Gilmar alerta Congresso sobre fim do foro privilegiado: “Parlamentares podem se arrepender”.

Ministro do STF defende cautela em mudanças que podem levar processos de autoridades para a primeira instância, enquanto oposição pressiona por aprovação de PEC para limitar poderes da Corte.

Em pronunciamento nesta quarta-feira (27/ago), em Brasília, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Gilmar Mendes, pediu cautela ao Congresso Nacional nas discussões sobre o fim do foro privilegiado.

A declaração ocorreu após sua participação em um evento do grupo empresarial Lide, organizado por João Doria.

Segundo Mendes, a aprovação de mudanças no foro por prerrogativa de função pode levar a arrependimentos, com o risco de decisões casuísticas.

“Parlamentares podem se arrepender”, alertou, sugerindo que a alteração poderia gerar instabilidade jurídica e decisões motivadas por interesses pontuais.

A proposta em debate, conhecida como PEC 333/2017, busca retirar do STF a competência para julgar crimes comuns, como corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo autoridades como deputados, senadores, ministros, embaixadores e até o presidente da República.

Caso aprovada, esses processos seriam transferidos para a primeira instância da Justiça, alterando o atual sistema que garante foro privilegiado no Supremo.

A medida é defendida principalmente por parlamentares da oposição, liderados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que veem na mudança uma forma de retirar processos do STF, especialmente aqueles sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

PEC 333/2017, aprovada pelo Senado em 2017, está pronta para votação no plenário da Câmara dos Deputados desde 2018, mas ganhou força em 2025 após a ampliação do foro privilegiado pelo STF em março.

A decisão da Corte, por 7 votos a 4, determinou que processos de autoridades permanecem no Supremo mesmo após o fim do mandato, desde que os crimes tenham sido cometidos durante o exercício da função.

Essa mudança gerou críticas de apoiadores de Bolsonaro, que argumentam que ela mantém investigações como a da tentativa de golpe de Estado sob a competência de Moraes, considerado um desafeto do ex-presidente.

A oposição, liderada por figuras como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), incluiu o fim do foro no chamado “pacote da paz”, que também abrange propostas como anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment de Moraes.

No entanto, especialistas alertam que a aprovação da PEC pode não beneficiar diretamente Bolsonaro, já que processos avançados, como o da trama golpista, provavelmente permaneceriam no STF devido ao princípio da perpetuação da jurisdição.

Ministros do STF, como Edson Fachin, criticaram iniciativas que exijam autorização prévia do Congresso para processar parlamentares, classificando-as como “compromisso com a impunidade”.

Fachin destacou que tal medida, vigente até 2001, dificultava investigações e foi abolida para fortalecer o combate à corrupção.

A proposta de extinguir o foro privilegiado tem raízes históricas no Brasil, remontando ao Império, mas sua ampla abrangência — cerca de 54 mil autoridades com foro no país — é criticada por perpetuar desigualdades no sistema judicial.

Para o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), autor da PEC, a aprovação seria um “salto civilizatório” para aproximar autoridades da Justiça comum e restabelecer a credibilidade do STF.

Já o professor Luiz Jardim, cientista político, aponta que o foro, inicialmente criado para proteger autoridades de perseguições locais, tornou-se uma “espada de Dâmocles” sobre o Congresso, permitindo ao Supremo exercer pressão política.

Por outro lado, a mudança pode prolongar processos, já que a primeira instância permite mais recursos, potencialmente adiando condenações por anos.

O professor Gustavo Sampaio, da UFF, avalia que processos avançados no STF, como o de Bolsonaro, dificilmente seriam transferidos, enquanto Oscar Vilhena Vieira, da FGV-SP, sugere que a alteração poderia abrir margem para disputas jurídicas.

A tramitação da PEC enfrenta desafios. Embora a oposição tenha apoio de líderes do Centrão, como União Brasil e Progressistas, a falta de consenso entre os líderes partidários da Câmara adiou a votação em agosto de 2025.

O deputado Zucco, líder da oposição, destacou a necessidade de aprimorar o texto para garantir segurança jurídica, enquanto o PT critica a proposta como um incentivo à impunidade.

Gilmar Mendes, ao alertar para o casuísmo, reforça a complexidade do tema, que envolve equilíbrio entre poderes, combate à corrupção e estabilidade jurídica.

