Um debate político na TV entre compadres, evitando Ciro Gomes

Ainda sobre o debate de ontem, na TV, quando vários candidatos trocaram perguntas amenas entre si, evitando o candidato Ciro Gomes.

Guilherme Boulos:

“Boa noite a todas e todos. Boa noite ao ex-presidente Lula que deveria tá aqui mas está preso em Curitiba enquanto Temer está solto em Brasília.”

Logo a seguir, acrescentou:

“Aqui tem 50 tons de Temer” 

Deputado Francischini:

Delegado de Polícia e correligionário de Bolsonaro, o Deputado fez um comentário nas redes sociais que mostra bem a hidrofobia que afeta a extrema-direita:

“Boulos disse que não tem rabo preso. Claro, no PSOL o rabo é solto”.

Jota Camelo, humorista:

“Se somarmos a intenção de voto de todos os candidatos do debate da Band, não chega à metade da intenção de voto do Lula.”

Estadão:

O jornal O Estado de São Paulo classificou o debate morno. E acrescentou: 

“Sem presença de candidato do PT, Jair Bolsonaro é poupado de ataques e Geraldo Alckmin vira alvo de provocações de rivais.”

O encontro entre os presidenciáveis, que durou cerca de 3 horas, transcorreu em temperatura morna. A expectativa de que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, fosse o principal alvo de questionamentos dos adversários não se confirmou. Dono da maior coalizão partidária, o tucano Geraldo Alckmin enfrentou provocações dos rivais. 

Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto nos cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato. Lula foi oficializado como candidato do PT no fim de semana passada. A defesa do petista tentou garantir sua presença no debate, mas os pedidos foram negados pela Justiça.

Folha de São Paulo:

“Em um primeiro debate morno, promovido pela Bandeirantes, os candidatos à Presidência evitaram, com algumas exceções, ataques diretos e trazer temas polêmicos à tona na noite desta quinta (9).

Presidenciáveis como Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) não foram confrontados com seus pontos fracos, como o escândalo da Dersa, no caso do ex-governador de São Paulo, ou o temperamento explosivo do ex-governador do Ceará.”

O Globo:

“O jornal O Globo destacou a participação de Alckmin, o candidato do Sr. Mercado:” O tucano foi o mais acionado pelos outros candidatos, mas nada de modo mais incisivo. Alckmin mostrou mais uma vez por que recebeu o apelido de picolé de chuchu, com um discurso técnico, que se por um lado não empolga o eleitor, por outro passa a imagem de um tecnocrata disposto a tocar um governo. Seu principal ponto fraco, como previsto, foi a aliança com o centrão — que, por outro lado, vai lhe garantir o maior tempo de TV e pode ajudar muito lá na frente.”

Bolsonaro:

O candidato, em suas palavras finais, abominou o comunismo, uma vertente política que já foi abandonada há mais de 30 anos e não sobrevive na Rússia, na China e até mesmo em Cuba. Hoje os russos estão ajudando políticos de extrema-direita, como Donald Trump, a se eleger. O comunismo se preserva apenas na cabeça de alguns ignorantes, os quais tem dificuldades para ler jornais até o final da matéria:

“Só tem um nome que pode fazer a diferença, ele é o de Jair Bolsonaro. Não admitirei ideologia de gênero. Deixarei o comunismo e o socialismo para trás, sepultarei o Foro de São Paulo. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”

José Simão, humorista:

“Quem ganhou o debate? Quem foi dormir mais cedo!”

José Roberto de Toledo, jornalista:

“- Cabo Daciolo faz de Bolsonaro um cara moderado

– Meirelles deixa Alckmin excitante

– Moro é o Posto Ipiranga do Álvaro Dias

– Ciro é o debatedor a ser evitado

– Boulos é candidato a frasista

– Marina? Sei lá, mil coisas”