O carlismo e as diferenças com o velho Afrísio

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Algo me diz – o diabo sabe mais por velho do que por diabo – que Geddel Vieira Lima não aceita o Senado, na chapa unificada das oposições, só por um motivo: vai ter que enfrentar Otto Alencar, um osso duro de roer, principalmente depois de sua passagem pela Secretaria de Infraestrutura.

O espírito inquieto de Geddel aponta mais para uma composição com o PSB de Eduardo Campos, com ele na cabeça da chapa e Lídice da Mata fora do páreo. Apesar dos tempos serem outros, Afrísio Vieira Lima, o pai, ainda tem sérias dúvidas sobre os Magalhães, depois que um incidente o afastou, para sempre, de ACM e do carlismo.

Vieiras Lima e Magalhães, uma aliança que há muito não se via.

Geddel Vieira Lima, ratificando seu apoio a ACM Neto, agora à noite, no twitter. O apoio é inédito desde que Afrísio Vieira Lima, o pai, teve uma discussão com Antonio Carlos Magalhães, da qual poucas pessoas conhecem o teor, e passou para a oposição para nunca mais voltar. A aliança entre os Vieira Lima e ACM Neto visa obviamente a sucessão estadual em 2014.

Dr. Afrísio foi vereador, deputado estadual e deputado federal e secretário de Segurança Pública da Bahia, no governo de Nilo Coelho

Uma análise inteligente dos cenários políticos estadual e regional.

Geddel e Wagner: briguinhas para inglês ver?

Um observador político, ontem, na tribuna livre da Cafeteria Xôk´s, formatava, com singularidade, o cenário da sucessão estadual, levando em conta, um eventual fortalecimento de Jaques Wagner na campanha que se inicia no próximo dia 5 de julho:

-Todos contam como certo o apoio de Geddel Vieira Lima(PMDB) ao candidato Paulo Souto(DEM), inclusive alardeando um possível loteamento dos cargos públicos de primeiro escalão a partir de 1º de janeiro do próximo ano. E se a situação for a inversa? E se Geddel apoiar Wagner no segundo turno? Ele ganha o apoio de Wagner para a Prefeitura de Salvador em dois anos e, depois, o apoio para candidatura ao Governo Estadual. Mais: permanece na zona de conforto com o Governo Federal do PT, recebendo de novo um ministério, plataforma de lançamento para a Prefeitura. A união com Paulo Souto não contempla anos de luta feroz entre os carlistas e os Vieira Lima, que começou com uma briga de Afrísio Vieira Lima, pai de Geddel, então líder na Assembléia do Governo, e o próprio Antonio Carlos Magalhães.

O mesmo observador fala sobre a política regional e a figura de Oziel de Oliveira, pré-candidato à Câmara Federal pelo PDT. São três os cenários:

Wagner e Oziel se elegem: o ex-prefeito é candidato forte a Prefeitura Municipal de Luís Eduardo, com a chancela do Governador.

Wagner se elege e Oziel não se elege: o ex-prefeito ainda terá o apoio do governador e continua com chances na Prefeitura em 2012.

Wagner e Oziel não se elegem: a situação pode ser mais difícil para o ex-prefeito, mas ainda terá a base de lançamento da Prefeitura de Barreiras.

No entanto, o próprio analista faz uma ressalva: tudo vai depender do Governo de Humberto Santa Cruz, que, ao finalizar a organização da Prefeitura, começa a fazer obras: “Ele tem dois anos para iniciar sua campanha e pode fazer muito até lá. E pode contar também com as divisões atuais e as que surgirão na Oposição”.

Esta semana, um empresário de destaque no agronegócio, comentava: “Humberto precisa marquetear mais, principalmente internamente, empurrando com entusiasmo a máquina da Prefeitura. Precisa fazer, primeiro, bench-marketing e, depois, incrementar seu marketing externo, o famoso B2C (business to consumer).”