Caos nos aeroportos exige 20 bilhões.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) estima que o país precisaria investir ao menos R$ 20 bilhões nos aeroportos brasileiros até 2022 para corrigir os gargalos do setor e evitar um apagão em decorrência do aumento da demanda. Catorze dos 20 maiores aeroportos brasileiros – o equivalente a 70% – operam acima de sua capacidade, segundo nota técnica divulgada nesta quarta-feira (14), em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Segundo os técnicos do instituto, isso se deve não apenas ao aumento do número de usuários de transporte aéreo, mas principalmente porque os investimentos públicos no setor, apesar de terem aumentado, continuam sendo insuficientes para atender às necessidades de adequação da infraestrutura aeroportuária.

De acordo com o Ipea, o total de investimentos públicos para o setor aumentou de R$ 503 milhões, em 2003, para mais de R$ 1,3 bilhão, em 2010. As altas taxas de ocupação dos terminais de passageiros, contudo, demonstram a necessidade de que os investimentos futuros sejam ainda maiores.

Além disso, os responsáveis pela nota afirmam que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) necessita de “um choque de gestão” para otimizar a aplicação dos recursos que foi autorizada a gastar. De acordo com o levantamento do Ipea, entre os anos de 2003 e 2010, a estatal executou apenas a média de 44% do valor autorizado. Informações da Agência Brasil.

Falta muito para a Copa 2014?

Pelo menos cinco vôos, quatro de Johannesburgo e um da Cidade do Cabo, foram forçados a voltar e outros sofreram atrasos devido ao acúmulo de viagens com o mesmo destino, Durban, num ensaio de caos aéreo, na última quarta-feira. Um número elevado de torcedores perdeu a partida entre Alemanha e Espanha. Segundo a empresa de Aeroportos África do Sul (ACSA), o caos se estabeleceu devido ao mau tempo e ao tráfico intenso de aviões momentos antes da partida da Copa-2010.

Será que isso poderá se repetir numa escala ampliada no Brasil, com seus “hubs” de grande movimento, como Congonhas/Guarulhos e Brasília? Se os organizadores da Copa 2014 não se mexerem logo, com a construção do novo Viracopos e talvez até um quarto aeroporto em São Paulo, o cenário pode ganhar tons fortes. A iniciativa privada quer construir mais um aeroporto. Se apresentam então os problemas da burocracia brasileira, como a concessão e a liberação ambiental. Imagem publicada em raulmarinhog.wordpress.com/2009/05/ .