Yara assina contrato para compra de unidade da Adubos Sudoeste em Catalão (GO)

Lair Hanzen - foto da Revista Amanhã
Lair Hanzen – foto da Revista Amanhã

Porto Alegre, 25 de agosto – Em mais um passo para expandir sua participação no Centro-Oeste, a Yara International anuncia a assinatura de um acordo para a aquisição da unidade da Adubos Sudoeste, em Catalão (GO). O investimento está em linha com a estratégia da empresa de seguir acompanhando o avanço do mercado agrícola goiano que, nos últimos anos, cresceu acima da média nacional. Apesar de parte da produção poder ser destinada a agricultores de Tocantins, o foco desta unidade serão produtores, principalmente das culturas de soja, milho, feijão, tomate, batata, cebola e alho, do estado de Goiás.

Segundo o VP Sênior da Yara International e presidente da Yara Brasil, Lair Hanzen, Goiás responde por grande parte da produção das principais culturas de exportação brasileiras, como soja e milho, e é um estado fundamental para os planos da companhia no País. “Investir em distribuição de fertilizantes no mercado goiano é estratégico para a Yara e reforça com o nosso compromisso de assegurar as melhores soluções aos produtores rurais de todo o Brasil. Além disso, também mantemos nossos esforços para aumentar a produção de fertilizantes, com o intuito de reduzir a dependência brasileira de importação de matérias-primas”, afirma Hanzen.

Atualmente, a unidade possui capacidade total de 300 mil toneladas por ano. A transação proposta está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Após a aprovação do órgão, ocorrerá o processo de adequação da unidade aos padrões da Yara. Este aporte evidencia o comprometimento da empresa com o agronegócio brasileiro. Nos últimos anos, a Yara investiu aproximadamente US$ 1,5 bilhão no País, com a aquisição da Bunge Fertilizantes (2013), a joint venture com a Galvani (2014), a construção e revitalização das unidades industriais de mistura mais modernas do Brasil, em Sumaré (SP) e Porto Alegre (RS), além do anúncio do grande investimento em seu complexo industrial de Rio Grande, no início deste ano.

Este aporte evidencia o comprometimento da empresa com o agronegócio brasileiro. Nos últimos anos, a Yara investiu aproximadamente US$ 1,5 bilhão no País, com a aquisição da Bunge Fertilizantes (2013), a joint venture com a Galvani (2014), a construção e revitalização das unidades industriais de mistura mais modernas do Brasil, em Sumaré (SP) e Porto Alegre (RS), além do anúncio do grande investimento em seu complexo industrial de Rio Grande, no início deste ano.

 

Yara adquire participação majoritária da Galvani

Unidade Galvani em Luís Eduardo Magalhães
Unidade Galvani em Luís Eduardo Magalhães

A Yara International ASA assinou um acordo no valor de US$ 318 milhões para adquirir 60% departicipação da Galvani Indústria, Comércio e Serviços S/A (“Galvani”).

A Galvani é uma empresa de fertilizantes fosfatados, de capital fechado e controlada pelo empresário brasileiro Rodolfo Galvani Jr. A empresa atua na mineração de rocha fosfática e produção de fertilizantes fosfatados (Super Fosfato Simples – SSP), atendendo principalmente aos mercados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. A Galvani tem planos de expansão que incluem dois novos projetos (greenfield) de mineração de rocha fosfática no Brasil.

“A aquisição representa mais um passo significativo na concretização de nossa estratégia de crescimento na América Latina, fortalecendo nossa posição no Brasil e mostrando nosso compromisso com o desenvolvimento e investimento na agricultura brasileira”, disse Joergen Ole Haslestad, presidente e chief executive officer (CEO) da Yara International.

“Além de contribuir com mais produção de fosfatados para a crescente demanda da agricultura brasileira, a combinação do espírito empreendedor e inovador da Galvani com as fortalezas globais da Yara viabilizará soluções mais adequadas de nutrição de plantas ao mercado brasileiro. Iremos contribuir para o desenvolvimento de uma agricultura ainda mais rentável e sustentável, ajudando a reduzir a dependência de fertilizantes importados no Brasil”, afirmou Lair Hanzen, presidente da Yara Brasil.

