Mãe, o esteio da cidadania.

Na noite de sexta-feira levei uma mãe pobre, com a filhinha ao colo sofrendo de dor de ouvido, até a UPA, lá pelas 19 horas. Pois bem: fui trabalhar, na festa da terceira via, depois de avisá-la que estaria à disposição para levá-la para casa. Depois de um telefonema, larguei o discurso de Geddel Vieira Lima pela metade, pois a mãe extremada me dizia que já tinha sido atendida. Levei-a à farmácia, onde ela comprou os remédios para a sua pequena, e na volta para casa ela me revelou que também estava muito mal, com uma renite alérgica, a qual lhe causava vômitos. Então perguntei: “Mas por que não consultou também?” E ela respondeu de chofre: “Primeiro atender minha filha. Eu tinha pressa de lhe ministrar o remédio.”

Nessa lógica de mãe desprendida, que tudo faz pelo conforto de seus filhos, presto uma homenagem a todas as mães, principalmente aquelas mais humildes, as que mais sofrem para prover do melhor aos seus filhos. Sei que a data tem apelo comercial, mas isso não invalida a nobreza do afeto materno e a sua capacidade, sem medidas, de formar cidadãos e cidadãs.