A decisão do Congresso nos próximos meses será crucial para definir o futuro do foro privilegiado no Brasil.

Oposição quer ver de perto os contratos internacionais do BNDEs

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A oposição ingressou nesta segunda-feira (24) com mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o tribunal obrigue o governo federal a divulgar informações sobre contratos firmados entre o BNDES e os governos de Cuba e Angola.

O pedido é assinado pelo vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que recorreu à corte depois que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior lhe negou acesso às informações. O mandado de segurança é contra a presidente Dilma Rousseff, o ministro Mauro Borges Lemos (MDIC) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, por “ato atentatório à moralidade e à transparência pública”.

Polêmica dos médicos cubanos continua. Senador diz que contratação é temerária.

O senador Alvaro Dias, na sessão plenária desta segunda, fez coro com as duras e veementes críticas do Conselho Federal de Medicina (CFM) à pretensão do governo Dilma de contratar seis mil médicos cubanos para trabalharem no Brasil. A entidade, em nota, condenou “a entrada de médicos estrangeiros ou de brasileiros que obtiveram diplomas em cursos no exterior e que não tiveram sua respectiva revalidação como solução para a cobertura assistencial nas áreas de difícil provimento”.

Segundo Alvaro Dias, o CFM destaca que medidas neste sentido ferem a lei e “configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população e, por isso, além de temporárias, são temerárias por se caracterizarem como programas políticos-eleitorais”.

O senador salientou ainda a informação, retirada de dados do próprio MEC, de que nos últimos três anos os médicos estrangeiros que realizaram o teste de validação de diploma apresentaram um índice de reprovação de 99%. “A solução mágica para a saúde encontrada pelo governo – contratação de 6 mil médicos cubanos – é uma decisão temerária e que expõe a saúde da população a risco potencial. A população brasileira necessita de cobertura assistencial nas áreas de difícil provimento, isso ninguém questiona. Mas precisam ser médicos qualificados”, disse o senador Alvaro Dias, lembrando que a posição do CFM de que os médicos cubanos podem ser mal preparados se baseia na baixa taxa de aprovação desses profissionais no exame de revalidação de diploma de medicina (Revalida). De 182 profissionais cubanos inscritos no teste, apenas 20 acabaram aprovados.

Veja como o PT educa nossas crianças, pregando o ódio à iniciativa privada.
Veja como o PT educa nossas crianças, pregando o ódio à iniciativa privada.

Três perguntas:

1ª A qualidade de nossos médicos seria assim tão superior aquela dos médicos cubanos?

2ª Se é interessante a vinda de médicos do Exterior, por que não investir mais em faculdades públicas brasileiras e formar melhores profissionais, com o compromisso de servir por no mínimo dois anos em locais determinados pelo Governo?

3ª Está de todo afastada a hipótese de que a ideologia dos médicos cubanos pudesse ser multiplicada no interiorzão brasileiro? No Rio Grande do Sul o Governo do PT aparelhou uma escola técnica para filhos de campesinos e sem terra, em Veranópolis, onde eram ensinadas táticas de ocupação e orientação claramente socialista.

Haja tapete!

Não é por falta de informações que o Procurador Geral da República vai varrer para baixo do tapete o caso Palocci. Os líderes da Oposição protocolaram representação contra o Ministro Chefe da Casa Civil, pedindo a investigação das relações dele, Palocci, com as seguintes empresas:

1. Pão de Açúcar

2. Íbis

3. LG

4. Samsung

5. Claro-Embratel

6. TIM

7. OI

8. Sadia

9. Embraer

10. Dafra

11. Hyunday Naval

12. Halliburton

13. Volkswagem

14. GOL

15. Toyota

16. Azul

17. Vinícola Aurora

18. Siemens

19. Royal (transatlânticos)

20. Itaú-Unibanco

21. Bradesco

22. EBX

23. Petrobrás

24. Vale do Rio Doce

25. Amil

26. Wtorre

Assinaram o documento, os líderes do DEM, Demóstenes Torres (GO), e do PSDB, Alvaro Dias (PR), além de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Haja tapete!

Uma vocação admirável.

