Assim afundam-se as revoluções populistas

Mais de 40% das companhias aéreas internacionais com voos para Caracas, capital da Venezuela, reduziram a oferta de lugares em aviões para aquele destino, devido à impossibilidade de repatriar o capital correspondente à venda de tíquetes, de acordo com dados da Associação de Linhas Aéreas na Venezuela (Alav).

A informação foi divulgada hoje (17) pela Agência Lusa e jornais locais venezuelanos. Segundo a Alav, 11 das 26 empresas aéreas que operam para Caracas reduziram a oferta de assentos.  As empresas alegaram que, em alguns casos, a redução chegou a 80% da capacidade.

O propósito seria “diminuir os gastos, para continuar operando”. A Alav afirma que tem um crédito de 3,7 bilhões de dólares a receber do governo venezuelano. Com o controle de câmbio desde 2003, o repasse das passagens vendidas no país depende do governo.

A empresa portuguesa TAP informou à Agência Lusa que mantém só três voos semanais para o país. A colombiana Avianca também anunciou que, a partir de 7 de abril, voará com menos de 66% de lugares disponíveis, e que suspenderá o vôo diário entre Caracas e San José da Costa Rica.

A Aeroméxico, que  até dezembro do ano passado tinha um voo diário com capacidade para 212 passageiros, diminuiu para quatro frequências por semana, e oferece apenas 160 lugares por operação. A Lan Peru, Copa Airlines, Air Canadá, Air France e Lufthansa também diminuíram as ofertas de vagas.

Segundo a imprensa venezuelana, a empresa brasileira Gol é a única linha aérea que aumentou (em 58%) o número de frequências para a Venezuela, passando de sete para dez voos semanais entre Caracas e São Paulo.

Maduro, por seu turno, ameaçou as aéreas com retaliações. Típico de governos absolutistas.

Trip/Azul iniciará nova linha aérea com escala em Barreiras.

A companhia aérea que resultou da fusão entre Azul e Trip, realizada em junho, mas ainda voando cada uma sobre sua bandeira, com acordo operacional,  deverá inaugurar uma linha Salvador-Barreiras-Brasília ainda no início de setembro. A Trip/Azul hoje é a terceira maior empresa aérea do País. David Neelemann, fundador da Azul, controla a nova empresa junto com os fundos de investimento Gávea e TPG. Na composição societária entram a aérea americana SkyWest e os grupos rodoviários Caprioli e Águia Branca, controladores da Trip. A nova empresa possui a maior frota no Brasil de ATRs, a mesma operada pela sua concorrente no trecho, a Passaredo, bem como de jatos Embraer 190.