Entre os 100 melhores, quantos livros você leu?

Um desafio literário se espalhou pela internet e deixou leitores ao redor do mundo com a pulga atrás da orelha. De acordo com a brincadeira, ninguém leu mais do que seis livros de uma lista que reúne 100 obras, composta em sua maioria por grandes clássicos da literatura, como “Orgulho e Preconceito” (1813), de Jane Austen; “O Sol é Para Todos” (1960), de Harper Lee, “Hamlet” (1609), de William Shakespeare; e até a Bíblia Sagrada.

Apesar de levar o nome da BBC, o desafio não tem nenhuma relação com a emissora britânica. Provavelmente, a lista de livros foi apenas baseada no resultado de uma pesquisa feita pelo veículo em 2003, que listou os 100 melhores romances de todos os tempos. Para não deixar os brasileiros de fora do desafio, a Bula criou uma versão em português da lista, mantendo as mesmas obras da lista original. Para participar do desafio, basta contabilizar os livros que você já leu, que de acordo com os criadores, dificilmente somarão mais do que seis títulos. De Jéssica Chiareli.

Confesso que li mais de dez destes livros, mas também abandonei, no meio do caminho ou bem no início dele, umas 15 dessas obras. Quem leu “Ulisses”, de James Joyce, de cabo a rabo?

Entretanto “Amor nos Tempos de Cólera”, “Cem anos de Solidão” e “Nada de Novo no Front” são obras que você não consegue parar de ler, apesar da dimensão. “1984”, um libelo contra o stalinismo também é uma obra instigante, ainda mais agora que os deputados do PSL querem instalar nas ruas o “Big Brother” da China ( a expressão é originária do livro e não da Globo, distraído).

Brasil pode levar 76 anos para adequar nível de leitura de todos os alunos

Se o país continuar no atual ritmo de melhorias no nível de aprendizado dos alunos, serão necessários 76 anos para que todos os estudantes sejam considerados proficientes em leitura ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.

O cálculo é do movimento Todos Pela Educação, feito com base nos resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, divulgados na última semana pelo Ministério da Educação (MEC).

Os dados da ANA mostram que o índice de alunos com nível insuficiente de leitura em 2016 correspondia a 54,73%. Em 2014, o número estava em 56,17%, o que pode ser considerado uma estagnação na melhoria das taxas.

Pela classificação, alunos nos níveis insuficientes não conseguem realizar tarefas como identificar informações explícitas localizadas no meio ou no fim de um texto, escrever corretamente palavras com diferentes estruturas silábicas ou fazer contas de subtração com números maiores ou iguais a 100.

“Isso significa que as crianças vão para o 4º ano do Ensino Fundamental sem conseguirem, por exemplo, identificar relação simples de causa e consequência em textos pequenos, o que é uma habilidade absolutamente fundamental para a sequencia escolar e para a construção de uma cidadania plena”, diz o coordenador de projetos do Todos pela Educação, Caio Callegari. Da Agência Brasil.

Para um cidadão que vive da informação escrita, nada mais lamentável saber que ainda levará mais de meio século para ganhar novos leitores. Em um país com mais de 50% de analfabetos, não é surpreendente que todos dias fechem jornais.

Como também não é surpresa que cidades com quase 100 mil habitantes, como Luís Eduardo Magalhães, não possuam uma biblioteca decente.

Enquanto isso, a informação vem das televisões e das rádios, com seus programas de baixo nível. 

Cidadãos ingênuos

Como explicar a um cidadão ingênuo e analfabeto algumas idiossincrasias da política e da justiça?

Ao dar carona a um popular, ele me pergunta:

-E agora, o que o Oziel vai fazer? Explico que o Deputado tem mandato até o final de 2014, que é candidato à reeleição e provavelmente candidato, em 2016, à Prefeitura de Luís Eduardo.

-Então quer dizer que ele não tem mais nenhum processo?

Explico a seguir que o deputado responde a algumas ações no Supremo, que é o foro privilegiado  dos deputados. Tento explicar o que é uma liminar, o que é trânsito em julgado, etc. Então veio a frase que, refletindo toda a sua perplexidade, não deixou de causar espécie:

-Mas esses juízes que estão julgando não têm “deretoria”, não tem comandante que veja uma coisa dessas?

Notícias da escória

Aquela mesma maricona que há poucos dias levou umas bolachas de um michê, certamente por serviços sexuais impagos, em plena rua do baixo Santa Cruz, cometeu este texto fantástico, que reproduzo ipsis litterae:

“VÃO TER QUE MIM ENGOLIR….NÃO VÃO ME CALAR, VCS TERÃO QUE DAR CONTENENÇA PORQUE É QUESTÃO DE PATENTE…
NÃO ADIANTA QUERER DENIGRIR A MINHA IMAGE E MINHA MORAL, FAZEM CRIMINOSAMENTE AÇÕES DE AMEAÇAS, AÇÃO CRIMINAL NA JUSTIÇA, MANDÃO SEGUIR MEU CARRO COM SEGURANÇAS, COLOCAM A FORÇA MILITAR PRA DAR PRESSÃO, FALAM BOBAGENS NOS SEUS PROGRAMAS DE RADIO DE POUCA AUDIÊNCIA, AMEAÇA MEUS FUNCIONÁRIOS, PERSEGUE MEUS AMIGOS, MAIS NÃO VÃO ME CALAR…

Nada contra homossexuais, nem contra pessoas de poucas luzes. Mas usar nome falso, escrever uma obra-prima dessa grandeza e ainda dizer que tem duas faculdades, sei não! Além de tudo, a moça ainda tem mania de perseguição?

Acho que o deputado Oziel Oliveira deveria dar-se o devido  respeito e escolher melhor seus assessores.

Minhas “contenenças”, seja lá o que isto signifique.