
O Dia do Leitor é comemorado no Brasil, nesta data, anualmente numa homenagem à fundação do jornal cearense “O Povo” criado em 7 de janeiro de 1928 pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha. Dentista, funcionário dos Correios e telégrafos, intelectual, deputado federal e jornalista combativo, ele ainda fundou, em 1929, a revista literária “Maracajá”.
Quando Demócrito Rocha fundou o jornal diário O Povo, que se transformaria numa espécie de cartão de visita do Ceará, o Maracajá passou a circular como um dos seus suplementos. Por um lado, O Povo combatia os desregramentos políticos da época, inclusive a corrupção, e por outro, o Maracajá abrigava a produção dos poetas e intelectuais da terra, onde o próprio Demócrito Rocha publicou a maioria de seus poemas, curiosamente sempre assinados com o pseudônimo de Antônio Garrido. Demócrito Rocha pertenceu à Academia Cearense de Letras, e morreu em Fortaleza no dia 29 de novembro de 1943.
Um País sem leitores
Por mais que se celebre datas alusivas ao livro, o cenário de leitura no Brasil ainda exige muitos esforços: são 14 milhões de analfabetos, acima de 15 anos de idade, o que representa 8,7% da população. O que também não significa que os demais 93,7% alcançaram alfabetização plena: 44% não lê e 30% nunca comprou um livro, de acordo com os dados apurados na última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.
Aos poucos, esta realidade vem se transformando. A pesquisa mostrou também que há um pouco mais de leitores no Brasil. Se em 2011 eles representavam 50% da população, em 2015 eles já são 56%. Mas ainda é pouco. O índice de leitura, apesar de ligeira melhora, indica que o brasileiro lê apenas 4,96 livros por ano – desses, 0,94 são indicados pela escola e 2,88 lidos por vontade própria. Do total de livros lidos, 2,43 foram terminados e 2,53 lidos em partes.
















