Seminário da FIOL terá “Carta da Bahia”. Vai funcionar?

O debate em torno da Ferrovia de Integração Oeste Leste, que acontece nesta sexta-feira, será oportunidade para uma revoada de políticos de todas as plumagens, numa prévia do lançamento da pré-campanha de 2014.

Intitulado “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa”, o evento é coordenado pelo gabinete do deputado federal João Leão (PP) e tem como organizadores o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Associação dos Engenheiros Ferroviários da Bahia, União dos Municípios da Bahia (UPB) e  o gabinete do senador Walter Pinheiro (PT).

Assim caminha a ferrovia, como na música de Lulu Santos, com passos de formiga e sem vontade.
Assim caminha a ferrovia, como na música de Lulu Santos, com passos de formiga e sem vontade.

O seminário será realizado no espaço Bartira Fest. Já confirmaram presença o governador Jaques Wagner, os ministros César Borges (Transportes), José Leônidas de Menezes Cristino (Portos), Agnaldo Veloso Ribeiro (Cidades), o presidente do TCU, Augusto Nardes, o presidente da Valec, Josias Sampaio, e o presidente do Ibama, Volney Zanardi Jr, além de outras autoridades, deputados e representantes de associações.

O objetivo do evento é convencer os órgãos responsáveis a autorizar a retomada das obras da ferrovia, que ligará as cidades baianas de Ilhéus, Caetité e Barreiras a Figueirópolis, no estado do Tocantins, para formar um corredor para o escoamento das produções de grãos e minérios. João Leão anunciou ao Bahia Notícias que, após o debate, será redigida a “Carta da Bahia”, que será entregue à Presidência da República e ministérios com sugestões para a retomada imediata da construção da ferrovia.

A dúvida que resta é sobre a eficácia do conclave: será que o Governo toma tento e resolve, por exemplo, a compra dos trilhos? Será que se resolve o problema ambiental? Nos meios empresariais e políticos do Oeste, o principal beneficiado com a obra, a dúvida sobre a aceleração das obras e a implantação do porto de Ilhéus é forte. Alguns poucos temerários apostam numa solução positiva. A grande maioria acredita que, como a Norte Sul, a ferrovia continuará levando as esperanças do Oeste para lugar algum.