontem, mas acabei cansando.
Retruco:
-Você não votou no homem? Não pode se queixar. Tem que trabalhar para preservar a sua imagem de grande gestor do tipo “Tá ficando bom, vai ficar melhor”.
-Pois é. Sou novo na cidade. Me disseram que o homem era bom. Mas já estou arrependido.
A verdade é que Oziel Oliveira administrou uma pequena vila nos primeiros anos de mandato, que alcançava no máximo 25 mil habitantes e era quase toda circunscrita ao Centro e ao Jardim Paraíso.
Sobreviveu politicamente ao custo do populismo e do clientelismo. Passada quase uma década, Luís Eduardo Magalhães é uma cidade de porte médio, chegando aos 100.000 habitantes se considerarmos a população flutuante, aquela que trabalha provisoriamente na cidade, sem no entanto fixar domicílio.
Hoje os problemas de gestão se avolumaram, multiplicando-se por quatro.
A Saúde é bom exemplo: quando Oziel encerrou o segundo mandato, o setor contava com três centros de saúde, uma policlínica com três ou quatro consultórios e o Gileno de Sá, fazendo as vezes de maternidade e pronto-socorro.
Hoje a cidade conta com 20 centros de Saúde, Unidade de Pronto Atendimento – UPA, laboratório central, CAPS II e CAPS AD III e uma policlínica com 20 especialidades, que Oziel fechou em dezembro, a título de reformas, e não fomos informados ainda da sua reabertura.
A par disso, repete os mesmos erros de Jusmari de Souza Oliveira (veja o link), na malfadada gestão de Barreiras, que lhe proporcionou 36 processos, dez dos quais na Justiça Federal. Em dois deles já foi condenada a penas de prisão, transformadas em prestação de serviços públicos.
A LPR Construções e Empreendimentos Ltda ME, de propriedade do filho do ex-secretário de administração de Jusmari, Diran Almeida Ribeiro, citada na matéria do link, colecionou outros polpudos contratos em 2017 na gestão Oziel Oliveira, entre eles um de R$1.953.500,00, para locação de veículos e outro de R$2.425.000,00 para locação de máquinas e equipamentos., o que no total alcança quase R$5 milhões no ano passado.
Se as eleições de 2016 necessitassem de um referendo popular depois de um ano de gestão do Prefeito, talvez o resultado fosse bem diverso daquele registrado na ocasião.