O senador Álvaro Dias disse ontem, ao jornal Estado de São Paulo, que Marco Aurélio Garcia, coordenador da campanha de Dilma Rousseff,  “é um aloprado de direita porque defende governos que apedrejam mulheres e condenam jornalistas à prisão” e evoca episódio em que o petista se ofereceu a intermediar encontro do governo brasileiro com as FARC, ainda sob o governo de Fernando Henrique Cardoso. Assim, o PSDB rechaça afirmações de Marco Aurélio, que havia lamentado “o fim melancólico” da carreira de Serra, o qual teria dado uma guinada à direita “mais raivosa e atrasada”.

Estou cada vez mais convencido (que boa essa, hein!) que Marco Aurélio, desde os seus tempos de editorialista de Zero Hora, onde eu fazia as vezes de singelo redator, é um plantador de ventos, sectário, que não poupa qualquer oportunidade de se mostrar antipático. Marco Aurélio, intelectual da velha esquerda, foi mentor de Lula (ou ideólogo) nas duas décadas perdidas em que o atual Presidente fazia sua plataforma para eleger-se. Lula é um político instintivo. Marco Aurélio uma vocação de fascista de largo espectro.

Deputado de 39 anos é o vice de Serra.

O PSDB substituiu o senador tucano Alvaro Dias (PR) pelo deputado do DEM Índio da Costa (RJ) como candidato a vice na chapa do presidenciável José Serra, informou o DEM nesta quarta-feira, no meio da tarde.

“A gente traz um nome novo para o processo, um nome que não estava sendo cogitado, uma pessoa jovem, integrante de uma nova geração de políticos brasileiros”, disse o deputado ACM Neto (DEM-BA) ao confirmar o nome do vice.

O Democratas não aceitou o nome de Alvaro Dias, anunciado sem consulta prévia ao aliado. O episódio gerou uma crise que abalou a união das duas legendas.

Antônio Pedro de Siqueira Indio da Costa entrou para a política por meio do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, um dos caciques do DEM e pai do presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (RJ), mas já haviam se distanciado.

Relator do projeto Ficha Limpa, que torna inelegíveis políticos com condenação em órgão colegiado da Justiça, Índio da Costa tem 39 anos, é advogado e foi vereador do Rio pelo antigo PFL, hoje DEM, por três mandatos.

ACM afirmou ainda que o nome surgiu nas últimas horas. “E você veja que as surpresas são sempre positivas. Não tem abalo nenhum, não tem crise nenhuma a acho que agora a gente está com o clima que precisava para construir a vitória de Serra”, completou o deputado baiano.(Reportagem de Natuza Nery e Maria Carolina Marcello, da Reuters).

Sauro Thiele, democrata de carteirinha e cruz na testa desde os 16 anos:” O deputado Pedro Indio da Costa é importante na oxigenação das fileiras do Partido.”

Chapa puro sangue do PSDB gera reação dos democratas.

O senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) será o vice do correligionário José Serra na chapa presidencial que disputará as eleições deste ano. Fontes do PSDB ouvidas pela Folha já dão como certa a escolha de Dias para a vaga, que, já vinha pressionando a cúpula do partido para ocupar a vice. Por meio do microblog Twitter, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, adiantou a informação: “Falei agora com o Sergio Guerra [presidente nacional do PSDB]. O vice será o Álvaro Dias”, disse. A escolha do senador paranaense vai contra os interesses do DEM, principal aliado do PSDB no plano nacional. Os democratas tentavam evitar uma chapa puro-sangue tucana para emplacar nomes como o deputado José Carlos Aleluia ou Valéria Pires Franco (PA), vice-presidente do partido. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, disse que o seu partido não irá aceitar indicação do PSDB para a vaga de vice na chapa do presidenciável José Serra (PSDB), qualquer que seja ela. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse à Folha que está consultando os partidos da aliança sobre o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Segundo Maia, a única opção que o DEM aceita no PSDB é o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, fora ele, o nome deve sair do DEM. O vice-presidente do Democratas (DEM), deputado Ronaldo Caiado (GO), reagiu com indignação à notícia de que o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) seria indicado para a vaga de vice na chapa de José Serra à Presidência da República. Caiado afirmou que defenderá na Executiva do partido a quebra da aliança com o PSDB.

As últimas pesquisas do IBOPE, colocando Dilma Rousseff à frente de Serra, detonaram a ligação de todos os alertas no bunker da campanha tucana. Acabou-se o tempo da campanha “low profile” de Serra. Agora é a vez de decisões cruentas, no longo caminho que se encerrará no dia 3 de outubro.