Segundo Rodolfo Galvani Jr., presidente do Conselho de Administração da Galvani, “este acordo com a Yara tem um significado que transcende uma joint venture tradicional. A empresa passa a contar com o parceiro ideal para a implantação mais rápida e eficiente dos seus projetos”.

As receitas totais da Galvani registraram, em 2013, US$ 352 milhões, com um Ebitda de US$ 48 milhões. A companhia possui capacidade de produção de SSP de cerca de 1 milhão de toneladas por ano por meio dos complexos industriais de Paulínia (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA). As duas unidades utilizam rocha fosfática originária das minas de Lagamar (MG), Angico dos Dias (BA) eIrecê (BA). Para cobrir a demanda futura de rocha fosfática, os principais projetos em desenvolvimento que a Galvani possui são:

  • Salitre/MG (greenfield): cerca de 1,2 milhão de toneladas de rocha fosfática por ano
  • Angico/BA (brownfield): cerca de 150 mil toneladas adicionais de rocha fosfática por ano
  • Santa Quitéria/CE (greenfield): cerca de 800 mil toneladas de rocha fosfática por ano

Além da rocha fosfática, os projetos em desenvolvimento incluem novas capacidades para a produção de fertilizantes fosfatados. Estes projetos deverão ser concluídos de 3 a 5 anos após o fechamento do negócio.

O valor de US$ 318 milhões por 60% da participação na Galvani compreende US$ 132 milhões para os negócios existentes e US$ 186 milhões para os projetos de mineração e produção, e pode ser ajustado por alguma variação em relação ao capital de giro normalizado (US$ 42 milhões) no momento da conclusão do negócio. Além disso, caso certas condições relacionadas a projetos de mineração da Galvani em andamento sejam atingidas, a Yara se compromete a apoiar o desenvolvimento dos mesmos, cujo investimento total é de US$ 920 milhões, com participação de US$ 552 milhões (referente aos 60% de sua participação) até 2019 – o financiamento será decidido com base na maximização de valor para a companhia.

A transação está sujeita à aprovação das autoridades brasileiras anticoncorrenciais (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e outras aprovações habituais. A conclusão do negócio está prevista para o quarto trimestre deste ano.

Sobre a Yara

Fundada em 1905 na Noruega, por Sam Eyde e Kristian Birkeland, os criadores do primeiro fertilizante nitrogenado mineral do mundo, a Yara aplica seu conhecimento e oferece a única linha de produtos de alto desempenho para todos os tipos de solos, culturas e climas ao redor do planeta. Sua presença em 51 países e distribuição comercial para 150 países, utilizando sua plataforma de produção e sistema de abastecimento global cria benefícios locais e oferece aos clientes a combinação de produtos de qualidade e suporte agronômico especializado que melhor corresponda às suas necessidades de qualidade da lavoura e o valor nutricional das plantas.

No Brasil, tem sede em Porto Alegre e escritório em São Paulo, três fábricas, 32 unidades misturadoras e um centro de distribuição, com presença nos principais polos de produção agrícola do País. Seu portfólio de fertilizantes – que vai de misturas de grânulos a produtos especiais, como foliares e NPK no grão – e programas nutricionais que ajudam a produzir os alimentos necessários para a crescente população mundial. Os produtos e soluções industriais reduzem as emissões, melhoram a qualidade do ar e apoiam operações seguras e eficientes. Para manter a perspectiva de crescimento em longo prazo, a pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Yara são focados na agricultura sustentável e na busca por novas soluções ambientais como a redução do uso da água e a produção de alimentos saudáveis e de qualidade superior com a quantidade precisa de fertilizantes.

Sobre a Galvani

A Galvani é uma empresa brasileira, fundada na década de 1930, que atua nos segmentos de mineração, fertilizantes e produtos químicos. Conta com dois complexos de produção: Paulínia (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA); três unidades de mineração: Lagamar (MG), Angico dos Dias (BA) e Irecê (BA); uma unidade de distribuição em Alto Araguaia (MT) e um terminal portuário em Fortaleza (CE).