Ex-ministro da Justiça implicado nos bloqueios da PRF nas eleições

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A informação é de Lauro Jardim, em O Globo. Além da minuta do golpe, outro plano encontrado pela PF implica diretamente o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, nos bloqueios realizados pela PRF, principalmente no Nordeste, nas vias de acesso às cidades onde Lula obteve maior votação no primeiro turno.

A PRF é comandada diretamente pelo Ministério da Justiça e seguiu à risca a orientação do plano golpista de Torres.

Ao término do Governo Bolsonaro, Torres assumiu a Secretaria de Segurança do DF e tomou a decisão de viajar ao Exterior na semana marcada para a tentativa de golpe de 8 de janeiro.

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Anderson Torres sabia dos riscos do terrorismo de 8 de janeiro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Não deixe chegar no Supremo”. Essa foi a orientação que o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, o ex-ministro Anderson Torres, deu ao substituto, Fernando de Sousa Oliveira, no dia dos ataques antidemocráticos.

Já no comando da SSP-DF, Torres estava nos Estados Unidos em 8 de janeiro deste ano, quando – além da Suprema Corte -, radicais inconformados com o resultado das eleições de 2022 também invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

A determinação ao secretário executivo da pasta consta no celular de Oliveira, de acordo com perícia feita pela Polícia Federal. Preso desde o dia 14 de janeiro, Torres não apresentou aparelho de telefone ao se apresentar à PF, alegando ter perdido o aparelho.

De acordo com o site Metrópoles, no dia dos ataque o ex-ministro e ex-secretário enviou uma imagem em que extremistas improvisavam barracas no gramado central da Esplanada.  Ele teve sua prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes,  sob a suspeita de ter sido omisso no combate aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.