Mourão: melhor a emenda que o soneto de pé quebrado do Bolsonaro.

Hoje vi uma palestra do vice-presidente eleito, general Mourão, ao pessoal do Banco BTG Pactual. A primeira conclusão que se chega é que existe uma distância abissal, porque não dizer meridiana, entre o Capitão Porra Louca e o General de Exército (quatro estrelas).

Já parece certo que Hamilton Mourão abre o Governo na condição de Presidente. E será difícil para Bolsonaro substituí-lo.

Cada vez que se sentir mais fortinho, vão aconselhar: descanse mais um pouco. E pare de fazer continência até para subalternos de Trump”.

Na verdade, quem vai governar são os generais de 3 e 4 estrelas. E até o Paulo Guedes vai pisar miudinho com essa turma. 

Em entrevista à Globo News, o Vice de Bolsonaro admite a possibilidade de golpe militar

A entrevista foi reproduzida no site g1.globo.com. Nela o gaúcho e general da reserva Hamilton Mourão, admite a possibilidade de tomada do poder pelos militares em caso de “anarquia”.

O General é conservador até no nó da gravata, no caso um laço Duplo Windsor, que foi moda na primeira metade do século passado.

Veja a íntegra da entrevista, com a introdução dos redatores do G1.

Comando do Exército remove outra vez general Mourão por manifestação política

Mourão, linha dura intervencionista.

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, decidiu retirar o general Antonio Hamilton Mourão do posto de secretário de Economia e Finanças da instituição e designá-lo para o cargo de adido na Secretaria-Geral do Exército.

Na quinta-feira (7), Mourão se manifestou sobre intervenção militar pela segunda vez em três meses, reafirmando a possibilidade de atuação das Forças Armadas caso haja uma situação de “caos” no país.

Na palestra que fez esta semana no Clube do Exército, em Brasília, a convite do grupo Ternuma (Terrorismo Nunca Mais), o militar disse que a instituição poderia ter o papel de “elemento moderador e pacificador”, agindo “dentro da legalidade”, se o “caos” fosse instalado no país.

Sobre a situação política, o general disse: “Não há dúvida que atualmente nós estamos vivendo a famosa ‘Sarneyzação’. Nosso atual presidente [Michel Temer] vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante o balcão de negócios, chegar ao final de seu mandato”. Do Valor e DCM.

O general Mourão, gaúcho, natural de Porto Alegre, completa, em 31 de março de 2018, quatro anos no posto de general de exército (quatro estrelas) e por força de lei deve ser transferido para a reserva remunerada. Tem razão quando fala do caos institucional do País. No entanto, intervencionismo militar é ditadura. E nós sempre soubemos como acabam as ditaduras.