
A notícia é inteiramente da Gazeta Russa, portal que transmite informações oficiais da defesa russa, atendendo os interesses dos fabricantes de armas:
“A Rússia está propondo ao Brasil o desenvolvimento e fabricação conjunta de caças multifuncionais de quinta geração do tipo T-50, informou à RIA Novosti, nesta segunda-feira (24), o diretor do Serviço Federal para a Cooperação Técnico-Militar da Rússia, Aleksandr Fomin.
“Infelizmente, não participamos da licitação para o fornecimento de 36 caças ao Brasil. No entanto, a nossa proposta de desenvolver e produzir em conjunto com o país um caça multifuncional com base no T-50 continua de pé”, disse Fomin na véspera da abertura da Feira Internacional Aérea e Espacial de Santiago, no Chile.
Segundo ele, a Rússia está pronta para discutir a possibilidade de criação de uma joint venture em suas negociações com o Brasil.
O Brasil já escolheu o vencedor da licitação para a aquisição de 36 caças pesados para a Força Aérea Brasileira, no valor de US$ 4 bilhões. Na lista final estavam três aeronaves: o Rafale, da Dassault Aviation, o F/A-18E/F Super Hornet, da Boeing, e o JAS-39 Gripen NG, da Saab. O russo Sukhoi Su-35 não ficou entre os finalistas. A licitação foi vencida pelo sueco JAS- 39 Gripen NG.”
Os norte-americanos, também perdedores da licitação do projeto FX-2, devem ficar de cabelos em pé com essas notícias. A presença de navios russos no Caribe, em países como Venezuela, Cuba e Nicaragua e a crescente venda de armamentos para essas nações, além de Peru e Brasil, desequilibram o domínio geo-político das américas. Na oposição brasileira, fala-se inclusive que o porto cubano, financiado pelo Brasil, serviria de apoio às operações militares aeronavais da Russia. Em contrapartida, os Estados Unidos afirmam:
“No final do ano passado, o Parlamento da Nicarágua aprovou a participação de militares russos na vigilância realizada pelo exército nicaraguense nas suas águas no Caribe e no Oceano Pacífico entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano. O principal objetivo dessas operações é a luta contra o tráfico de drogas.”
Aos militares brasileiros interessam livrar-se da dependência dos norte-americanos, principalmente na área de aviônicos e sistemas eletrônicos de ataque e defesa. Fabricar um avião de ponta é mais fácil: difícil é equipá-lo com sistemas de defesa e ataque.
