
Morreu neste domingo (11) em Roma aos 83 anos de idade, a atriz sueca Anita Ekberg, musa do cineasta italiano Federico Fellini e que esteve presente nos sonhos eróticos da maioria dos adolescentes que hoje estão acima dos 60 anos. Anitona, protagonista de A Doce Vida, viveu uma vida miserável durante anos, tendo trabalhado inclusive como faxineira em Roma. Logo depois do sucesso, Anita enfrentou problemas de obesidade, passando dos 100 kg, o que deve ter dificultado a continuidade de sua carreira.
Kerstin Anita Marianne Ekberg, seu nome verdadeiro, nasceu na cidade sueca de Malmo em 29 de setembro de 1931 e era a sexta de oito irmãos. Com suas curvas exuberantes e longos cabelos louros, se tornou Miss Suécia aos 19 anos, em 1950. Viajou para os Estados Unidos para concorrer ao Miss Universo, mas não ganhou. No entanto, o evento viria a abrir as portas de Hollywood para ela, onde a bela acabou interpretando alguns papéis menores.
Seria o italiano Federico Fellini, em 1960, o encarregado de transformá-la em um símbolo sexual com o papel de Sylvia, uma atriz hollywoodiana no filme ‘A Doce Vida’, uma das obras-primas do neo-realismo italiano. Na cena que ficou para a história do cinema, ela se banha na Fontana di Trevi, ponto turístico de Roma, vestindo um decotado vestido tomara que caia, enquanto chama o jornalista Marcello Rubini (Marcello Mastroianni) a se juntar a ela.

Uma das últimas aparições públicas da atriz foi em 2010, no Festival Internacional de Cinema de Roma, durante uma exibição de uma cópia restaurada de ‘A Doce Vida’. Em 2011, sua casa foi assaltada e incendiada, e Anita sofreu uma fratura na coxa, passando a usar cadeira de rodas. Segundo o contador da atriz, ela estava passando sérias dificuldades financeiras e chegou a ficar em uma casa de repouso.
Nos áureos tempos, Anita teve seu nome ligado ao de homens como Frank Sinatra e Gary Cooper. Foi casada duas vezes: com o ator inglês Anthony Steel, entre 1956 e 1959, e com o ator americano Rik Van Nutter, entre 1963 e 1975.
